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DIREITO CONSTITUCIONAL II, Prof. Baggio

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DIREITO CONSTITUCIONAL II
Prof. Roberta Baggio
1	Aula 07/03/2016	2
Modelo Federativo Brasileiro	5
2	Aula 14/03/2016	6
3	Aula 21/03/2016	7
Caso AMIANTO	7
4	Aula 28/03/2016	8
Medida de Exceção e Estado de Exceção	8
5	Aula 04/04/2016	9
Estado de Exceção	9
6	Aula 11/04/2016	10
Republicanismo Cívico	10
Modelos Normativos de Democracia	10
7	Aula 18/04/2016	11
A nacionalidade na CF 88	11
8	Aula 25/04/2016	12
9	Aula 02/05/2016	13
10	Aula 09/05/2016	13
Direitos Partidários	13
Cláusula de Barreira	15
Presidencialismo e decisão partidária	15
11	Aula 16/05/2016	16
Poderes legislativos do Executivo	16
Poder Executivo Brasileiro	17
12	Aula 23/05/2016	18
Poder Legislativo	18
13	Aula 30/05/2016	20
Eleições Proporcionais	20
Eleições Majoritárias	21
14	Aula 06/06/2016	22
Processo Legislativo	22
Aula 07/03/2016
O Tema dos trabalhos não caem em prova!!!
21/03/2016 Trabalho em sala de aula sobre o caso federativo do AMIANTO.
04/04/2016: Filme e trabalho.
18/04/2016: Trabalho sobre o estado de exceção.
02/05/2016: Trabalho sobre os Direitos Políticos e Nacionalidade.
20/06/2016: PROVA: 2ª Parte da matéria (cai na prova); Poder Executivo, Legislativo e Processo Legislativo.
27/06/2016: Prova de substituição da PROVA (quem não fez a prova – cai a matéria do semestre inteiro).
04/07/2016: Prova de recuperação para quem não atingiu 6,0 (C) – matéria do semestre inteiro (média com a nota do semestre).
SISTEMA POLÍTICO IDEAL (comentários em aula - decorar para a prova!)
- Voto distrital misto, sem emenda parlamentar.
- Lista fechada dos partidos, mas com prévias eleitorais para que os eleitores decidam a ordem de candidatos dos partidos (diminuindo o poder da cúpula dos partidos).
- Ministros do Supremo deveriam ser indicados/legitimados pelos três poderes (3 para cada = 9 ministros).
- O peso do voto de quem mora em São Paulo vale menos que o peso de quem vota no Acre, para os deputados. “Esta é a maior cláusula de barreira do sistema”. Então, o ideal é que quem conseguiu de eleger por São Paulo, por exemplo, que tenha vantagens semelhantes as dos que os partidos têm hoje, como maior tempo de televisão e maior recurso do fundo partidário.
Para os Deputados, a paridade de representação dos estados (mínimo de 8 deputados por estado), causa uma desproporcionalidade de representação popular. Isso foi impetrado no período de Getúlio Vargas, para diminuir o peso dos estados de SP e MG.
- Três possibilidades de RECALL: chamamento pelo povo; pelo Congresso; ou pelo próprio Presidente.
Depois de chamado o recall, então a permanência do presidente seria submetida a Referendo, decidido pela população.
Presidencialismo sem o Vice-Presidente, e sem o Impeachment.
- Voto majoritário para Senadores (como funciona hoje) não é muito adequado, pois o suplente que assume após vacância da vaga não têm relação com o voto do povo.
O Sistema Proporcional garante melhor representatividade que o Sistema Majoritário, porém, para o brasileiro, a figura do candidato ainda é importante (para que o mesmo entenda o funcionamento eleitoral).
Sem suplência de senadores (na vacância da vaga seve seguir o próximo mais votado, e não a figura do suplente, indicado pelo partido).
- O voto secreto na Câmara e Senado é importante para “assuntos democráticos internos”, como a eleição do Presidente da Câmara. Assim, questões sobre a legitimidade da pauta, dados às propostas de algum deputado associado a uma legenda específica não pode ser discutido.
Autores (Mai/2013) identificaram que a pauta da Reforma Política estava sendo direcionada para um “SISTEMA IDEAL” com fortalecimento dos partidos de situação, visando à convergência para um sistema de partido único:
<https://plus.google.com/105193352569699409491/posts/9ZwDxj9wX5y>
Procedimentos propostos depois das Manifestações de Jun/2013 para se proceder com uma reforma política com base nas reivindicações do povo (plebiscito ou referendo):
<https://plus.google.com/105193352569699409491/posts/cRsbKcZqQkQ>
O tema sobre a representação das minorias é polêmico:
Advoga-se a ideia de que as minorias NÃO são representadas no Sistema Majoritário, e SÃO representadas no Sistema Proporcional. Porém, uma disposição contrária, justamente, é demonstrada a seguir:
Borja, J. G. (2015) explica sobre a diferença crucial entre a formação cultural alemã e a brasileira, sendo aquela com costumes provenientes de distritos internos (origem feudal descentralizada), e a formação cultural do Brasil originária de uma divisão territorial imposta por decisão imperial (as culturas colonizadoras foram dispersas). Sendo assim, as “minorias” alemãs, mencionadas por Kelsen, tratam-se de “micro culturas regionais” e, portanto, seu postulado quanto a isso não é aplicado ao Brasil, o qual tem minorias étnicas espalhadas por todo o território nacional.
Nos EUA, houve efetivamente um pacto federativo, sendo assim, adotou-se o sistema de voto distrital. No caso da eleição presidencial é indireto, com delegados que representam os distritos. Isto faz com que as minorias sejam definitivamente excluídas em âmbito executivo federal, pois, dispersas em todo o país, não possuem representatividade suficiente em cada estado. Esta foi a causa do resultado do bipartidarismo americano, com duas ideologias de massa. Já no caso das eleições do legislativo, os distritos impedem de vez que uma minoria dispersa em todo o território nacional seja representada.
No Sistema Proporcional, os parlamentares são eleitos conforme a proporção de votos que os partidos políticos recebem. Isso faz com que a grande maioria dos congressistas não seja conhecida pelos eleitores, cortando-se o elo entre eleito e eleitorado. Nesse tipo de sistema prevalece o voto ideológico em detrimento do voto pragmático. Esse sistema vigora na Alemanha (com pouca influência do majoritário), mas não causou os malefícios vistos no Brasil, pois não rompe com as culturas (ideologias) das regiões alemãs (distritos históricos). Porém, no caso de um país com culturas dispersas em todo o território nacional, esse sistema é um poderoso propulsor de fundamentalismos, dividindo a representação em poucas ideologias globais. Assim, as minorias perderem totalmente a representatividade eficaz, apesar de serem representadas por alguns partidos políticos pequenos. O Sistema Majoritário corrige isso, pois enfraquece as maiorias à medida que se tornam fundamentalistas (LINK abaixo), dando espaço para pensamentos plurais e minoritários.
