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TRABALHO DIREITO CIVIL

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INTRODUÇÃO
	O presente estudo tem a finalidade de demonstrar a Pessoa Jurídica e suas responsabilidades. Procuramos oferecer, de modo simples e objetivo, a base informativa necessária, para que, compreendamos o conceito de pessoa jurídica e a relação perante a legislação em vigor no tocante à sua responsabilidade civil e como a mesma é aplicada.
	É mister deixar bem claro que este estudo esta longe de ser um trabalho completo, pois não temos a pretensão de esgotar todas as questões relativas ao assunto. A ideia deste estudo é analisar as principais características da pessoa jurídica e como se aplica a responsabilidade civil da mesma de acordo com a legislação vigente.
	O trabalho identifica nos artigos do Código Civil os fundamentos e as características da pessoa jurídica e sua responsabilidade civil. O trabalho, assim, foi dividido em quatro partes distintas, utilizando uma metodologia qualitativa, analisando os valores desta divisão. Assim, os dados coletados em sua analise, tem uma abordagem dialética e monográfica.
	Iniciamos nosso estudo descrevendo sobre o histórico da pessoa jurídica, onde iremos encontrar a origem e a sua consolidação no direito civil, em seguida, na segunda parte, iremos conceituar a pessoa jurídica e sua classificação dentro do nosso ordenamento jurídico e conforme o Código Civil Brasileiro.
	Na terceira parte falaremos brevemente sobre o começo e o fim da existência da pessoa jurídica. E por fim, entramos na responsabilidade civil da pessoa jurídica e suas características concluindo assim nosso tema. É claro que, preferimos não nos aprofundar, uma vez que o presente estudo tem a finalidade especifica de demonstrar de forma resumida e objetiva, o conceito de pessoa jurídica e suas reponsabilidades no âmbito civil.
01 - HISTÓRICO DA PESSOA JURÍDICA.
	A existência das pessoas jurídicas demorou alguns séculos para se estabelecer e, originariamente, baseou-se no Direito Romano com a sua nítida distinção entre os institutos de direito público e os de direito privado, assim como no Direito Canônico em razão das estruturas coletivas que emanavam da Igreja. No entanto, o reconhecimento foi oficializado em 1917 através do Código de Direito Canônico no âmbito da Igreja Apostólica Romana. Assim, ao lado da Igreja, passou-se a reconhecer como pessoa jurídica as unidades corporativas e patrimoniais da época.
	Há duas correntes relacionadas às pessoas jurídicas, as Negativistas e a Afirmativas. A corrente negativista negava o reconhecimento da pessoa jurídica como sujeito de direito autônomo. Os argumentos desses negativistas variavam, alguns diziam que a pessoa jurídica não é sujeito de direito autônomo, mas sim um patrimônio coletivo. Outros diziam que era um condomínio e outros, ainda diziam que é um grupo de pessoas físicas reunidas. Esta corrente era a Teoria Civilista de 1916.
Hoje temos as correntes afirmativas que aceitam a existência da pessoa jurídica como sujeito de direitos e dentre estas, são três que devemos citar pela sua relevância, que são a Ficcionista, a Realidade e a da Realidade Técnica, sendo esta última a mais equilibrada e que foi adotada pelo nosso Código Civil em seu Artigo 45, e que reconhece que a pessoa jurídica é personificada pela técnica do direito, mas não nega a sua atuação social.
02 - CONCEITO E CLASSIFICAÇÃO DAS PESSOAS JURIDICAS.
	
	Antes de fornecer um conceito de "pessoa jurídica", é interessante conhecer o conceito de pessoa. "Pessoa" é o ente físico ou coletivo suscetível de direitos e obrigações, sendo sinônimo de sujeito de direito. Já "sujeito de direito" é aquele que é sujeito de um dever jurídico, de uma pretensão ou titularidade jurídica, que é o poder de fazer valer, através de uma ação, o não cumprimento do dever jurídico, ou melhor, o poder de intervir na produção da decisão judicial. Além das pessoas físicas ou naturais, passou-se a reconhecer, como sujeito de direito, entidades abstratas, criadas pelo homem, às quais se atribui personalidade. São as denominadas pessoas jurídicas, que assim como as pessoas físicas, são criações do direito.
 O Código Civil Brasileiro de 2002, por sua vez, não enuncia o conceito de pessoa jurídica, mas acompanha a conceituação de Clóvis Bevilácqua, qual seja: “todos os agrupamentos de homens que, reunidos para um fim, cuja realização procuram, mostram ter vida própria, distinta da dos indivíduos que os compõem, e necessitando, para a segurança dessa vida, de uma proteção particular do direito”.
