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SOCIOLOGIA DO DIREITO, Prof. Lucas

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SOCIOLOGIA DO DIREITO
Prof. Lucas
1	Aula 01/03/2016	2
2	Aula 08/03/2016	3
Comentários sobre o texto de Ehrlich	3
Pluralismo Jurídico	3
Tese da necessidade de uma sociologia do direito	3
Dogmática jurídica x sociologia do direito	4
Atualidade da obra de Ehrlich	4
3	Aula 15/03/2016	5
Paradigma	5
Dogmática	5
Função social	6
Modelo Kelsen-Borja	6
Características – uma análise do paradigma	6
4	Aula 22/03/2016	7
Pensamento Jurídico Crítico	7
5	Aula 29/03/2016	8
Movimento Direito e Sociedade	8
Características do paradigma dogmático	9
Características do paradigma sociojurídico	9
Mudança de Paradigma	9
6	Aula 05/04/2016	10
Funções Sociais do Direito	10
Grupo C (segunda aproximação: função positiva, negativa e disfunção)	10
7	Aula 12/04/2016	11
Pluralismo Jurídico	11
8	Aula 19/04/2016	12
Tipos de Normas	12
9	PROVA 26/04/2016	12
10	CORREÇÃO 03/05/2016	12
11	Aula 10/05/2016	15
Judicialização do Direito à Saúde	15
12	Aulas 17/05 a 07/06: SEMINÁRIOS TEMÁTICOS	16
Aula 01/03/2016
O direito é uma ciência?
Essa resposta mudou com o tempo: séc. XIX, séc. XX.
Muda de acordo com o tipo de ciência e o conteúdo dos termos.
O rótulo de ‘ciência’ confere “poder” à uma certa questão, e legitima certo conhecimento.
Depende da ideologia.
A ciência jurídica é uma ciência social?
Há diferentes formas de se FAZER sociologia jurídica.
Sociologia do Direito => uma forma específica de se fazer ciência sobre o direito. Maneira de produzir conhecimento sobre o fenômeno jurídico.
Contrapor a dogmática jurídica (ciência do direito tradicional).
Unidade I e II=> prova 7 pontos (seis de 0,5 pontos e 2 discursivas de 2 pontos cada).
Unidade II => participar das 3 aulas (cada uma vale 1 ponto!).
Unidade III => prova que vale 10 pontos (mini-apresentação de seminário temático).
Etapa 1
Problemática:
1- Delimitação do tema;
2- Pergunta central que se pretende responder;
Argumento científico:
3- Qual é a afirmação principal (ponto onde o autor quer chegar), argumentos usados pelo autor;
4- Categorias teóricas que são utilizadas pelos autores (e o quanto se afastam das teorias da dogmática jurídica), e métodos de investigação.
FONTES: doutrina, etc.
Etapa 2
Análise Crítica do Texto
- Reputação do pesquisador e do veículo em que foi publicada a pesquisa (questão de suspeição);
- Impacto social (quem é que vai ler, e quem vai consumir a pesquisa - utilidade prática);
- Limites e possibilidades (identificar pontos altos do texto, mas também questionar o que foi feito).
Prova final (Unidade III) => dissertação sobre um dos temas, exceto sobre o qual se fez a mini-apresentação. Pode usar uma folha A4 com manuscritos.
Aula 08/03/2016
Texto - Ehrlich
Comentários sobre o texto de Ehrlich
Trechos com aspecto machista e colonialista (normal para início do séc. XIX).
Críticos das faculdades de direito
Para ele, o desenvolvimento do direito não está no ato de legislar, mas na própria sociedade.
Regras de conduta não escritas (direito em sua essência – o resto é periférico, quando se busca compreender o fenômeno jurídico).
Pluralismo Jurídico
Tese das inter-relações entre direito e sociedade:
Direito vivo: ordem interna das associações (Ex: lgreja, trabalho, cidade, vizinhança).
Toda associação tem uma ordem interna, por mais caótica que ela possa parecer.
Associações: lar, vizinhança, igreja, cidade (esqueleto da sociedade).
O Estado é uma associação: tem gente que faz parte e outros são excluídos.
Tem uma norma interna, assim ele quebra com a estrutura monista que diz que o direito vem do Estado.
Direito: regras de conduta que regem os indivíduos que fazem parte de relações sociais.
O Estado é uma associação externa às regras das outras associações (atribui normas institucionais para caracterização de união estável, por exemplo). 
O fenômeno jurídico emerge na sociedade e pode-se ter normas vinculadas a instituições sociais. Emerge da ordem interna das associações existentes na sociedade.
Tese da lógica dos juristas
Diz que o jurista moderno compreende o direito como um conjunto de prescrições jurídicas (instruções escritas sobre para decidir casos concretos, dirigidas aos tribunais ou às agências governamentais).
Decisões Judiciais
Porém, há um contraste entre o que é prescrito pelo legislador formal e o que é usado nas relações sociais. Então, as decisões judiciais deveriam manter conexão com a vida social, independentemente das prescrições. Desta forma, as decisões judiciais não precisam ser derivadas logicamente das leis e dos precedentes.
Diferencia as prescrições jurídicas e o direito vivo.
Tese da necessidade de uma sociologia do direito
Ciência do Direito Sociológica: necessário compreender o papel das normas na sociedade (conhecimento científico, não necessariamente com problemas jurídicos práticos).
Não se deve superestimar o impacto da legislação. Os juristas precisam se preocupar com o direito vivo.
Para isso, deve-se investigar o direito estatal e sua influência no direito societal.
Contexto: centro x periferia
Centro – cidade de Viena: havia um direito estatal vinculado a um moderno Estado burocrático (monismo jurídico – dogmática jurídica). Normas jurídicas prescritas pela autoridade de um soberano. Direito = agregado de prescrições jurídicas + aplicação judicial e administrativa. 
Periferia – Bukovina: periferia geográfica do Império, uma crítica à dominação política, nessa região surgiu um direito vivo (sociologia jurídica). Foi onde surgiu uma das primeiras críticas à ciência formal do direito.
Dogmática jurídica x sociologia do direito
Dogmática jurídica: direito como ferramenta científica para a estruturação da sociedade.
Ehrlich propõe a sociologia do direito.
Qual a reação dos contemporâneos de Ehrlich a sua obra? 
Kelsen (criou o controle de constitucionalidade – pirâmide entre normas jurídicas): reage polemicamente contra Ehrlich, acusando lhe de: confundir fatos e normas, o ser e o dever-ser; desdenhar da democracia e da discussão pública; desconhecer a importância do direito estatal como instrumento de mudança social.
Roscoe Pound: acolhe as ideias de Ehrlich, mas com EUA em uma situação periférica. Busca uma interpretação mas pragmática do direito, voltada ao interesse público. Desenvolve a sociologia do direito.
Distingue direito vivo de direito em ação (necessidade de policiamento, agentes estatais). Preocupação com a efetividade do direito estatal – injustiça em relação à periferia.
Atualidade da obra de Ehrlich
Não podemos postular a existência de uma norma a partir da descrição de uma regularidade fática.
Como observar normas sociais empiricamente? Pode-se estudar através da legislação/textos de doutrina, mas é necessário ir adiante: questionar as pessoas, estudos etnográficos, observações. 
Conceito operacional de norma (diferente do oferecido pela dogmática jurídica): As normas são imperativos que guiam ações, instruções de comportamento em dadas situações. Elas são reproduzidas socialmente, elas existem porque um grupo social as reproduz. 
Distinção dos tipos de normas: função da origem dessas normas e como é a forma que são publicadas, etc.
Que tipo de norma priorizar teoricamente? Depende do que se quer dar visibilidade.
Pluralismo jurídico descritivo: descrição das inter-relações entre normas na sociedade.
Pluralismo jurídico normativo: querer resolver conflitos com normas estatais.
Aula 15/03/2016
texto :vera – dogmática jurídica
Assunto: estrutura e a função do paradigma e dogmática
No início do século XX se começou a representar a doutrina pela ciência, doutrina e justo. O estudo científico do direito começou no século XIX.
O resultado da ciência do direito seria a doutrina e isso passou a significar fazer justiça.
Ciência doutrina justiça
A ciência jurídica passou a ser a responsável por se obter a justiça, não mais o magistrado. Isso é o que vamos chamar de dogmática jurídica.