REFERÊNCIAS:
BORJA, J. G. (2015) – Pontos que devem ser corrigidos na estrutura de poderes brasileira. Revista Estado Democrático de Direito – Política. Disponível em: https://plus.google.com/u/0/105193352569699409491/posts/WFmxaUpNJaW
-------------------> início da aula
Hiperpresidencialismo => mecanismos derivados dos regimes autoritários da América Latina.
CF 88 => melhor constituição relativo às garantias individuais (é a mais democrática), porém repete o padrão constitucional brasileiro. O presidencialismo brasileiro tem um padrão que remete à um patamar de estabilidade (o maior tempo de estabilidade política do país – agendas políticas adotadas pelos governantes).
Presidencialismo de coalizão... regionalmente, as pressões que as oligarquias fazem é decisiva para as decisões nacionais. Partidos são chapa de governo a nível federal, mas em nível estadual são oposição. “O peso das decisões da União sofrem o peso das oligarquias regionais”.
“Não há ideologia partidária e, portanto, não há fidelidade, em nome da liberdade partidária”.
A CF de 88 desenha o padrão de constitucionalismo vivido no Brasil.
Conjuntura institucional => padrão de apoderamento do poder judiciário (modelo de controle de constitucionalidade mais forte que existe – modelo difuso, todos os juízes tem poder de controle de constitucionalidade). Porém, fortalece o MP e as defensorias (em escassez de defensores públicos e dificuldade de estruturação).
Judiciário aberto a fazer intervenções => aumenta o nível de judicialização.
Sob o ponto devista substancial => debate de formas jurídicas (ignora o direito em si).
Princípios também são normas => o Brasil não tem tradição de seguir jurisprudência (hoje é uma coisa e amanhã é outra). Liberdade de expressão abordado de diferentes maneiras, por exemplo.
Fidelidade Partidária. O TSE tinha uma normativa para cargos de eleições proporcionais, mas não havia para eleições majoritárias, como senadores (Marta Suplicy). O STF decidiu que para esse caso não caracterizava infidelidade partidária.
A política brasileira é “personalista”. No majoritário se vota na pessoa. Um prefeito disse que seus eleitores votaram na sua pessoa, e não no partido, como justificativa para mudar de partido.
Medida Provisória, juízo de admissibilidade (se é de relevância e urgência) => o Renan Calheiros recusou uma MP da Dilma, mas antes deveria uma comissão analisar a relevância da matéria.
Crime de Responsabilidade (Impeachment), o sistema presidencialismo foi criado para dar mais estabilidade que o parlamentarismo.
Mas... em números, o presidencialismo e o parlamentarismo não tem diferença (Estudo de Limongi).
Modelo Federativo Brasileiro
Surge no estado americano: no momento em que declara a ruptura com a coroa britânica, a colônia já vivia um modelo muito forte e enraizada de auto-governo (tinham conselhos populares – de colonos).
Aumento de impostos causa consequências nos colonos: “sem representação não há taxação”. Queriam representantes das colônias no parlamento inglês.
Debate entre federalistas e anti-federalistas (radicais pelo auto-governo – Thomas Jefferson, John Adams, não queriam decidir o sistema político para o restante das gerações futuras como acorreu como os constituintes brasileiros de 1988 – quem reforma não retira seus privilégios). Não queriam um poder central (queriam estados independentes, confederação).
Federalistas: Hamilton, George Washington, queriam um poder central. Unidade territorial com poder diminuto entre os estados da federação, que trataria dos assuntos comuns entre os estados. Sistema de subsidiariedade do medievo, que dava alguma autonomia aos padres nas paróquias.
Estado Unitário=> centralizado (desconcentração – sem autonomia, apenas executa). Estado Federado => descentralização, com autonomia política.
Divisão clássica de competências: determinação das competências de um poder central, explicitamente no texto constitucional, e das dos poderes periféricos (competência residual) – os estados são mais poderosos, fase que vai até a quebra da bolsa de 29.
Normas com pauta no comércio exterior.
A Federação proibiu a comercialização de itens que tinham como uso de trabalho infantil. Mas a corte decidiu que isso era inconstitucional, permitindo as decisões de cada estado.
Para sair da crise de 29, a federação (Roosevelt), que tinha a prerrogativa de imprimir moeda, resgatou os estados e tomou o protagonismo. Estado de bem estar social => o poder do Estado se fortalece inevitavelmente.
Poderes periféricos de competência compartilhada (modelo clássico alemão).
A federação brasileira adota os dois tipos de competência. De acordo com a matéria: Conceito de unidade de conservação => nacional. Administração de reserva ecológica => poder periférico.
A federação brasileira já nasce com viés centralizado.
O estado federado é indicado para países com grande extensão territorial. O modelo descentralizado é menos propício a formas ditatoriais.
Na república velha é o período de maior descentralização, antes de 1988. O estado central tenta se consolidar, mas com uso das oligarquias locais => nasce o coronelismo brasileiro (política do café-com-leite).
Em 1982 tiveram-se eleições diretas para governadores => investiram nos deputados da nova constituinte (os deputados federais seriam os futuros constituintes).
Com a constituinte de 1988, cria-se a federação de três níveis: União, estados e municípios. A fragmentação do território favoreceu às oligarquias municipais.
Aula 14/03/2016
Níveis de produção normativa que não são níveis hierárquicos.
Mecanismos de resolução de conflitos de normas: hierarquia, especialidade, especificidade.
Entes que, de acordo com o texto constitucional, podem produzir leis sobre determinado assunto. CF de 88, as normas gerais têm uma tendência centralizadora, tolhendo os interesses dos estados e municípios.
Classificação das competências constitucionais HORIZONTAIS (Sentido clássico, as competências não se comunicam, são exclusivas a cada ente da federação). Os poderes periféricos também têm autonomia de legislar (nos EUA têm autonomia também do judiciário).
Matéria administrativa e legislativa (produção normativa) => divisão de competências entre a União (Art. 21-22), estados (Art. 25) e municípios (Art. 30), descrita na constituição.
Nos EUA, a divisão é EXCLUSIVA para os poderes periféricos. Define de modo exaustivo as competências do poder central, sobrando as competências residuais para os estados membros.
Origem no Estado Alemão => divisão de competências COMPARTILHADAS (VERTICAIS), entre os entes da federação.