Partindo-se do “fato associativo”, noções oriundas da sociologia podem, num primeiro momento, definir pessoa jurídica como um grupo humano, criado na forma da lei, com personalidade jurídica própria, para a realização de determinados fins. Empresário individual, na técnica do direito, é pessoa física; o patrimônio dele responde pelos débitos. Pessoa jurídica é um grupo humano personificado. A doutrina resistiu muito a aceitar pessoa jurídica como sujeito de direitos.
A pessoa jurídica é um sujeito de direito personalizado, assim como as pessoas físicas, em contraposição aos sujeitos de direito despersonalizados, como o nascituro, a massa falida, etc... Desse modo, a pessoa jurídica tem a autorização genérica para a prática de atos jurídicos bem como de qualquer ato, exceto o expressamente proibido. Feitas tais considerações, cabe conceituar pessoa jurídica como o sujeito de direito inanimado personalizado. Pode-se então conceituar pessoa jurídica como sendo "a unidade de pessoas naturais ou de patrimônios, que visa à consecução de certos fins, reconhecida pela ordem jurídica como sujeito de direitos e obrigações.” Em síntese, pessoa jurídica consiste num conjunto de pessoas ou bens, dotado de personalidade jurídica própria e constituído na forma da lei. São três os requisitos para a existência da pessoa jurídica: organização de pessoas ou bens, licitude de propósitos ou fins e capacidade jurídica reconhecida por norma.
	Agora com relação à classificação das pessoas jurídicas, dividimos em três tipos, quanto à nacionalidade, quanto à estrutura interna e quanto à função. Na nacionalidade a pessoa jurídica pode ser “nacional”, quando a sua organização é conforme a lei brasileira e tem a sua sede no país, e a “estrangeira” que não poderá, sem autorização do Poder Executivo, funcionar no país e poderá se nacionalizar se transferir a sua sede para o Brasil.
	Na estrutura interna, temos a pessoa jurídica “Universitas Personarum”, que é a corporação, um conjunto de pessoas que, goza de certos direitos e os exerce por meio de uma vontade única, e temos a “Universitas Bonorum”, que é o patrimônio personalizado destinado a um fim que lhe da unidade. E por fim, na sua função, temos a pessoa jurídica de “Direito Publico Interno e Externo” e de “Direito Privado”. São pessoas jurídicas de direito público externo (C.C., artigo 42) os países estrangeiros, e os organismos internacionais. São pessoas jurídicas de direito público interno (C.C., art. 41) a União Federal, os Estados, os Municípios, as Autarquias, demais entidades de caráter público criado por Lei. São pessoas jurídicas de direito privado (C.C., art. 44) as sociedades simples e empresariais, as associações, as fundações particulares, as organizações religiosas, os partidos políticos e as empresas individuais de responsabilidade limitada. O que distingue as pessoas de direito público das de direito privado é o regime jurídico a que elas estão submetidas, e não a origem dos recursos. O regime jurídico de direito público tem prerrogativas que as pessoas jurídicas de direito privado não possuem. As pessoas de direito privado, essas sim, distinguem-se pelos recursos em estatais e particulares sendo que as estatais constituem-se com recursos públicos e os particulares com recursos particulares.
03 – COMEÇO E FIM DA EXISTENCIA LEGAL DA PESSOA JURIDICA
A Pessoa Jurídica surge através da vontade humana, o ato constitutivo é o poder de constituir,estabelecer e firmar estatuto, o ato constitutivo pode ser Contrato Social ou Estatuto, conforme a pessoa jurídica a ser criada. A primeira é a vontade de duas ou mais pessoas que contribui como bens ou serviços, para determinado fim mediante atividade econômica, a partilhar entre si os resultados. O Estatuto são pessoas jurídicas também com interesse do lucro, que será revertido em sua finalidade.