Paradigma
O conceito de paradigma surgiu nos anos 60.
Paradigmas de Khun => o conhecimento científiconão seria construído em forma de agregações justapostas (“tijolinhos”).
“Cada área, do ponto de vista sociológico, têm sua definição do que é ciência”.
Paradigma – as comunidades científicas. Basta uma comunidade científica intitular seu trabalho de ciência... toda comunidade científica reproduz um paradigma.
Ciência Normal X Crise Paradigmática => Competição entre modelos (Revolução Científica, pode formar novos campos do conhecimento).
Seria uma constelação de compromissos de grupo – o que é a ciência normal? Quais são suas fronteiras? Os integrantes dessa comunidade científica determinam as fronteiras do saber. 
Dogmática
Gênese: Savigny, com a Escola História => juspositivismo jurídico: valorização do método científico => dogmática jurídica.
Tríplice Herança Jurídica:
1- Herança jurisprudencial da tradição romana;
2- Herança exegética da tradição medieval: glosadores das universidades;
3- Herança sistemática de tradição moderna: jusnaturalismo racionalista.
Positivismo Científico
Método científico: registrar fatos observados e descrevê-los de maneira objetiva e sistemática, explicando os fenômenos que estão sendo observados.
Interessa o material fático no que se refere ao contexto geográfico e à atualidade (a dogmática se desdobra em vários ramos).
Neutralidade nos valores axiológicos dos cientistas. Os protagonistas são os professores (doutrinadores) => ciência do direito passa a ser sinônimo de doutrina.
O positivismo jurídico contemporâneo: Kelsen escreveu “a teoria pura do direito” – não é um livro de dogmática do direito, mas sim um livro de metajurídica, diz como se estuda o direito.
Kelsen se preocupou em oferecer respostas às seguintes perguntas. Isso deu origem à teoria do ordenamento jurídico:
a) Há hierarquia entre as fontes?
b) Há materiais jurídicos mais importantes que outros?
A) teoria monista: irrelevância das normas jurídicas não provenientes do Estado; direito = direito estatal.
B) teoria do ordenamento jurídico: diz que a cada estado soberano corresponde um ordenamento jurídico, sistema jurídico se estrutura hierarquicamente, dispondo-se de forma escalonada tal qual uma pirâmide.
Função social
“O Direito é uma tecnologia” => ideia de que tenha uma relação prática.
A função social tem efeitos práticos importantes – ao descrever o ordenamento, se fornece prescrições (produção de verdades científicas acerca de determinado conteúdo do sistema normativo, “o direito brasileiro diz isso, ou aquilo”.).
Doutrina jurídica como fonte do direito: é incorporada à motivação das decisões judiciais e orienta a formulação de novas leis. Busca a previsibilidade na aplicação do direito.
A ciência jurídica funciona como um instrumento de poder. Permite aos doutrinadores manipular os materiais normativos e selecionar o que será deixado de fora, além de construir novos sentidos a eles. Se utilizam da legitimidade conferida ao discurso científico para influenciar juízes e legisladores.
Neutralização ético-axiológica e política dos juízes, dotados do notório saber jurídico.
Política é tarefa do legislativo e executivo.
Ilusão ideológica de que o direito justo é o direito vigente.
Estado moderno: construção do Estado-Nação, monopólio do exercício da coerção legítima (Max Weber). O direito justo passa a ser o direito positivado pelo Estado.
Esvaziamento do pluralismo jurídico (ordens sociais).
Modelo Kelsen-Borja
Ler o capítulo que trata da ‘Complementação a Kelsen’.
Disponível em: <https://plus.google.com/105193352569699409491/posts/co5F38SEMrY>
Características – uma análise do paradigma
Monismo jurídico: o Estado é fonte única e exclusiva do direito. Direito= normas jurídicas positivadas pelo Estado. 
Unidade lógico-formal do ordenamento: ordenamento jurídico como sistema; hierarquia das normas jurídicas 
Racionalização técnico-formal: direito a ser estudado e ensinado é a dogmática jurídica; jurista deve internalizar o saber paradigmático (faculdades de direito); função dos juristas é descrever e aplicar as normas jurídicas.
Busca da certeza e segurança jurídica: a dogmática possibilita a decisão dos conflitos, permite que a gente decida conflitos concretos submetidos a uma autoridade; decisões iguais para casos concretos tidos por idênticos. A ciência do direito organizaria a bagunça legislativa e com essa preservar a coesão social.
Justiça para a dogmática jurídica passa a ser a previsibilidade.
Aula 22/03/2016
texto - Direito Achado na Rua.
Pensamento Jurídico Crítico
1. A crítica entra em cena;
Final dos anos 80 e início dos anos 90.
Redemocratização, Nova Constituição; Surgem os Partidos Políticos livres.
Nova narrativa, aquém do discurso da Guerra Fria - os marxistas eram contrários ao direito, pois ele mantinha o poder das elites dominantes. Retoma-se os argumentos jurídicos.
2. Um tema gerador a moradia;
Período de grande crise nas cidades: ocupação irregular, movimento do campo para a cidade, etc.
Lei 8009/90 => Lei do Sarney, impenhorabilidade do bem de família (“o DEVEDOR é o mais pobre”).
Amilton (USO ALTERNATIVO do direito, interpretação da norma vigente, influência europeia) => no caso da justiça do trabalho, deveria se interpretar o oposto da lei acima, pois o CREDOR é mais vulnerável (o DEVEDOR - patrão - é o mais rico). Se questionava a neutralidade dos juízes: deveriam emitir sua opinião, e escrever doutrinas.
3. Uso alternativo e Direito alternativo;
José Geraldo (O Direito Achado na Rua, DIREITO ALTERNATIVO, influência da América Latina) => sindicatos reivindicavam novos direitos, o MST demandava a reforma agrária, o movimento ambientalista, associações, ONG’s. Todos eles criavam normas para gerir esses espaços (utilizam o direito como um instrumento na busca de suas demandas). Grande parte dessas reivindicações estão presentes em textos como o atual Estatuto da Criança e do Adolescente.
Transformação do ordenamento, pois não bastaria a mudança na interpretação desse material fático.
Não foca no direito oficial vigente, como no uso alternativo. Foca no pluralismo jurídico e os novos direitos, para que se tornassem algo efetivamente operacional.
Se questionava a neutralidade do próprio ordenamento (interesses que prevaleciam no ordenamento jurídico e a sistematização feitas pelos juízes, mesmo que tivessem a mesma hierarquia).
Educação Popular (instrumento como transformação social): o advogado de um sindicato, primeiro deve aprender sobre os conflitos que há nas fábricas, deve conversar com os operários.
Direcionam seus trabalhos, não para o judiciário, mas para o legislativo e para o executivo. Os profissionais do direito daquela época não estavam acostumados a fazer isso.
4. A crítica da crítica?
Ambas as escolas dialogavam entre si (uma influenciou a outra).
Devemos rechaçar o direito estatal como um todo?
O direito achado na rua é mais justo que o direito estatal?
Como as normas jurídicas estatais interagem com as outras normas?
Como as normas jurídicas surgem e como os atores sociais constroem novos significados?
Aula 29/03/2016
Texto - Bobbio
Movimento Direito e Sociedade
- Fundadores da Sociologia do Direito -
	LINHA DO TEMPO
<= 1840		2020 =>
1840: Savigny - “Sistema de direito romano atual”, fundador da dogmática jurídica (escola histórica).
1913: Ehrlich - “Fundamentos da Sociologia do Direito”, críticas à primeira versão da escola jurídica.
1920-30: “Realismo Jurídico”, direito estatal e a prática.
1920-30: “Antropologia Jurídica”, pesquisas empíricas (Grã-Bretanha), direito de povos originários, coloca em cheque uma premissa da dogmática de que o direito era originado no Estado.
1934: Kelsen - “Teoria Pura do Direito”, jurisprudência analítica.
1960-90: “Associação de Pesquisadores em Sociologia do Direito”, 1988 - Instituto Internacional de Sociologia Jurídica no país Basco, organização do conhecimento produzido pela Sociologia do Direito, estudos empíricos internacionais.