Competência administrativa (Art. 23)
Competência legislativa (Art. 24)
Administração Indireta; Estados => DESCENTRALIZAÇÃO.
Administração Direta => Ministros de Estado (DESCONCENTRAÇÃO, pode tomar de volta).
Art. 21 => Competências de ação administrativa (“verbos” na CF). Art. 22 => Competências legislativas (produção normativa, “matérias” na CF).
Art. 21 => Compete a União: emitir moeda, explorar diretamente ou por concessão os serviços de telecomunicações, etc.
Art. 22 => União (Compete privativamente – pode ser delegado a outrem, desconcentração): direito civil, penal, processual, marítimo, radio difusão (as rádios locais devem pedir autorização para o poder central), etc.
Art. 23 e 24 (Competência COMPARTILHADA).
Competência comum da União, dos estados e dos municípios: (muito amplas, estão mais para “competências do Estado para com a sociedade”), responsabilidade compartilhada pelo fornecimento de medicamentos (lista de medicamentos pela ANVISA, com definição pelo STF), proteger o meio ambiente, combater as causas da pobreza, etc.
Atuação SUPLETIVA => o ente da federação se substitui ao ente federativo originariamente detentor da competência para exercer o licenciamento ambiental.
Atuação SUBSIDIÁRIA => legislação que se soma à já existente.
Art. 24 (Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar CONCORRENTEMENTE).
O município está fora.
(Incisos amplos), Proteção do meio ambiente, recursos naturais, etc.
A competência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais (qualquer norma que trate de interesses comuns, territorialmente, a todos os estados membros). Os estados podem SUPLEMENTAR a legislação da União.
Inexistindo norma geral, regional, o estado pode estabelecer norma geral. Porém, a União é superveniente (suspende, mas não revoga – mesmo nível de hierarquia).
Art. 30. Competência dos municípios.
Legislar sobre assuntos de interesse local, e SUPLEMENTAR a legislação federal e estadual neste âmbito.
Aula 21/03/2016
Caso AMIANTO
Caso do Grupo 1
=> No Art. 22, se a União não legislou, o estado não pode legislar a respeito!!!
Caso do Grupo 2
=> que o transporte publico fosse somente por ônibus
 => a confederação nacional da indústria disse que era inconstitucional, pois invadia a competência privativa (EXCLUSIVA) da União, pois somente ela poderia legislar sobre transporte.
 => o Grupo achou que é sobre o Art. 22 (limitam o tipo de transporte ao invés de somente tratar da segurança), invadindo, sim, a competência da União.
 => a Prof. acha que dizer que é uma proteção ao trabalhador (Art. 24), é forçar a barra.
Caso do Grupo 3
=>A Lei em questão (estadual) não interfere na competência legislativa da União. Se trata de matéria tratada concorrentemente entre estados a União e o DF.
=> Conforme o § 2º, “A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência suplementar dos Estados”. Então, mesmo se a União legislar sobreregras gerais já legisladas pelo estado, a lei do estado não será declarada inconstitucional, mas será suspensa.
Sob o ponto de vista LEITE: no plano regional.
§ 2º - A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência suplementar dos Estados.
Sob o ponto de vista: Leite de Cabra.
§ 3º - Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades.
Caso do Grupo 4
=> Ação proposta pela Confederação Federal do Comércio
 => a lei visava estabilizar o conflito entre postos de combustíveis sobre gasolina (procedência).
 => queria a aplicação do Art. 22
 => o ganho de causa foi para o Governador (Art. 24, produção e consumo e responsabilidade do dano)
Aula 28/03/2016
Medida de Exceção e Estado de Exceção
Intervenção Federal - Art. 34,35,36 da C.F. (não se confunde com estado de segurança e estado de sítio). O Estado de Direito não está funcionando normalmente: nomeia-se um interventor. No período da CF de 1988. Por precatórios (o estado não obedece), no RS o Tribunal de Justiça determinou que o Governador deveria pagar os servidores até o último dia, sem parcelamento.
1. Espontânea - ex officio do (direta do) Presidente da República
Art. 34, I, II, II e V.
Art. 21, V.
Oitiva dos (poder discricionário do presidente, mas ouve os) Conselhos da República e da Defesa Nacional (Art. 89 e 91).
Art. 36, par. 1º => decreto interventivo do Presidente (motivos e por quanto tempo, e se nomeará um interventor, deve ser analisado pelo Congresso em 24h).
2. Provocada
Solicitação - Art. 34, IV e 36, I, 1ª parte (Poder Executivo e Legislativo).
3.Por Requisição - Art. 34, IV e Art. 36, I 2ª parte.
- STF, STJ ou TSE (Art. 34, VI e Art. 36, II).
- Intervenções normativas (Art. 34, VII - princípios sensíveis, que podem gerar intervenção federal).
O Procurador Geral da República decide que vai intervir, então deve ser analisado pelo STF. Caso de provimento pelo STF, então o Presidente deverá acatar a notificação do STF.
- Representação Interventiva (Lei 12562/11).
- Ação Direta Interventiva - PGR.
Controle político da Intervenção Federal (Art. 4º, IV)
Fases de Controle: iniciativa (1); judicial (2); política (3); controle (4).
Aula 04/04/2016
Ler texto ‘O Estado de Exceção’.
Cada vez nós vivemos mais em um Estado de Exceção Emergencial Permanente (suspensão do Estado de Direito).
Hoje em dia não é preciso haver um golpe de estado para isso. O autor correlaciona com a ‘Guerra contra o terror’ americana. Essas pequenas questões que causam uma suspensão do Estado de Direito se tornam cada vez mais constantes.
Encontrar um ato normativo de exceção no Brasil => verificar a Medida Provisória e o conceito de usurpação do Poder (concentração do poder em uma esfera), pelo poder executivo em relação ao poder legislativo, afetando a construção legislativa democrática.
As Emendas Parlamentares seriam uma aberração, pois é usada como instrumento de barganha.
A Lei Delegada é também é uma forma de usurpação de poder: “presidente da república, te dou um decreto para que faça o que quiser na Reforma Administrativa”. Isso é feito em nível estadual.
=> trazer para a aula atos normativos que sejam medidas de usurpação de poder.
Estado de Exceção
Estado Emergencial Permanente
Técnica de Governo (decisão política que legaliza); Leis ou medidas de plenos poderes (Lei da Copa, o próprio órgão legislativo abdica de certos poderes)=> erosão dos poderes legislativos pelo executivo (qualquer usurpação de poder causa erosão); Paradigma de Governo (Medidas Provisórias no Brasil).
CLÁSSICO, Medidas Jurídicas Provisórias e excepcionais de contenção da crise política => suspendem a ordem jurídica; Limite entra político e direito.