A existência legal e a personalidade das pessoas jurídicas passam a existir com a inscrição de seus atos constitutivos no registro competente e serão representadas, ativa e passivamente, nos atos judiciais e extrajudiciais, por quem os estatutos designarem, ou, em não consignando, por seus diretores. Seu domicilio é o local de sua sede, seu governo, administração ou direção. As pessoas jurídicas de direito público iniciam-se em razão de determinação constitucional ou de lei especial. Assim é que numa cadeia de atribuições – delegação, competência exclusiva ou concorrente – Estados, municípios e o Distrito Federal estabelecem, cada qual, direitos e deveres espaço temporais. As pessoas jurídicas de direito privado (outrora somente regidas pelo Código Comercial) e os partidos políticos (regidos por lei especifica) tem como fato gerador a vontade humana sem a necessidade de qualquer ato administrativo de concessão ou permissão, salvo nas hipóteses do C.C., arts. 1123 a 1125, e C.C, arts. 1128 a 1141. Elas nascem com o registro de seus atos constitutivos podendo ser unilateral inter vivos ou causa mortis no caso das fundações, ou por ato jurídico bilateral inter vivos no caso das associações e sociedades (C.C., art. 104).
A partir do momento em que há o registro do ato constitutivo no respectivo registro, a pessoa jurídica personifica-se. Para ela nascer é necessária à inscrição do registro do seu ato constitutivo no respectivo sistema de registro público. As pessoas jurídicas que não têm esse registro funcionam como sociedades despersonificadas. Isso é estudado a partir do art. 986, do Código Civil, matéria do direito empresarial. Isso é o que a doutrina anterior denominava sociedade irregular ou de fato. Sociedade que carece do registro do ato constitutivo no sistema do registro público respectivo é despersonificada. As sociedades irregulares são perigosas. Ela pode até ter capacidade processual, mas não é pessoa jurídica. Por isso os sócios respondem pessoalmente. Assim como a pessoa natural, a pessoa jurídica completa o seu ciclo existencial, extinguindo-se. Segundo a classificação consagrada pela doutrina, poderá ser “convencional”, que é aquela deliberada entre os próprios sócios, respeitados o estatuto ou o contrato social, a “administrativa”, que resulta da cassação da autorização de funcionamento, exigida para determinadas sociedades, e a “judicial”, que nesse caso, observada uma das hipóteses de dissolução prevista em lei ou no estatuto, o juiz, por iniciativa de qualquer dos sócios poderá, por sentença, determinar a sua extinção.
A “Teoria da desconsideração da pessoa jurídica” visa coibir aos sócios a obtenção de vantagens que advém do uso da fachada da pessoa jurídica em detrimento do interesse de terceiros. A desconsideração da pessoa jurídica corresponde à responsabilidade pessoal de cada sócio no comando da sociedade. A desconsideração da personalidade da pessoa jurídica é afastar temporariamente sua personalidade para permitir que o credor satisfaça seu direito no patrimônio pessoal do sócio que cometeu o ato abusivo, desconsiderar não é aniquilar a pessoa jurídica, agora na “despersonificação”, não se pretende o simples afastamento temporário de personalidade, mas sim, a extinção da própria pessoa jurídica e o cancelamento do seu registro, como se deu em face de algumas torcidas organizadas em nosso país.
4 – RESPONSABILIDADE CIVIL DA PESSOA JURIDICA
O preceito constitucional prevê duas relações de responsabilidade, quais sejam:
a-) A do Poder Público, (União, Estados, Distrito Federal, Municípios, Administração direta e autarquias e seus delegados) na prestação de serviços públicos perante a vítima do dano, de caráter objetivo, baseada no nexo causal;
 b) A do agente causador do dano, perante com a Administração ou empregador, de caráter subjetivo, calcada no dolo ou culpa.
A responsabilidade civil resulta de um dano, direto ou indireto, causado a patrimônio de terceiro, por dolo, culpa ou simples fato, que deve ser ressarcido. A responsabilidade civil não exclui a responsabilidade criminal, se o fato é descrito como delito, mas coexiste com ela.
Por essa conceituação, a responsabilidade civil desdobra-se em direta, quando recai sobre o próprio autor do ato lesivo, ou indireta, quando incide sobre uma pessoa, por ato praticado por seu representante, mandatário ou por quem, enfim, a lei dispõe ser responsável.
Sendo assim, temos a Responsabilidade Civil das Pessoas Jurídicas de Direito Público externo, interno e de Direito Privado. A responsabilidade exclusivamente moral, de conhecimento do leigo, não é objeto do Direito. Desta última devem ocupar-se outras ciências sociológicas afins, tais como a Religião e a Ética.
Não podemos, porém, negar afinidade entre a responsabilidade jurídica e a responsabilidade moral. O domínio da Moral é mais extenso do que o domínio do Direito, porque "desembaraçado de qualquer fim utilitário, o que não acontece com o direito, cuja função é fazer prevalecer à ordem e assegurar a liberdade individual e harmonia de relações entre os homens" (Dias, 1979:14).