1961: Hart - “O Conceito de Direito”.
1964: “Associação Direito e Sociedade”, nos EUA; 1966 - Revista especializadada associação.
1980-90: “Uso Alternativo do Direito”, pensamento jurídico crítico.
1980-?: “Pós-positivismo”, Alexy, teoria dos princípios, ingresso dos valores no ordenamento jurídico, sobretudo no campo do Direito Constitucional.
1980-?: “Teoria da Argumentação”, forma de se fazer doutrina que não vai mais assumir o discurso da “ciência”; parte-se do texto de uma lei ou Constituição; volta-se com a retórica.
2015: Borja - “Modelo Kelsen-Borja”, orgânização jurídica, representação democrática do pluralismo jurídico-cultural.
Características do paradigma dogmático
Monismo jurídico: o direito que interessa descrever/sistematizar são as normas estatais de um dado Estado-Nação.
Busca Unidade Lógico-Formal do ordenamento: ordenamento deve ser sistematizados sem ter contradições, utilizando a hermenêutica (interpretação de enunciados).
Racionalização Técnico-Formal: prática do cientista do direito.
Busca pela certeza e segurança jurídica: valor científico que controla os argumentos dos magistrados, trazendo decisões previsíveis.
Características do paradigma sociojurídico
Pluralismo jurídico: o direito não é unicamente um fenômeno associado ao Estado, tanto do ponto de vista histórico quanto do presente (sociedades periféricas e centrais do capitalismo globalizado). Explica o fenômeno do direito em várias épocas. Discute-se a interlegalidade de diferentes normas (cruzamento de normas), sociais e jurídicas.
Busca por Contextualizar Socialmente o Direito: contextualiza a sociedade que é regida por dadas normas, e os efeitos sociais dessas normas. O Direito é uma expressão dos antagonismos sociais (debates jurídicos). Expõe as contradições e tenta entendê-las.
Reconstrução da Prática Científica: para a Sociologia do Direito as teorias que são empregadas são distintas aos da dogmática, as quais não fazem sentido para a SD. São utilizadas teorias de Sociólogos, usadas para caracterizar diferentes fenômenos sociais, como a arte. Pesquisadores treinados para o emprego de métodos diferentes aos habituais no campo jurídico (outras áreas do conhecimento).
Busca compreender dos significados da justiça: entender como o direito funciona na sociedade; há divergências e desacordos acerca do que é justo ou injusto; não busca desenvolver uma função prática imediata submetidas à autoridade administrativa do Estado. Não busca definir: “O que é justiça”. Assume o discurso da ciência como um processo de produção do saber, e não como uma superioridade metodológica. A visão político-ideológica não é relevante (direita ou esquerda).
Serve para análise dos efeitos da regulação social; análise de estratégias de regulação social.
Mudança de Paradigma
O trabalho que cada um dos juristas está desenvolvendo (comunidade jurídica), se pautados por uma, ou pela outra, é que definirá uma mudança de paradigma entre a dogmática e o sociojurídico.
Aula 05/04/2016
Texto do Bobbio
Funções Sociais do Direito
1- Da estrutura à função
O ordenamento jurídico italiano foi moldado pelo fascismo (monismo jurídico). No pós Segunda Guerra, os partidos queriam mais direitos sociais e participação democrática. Assistência social à saúde, moradia, urbanismo... Estado de Bem-Estar Social, intervia no campo do trabalho e setores da economia de maneira direta. Surgem grandes empresas estatais, responsáveis por setores estratégicos.
2- Funções Sociais do Direito no Estado Liberal
A segurança (interna e externa), continua sendo um propósito, tanto do Estado Liberal quanto do Social. O judiciário autoriza o uso da força. O Estado tem uma função repressiva.
Kelsen tinha uma ideia de que o Estado era um instrumento de coação para reprimir certas condutas. Marx se também se refere ao Estado Liberal.
O Estado Social precisa promover mudanças de maneira célere. Promoção de políticas públicas com certos objetivos.
3- Funções Sociais do Direito no Estado Social
As funções do direito são múltiplas, sendo modificadas ao longo da história, pois são objeto de luta política (no Estado Social não há consenso sobre onde devem ser aplicados os gastos).
As análise das funções do direito requer juízo de valor, tendo funções positivas (boas), negativas (más), ou disfuncionais.
Categorizar as funções: 
Regulação de comportamentos;
Resolução de conflitos submetidos a uma autoridade;
Organização do poder (direito constitucional), aparece com mais força no Estado Social (direito financeiro, etc.);
Alocação de Recursos (função distributiva).
Como são exercidas as funções:
Sanção (resposta estatal diante do descumprimento de uma norma);
Sanção negativa (função repressiva) e sanção positiva (função promocional).
Grupo C (segunda aproximação: função positiva, negativa e disfunção)
PALAVRA: Empreguismo.
Que regras jurídicas e qual aspecto relacionado ao direito.
Estrutura normativa que legitima os cargos e atos administrativos que determinam o provimento de cargos.
Determinar a função social do direito na história.
Os cargos de confiança vieram para o bem, por isso a função é positiva, mas ocorre uma disfunção, pois há muitos cargos que causam letargia no funcionalismo público.
No caso de um Estado Liberal, a função seria negativa, pois é contra o inchamento do Estado.
Aula 12/04/2016
Texto - Boaventura
Pluralismo Jurídico
Cartografia Simbólica do Direito
Escala Local; Nacional; Global.
Projeção (perspectiva): Geocentrismo (a conduta é reprimida pelas leis anti-racismo); Egocentrismo (na visão da torcida a conduta é incentivada e premiada moralmente).
Simbolização: Homérica (ritualismo); Bíblica (ideia de boa fé).
Trabalho em aula
Identificar a conduta/comportamento da foto (xingamentos do torcedor ao goleiro)
Analisar como a conduta é regulada (categorizar conforme escala, projeção e simbolização e posicionar em um dos quadrantes: formal/informal + oficial/não oficial).
Discutir como se dava a regulação anteriormente à Copa e posteriormente.
Direito Oficial/Não Oficial (formal/informal)
Condutas da torcida em estádios de futebol
Aula 19/04/2016
Texto - Bourdieu
A distinção entre campo social e campo jurídico é uma construção da própria sociedade.
As normas (jurídicas e sociais) são imperativos de conduta, reproduzidas socialmente (comunicadas). Há uma expectativa do indivíduo acerca dos outros indivíduos ao entorno.
Tipos de Normas
Aspectos Acidentais: classificação binária (normas sociais gerais => normas especificamente jurídicas)
Norma Jurídica:	Parquímetro.
Norma Social:	Regulação informal pelo flanelinha (custo 5 pila e pagar antes; algumas pessoas têm preferência; a pena é ter o carro riscado), não precisa ser legítima para ser seguida (não precisa de juízo de valor sobre a justiça das normas).
Prática Jurídica:	Agentes públicos.
Prática Social:	O agente da prática social é o motorista, Pagamento ou não ao flanelinha.
PROVA 26/04/2016
CORREÇÃO 03/05/2016
(Eu fiz a prova sem estudar pelas as provas de semestres passados. A maioria dos colegas tinha as provas e se deram bem. As questões são muito parecidas.)
DECORAR:
- No livro “Princípios Fundamentais as Sociologia do Direito”, Eugen Ehrlich problematiza a noção de que o direito é uma ordem coativa estatal. A visão do autor sobre o CONCEITO DE DIREITO é que nunca existiu uma época em que o direito proclamado pelo Estado tivesse sido único direito.
Sobre a concepção de direito dominante em princípios do século XX, da importância da ordem jurídica interna das associações humanas:
- Para Ehrlich, as normas necessitam de legitimação social, e devem ser usadas por diversos grupos sociais para sua efetivação (a fonte das normas jurídicas NÃO é o poder dos círculos dominantes);
- A força coativa das normas sociais, sejam elas jurídicas ou de outro tipo, emana das associações sociais;
