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PROJETO : Estupro marital: o inimigo silencioso

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14
UNIRV - UNIVERSIDADE DE RIO VERDE - CAMPUS CAIAPÔNIA
FACULDADE DE DIREITO
ESTUPRO MARITAL: O INIMIGO SILENCIOSO
LAIANE NUNES DO NASCIMENTO
Orientador: Prof. Esp. JOÃO PAULO LOPES CÁCERES
Coorientador: Prof. Esp. LEONARDO COUTO VILELA
Projeto de Pesquisa apresentado à Faculdade de Direito da Unirv - Universidade de Rio Verde - Campus Caiapônia, como parte das exigências para obtenção do título de Bacharel em Direito.
CAIAPÔNIA-GOIÁS
2015
SUMÁRIO
1 TEMA E DELIMITAÇÃO	02
2 JUSTIFICATIVA	02
3 PROBLEMA DE PESQUISA	03
4 CONSTRUÇÃO DAS HIPÓTESES	03
5 OBJETIVOS	04
5.1 Objetivo geral	04
5.2 Objetivos específicos	04
6 REVISÃO DE LITERATURA	05
7 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS	13
8 CRONOGRAMA	15
9 ORÇAMENTO	16
REFERÊNCIAS	17
1 TEMA E SUA DELIMITAÇÃO
Este trabalho tem como escopo principal abordar o assunto referente ao crime de estupro (alicerçado no artigo 213 do Código Penal) durante a constância de uma relação conjugal, ou em outras palavras, o chamado estupro marital, existindo como um inimigo silencioso, em que o marido empreende violência sexual contra a sua própria esposa, fazendo-se assim, que a mesma se torne a vítima do aludido crime em circunstância tão específica.
2 JUSTIFICATIVA
O presente trabalho se justifica pela necessidade de ponderar a questão do crime de estupro, vindo a ocorrer em uma relação matrimonial, ou seja, uma violência sexual versada contra a mulher na vigência da relação conjugal, exercida pelo próprio cônjuge.
Portanto, o mesmo é um tema contemporâneo, o qual demonstra uma grande importância e relevância para o meio social, uma vez que tal delito, ainda continua impregnado e insistindo a permanecerem alguns resquícios de ideias ancestrais do sistema patriarcal, em que a mulher era vislumbrada como um objeto e, sobretudo deveria proporcionar prazer ao varão.
Apesar de todas as profundas transformações sociais já vivenciadas ao longo de toda a história da humanidade, o crime de estupro ainda continua fixado no seio da sociedade hodierna, não fazendo distinção de cor, raça, idade, religião e nem de classes sociais, independentemente do mesmo não encontrar nenhum respaldo no círculo social para se manifestar. 
Este estudo também somará de forma esclarecedora, principalmente aos futuros militantes do direito, pois expressa o intuito e a necessidade de uma análise aprofundada referente a tal tema, mantendo uma visão mais voltada para a nossa realidade social e suas mudanças atuais.
No tocante ao campo jurídico, o mesmo justifica-se pela questão que no crime de estupro o bem jurídico tutelado, ou seja, a liberdade sexual do ser humano, é violada. Nesse prisma percebemos que o direito da mulher (esposa) é infringindo e não respeitado, ainda que garantido constitucionalmente. Sendo assim, para realizar uma abordagem mais esclarecedora de modo a contribuir para o meio social, bem como à comunidade acadêmica, utilizar-se-á argumentos respaldados pelo Direito Penal Brasileiro, divergências doutrinárias e jurisprudenciais.
Considerando tal condição, a pesquisa possui o intuito adjacente de elucidar que o marido pode ser classificado dentro do Direito Penal como sujeito ativo desse crime hediondo, quando para satisfazer seus desejos carnais obriga ou coage a sua esposa a copular e coabitar contra a sua vontade.
Diante do exposto, este projeto propõe uma análise que possa esclarecer o tema proposto de uma forma simples e coerente, tendo como pontos de vista embasamentos jurídicos, doutrinários e jurisprudenciais como meio necessário para inteirar esta referida análise.