 	A ideia central da responsabilidade civil é a reparação do dano. Por meio dessa reparação restabelece-se o equilíbrio na sociedade. A reparação do dano e os meios conferidos pelo direito para se concretizar essa reparação outorgam aos membros da sociedade foros de segurança. A pessoa jurídica de direito público ou de direito privado é responsável na esfera civil, contratual e extracontratual. 
4.1.- Responsabilidade contratual e extracontratual.
 No campo do direito contratual, tem aplicação o art. 389 do Código Civil, ficando o devedor, pessoa natural ou jurídica, responsável por perdas e danos, no descumprimento da obrigação ou no inadimplemento parcial. O atual Código acrescentou que, nesse caso, além das perdas e danos, o devedor responderá também com juros e atualização monetária segundo índices oficiais, bem como por honorários de advogado. A referência aos honorários de advogado deve ser recebida com certa reserva, porque não haverá honorários se não houver efetiva atividade desse profissional.
Na esfera extracontratual, a responsabilidade das pessoas jurídicas de direito privado decorre do art. 927 do Código Civil, ”aquele que, por ato ilícito, causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo”, no tocante às associações sem intuitivo de lucro. Quanto às sociedades com intuito lucrativo, sua responsabilidade extracontratual deriva da interpretação dos arts. 1.521, 1.522 e 1.523 do Código Civil de 1916, levando-se em conta que a jurisprudência estende os casos de responsabilidade. No vigente Código a matéria vem disciplinada nos arts. 932 e 933. O art. 43 do atual estatuto estabelece a responsabilidade civil das pessoas jurídicas de direito público interno.
 A responsabilidade extracontratual das pessoas jurídicas de direito público por danos causados a particulares pelos órgãos ou funcionários oferece nuanças especiais. O atual Código é expresso naquilo que a jurisprudência já de há muito solidificara, em obediência a princípio constitucional: "As pessoas jurídicas de direito público interno são civilmente responsáveis por atos dos seus agentes que nessa qualidade causem danos a terceiros, ressalvado direito regressivo contra os causadores do dano, se houver, por parte destes, culpa ou dolo" (art. 43, C.C).
 A responsabilidade é sempre ligada ao conceito de obrigação; resulta do comportamento do homem, omissivo ou comissivo, que tenha causado modificação nas relações jurídicas com seu semelhante, com conteúdo patrimonial. Se, por um ato do agente, há prejuízoresultante de infringência de contrato entre as partes, estaremos diante da responsabilidade contratual. Se não há vínculo contratual entre o causador do dano e o prejudicado, a responsabilidade é extracontratual. A doutrina moderna tende a equiparar as duas modalidades, pois ontologicamente não há diferença. Para efeito de estudo, no atual estágio do direito positivo brasileiro, a distinção deve ser mantida, pelo que dispõem os arts. 389, 393 e 927 do atual Código Civil.
 4.2.- Responsabilidade objetiva e subjetiva.
 Responsabilidade objetiva e responsabilidade subjetiva são duas outras divisões da matéria. Esta última é sempre lastreada na ideia central de culpa (lato sensu). A responsabilidade objetiva resulta tão só do fato danoso e do nexo causal, formando a teoria do risco. Por essa teoria, surge o dever de indenizar apenas pelo fato de o sujeito exercer um tipo determinado de atividade.
Nosso Código Civil de 1916 perfilou-se à teoria subjetiva. O Código de 2002 coloca a responsabilidade subjetiva como regra geral, mas o art. 927, parágrafo único, inova ao permitir que o juiz adote a responsabilidade objetiva no caso concreto, não somente nos casos especificados em lei, mas também quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem. Sobre essa nova dimensão da responsabilidade objetiva em nosso direito, discorremos no volume dedicado à responsabilidade civil.
No direito privado, entre nós, em princípio, há necessidade de culpa. Contudo, com a crescente publicitação do direito privado, a responsabilidade objetiva vem ganhando terreno. Nos confrontos entre particular e Estado, avulta de importância a responsabilidade objetiva que atende melhor à reparação dos danos e à equidade. Portanto, para o Direito só importarão em responsabilidade civil os fatos ou atos do homem que geram prejuízo econômico, ainda que o dano seja apenas de cunho moral.
 4.3.- A responsabilidade civil do Estado.
A responsabilidade civil do Estado pertence à categoria da responsabilidade por fato de outrem. Nesse aspecto, a pessoa que tem o dever de reparar o dano não é a executora do ato danoso. No dizer de Alvino Lima (1973:27), "a responsabilidade civil pelo fato de outrem se verifica todas as vezes que alguém responde pelas consequências jurídicas de um ato material de outrem, ocasionando ilegalmente um dano à terceiro. Em matéria de responsabilidade pelo fato de outrem, a reparação do dano cabe a uma pessoa que é materialmente estranha à sua realização". 