- A ordem jurídica interna das associações é mais importante que as prescrições jurídicas para as condutas humanas.
- Quanto à dogmática jurídica entendida como paradigma científico (texto de Vera Andrade):
(F) É evidenciado SOMENTE em um dos desdobramentosdisciplinares da ciência jurídica, qual seja, o Direito Civil, uma vez que não se materializa em outros ramos como o Direito Constitucional.
(F) É o modelo de ciência jurídica tradicional, que já existia tanto na cultura jurídica medieval como na romana.
(V) É evidenciada pela autoimagem compartilhada poelo juristas sobre o caráter científico do trabalho que realizam, referindo-se a um modelo geral de ciência jurídica que se materializa em diferente desdobramentos disciplinares.
(V) Sua função social é garantir a maior uniformização e previsibilidade possível das decisões judiciais e, consequentemente, a segurança jurídica.
(V) A visão que de si mesmo oferece é de neutralidade valorativa, quer em relação a sistemas econômicos ou políticos, quer em relação a grupos ou classes dentro de um sistema social.
(V) É IMPRÓPRIA a alusão tanto a uma “dogmática romana” como a uma “dogmática medieval”, uma vez que o modelo dogmático propriamente dito procede da Escola Histórica, surgida no contexto da Europa continental do século XIX.
- Em “Visões Alternativas do Direito no Brasil”, Ricardo Guarabara identifica duas correntes que se encontram por trás do rótulo “direito alternativo”.
Sobre a corrente “Uso Alternativo do Direito”:
(V) VALORIZA o ordenamento jurídico vigente e propõe-se a construir um novo direito.
(V) De reconhecida influência europeia, tem na hermenêutica sue principal instrumento de ação crítica.
(F) Propõe a prestação de serviços de assessoria jurídica aos segmentos populares, enfatizando a importância da educação e da conscientização para que as próprias comunidades possam buscar soluções para os seus problemas.
(F) Acredita na neutralidade político-ideológica do Poder Juriciário.
Sobre a corrente “Direito Insurgente/Achado na Rua”:
(V) PROPÕE a prestação de serviços de assessoria jurídica...
(V ) NÃO acredita na neutralidade do judiciário...
(F) Destacam-se entre seus líderes alguns magistrados da região sul do país, que se propõem a repensar a interpretação e a aplicação das normas do direito oficial vigente a partir de dentro do Estado.
(F) De reconhecida influência europeia...
- Para Kelsen, o direito é ordenamento coativo, um instrumento disponível para as mais diversas funções.
- Marx e Engels definem o direito como ordenamento coativo que tem por função proteger a classe dominante.
- Karl Marx (séc. XIX), NÃO teorizou a passagem do Estado Liberal para o Estado Social (séc. XX).
- Paralelamente a passagem do Estado Liberal para o Estado Social, ocorreu uma modificação das funções do direito estatal.
- Na passagem do Estado Liberal para o Estado Social, ocorreram tamanhas mudanças nas tarefas estatais que o exercício da função de regular os comportamentos assumiu formas diversas da tradicional, a qual repousava na intimidação por meio da sanção negativa.
- No que se refere à discussão sobre o pluralismo jurídico (Boaventura de Sousa Santos):
(F) O fenômeno da pluralidade de ordens jurídicas ocorre APENAS nas sociedades tradicionais e nos países periféricos;
(F) O fenômeno da pluralidade de ordens jurídicas ocorre TÃO-SOMENTE em sociedades tradicionais ou nos países periféricos
(V) Na atualidade o direito oficial estatal é tendenciosamente a forma mais importante de juridicidade;
(V) Existem na sociedade formas de direito formais e informais, oficiais e não oficiais;
(V) É hoje pacífica na sociologia do direito, e fundamentada em múltiplas investigações empíricas, a verificação de que circulam na sociedade não uma, mas várias formas de direito ou modelo de juridicidade;
(F) O objetivo de mapear várias formas de direito ou modos de juridicidade é necessariamente INCOMPATÍVEL com a ideia de que, na atualidade, o direito oficial estatal é tendenciosamente a forma mais importante de juridicidade;
(V) A cartografia simbólica do direito visa encorajar um debate trivial e vulgar do fenômeno jurídico;
(V) O Estado moderno assenta no pressuposto de que o direito opera segundo uma única escala, a escala do Estado;
(V) Há uma crescente tensão entre a projeção geocêntrica do direito pelos Estados-nação e a projeção egocêntrica do direito pelos agentes econômicos transnacionais.
- Quanto ao conceito sociológico de campo jurídico (Pierre Bourdieu):
(F) Por conta do desenvolvimento do habitus jurídico, o campo jurídico é tão-somente em lugar de cooperação entre os agentes e instituições que têm o poder de dizer o direito, INDEPENDENTEMENTE de suas posições e interesses;
(V) As práticas jurídicas não estão isoladas da relação de pressão externas;
(F) As práticas e os discursos jurídicos são produtos do campo jurídico, um universo social completamente independente em relação às pressões externas;
(F) As práticas e os discursos jurídicos são produtos do campo jurídico, um universo social completamente INDEPENDENTE em relação às pressões externas;
(F) Embora os agentes do campo jurídico vivam da produção e da venda de bens e de serviços jurídicos, no seu trabalho profissional evitam ao máximo se deixar guiar por fatores como interesses financeiros, políticos ou afinidades com seus clientes;
(V) Formas específicas de capital estão associadas às diferentes posições dos agentes no campo jurídico, pois a posição do jurista depende da espécie do capital (capital jurídico e outras formas de capital);
(V) O uso da linguagem jurídica contribuiu para facilitar a adesão dos profanos à ideologia profissional dos juristas a saber, a crença na neutralidade e na autonomia do direito e dos juristas;
(F) A cisão social entre profanos e profissionais, ambos agentes no campo jurídico, refere-se às espécies de capital associadas às suas diferentes posições;
(F) O campo jurídico é tão-somente um lugar de cooperação entre os agentes e instituições que têm o poder de dizer o direito, independentemente de suas posições e interesses.
ENTENDER E ESCREVER NA PROVA:
1. Significado de paradigma científico (Valor 1,0) e traçar um paralelo destacando as principais diferenças entre o paradigma dogmático e o paradigma sociojurídico (Valor 1,0):
- Paradigmas tem a ver com aquilo que as comunidades científicas partilham. Ver a aula com as diferenças entre os paradigmas.
2. Principais diferenças entre o paradigma dogmático e o paradigma sociojurídico. O significado de um paradigma científico, identificando comparativamente as características de cada paradigma (Valor 2,5).
3. Eugen Ehrlich critica contundentemente a concepção sobre o estudo do direito dominante entre os juristas em princípios do séc. XX. Escrever quais são as principais diferenças entre esta concepção e a proposta de Ehrlich para o estudo do fenômeno jurídico (Valor 2,5).
4. Principais diferenças e semelhanças entre o “direito achado na rua” e o “uso alternativo do direito”. Comparação das características dessas correntes que marcaram a trajetória do pensamento jurídico crítico no Brasil (Valor 2,5).
5. (SEMPRE CAI) Escolha uma determinada prática social com a qual você tenha familiaridade, (a) contextualizando-a temporal e espacialmente, e discorra sobre sua regulação na vida cotidiana. Não deixe de ilustrar a discussão com exemplos concretos de (b) normas jurídicas, (c) normas sociais e (d) práticas jurídicas que orientam as condutas dos atores implicados.
a) Valor 1,0 ou 0,5;
b) Valor 0,5;
c) Valor 0,5;
d) Valor 0,5: agentes estatais que regulam.
Aula 10/05/2016
Judicialização do Direito à Saúde
Mudanças radicais a partir da Constituição de 1988 (praticamente era inexistente).
Prestações positivas no direito à saúde.
Resposta da Doutrina Jurídica Brasileira: Os juízes podem atuar no sentido de aferir providências positivas 
Aulas 17/05 a 07/06: SEMINÁRIOS TEMÁTICOS
	 