Situação Paradoxal, é como se o Estado de Exceção pudesse ser legalizado, mas ele já está fora dos limites do direito, isto é, as decisões políticas, o Estado de Exceção usa o medo para legitimar suas medidas; teorias da ditadura constitucional, não é possível defender aquilo que não pertence ao mundo do direito, mas da política ou necessidade.
Estado de Defesa (max de 60 dias): a decisão é do Presidente, mas é obrigado a ouvir os conselhos, garantir a ordem pública, paz social ameaçada (termos amplos), calamidades de grande proporção da natureza... 
Estado de Sítio: ouvindo os conselhos pode solicitar ao Congresso Nacional... em medida ineficaz do Estado de Defesa, ou aversão à ataque estrangeiro... Deverá conter normas com sua duração (máx de 30 dias, podendo ser renovado) e medidas...
Ver: http://br.monografias.com/trabalhos3/medida-provisoria-controle-politico-jurisdicional/medida-provisoria-controle-politico-jurisdicional3.shtml
Aula 11/04/2016
Republicanismo Cívico
Contrario as ideias conservadoras das oligarquias do regime colonial no Brasil. Deve ter participação da vontade popular.
Republicanismo Conservador (inglês) => os direitos dos cidadãos são conquistas históricas e não fruto do jusnaturalismo.
Os partidos e os sindicatos servem para incentivar a participação política para um mundo melhor. É o contrario de uma visão política pautada no interesse (lobby, liberal).
A) Definição governo de leis constitucionalmente limitadas em que cidadãos governam cidadãos
Homens Livres e Iguais (não pode haver hierarquias econômicas para garantir um rodízio sadio de poder) e integrantes da condução dos assuntos comuns (1, ver abaixo) => Cidadãos autores das leis (2, ver abaixo) => Liberdade
B) Fundamentos de Legitimação
Todas as grandes questões políticas necessitam de apuração da vontade popular => Democracia Plebiscitária (Getúlio Vargas não fez o plebiscito para legitimar a constituição depois de 1 ano do golpe, se tivesse feito, ficaria mais uns 30 anos no poder).
(1) => aproximação da Democracia:
Liberal (Vontade Popular transitória voluntarista - visão individual sobre a política, espaço que tem de ser ocupado por representantes de seus interesses, a fim de não receber obstáculos para que se desenvolva seu modelo individual de vida);
Republicana (Voto e procedimentos burocráticos como instrumento de deveres e Virtudes cívicos - Ideia de responsabilidade com o outro, não é a ideia de governantes e governado com personalismo). Voto obrigatório (compromisso com as outras pessoas que às circundam no espaço coletivo); Moderação dos desejos; Promoção do bem público.
O deputado não pode se reeleger (o mandato não é uma profissão).
=> Construção Coletiva da Vontade popular.
(2) => Buscam condições de coexistência civilizada (patamar de civismo, com eleição das virtudes cívicas).
Modelos Normativos de Democracia
Liberal (deontológico, perspectiva kanteana - não interessa a consequência, eu preciso seguir os imperativos categóricos)
=> Usa o plebiscito para passar por cima do Congresso. Após a ditadura uruguaia, a suprema corte disse que as decisões por plebiscito não valiam para sobrepor os direitos das pessoas que estavam sendo violados nas prisões.
Concepção Política: instrumento de validação de interesses particulares.
Função: Mediadores entre Estado e sociedade.
Vontade política: instrumento de exercício de influência liberal sobre a administração.
Estratégia de controle sobre o poder estatal para que seja exercido em favor dos cidadãos, sob o ponto de vista de seus interesses.
Cidadão fundador de direitos subjetivos.
Direitos Pré-Constituídos em relação à política (anteriores à decisão majoritária), não será uma imposição da maioria, é individualista para o desenvolvimento do plano de vida.
As pessoas vivem sob o véu da ignorância (voto facultativo), sem consciência de exploração de classes.
Republicanismo (consequencialista)
=> Utilitarismo: garantir a felicidade para um número maior de pessoas, se tiver que sacrificar algumas não será totalmente rechaçado.
Concepção Política: forma de reflexão sobre um contrato de vida ético.
Função: Constitutivos do processo de coletivização social.
Vontade política horizontal.
Estratégias integrativas:Opinião Pública e Sociedade Civil.
Cidadão determinado pela responsabilidade.
Direitos determinação da vontade popular.
Democracia Deliberativa
=> Modelo ideal (só funciona na Alemanha, proposição do Haberman - aquilo que tem de bom nos dois últimos modelos, condições de liberdade e igualdade). Forma dialógica que tem um poder de desembocar em uma democracia deliberativa (espaço público não estatal). O problema é chegar em um consenso através da racionalidade (viés técnico).
Combinação dos modelos anteriores.
Posição Central para o processo político; Procedimentos democráticos institucionalizados
Teoria Discursiva.
Racionalização das deliberações.
Constituição do Poder Comunicativo (Opinião Pública Organizada).
Sobrevoava Popular confere validação pela interação entre formação da vontade institucionalizada e separação pública mobilizadas.
Aula 18/04/2016
A nacionalidade na CF 88
O exercício do poder político está ligado à nacionalidade. Isto é um equívoco. Em países da América Latina, imigrantes podem votar em contexto regional. Na Escócia, todos os habitantes puderam votar no plebiscito de separação do Reino Unido.
Nacionalidade primária (originária), brasileiros natos.
Art. 12, c, filhos registrados em repartição brasileira competente e que os filhos decidam, atingida a maioridade, pela nacionalidade estrangeira (naturalização provisória que se torna permanente).
Ius Solis (Art.12, I, a)
Ius Sanguinis (Art.12, I, b)
Nacionalidade Secundária (adquirida)
Expressa
Vontade individual.
Ordinária (Art. 12, II, a): Discricionária.
Extraordinária (12, II, b): Vinculada (RE 261 848).
Tácita: Presunção de vontade por lei geral.
Naturalização secundária especial, por matrimônio com diplomata (deve ser requerida, não é tácita).
Naturalização secundária especial, a serviço.
Decreto 86.715/81 - Conselho Nacional Imigração (CNIg).
Lei 9474/97 - Conselho Nacional de Refugiados (CONARE), Concessão de Refúgio pela Via Administrativa. Imigração forçada sob forte ameaça. Visto Humanitário - caso dos haitianos, .
Asilo Político, Art. 4º x CF 88.
Extradição: processo judicial, por requisição do país de nacionalidade da pessoa ou onde tenha cometido algum crime, critério de reciprocidade com tratados; o Brasil se submete ao TPI - Tribunal Penal Internacional -, mas o Brasil não pode extraditar por medidas mais rigorosas que as nossas, teria que ser uma negociação pela pena máxima brasileira.