3 FORMULAÇÃO DO PROBLEMA
Diante de todas as transformações já sofridas pela sociedade brasileira ao longo dos anos, sabemos que o estupro marital ainda insiste em aparecer como um inimigo silencioso em diversas relações conjugais. Portanto, no que se refere à dignidade da pessoa humana, em especial e, por decorrência desta, a dignidade sexual pode ser considerada violada com a manifestação de tal violência sexual empreendida pelo marido contra a sua própria esposa?
4 HIPÓTESES
Mediante constrangimento ou grave ameaça, o cônjuge submete sua esposa contra a sua vontade a copular, com intuito apenas de satisfazer o seu desejo, aproveitando o matrimônio para justificar o ato cometido.
A liberdade e dignidade é um direito garantido por lei a todo ser humano e sendo assim, a mulher não poderá ser obrigada a fazer ou deixar de fazer qualquer ato que esteja contra sua vontade.
O cônjuge pode ser considerado sujeito ativo do delito de estupro na constância da relação conjugal, de acordo com o Código Penal Brasileiro.
O medo, insegurança e muitas vezes a ausência de informação de que o homem casado pode ser sujeito ativo do crime de estupro tendo como vitima sua esposa, faz com que inúmeras mulheres permaneçam inertes e submetidas a violência sexual constante em sua relação conjugal.
5 OBJETIVOS
5.1 Objetivo geral
Investigar a questão da ocorrência do crime de estupro marital, uma violência sexual versada contra a mulher na constância do casamento, onde o abusador é um inimigo silencioso, ou seja, o seu próprio cônjuge. Buscando analisar precedentes judiciais e posicionamentos doutrinários.
5.2 Objetivos específicos
Elucidar a evolução histórica do crime de estupro concedendo uma maior ênfase para os dias contemporâneos, dentro do ordenamento jurídico brasileiro.
Analisar discussões doutrinárias e seus posicionamentos acerca da questão do delito de estupro empreendido pelo marido contra a sua própria esposa.
Demonstrar que o crime de estupro marital viola não só o corpo, mas, sobretudo a dignidade da pessoa humana, nesse sentido mais especificamente, a dignidade sexual da mulher (esposa).
Analisar a visão da sociedade contemporânea em relação ao crime de estupro marital.
Apontar dispositivos legais em relação às penalidades cabíveis para o crime de estupro marital. 
6 REVISÃO DA LITERATURA
O crime de estupro marital constitui um delito que acontece na constância de uma relação conjugal, na qual as mulheres são vítimas de uma violência específica, perpetrada por seus esposos. Contudo, para nortear tal delito, procurou-se respaldo no artigo 213 do Código Penal, em vigor integrado na Parte Especial, no Título VI, “Dos crimes contra a dignidade sexual” e Capítulo I, “Dos Crimes contra a liberdade sexual”, a Constituição Federal, as alterações trazidas pela Lei n. 12.015/09, que revogou o dispositivo do artigo 214 que tratava do crime atentado violento ao pudor e o unificou de forma clara ao crime de estupro e a Lei n. 11.340/2006 - Lei Maria da Penha, junto com as divergências doutrinárias e jurisprudenciais.
Desta maneira, analisando a evolução da legislação penal referente ao crime de estupro e seu processo histórico, destaca-se o discurso de Fayet (2011, p. 24) ao enfatizar que “o berço do direito penal brasileiro encontra respaldo na legislação portuguesa introduzida no Brasil no período da colonização, merecendo destaque as Ordenações”. Nos dizeres de Oliveira (2010, p. 29), as mesmas são:
Peças fundamentais da história do direito em Portugal, as Ordenações são compilações de leis sem caráter sistemático, mas nas quais estão oficialmente registradas a normas jurídicas fixadas nos diversos reinados, constituindo, de uma forma geral, o reflexo da luta do Estado pela centralização e pelo estabelecimento de um ponto de equilíbrio entre as várias forças sociais e políticas.