	1.1.1. Qual é o tema específico deste estudo?
	1.1.2. Qual é a pergunta central que a pesquisa busca responder?
	1.1.3. Por que é relevante responder tal pergunta?
	1.2.1. Qual é a afirmação principal do estudo?
	1.2.2. São apresentadas evidências que corroboram a afirmação principal?
	1.2.3. Como está estruturada a exposição do argumento?1.3.1. Quais foram as principais categorias teóricas discutidas?
	1.3.2. Como o estudo foi desenhado e executado metodologicamente?
	1.3.3. Quais fontes de informação foram utilizadas na pesquisa?
	2.1.1. De quem é a autoria do estudo?
	2.1.2. Quem patrocinou/apoiou o estudo?
	2.1.3. Em qual veículo o estudo foi publicado?
	2.2.1. A qual audiência está direcionado o estudo?
	2.2.2. Qual foi a repercussão deste estudo?
	2.2.3. Esta pesquisa tem alguma utilidade prática?
	2.3.1. Quais são os pontos fortes do estudo?
	2.3.2. Quais são os pontos fracos do estudo?
	2.3.3. Como este tema poderia ser estudado futuramente?
	1- JUDICIALIZAÇÃO DA SAÚDE
	Mudanças radicais a partir da Constituição de 1988 (praticamente era inexistente).
Prestações positivas no direito à saúde.
	 