Expulsão: estrangeiro que atentar contra a ordem pública, é muito amplo.
Deportação: estrangeiro irregular.
Inelegibilidades absolutas
Art.14, par. 2º, estrangeiros e conscritos.
Art.14, par. 4º, analfabetos.
Inelegibilidades relativas
Par.5º-8º, indireta ou reflexa.
Par.9º, Lei Complementar 64, alterada pela LC 135 (Ficha Limpa).
No paradigma de 88, não há perda dos direitos políticos (somente com a perda da naturalidade), mas pode haver suspensão (no caso de incapacidade civil absoluta, pode cessar).
Aula 25/04/2016
Filme Manderlay
Aula 02/05/2016
Discussão sobre o filme Manderlay
- O período do filme ocorre 70 anos após a abolição da escravatura nos EUA.
- a personagem principal critica as coisas erradas, como o pai que é mafioso.
- quando vê um homem sendo chicoteado, pensa que poderá mudar o mundo sozinha.
- pede alguns homens para seu pai e um advogado, para impor seu desejo para algumas pessoas (os escravos da fazenda). Isso é uma crítica ao Republicanismo Conservador Autoritário (“Imposição da Liberdade e da Democracia”, ensinar virtudes cívicas).
- no final, a personagem descobre que as pessoas estavam lá na propriedade porque queriam (eles poderiam ter saído quando acabou a escravidão). Mas tinham decidido permanecer na fazenda, sob a tutela da Senhora, nos mesmos moldes da escravatura. Isso é curioso em relação ao Brasil, pois o primeiro golpe de estado foi a passagem do Império para a República.
Liberalismo
Contrário à lógica de que tudo se resolve com o voluntarismo - decidido pela maioria das pessoas (as pessoas não podem decidir sobre qualquer coisa, como a questão do horário do relógio).
No liberalismo, as pessoas teriam direitos à priori. O Livro da Senhora caracterizava os tipos de escravos, instituindo maior ou menor ração alimentícia, dependendo do tipo.
Eles decidem ficar como estavam (sem liberdade, sendo liderado por uma Senhora), pois é muito mais confortável, não havendo responsabilidades. A hierarquia social induz a um conformismo.
Republicanismo
As decisões políticas sempre envolvem emoções (questão da decisão sobre a pena de morte sobre a velhinha que roubou a sopa da menina doente). No início as pessoas não gostavam de deliberar, mas tomam gosto pelo republicanismo, deixando de lado questões individuais.
A personagem obriga as pessoas a participarem das reuniões (republicanismo autoritário americano).
Aula 09/05/2016
Direitos Partidários
Art. 17 CF e Lei 9096/95 (Lei dos partidos políticos)
Autonomia partidária
Art. 17, §1º (Autonomia partidária - alterado pela emenda 52 -, disciplina no estatuto a proibição de verticalização das coligações)
Art. 6º lei 9504/97 - coligação (funciona como um só partido nas relações com a justiça eleitoral).
Regionalmente, o Brasil têm muitas peculiaridades, que inviabiliza o sistema de verticalização (mesmas coligações em âmbito nacional e regional).
A ausência de verticalização prejudica, pois o sistema de partidos não é definido ideologicamente. Isso faz o cidadão não relevar a votação no partido, e votar na pessoa. A lista aberta (*será estudado mais adiante) também foi causa do voto do brasileiro ser personalíssimo.
EC 52/06 => Emenda do Poder Legislativo, em resposta às decisões do STF e TSE (judicializam sobre financiamento de campanha e cláusula de barreira - ABSURDO! -, então o legislativo corre e faz emendas...).
O STF decidiu previamente à decisão que precisava passar ainda pelo Senado (como um controle de constitucionalidade), através de um julgamento oportunista (estava arquivado a um bom tempo) que o financiamento PRIVADO EMPRESARIAL de campanhas é inconstitucional (interpretou a Constituição que diz “não pode haver influência do poder econômico nas eleições”.).
O STF também retirou as funções do Presidente da Câmara (Eduardo Cunha) sem haver previsão legal. Isso demonstra um desequilíbrio entre poderes e um protagonismo do STF, que representa o Estado de Direito (não tem legitimação popular direta, pois tem seus membros indicados por apenas um dos poderes).
A Câmara dos Deputados representa o povo.
O Senado Federal representa os entes federativos.
ADI 3685 (Questiona à emenda sobre a verticalização - Não passou: o STF disse que o mais importante era a autonomia partidária, que poderiam definir suas coligações).
Fidelidade Partidária
Art. 17, §1º
MS 2427 e MS 23405 (Mandados de Segurança impetrados no STF contra políticos que tinham infringidos as regras de fidelidade).
Consulta 1398 TSE, PFL (27.03.07)
Resolução 22610/07 (Disciplinada pelo TSE, com base na consulta feita pelo PFL: o partido pode expulsar o político do partido e ficar com seu cargo, nos casos de “sem justa causa” - grave discriminação pessoal, fusão ou incorporação, o programa do partido mudou substancialmente, etc.).
Vale para eleições proporcionais.
MS 26603-1 (contra a Marta Suplicy)
Caso Marta Suplicy (09/15), senadora (majoritário) - saída por justa causa devido à mudança substancial do programa de partido.
O STF disse que a Resolução do STE (22610/07) também é valida para os casos de eleição majoritária (SENADORES). O Barroso diz que em eleições majoritárias o voto é “nas pessoas e não nos partidos” (Em tese, este voto deixa em aberto que nem precisaria “justa causa”.).
Cláusula de Barreira
Cláusula de Barreira: cláusula que impõe uma obrigatoriedade de desempenho eleitoral, para que possam deter direitos e deveres (ter líderes partidários, por exemplo, que podem requerer a urgência na votação de projetos).
O Tempo de TV é reduzido dentre os partidos que conseguem líderes,o que prejudicam os minoritários. Os partidos grandes têm naturalmente, mais dinheiro, o que soma ao tempo de TV, o que aparente ser um vício no sistema.
=> O ideal era um mecanismo institucional que fizesse repensar sobre criar um novo partido, sendo mais vantajoso a aderência à partidos já existentes.
Lei 9096/95
Critério para existência de partidos X critérios de atuação dos partidos
Critério para existência de partidos (barreira para a criação de partidos): não adoção do pluripartidarismo (característica não democrática).
O STF fez uma interpretação conforme a Constituição: INCOSTITUCIONAL - Líder partidário (5% dos votos apurados, distribuído em 1/3 dos Estados); INCONSTITUCIONAL - o STF, dentro de 5 dias, fará a distribuição do fundo partidário aos órgão dos partidos, 1% para cada partido e o resto para os partidos com as condições anterior no caso da Câmara dos deputados; INCONSTITUCIONAL - os partidos com as condições acima ganharão programas eleitorais com tempo duas vezes por semestre, etc., e os outros muito pouco tempo.