Entretanto, nessa fase de Brasil colônia, ressaltaram-se algumas Ordenações, sendo as mesmas, Afonsinas (1500-1514), Manuelinas (1514-1603) e as Filipinas (1603-1916). A antiga legislação Penal do Brasil apresentou-se no livro V das ordenações Filipinas, as quais pregavam que no crime de conjunção carnal adquirida mediante força, o criminoso seria sentenciado com a morte, mesmo se o indivíduo viesse a se casar com a vítima. Sobre o assunto Fayet (2011, p. 25) descreve:
Nas Ordenações Filipinas, noTítulo XVIII, p. 1168 – Do que dorme per força com qualquer mulher, ou trava dela, ou a leva per sua vontade. Todo homem, de qualquer estado e condição que seja que forçosamente dormir com qualquer mulher, será punido com a pena de morte.
Porém, em 1830, foi divulgado o primeiro Código Criminal do Império do Brasil, em que estava caracterizado o crime de estupro. Abordava todas as relações carnais ilícitas, sendo expressos na Seção I, “Dos crimes sexuais” e no Capítulo II, “Dos crimes contra a segurança da honra”. Nas palavras de Fayet (2011, p. 29), os artigos 222 e 223 da Lei de Dezembro de 1830, enfatizam o crime de estupro:
Art. 222. Ter copula carnal por meio de violencia, ou ameaças, com qualquer mulher honesta. Penas - de prisão por tres a doze annos, e de dotar a offendida. Se a violentada fôr prostituta. Penas - de prisão por um mez a dous annos.
Art. 223. Quando houver simples offensa pessoal para fim libidinoso, causando dôr, ou algum mal corporeo a alguma mulher, sem que se verifique a copula carnal. Penas - de prisão por um a seis mezes, e de multa correspondente á metade do tempo, além das em que incorrer o réo pela offensa.
Em 1890 foi decretado o Código Criminal da República e no mesmo foi acolhida a denominação estupro. Segundo Fayet (2011, p. 31) apresentou-se “os crimes de atentado violento ao pudor e estupro sob o título de “violência carnal”, no âmbito de proteção da segurança da honra, honestidade das famílias e do ultraje público ao pudor”. Sendo que o sua distinção típica inicialmente entre o atentado violento ao pudor e o estupro era que no primeiro era “visto como meio de satisfazer as paixões lascivas” e o estupro, “abrangido como um anseio de cópula vagínica”, ambos expressos sob o título de violência carnal e não mais punidos com a pena de morte. Sendo assim, Fayet (2011, p. 31 e 32) traz os artigos 268 e 269 do Decreto n. 847/1890:
Art. 268. Estuprar mulher virgem ou não, mas honesta: Pena de prisão cellular por um a seis anos.
Art. 269. Chama-se estupro o acto pelo qual o homem abusa com violência de uma mulher, seja virgem ou não. Por violência entende-se não só o emprego da força physica, como o de meios que privarem a mulher de suas faculdades psychicas, e assim da possibilidade de resistir e defender-se, hypnotismo, o chloroformio, o ether, e em geral os anesthesicos e narcoticos.
De acordo com Masson (2014 p. 310), em 1940 entra em vigor o “Decreto-lei n. 2.848, estabelecendo o Código Republicano ou Contemporâneo”, representando um grande avanço por destacar dois crimes sexual empreendidos com o emprego de violência ou grave ameaça, sendo o crime de estupro, no qual o dolo deduz na pretensão livre de constranger a vitima à conjunção carnal e atentado violento ao pudor, sendo que a intenção do indivíduo é a prática de ato libidinoso.