	 
	 
	Elementos (evidências) de cunho quantitativo - a maior parte dos beneficiários tem tal perfil -. Os indicadores nos mostram que o grupo majoritariamente beneficiado (recebimento de medicamentos via judicial) é composto por usuários que não utilizavam o SUS.
O indicador: Profissão relaciona a estabilidade financeira, mas é uma evidência FRÁGIL (não se dá para abstrair tanto desta evidência).
Renda: familiar per capita.
Nível Educacional (se completou o ensino médio); nível de acesso à informação, etc.
	Como o estudo é organizado/escrito. Linguagem acessível, com tabelas comparativas. Há pesquisa empírica.
Revisão da doutrina para ver a sustentação sobre o tema (na dogmática jurídica, carece esse procedimento).
	NÃO HÁ. O texto é extremamente voltado à empiria.
	Elaboração de questionário, com alvo numa faixa de pessoas que utilizavam os medicamentos fornecidos pela Secretaria Estadual de Justiça, comarca de um local específico (SP).
O questionário foi usado para sanar as dúvidas para a tese. Poderia utilizar o banco de dados da própria secretaria, mas era incompleto e seria muito trabalhoso.
Não estudou TODA a população brasileira. Aplicou uma entrevista com o formulário, um a um (na FAGE), convidando as pessoas a responderem.
Quanto mais detalhes estiverem expostos, de como foi realizada a pesquisa, maior será a cientificidade.
	Pesquisa sobre direitos constitucionais, mas o que importaram e foram relevantes para a pesquisa foram as Portarias que regulam o funcionamento do SUS.
Doutrina também foram fontes de informação. Porém, não se encontra muita jurisprudência (há Acórdãos em uma nota na p.96, servindo para mostrar que a doutrina é reproduzida pelas decisões judiciais). Na dogmática jurídica é mais comumente achada uma vasta jurisprudência.
	Mestre no assunto (pesquisadora).
Normalmente, uma pesquisa empírica é mais demorada que uma pesquisa, exclusivamente, sobre a doutrina.
	Bolsa de Mestrado da FAPESQ
	Revista de Direito Administrativo (1945 - surgiu como uma revista de dogmática), vinculada ao Programa de Mestrado.
Os tipos de artigos que são publicados nessa revista são diversos, mais ligados à legislação, organização das normas (dogmática).
	Não publicou em uma revista especializada em Sociologia do Direito, buscando uma audiência de aplicadores do direito, como juízes de direito, advogados e promotores de justiça.
Os principais leitores de revistas científicas são outros pesquisadores.
	Auxiliar a prática e a otimização do sistema.
	O Ministério Público poderia se valer das informações para buscar vias administrativas para a resolução coletiva das demandas.
	Principais qualidades do artigo: estudo empírico, com a confirmação da tese inicial da autora.
	Apreciação negativa: a amostragem foi pequena; a pesquisa pode ter sido um retrado daquilo que já foi superado (momento efêmero/passageiro).
É um estudo incipiente, que pode ser um ponto de partida para pesquisas mais abrangentes.
	Mostrar se o judiciário estaria agindo contra sua própria função, ou seja, "se um remédio é fornecido para uma pessoa que conseguiu o acesso ao judiciário, outra pessoa, no final da fila, está perdendo o direito ao remédio, pois os recursos são limitados". Então, poder-se-ia verificar o impacto econômico das decisões judiciais.
	2- DIREITOS HUMANOS NO PRESÍDIO CENTRAL
	Alimentação dos detentos.
	Qual a relação dos presos com a comida e como isso está relacionada com os direitos humanos.
A alimentação se adéqua aos Direitos Humanos, no Presídio Central?
	A alimentação é um direito dos detentos. É importante, pois eles perderam o direito de ir e vir (liberdade).
A questão da alimentação é muito importante para a permanência da ordem no presídio (prevenir rebeliões).
	No Presídio Central de Porto Alegre, a comida está de acordo com os Direitos Humanos.
	FONTES DE INFORMAÇÃO: Relatos do Diretor, dos carcereiros, das cozinheiras e de uma parte dos detentos que trabalham na cozinha.
As evidências foram retiradas dos argumentos e de fatos como o "engorde" dos presos.
Os presos não reclamam sobre a qualidade, mas sobre a quantidade. Eles também preferiam uma cancha de futebol às melhorias na comida.
A aceitação de uma comida simplória remete à classe da grande maioria dos detentos.
	Quem cozinha como melhor (uma parte dos presos).
Um ponto importante é que, se os presos produzem sua própria comida, não teriam interesse em comer mal. Quem controla as galerias e dividem a comida, em quilos, são os próprios presos. Esse "recorte" é feito para não se ter pratos especiais endereçados a um preso específico, prevenindo o envenenamento.
O espaço da cozinha passa a ser um espaço de poder, diferente do que ocorreria em um ambiente doméstico, que seria relacionado às mulheres.
	Faz uma pequena revisão bibliográfica no início do texto. As questões de sociologia de Portier e Bordeau são essenciais para o desenvolvimento do texto (gosto: depende do modo de vida, classe social; processo de distinção social: busca de diferenciação do estilo de vida).
É um texto mais empírico que teórico. Caracterização qualitativa das comidas para com os Direitos Humanos.
	Metodologia qualitativa, com formas de investigação dentre os funcionários e os presos do Presídio Central. Não buscou resultados estatísticos e só se baseou em respostas de 15 presos. Foram questões abertas, servindo de relatos e histórias contadas. Acaba citando apenas 5 dos presos entrevistados.
	Sociólogos, historiadores, nutricionistas, pesquisas internacionais (americana e francesa), declaração de deputado (fonte documental - CPI), Constituição Federal, legislação infraconstitucional (FONTES SECUNDÁRIAS). Pessoas que trabalham e vivem no Presídio Central (FONTE PRIMÁRIA).
Uma fonte TERCIÁRIA seria a Wikipédia...
	É graduado em Direito pela UFRGS, e Doutor em Sociologia pela UFRGS. Coordena o Programa de Pós na Unirriter, com a temática de Direitos Humanos em Presídios.
	Revista de Direito da FGV.
	Não há informações. Provavelmente utilizou a carga horária de professor para realizar a pesquisa. Atividade de extensão com um grupo de pesquisa.
	Direcionado a pessoas da área jurídica, mais especificamente na área de direitos humanos. Mas pode ser direcionado a pessoas da área da saúde e psicólogos.
Não aparece um jargão jurídico, mais hermético.
	 