- A decisão final sobre cláusula de barreira foi dada pelo STF, o que é um absurdo, pois não a representatividade do povo que a Câmara tem.
ADI’s 1351-3 e 1354-8
-inconstitucionais:
Arts. 13 e 41 “obedecendo aos seguintes critérios”, inc. I e II do Art. 41, Arts. 48 e 49 “que atenda ao disposto no Art. 13” e Arts. 56 e 57.
Presidencialismo e decisão partidária
texto Fernando Limongi - (LER para a prova!)
Debate da Ciência Política: os países latino-americanos são eminentemente presidencialistas (vinculados a uma cultura personalista). Em épocas de crise, há uma contestação a esse presidencialismo (querem um regime parlamentarista - justamente por ser menos personalista).
Sistema Hiper-Presidencialismo: há um poder mais forte do executivo. Favoreceu a golpes de estado.
Cita o conceito de Sérgio Abranches (1988): Presidencialismo de coalizão, que diz que o Presidente não se sustentaria somente com a maioria partidária, mas com uma maioria também regional. “O Brasil combina o presidencialismo imperial, com a organização do executivo em grandes coalizões. Eixo Partidário e Eixo Regional: a base de sustentação é tanto político parlamentar quanto político regional.” A eleição dos deputados constituintes de 1988 foi promovida pelos governadores dos estados (tinham a máquina para fazer a eleição).
O nosso presidencialismo de coalizão não difere dos outros (o brasileiro é estável como os regimes parlamentaristas que ocorrem no resto do mundo). Porém, a Constituição de 1988 fez com que o presidente tem o monopólio sobre características legislativas, com o “poder de agenda” (possui maioria no Congresso - apoio partidário consistente), com altos índices de emplacamento de sua agenda política.
Taxa de dominância: relação dos projetos aprovados no Congresso, elaborados pelo Presidente e pelo próprio Congresso.
Taxa de sucesso: relação dos projetos encaminhados pelo Presidente para a Câmara e os que são aprovados.
A tese do Limongi diz que o nosso Presidencialismo é estável, comparado aos regimes parlamentaristas do mundo. Ele comprova isso com as taxas de dominância e de sucesso.
Mas AGORA isso mudou! O Executivo tinha o poder (não tem mais) sobre o Legislativo com as Emendas Parlamentares, que eram liberadas pelo presidente (agora o Congresso administra). Agora as Emendas Parlamentares são vinculadas ao orçamento e os deputados não precisam mais da liberação pelo Executivo. Era uma medida de troca para os congressistas aprovarem MP’s do Executivo!
Medida Provisória, a Medida de Urgência, as Leis Delegadas, ...
Aula 16/05/2016
Poderes legislativos do Executivo
Quadro das alterações institucionais: muita coisa não estava presente na CF de 46.
	CF de 1946	CF de 1998
1. Iniciativas Exclusivas
- projetos administrativos (Art. 101, §1º);	sim	sim
- projetos orçamentários (Art. 165); 	não	sim
- projetos para impostos (Art. 149); 	não	sim
2. Iniciar emendas constitucionais (Art. 60, II). 	não	sim
3. Editar MP’s (Art. 62). 	não	sim
4. Editar leis delegadas (Art. 68). 	não	sim
5. Solicitar regime de urgência (Art. 69, §§1º e 2º). 	não	sim
6. Impor restrições a emendas orçamentárias. 	não	-
EC 86 => Art.’s 165 e 166 da CF (retira o ponto 6 da CF de 1988).
Empoderamento do Poder Executivo => duração do ponto 3 ao ponto 6.
O ponto 3 é muito relevante (o Plano Real foi editado 84 vazes - era uma medida provisória).
Muda drasticamente as relações entre os poderes executivos e legislativo - há transferência do peso político para as decisões das MP’s.
O ponto 4, nunca nenhum presidente pediu isso no Brasil (o legislativo dá um “cheque em branco” para o executivo legislar, mas que deve ser aprovado pelo legislativo - superpoder do presidente venezuelano. No Brasil, apenas o estado do Maranhão, São Paulo e Minas Gerais fazem seu uso).
O ponto 5, passa pelas comissões especiais - pode não chegar no plenário, apenas a tramitação nas comissões pode já ser suficiente).
A comissão de constituição e justiça é obrigatória nos regimes de URGÊNCIA, pedidos pelo presidente, então é decidido no plenário.
O Presidente do Senado (Renan Calheiros) recusou uma MP (sobre desoneração da folha de pagamento) dizendo que não tinha relevância ou urgência, mas deveria ter passado pela Comissão de Constituição e Justiça para definir se era realmente urgente!
É pouco utilizado porque, hoje, temos a medida provisória (é uma herança de um período autoritário - não perderíamos muita coisa sem as MP’s).
O ponto 6, o Eliseu Padilha foi o principal ator da desta PEC (vincula as Emendas Parlamentares ao Orçamento => o deputado recebe assim que entra no orçamento). A aprovação da PEC (necessitava 2/3 em cada uma das casas, em dois turnos), situação que já demonstrava a falência do governo Dilma.
As Emendas Parlamentares (liberação de recursos para projetos de deputados - empoderamento executivo dos parlamentares -, construção de praças, centros esportivos, etc., em âmbito regional, para seus eleitores) eram liberadas conforme decisões do executivo. O executivo tinha poder de barganha para a aprovação de leis no Congresso.
=> Quando finda o poder de barganha do executivo perante o legislativo, a Dilma não consegue manter as relações institucionais. Entramos então em uma crise política, que resultou no impeachment da Dilma.
Poder Executivo Brasileiro
Sistema de governo Presidencialista Art. 76
“Presidencialismo Imperial”: concentração de Chefe de Estado com Chefe de Governo. O Parlamento não participa da formação do Gabinete.
Eleições
- Direta, chapa única, com previsão de 2º turno (Art. 77, §1º);
- Condições de elegibilidade: filiação partidária, +3,5 anos, brasileiro nato e pleno gozo dos direitos políticos (Art. 14, §3º);
Condições para ser eleito: 50%+1 dos votos em dois turnos (§2º, c/c 3º do Art. 77).
- Morte, desistência ou empate: §§4º e 5º do Art. 77;
Posse: Art. 78.
- Declaração de cargo vago: parágrafo único do Art. 78;
Vocação no impedimento ou vacância.