Para Fayet (2011, p. 36), ato libidinoso é “qualquer ato que extravesse o apetite desenfreado de luxúria do agente, excetuada a relação vagínica. Poderá tratar-se do coito anal ou do oral, masturbação, da apalpação de órgãos genitais, da cópula entre os seios ou axilas etc.” Tais aspectos são reforçados nos artigos 213 e 214 do Decreto/Lei n. 2.848/40:
Art. 213. Constranger mulher a conjunção carnal, mediante violência ou grave ameaça. Pena: reclusão de três a oito anos
Art. 214. Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a praticar ou permitir que com ele se pratique ato libidinoso diverso da conjunção carnal. Pena: reclusão de dois a sete ano. (BRASIL, 1940, p. 54)
Entretanto, as penas distintas para esses dois crimes estupro e o atentado violento ao pudor, segundo Fayet (2011 p. 37), “perduraram até a edição da Lei n. 8.072/90 – Lei dos Crimes Hediondos, na qual passou a se considerar como hediondos ambos os crimes, impôs a combinação dos mesmos com o artigo 223 caput e parágrafo único do CP”. Sendo que os artigos 213 e 214 do Código Penal ficaram expressos com uma nova escrita imposta pela Lei n. 8.072/90, sendo posteriormente confirmada pela Lei n. 8.930/94, conferindo nova redação ao artigo 1º. Segundo Oliveira (2010, p. 37):
Art. 213. Constranger mulher à conjunção carnal, mediante violência ou grave ameaça. Pena: reclusão de 06 (seis) a 10 (dez) anos. 
Art. 214. Constranger alguém mediante violência ou grave ameaça, a praticar ou permitir que com ele pratique ato libidinoso diverso da conjunção carnal. Pena: reclusão de 06 (seis) a 10 (dez).
Por conseguinte, para elucidar a aplicabilidade da Lei n. 8.072/90, traslada uma decisão do STJ que prima pela hediondez do crime:
EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA EM RECURSO ESPECIAL. PENAL. ART. 214, CAPUT, C.C. OS ARTS. 224, A, E 226, INCISO II, TODOS DO CÓDIGO PENAL, NA REDAÇÃO ANTERIOR À LEI N.º 12.015/2009. CRIME PRATICADO MEDIANTE VIOLÊNCIA PRESUMIDA. CARÁTER HEDIONDO RECONHECIDO. PRECEDENTES DESTA CORTE E DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA ACOLHIDOS. 1. Os crimes de estupro e atentado violento ao pudor praticados anteriormente à Lei n.º 12.015/2009, ainda que mediante violência presumida, configuram crimes hediondos. Precedentes desta Corte e do Supremo Tribunal Federal. 2. Embargos de divergência acolhidos a fim de reconhecer a hediondez do crime praticado pelo Embargado. (STJ - EREsp: 1225387 RS 2012/0047362-2, Relator: Ministra LAURITA VAZ, Data de Julgamento: 28/08/2013, S3 - TERCEIRA SEÇÃO, Data de Publicação: DJe 04/09/2013).
Para Fayet (2011 p. 38), em agosto de 2009 foram introduzidas algumas modificações trazidas pela Lei n. 12.075, que transformou o Título VI do Código Penal, anteriormente retratado como “dos crimes contra os costumes” para “dos crimes contra a dignidade sexual”, unificando assim os crimes de estupro e de atentado violento ao pudor, revogando o artigo 214 do CP. Nucci (2009, p. 15) descreve que o legislador:
[...] foi além, unificando os crimes similares estupro e atentado violento ao pudor sob uma única denominação e com descrição da conduta típica em único artigo. Denomina-se estupro toda forma de violência se­xual para qualquer fim libidinoso, incluindo, por óbvio, a conjunção carnal.
Segundo Capez (2012, p. 33 e 34) antes da nova Lei n. 12.015/09 o artigo 213 abordava apenas como conjunção carnal a cópula vagínica e os outros atos lascivos encontravam respaldo no art. 214. Entretanto, com a nova redação inserida e a unificação dos artigos em questão, o delito de estupro passou a ter uma nova redação, na qual pode ser considerado como tal crime qualquer atitude com conteúdo sexual que possui como intuito a satisfação da libido.
[...] conjunção carnal: é a cópula vagínica, ou seja, a penetração efetivado membro viril na vagina. A antiga redação do art. 213 do CP somente esse ato sexual, sendo as demais práticas lascivas abrangidas pelo art. 214 do CP, atualmente revogado pela Lei n. 12.015, de sete de agosto de 2009. Ato libidinoso: compreende outras formas de realização do ato sexual, que não a conjunção carnal. São os coitos anormais (por exemplo, a cópula oral e anal), os quais constituíam o crime autônomo de atentado violento ao pudor (CP, antigo art. 214). Pode-se afirmar que ato libidinoso é aquele destinado a satisfazer a lascívia, o apetite sexual. (CAPEZ, 2012, p. 33 e 34).