	A utilidade prática são as considerações de como funciona a alimentação na cadeia. Promove um debate sobre as condições dos presidiários.
Mesmo estando de acordo com os Direitos Humanos, há muitas coisas que podem ser melhoradas.
	Busca dos presos em trabalhar na cozinha, por suas vantagens (há um melhor espaço para receber as visitas).
Que a questão foi respondida: a comida está de acordo com os direitos humanos.
	Não há muito referencial teórico sobre a questão do respeito aos Direitos Humanos.
A conclusão não tem muita base, justamente por se tratar de poucas entrevistas. Seria uma conclusão do que sai da cozinha, mas não do que chega às galerias. O melhor seria entrevistar pessoas que tinham saído recentemente do presídio (ou com a família dos presos, ou no Foro, onde passam muitos presos).
Problemas de revisão textual na Revista.
	 
	3- CONCURSOS PÚBLICOS NO BRASIL
	O processode recrutamento de quadros públicos.
	Há um direcionamento institucional, organizado, no recrutamento de quadros públicos?
Os editais, tal como foram formulados, atingem seus objetivos de colocar as pessoas mais apropriadas em cada função?
Qual é o impacto dos concursos públicos na sociedade?
	Sob a ótica do Estado, o entendimento sobre a estrutura que envolve os concursos públicos é importante para sua otimização, pois o concurso é um meio do mesmo para atingir seus fins. Isso pode auxiliar a alterar a situação, em que os concursos são tratados como um fim pela sociedade em geral.
	"parece plausível partir da hipótese segundo a qual vigora no Brasil uma ideologia concurseira" (p. 682).
	Os dados quantitativos demonstram em que medida a ideologia concurseira explica a organização social dos concursos, que se orienta para si, e não para o projeto institucional (p. 699).
	Revisão da doutrina para ver a sustentação sobre o tema (na dogmática jurídica, carece esse procedimento).
Há pesquisa empírica, com gráficos relacionando os dados, de onde partem as análises e conclusão.
	Estado da Arte desenvolvido de forma cronológica, abordando temas sociológicos e pedagógicos, em CONTEÚDO MASSIVO, mas sem relacioná-los diretamente com o tema específico da proposição do artigo (Impacto dos concursos públicos na nossa realidade). Esses tipos de estruturação aparenta ser mais cabível em uma TESE, e não em um artigo científico, com tema mais restrito (provavelmente é um OBJETIVO SECUNDÁRIO da TESE).
Mais relacionado ao tema do trabalho, mostra a evolução da IDEOLOGIA REPUBLICANA, passando pela Ideologia Burocrática até a Ideologia Concurseira.
*Ideologia burocrática é a tônica de uma nova racionalidade gerencial da administração pública, a da gestão do Estado por um corpo de funcionários selecionados por concurso público (WEBER, 1966).
	Estudo empírico quantitativo: Prossegue com a análise quantitativa dos editais publicados entre 2001 e 2010, que recrutaram 41.214 servidores em 698 processos seletivos para 20 órgãos.
Análise sob o ponto de vista teórico quanto metodológico (fl. 6). Não será nosso foco uma abordagem principiológica a partir do Direito Constitucional ou Administrativo (fl. 6).
Metodologia dedutiva, a partir dos conceitos científicos gerais, partindo para uma validação da hipótese de que há uma ideologia concurseira.
	Ideologia = tipos ideais (WEBER, 1991) - fl. 3.
Sociologia X Pedagogia (DURKHEIM, 1938; 1973) - fl. 6.
Força da origem familiar na determinação da futura posição social (THELOT, 1982) - fl. 6.
Primazia masculina sobre as mulheres nas fileiras de ensino correspondentes às profissões mais valorizadas (BAUDELOT; ESTABLET, 1990).
Crise da meritocracia em virtude da incapacidade de equalização social na escola (GOLDTHORPE, 1996) - fl. 7.
Dissertação de Carro (2007) se debruça sobre o perfil dos candidatos para residência no SUS (fl. 8).
Sérgio Buarque de Holanda (2005), Raymundo Faoro (1977) e Victor Nunes Leal (1976), tornaram quase todas as análises científicas acerca da administração pública brasileira diretamente vinculada a um diagnóstico de disfuncionalidade ou crise (fl. 12).
A crença que o judiciário e o direito podem produzir mudança social é, na realidade, uma ideologia (SCHEINGOLD 2004).
DADOS: Havia um universo de 73 órgãos recrutadores em nível nacional, mas devido a limitações de tempo e de orçamento, analisou-se somente 20 destes. O critério de amostragem foi à utilização dos órgãos que recrutaram maior número de pessoas, bem como priorização aos que tinham carreira jurídica e, portanto, maiores salários (fl. 15).
	Fernando de Castro Fontainha, entre outros coautores (Professores de diversas universidades, Doutores em Direito e Sociologia).
Camila Souza Alves, doutoranda em Direito pela USP (provavelmente ESCREVEU o artigo, sendo um dos objetivos secundários de sua Tese).
	É a resposta à chamada formulada pela Secretaria de Assuntos Legislativos do Ministério da Justiça, por meio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento – PNUD, em torno do seguinte tema: “processos de seleção para a contratação de funcionários públicos”.
Implementado por meio de cartas-acordo com instituições de ensino e pesquisa de todo o país. O objetivo é o fomento à pesquisa de caráter empírico e multidisciplinar de assuntos jurídicos pouco debatidos na academia, mas em discussão na sociedade.
	Revista Jurídica da Presidência, com publicação em 2014.
Instituída pela Portaria no 434, de 20 de junho de 2005, do Ministro de Estado Chefe da Casa Civil (na verdede foi criada, com outro nome, em 1997), a Revista tem como missão estimular pesquisas independentes sobre temas jurídicos relevantes para a Administração Pública, promovendo maior intercâmbio entre seus órgãos jurídicos e a produção científica nacional.
- pesquisas e estudos independentes sobre a atuação do Poder Público em todas as áreas do direito.
	Público-alvo da iniciativa
• Instituições de ensino superior e de pesquisa na área do direito e temas correlacionados;
• Servidores da Secretaria de Assuntos Legislativos;
• Pesquisadores;
• Parlamentares.
http://repositorio.enap.gov.br/bitstream/handle/1/273/055%20-%20Projeto%20Pensando%20o%20Direito.pdf?sequence=1
	Não foram encontradas citações deste artigo, até por ser relativamente novo.
	Resultados esperados:
• Qualificação do processo legislativo, aprofundando a análise dos impactos potenciais
das proposições legislativas em discussão;
• Aumento do número de pesquisas jurídicas voltadas para o processo legislativo;
• Maior participação da academia no processo legislativo.
http://repositorio.enap.gov.br/bitstream/handle/1/273/055%20-%20Projeto%20Pensando%20o%20Direito.pdf?sequence=1
	Apresenta um "caráter exploratório", tentando adrentar em pontos ainda não abordados nas ciências sociais, o que fomenta uma grande discussão sobre o assunto.
Realizou uma varredura dos editais, obtendo uma estatística sobre os pontos e elementos apresentados pelos mesmos. Isso deve auxiliar o poder público a ter melhor padronização e ponderar sobre esses elementos: quais seriam essenciais e o que poderia ser adicionado nos certames dos concursos, como avaliações práticas, por exemplo.
	1- O artigo critica que nenhum edital analisado requisitou as habilidades ou aptidões práticas que precisariam ter em seu trabalho. Na verdade, não explica que “aptidões” extras seriam essas, pois os editais já referem o tipo de diploma superior ou grau de educação necessário. Porém, não faz alusão a concursos que tenham pré-requisitos, como experiência na área (em anos).
2- Os autores analisam os dados de editais brutos, tentando validar hipóteses teóricas definidas previamente.
 “parece plausível partir da hipótese segundo a qual vigora no Brasil uma ideologia concurseira" (p. 682).
No entanto, deixam a desejar sobre o aspecto de como os editais são elaborados pela administração, e o porquê de não terem relação entre si.
Mostra, com base em gráfico, que “a remuneração média acompanha a complexidade do certame, aqui expressa pelo número de fases”, mas pode estar alterando a relação de causa e efeito sem se dar conta. Na verdade, é mais lúcido dizer que a complexidade do certame aumenta para maior remuneração média.
	Abordagem do tema sobre os tramites administrativos dos editais. Como o edital é proposto originalmente, como ocorre o processo de aceitação orçamentária para os cargos e como ocorre a fiscalização do certame pelos órgãos de controle. Tudo isso influencia no resultado final da estrutura de cada edital, sendo cada edital único.
	4- O DIREITO DAS FAVELAS
	Presença do Estado Legal no Rio de Janeiro, de forma a integrar as favelas ao meio urbano.
	O que o Estado deve aplicar para garantir a moradia, em um crescimento urbano racional.
	Abordagem da relação de Compra e Venda das residências.
Questões sociais envolvendo a posse e a propriedade.
	Para que as políticas de regularização fundiária do Estado tenham êxito devem ser considerados todos os atores envolvidos,como as associações de moradores.
	 