- Art. 79. Substituído no impedimento (caso Dilma-Temer) e sucedido na vacância pelo vice-presidente (caso Tancredo-Sarney);
- Art. 80. Presidente da Câmara (representa o povo) do Senado (representa a federação) e do STF (representa o Estado de Direito).
Novas eleições (Art. 81). Vacância do presidente e vice-presidente - chamamento de novas eleições para complementar o mandato, desde os dois primeiros anos
- Dois últimos anos do mandato: eleições indiretas para complementar o mandato (§1º do Art. 81, Lei 1395/51 e LC 01/62);
- Mera complementação §2º do Art. 81.
Perda de Cargo
- Cassação: Crime de Responsabilidade;
- Extinção: morte, renúncia, suspensão dos direitos;
- Declaração de vacância, parágrafo único do Art. 78;
- Ausência do país sem licença (Art. 83);
- Crimes de Responsabilidade (Art. 85) - Impeachment;
O impeachment não tem natureza penal. Se usa para a revogação do mandato. Na época do Império, as responsabilidades penais e administrativas eram tratadas do mesmo modo. Mas agora jáhá uma divisão (não se pode pagar pelo crime duas vezes).
Probidade administrativa (caso Dilma), Lei orçamentária, respeito às leis, etc.
O impeachment é julgado no parlamento e tem natureza política.
No caso de crimes comuns (leva à prisão), é um rito paralelo e julgado pelo STF.
- Lei especial: Lei 1079/50 (rito de impeachment...);
- Admissão: 2/3 da Câmara (Art. 86);
- Julgamento Senado Federal e STF nas infrações penais comuns (Art. 86);
- Suspensão das funções §1º, Art. 86;
- Prazo de julgamento: 180 dias, §1º do Art. 86;
- Prisão => condenação na infração penal comum (§3º do Art. 86).
Aula 23/05/2016
Poder Legislativo
Composições
Separação Clássica de Poderes, Art. 2º da CF.
Três Poderes.
Bicameralismo => federação, Art. 44.
Câmara dos Deputados: Voto proporcional e representação popular, Art. 45 e Lei Complementar 78/93.
Senado Federal: voto majoritário e representação federativa, Art. 46.
Renovação (1/3 e 2/3) - §2º do Art. 46.
Estrutura
Mesas Diretoras: Era. 57, §§ 4º e 5º.
Mesa do Congresso Nacional §5º. Composição do Art. 58.
Presidente, 1º e 2º Vice-presidente (Câmara e Senado, respectivamente), §§ 1º, 2º, 3º e 4º, Secretários (Câmara/Senado, Câmara/Senado).
Mesa da Câmara de Deputados.
Mesa do Senado Federal.
Comissões, Art. 58.
Funções legislativa e fiscalizadora.
Permanentes: são temáticas.
Temporários.
Comissão Especiais: Avaliação do Impeachment; Sobre alguma Medida Provisória; Análise de propostas de Notáveis (Ex. alteração do Código Civil).
Comissões Externas: no caso de precisar encaminhar missões externas.
Comissões Parlamentares de Inquérito (CPI’s): é um mecanismo de freios e contra pesos (atribuição judicial para os parlamentares).
Composição proporcionalidade.
Poderes de investigação judicial §3º.
Limitação: 5 CPI’s ao mesmo tempo (§4º do Art. 35).
Reserva de Jurisdição (só os juízes podem determinar): inviolabilidade de domicílio, sigilo telefônico e prisão, Art. 5º, XI, XII e LXI.
Conclusões: §3º do Art. 58.
Prazos.
Comissões Mistas: compostas entre senadores e deputados (Escolha de Representação para o Parlamento Mercosul; Comissão para as Mulheres; Apreciação de Contas analisadas pelos Tribunais de Contas; Mudanças Climáticas).
Tribunal de Contas.
Origem: Decreto 966-1/890
Fundamentos
Composição, Art. 73: 9 ministros.
Proporcionalidade na indicação: §2º do Art. 73.
Requisitos dos ministros §1º do Art. 73: o Presidente tem limitações na escolha, pois deve ter 2 do MP (de carreira).
Atribuições, Art. 70 e 71: fiscalização contábil dos três poderes da república.
Funcionamento
Legislatura: 4 anos (quatro sessões legislativas), Art. 44, §u.
Tempo do mandato parlamentar: 1 legislatura p/ deputados e 2 p/ senadores.
Sessão Legislativa: caput do Art. 57.
Sessão Conjunta, Art. 57, §3º: Câmara e Senado (elaborar regimentos comuns, receber o Presidente e Vice, e deliberar sobre vetos).
Convocação extraordinária: interesse público, Art. 57, §6º.
Estado de Sítio: Pelo Presidente da República, com aprovação da maioria absoluta em cada uma das casas do Congresso Nacional.
Medidas Provisórias: serão colocadas imediatamente na pauta do Congresso Nacional. Tranca sessões ordinárias e extraordinárias.
Limitação de matéria da sessão legislativa extraordinária, Art. 57, §§ 7º e 8º.
Funções típicas: legislar, fiscalizar as ações do executivo e tomar contas.
Funções atípicas: investigar por CPI’s e julgar o Presidente e o Vice por crimes de responsabilidade. Aprovar nomeação de autoridades (sabatina) e administrar seus próprios recursos.
Congresso Nacional: matérias legislativas (Art. 48) e competências exclusivas (Art. 49): aprovar regimento interno (não cabe sanção do Presidente da República - são resolvidas por decreto legislativo). Tratados internacionais, autorização de ausência do Presidente e para que ele declare guerra, etc.
Competências privativas da Câmara de Deputados (Art. 51) e do Senado (Art. 52). É um termo sinônimo ao de “competências exclusivas” - também resolvidas por decreto legislativo!
Garantias Constitucionais (imunidades).
Imunidades ou prerrogativas (exclusão de ilicitude): Inviolabilidade ou imunidade material e imunidade civil e penal quanto às opiniões, palavras e votos. Há exclusão de ilícito sobre práticas dos parlamentares, Art. 53.
Prerrogativa processual: regulamentação sobre prisão e processos em curso pobre os congressistas.
Foro, Art. 53, §1º.
Prisão, Art. 53, §2º.
Sustação de Ação Penal, Art. 53, §3º.
Prazo p/ explicação da sustação, Art. 53, §4º.
Suspensão da Prescrição, Art. 53, §5º.
Limitação quanto ao dever de testemunhos, Art. 53, §6º.
Outras imunidades
Isenção do Serviço Militar, Art. 53, §7º.
Imunidades do Estado de Sítio, Art. 53, §8º. Os parlamentares podem retirar seus próprios direitos em um Estado de Sítio, com 2/3 dos votos.