O responsável pela reparação está ligado ao causador do dano por um liame jurídico, em situação de subordinação ou submissão, em caráter permanente ou eventual. A doutrina dominante e erigida em lei, entre nós, no que toca ao fundamento da responsabilidade das pessoas jurídicas de direito público, é a teoria da garantia. O Poder Público, no exercício de sua atividade em prol do bem comum, tem o dever de garantir os direitos dos particulares contra danos a eles causados. Se houve lesão de um particular, sem excludente para o Estado, deve ser reparada. O Estado tem esse dever, mais do que qualquer outra pessoa jurídica, justamente por sua finalidade de tudo fazer para assegurar a atividade dos particulares em prol do progresso da coletividade.
 Contudo, para atingir esse estágio de desenvolvimento jurídico, muitos séculos decorreram e o princípio não tem a mesma validade para todas as legislações. Modernamente, melhor seria empregarmos a expressão responsabilidade civil da Administração, porque essa responsabilidade surge dos atos de administração e não dos atos do Estado como entidade política. Mas este é um tema que requer mais aprofundamento, o que não é o nosso objetivo principal com este presente estudo.
CONCLUSÃO
Ao final deste trabalho, o que podemos concluir é que as pessoas jurídicas são sujeitos de Direitos e Obrigações, elas são criadas através da vontade de duas ou mais pessoas, uma vez constituindo a pessoa jurídica, ela passa a ter vida própria, ela será responsabilizada de acordo com o ato que for praticado. Ela só é válida mediante o ato constitutivo que pode ser Contrato Social ou Estatuto, conforme a sociedade a ser criada. Importante ressaltar que ela ao nomear algum representante, e ele resultar algum dano a outrem, a empresa será responsabilizada conforme o ato praticado. 
A pessoa jurídica é independente da pessoa física, pois ela irá responder de acordo com a sua personalidade, apenas nas desconsiderações da pessoa jurídica a pessoa física pode responder pela pessoa jurídica. Na regra geral, sabemos que as associações não visam o lucro, mas na prática é um pouco diferente, ela pode sim obter lucro, mas apenas para ser reinvestido em sua finalidade.
A pessoa jurídica tanto de direito público quanto de direito privado é responsável na esfera civil. A responsabilidade é sempre ligada ao conceito de obrigação, resulta do comportamento do homem, omisso ou comissivo, que tenha causado modificação nas relações jurídicas com seu semelhante, com conteúdo patrimonial. Portanto, não podemos, porém, negar afinidade entre a responsabilidade jurídica e a responsabilidade moral. O domínio da Moral é mais extenso do que o domínio do Direito.
 A Constituição Federal de 1988, com o objetivo de conferir maior garantia aos indivíduos que sofressem prejuízo decorrente da prestação de serviço público, estabeleceu que as pessoas jurídicas de direito público e de direito privado prestadoras desse serviço responderiam objetivamente pelos danos causados. Levando em consideração que todas as pessoas que se submetem a situação de risco decorrente de atividades administrativas devem ser tuteladas, o texto constitucional estabeleceu o mesmo regime de responsabilidade extracontratual para as pessoas jurídicas de direito público e de direito privado.
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
ESSER, Renata. Resumos de Direito e Atualizações. Disponível em: <http://reesser.wordpress.com/2012/06/15/a-pessoa-juridica-no-direito-civil. Acesso em 04 de Junho de 2013.
BÚRIGO, Prof. Esp. Andrea M. L. Pasold. Advocacia Pasold e Associados S/S. Disponível em: < http://www.advocaciapasold.com.br/novidades/resumo_pessoa_juridica.html>. Acesso em 04 de Junho de 2013.
VENOSA, Sílvio de Salvo. Direito Civil – Parte Geral. Disponível em: < http://www.leonildo.com/curso/civil20.htm >. Acesso em 04 de Junho de 2013.
GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Parte Geral. Ed. Saraiva, 2008.
ARAÚJO, Cláudia Fernanda. Responsabilidade Civil Das Pessoas Jurídicas De Direito Público E Privado. Disponível em: < http://www.trabalhosfeitos.com/ensaios/Responsabilidade-Civil-Das-Pessoas-Jurídicas-De/824139.html>. Acesso em 04 de Junho de 2013.

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