	 
	 
	Apresenta o que é apresentado pela literatura como uma verdade. Faz uma varredura de campo e descobre que a literatura não está totalmente correta. Então, faz um trabalho minucioso para reconstruir o estado da arte.
	Entrevistas com 22 moradores (incluindo o presidente da associação).
	É um dos produtos resultantes de uma tese de doutorado.
	Bolsa de Doutorado, além de recursos do próprio autor.
	Revista de Estudos Sociais (uma das mais importantes no campo do planejamento urbano).
	Publico Acadêmico.
	Mostrou qual é a porta de entrada do Estado na favela, que é a associação. Mudou os paradigmas das teses que eram aceitas anteriormente.
	Políticas de regularização fundiária do Estado.
	Mostra como se dá a relação da "favela" com o Estado: através da associação de moradores.
Os resultados da situação específica (estudo em questão), poderão ser transferidos para outra situação semelhante.
	O aprofundamento no tema não foi tão longe devido aos perigos envolvidos (zona de tráfico e gangues). Ainda, não houve recursos financiadores da pesquisa em si, apenas de manutenção do aluno de doutorado.
	Dar um espaço maior para os moradores, nos questionários (através das redes sociais). O problema é que não pegaria a população mais miserável.
Será que os juízes levam em consideração as normas não oficiais.
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Em verde: já foi verificado pelo COLEGA respectivo.
	
	Quesito (a) da prova II
	Quesito (c) da prova II
	
	
	
	
	
	
	
	Em vermelho: ainda falta a resposta OFICIAL.
	
	Quesito (b) da prova II
	Quesito (d) da prova II
	
	
	
	
	
	
Redação sobre os Seminários Temáticos
(a) O recente (XXX) estudo coordenado por XXX, intitulado XXX, busca responder perguntas pertinentes: XXX? XXX? XXX? (XXX... A pesquisa, através da análise de editais dos concursos, identificou uma crise...), utilizando um vasto banco de dados e um enorme peso das evidências que sustentam o estudo.
(b) [Explicação teórica sobre a afirmação principal, apresentando evidências que corroboram esta afirmação].
(c) [Fontes de informação utilizadas]. [explicitação dos dados obtidos no estudo...].
(d) [conclusões: pontos fortes e fracos].

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