Vedações aos parlamentares: desde a expedição de diploma (Art. 54, I), desde a posse (Art. 54, II).
Responsabilização dos Parlamentares: perda de mandato, etc.
Aula 30/05/2016
Eleições Proporcionais
Representação proporcional, o mais fidedigna possível, em relação às forças políticas existentes. Aplicável ao poder legislativo.
Diferente da proporcionalidade eleitoral/regional, que gera uma desproporção na representatividade do povo.
Lista Aberta
O partido apresenta quantos deputados quiser para ser vereador, deputado estadual ou federal (não há limites).
Voto “uninominal proporcional” (Lista Aberta).
Há determinada concorrência interna no partido, defendendo ideias do candidato e não nas do partido.
Voto personalizado no candidato
Secundarização dos partidos (Alta com petição; Secundarização do programa)
Não beneficia a representação das minorias.
Não há debates nacionais sobre temas minoritários.
INVIABILIZA o funcionamento público exclusivo.
O caixa dois das empresas, fruto da sonegação, ainda iria para as campanhas eleitorais.
Infidelidade partidária (menor poder de cobrança do eleitor)
Diminui a capacidade de “lembrar em todos que votou”, por isso diminui a cobrança.
Lista Fechada
Voto na lista do partido
Definição de ordem para a lista (feita pela quantidade de votos - não gera uma competitividade interna entre os candidatos; lista definida pelo partido - gera mais união e campanha pelo “programa da lista”).
Fortalecimento partidário (Prévias - escolha pelos filiados; Propaganda conjunta da plataforma do partido)
A campanha é para uma “chapa”, por isso o material de campanha é o mesmo e. portanto, a campanha é muito mais barata.
Fortalece o debate sobre questões nacionais de minorias.
A plataforma terá que mostrar debates desse tipo.
PERMITE financiamento público exclusivo
Maior compromisso com a fidelidade partidária
Facilita o acompanhamento
Lista Flexível
Não há um número predefinido e fixo, e a ordem é determinada pelo número de votos de cada candidato.
Eleições Majoritárias
No Brasil: Poder executivo e Senado Federal.
Voto Nacional
Voto Distrital (Puro e Misto - Alemanha, uma parte por majoritário e outra por proporcional em lista fechada).
O partido é secundarizado. O voto é personalista.
Voto por unidade federativa (Distritão)
Os candidatos com maior poder econômico teriam vantagem, devido a necessidade de locomoção em todo o estado.
Propostas de emendas constitucionais que passaram na câmara, agora ainda devem passar pelo Senado Federal.
NÃO PASSARAM: Propostas que não tiveram 3/5 dos votos (emenda constitucional):
Lista fechada (menos votado), distrital misto e distritão (mais votado). Financiamento exclusivo (mais voto que lista fechada).
Financiamento de empresas para partidos e pessoas físicas para candidatos (proposto pelo Cunha em uma extensão da seção - emenda aglutinativa = diferente do que já tinha sido votado, então PASSA na Câmara, mas o STF dá a decisão final, pois julga um caso dizendo que poderia apenas financiamento de pessoas físicas!).
Fim das coligações (NÃO passou); reserva de vagas para mulheres ;30% de candidatas mulheres por partido.
Senador vitalício.
PASSARAM:
Fim dareeleição no executivo.
21 para 18 anos para deputado; agora é 29 anos para governador e senador.
Iniciativa Popular: reduzido de 1% para 0,1% em cinco estados.
Voto impresso na urna eletrônica.
Aula 06/06/2016
Processo Legislativo
Comissão de Constituição e Justiça
 (primeira comissão, obrigatória): controle de constitucionalidade preventivo (o outro controle é o Veto do Presidente).
Se o Presidente não publica, então o Senado deve publicar.
A PUBLICAÇÃO é quando passa a ter efeitos.
Se o veto for derrubado
 (sessão conjunta dos deputados e senadores)
, o Presidente não tem mais o que fazer.
A Casa Criadora é a Câmara dos Deputados
.
A Casa 
Revisora
 é 
o Senado da República
.
A 
palavra final é da CASA CRIADORA.
Segundo caso de controle preventivo de constitucionalidade. Veta se for contrária ao INTERESSE PÚBLICO ou se for INCONSTITUCIONAL.
Lei complementar (maioria absoluta, dos que integram a câmara dos deputados): altera a constituição.
Emenda a Constituição também é por maioria absoluta.
Lei ordinária (maioria simples, dos que estão presentes na sessão): “conforme a lei”.
Não há hierarquia entre Lei complementar e Lei ordinária.
Podem ser levantada por iniciativa popular.
Decretos legislativos, Resoluções, Emendas Complementares e Leis Delegadas: tipos legislativos que não precisam da sanção presidencial.
Lei Delegada: o legislativo dá poderes legislativos ao executivo. Período da delegação e matéria. Nunca foi utilizada em âmbito federal.
Resoluções: tem efeitos internos.
Decreto Legislativo: efeitos externos - Ex. lei internacional.
Emenda Constitucional: cabe apenas ao Poder Reformador (Legislativo/Constituinte). Não passa pelo Poder executivo. Não há iniciativa popular para aprovar uma emenda a Constituição.
Medida Provisória do Executivo: o legislativo deve formar uma comissão mista para analisar se é “relevante ou urgente”, para então não aceitar colocar na pauta do Congresso.
O Presidente já tem o Regime de Urgência (retira algo da tramitação ordinária e entra na pauta do Plenário para votação), por isso há críticas quanto as MP’s. A lei é aprovada em no máximo 100 dias (corta as Comissões - lembrando que a Comissão de Constituição e Justiça é a primeira a passar), mas nas MP’s é 120 dias com o adicional que já entra em vigor imediatamente!
Minas Gerais, São Paulo e Alagoas => usam Lei Delegada para o executivo deliberar sobre matérias, sem dar anuência para com o Legislativo.
Quórum de aprovação
regra geral: Art. 47. Salvo disposição constitucional em contrário, as deliberações de cada Casa e de suas Comissões serão tomadas por maioria dos votos (quorum de aprovação), presente a maioria absoluta (quorum de instauração) de seus membros.
exceções (1/2 < 3/5 < 2/3):
1)lei complementar = quorum de aprovação = MA (maioria absoluta)
2)lei orgânica de municípios e DF = quorum de aprovação = 2/3
3)emenda constitucional = quorum de aprovação = 3/5
4)súmula vinculante = quorum de aprovação = 2/3
5)autorização da Câmara dos Deputados para instauração de processo contra o Presidente e o Vice-Presidente da República e os Ministros de Estado = quorum de aprovação = 2/3
Impeachment = quorum de aprovação = 2/3 do Senado

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