Todavia, de acordo com Fayet (2011, p. 38), ressalta que a legislação anterior concedia particularmente “proteção jurídica à liberdade sexual da mulher”. No entanto, com o ingresso dessas novas alterações trazidas pela Lei n. 12.015/09, apoiadas no princípio da isonomia consagrado na Constituição Federal de 1988, abriu-se espaço para proteção de qualquer indivíduo seja homem ou mulher, consolidando assim, a liberdade de escolha sexual.
Segundo as palavras de Masson (2014, p. 82) a “liberdade sexual é o direito de dispor do próprio corpo. Cada pessoa tem o direito de escolher seu parceiro sexual, e com ele praticar o ato desejado no momento que reputar adequados” e consequentemente, ambos os sexos feminino ou masculino podem fazer parte do polo ativo do crime de estupro. Desse modo, nos dizeres de Bittencourt(2012, p. 2.328):
[...] homem e mulher têm o direito de negarem-se a submeter-se à prática de atos lascivos ou voluptuosos, sexuais ou eróticos, que não queiram realizar, opondo-se a qualquer possível constrangimento contra quem quer que seja, inclusive contra o próprio cônjuge, namorado (a) ou companheiro (a) (união estável); no exercício dessa liberdade podem, inclusive, escolher o momento, a parceria, o lugar , ou seja, onde, quando, como e com quem lhes interesse compartilhar seus desejos e necessidades sexuais. Em síntese, protege-se, acima de tudo, a dignidade sexual individual, de homem e mulher, indistintamente, consubstanciada na liberdade sexual e direito de escolha.
Nesse sentido, a nova redação inserida pela Lei n. 12.015/09, no artigo 213 do CP, conceitua o crime de estupro como ato de “constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso: Pena - reclusão, de 6 (seis) a 10 (dez) anos”. (BRASIL, 1940, p. 54). Deste modo, para o doutrinador Capez (2012, p. 34) o crime de estupro “passou a abranger a prática de qualquer ato libidinoso, conjunção carnal ou não, ampliando a sua tutela legal para abarcar não só a liberdade sexual da mulher, mas também a do homem”.
Ao exposto percebe-se que se vivencia um ciclo de constantes transformações, muitas delas benéficas e eficazes. Porém, tais mudanças sofridas alteraram as concepções e deixaram os seus reflexos no contexto do Direito.
No entanto, apesar de todas as transformações já vivenciadas e com a ampliação do espaço adquirido pela mulher na sociedade e direitos consolidados constitucionalmente, com a igualdade de gênero, ainda é possível averiguar alguns resquícios da ideologia patriarcal, sistema esse já vivenciado no país, no qual as mulheres eram criadas e educadas desde crianças com desígnio de se dedicarem unicamente aos seus futuros maridos, a cuidarem do lar, possuindo como sua principal incumbência a procriação e a instrução dos filhos, ou seja, estavam em um ângulo de submissão total aos desejos do varão. Tal prerrogativa pode ser verificada nos dizeres de Garcia (2010, p. i):
Historicamente, a mulher ficou subordinada ao poder masculino, tendo basicamente a função de procriação, de manutenção do lar e de educação dos filhos, numa época em que o valor era a força física. Com o passar do tempo, porém, foram sendo criados e produzidos instrumentos que dispensaram a necessidade da força física, mas ainda assim a mulher içou numa posição de inferioridade, sempre destinada a ser um apêndice do homem, jamais seu semelhante. 
Assim, segundo Silva (2011) com o progresso da humanidade ao transcender dos tempos, o século XXI, entra como um basilar norteado para a proteção da mulher, pois mesmo possuindo uma legislação que ampara os mais fracos, ainda existem mulheres que vivem constantemente sendo violentadas, espancadas e sofrendo todos os tipos de agressões, sendo assim, Silva (2011, p. i) destaca-se o surgimento da Lei n. 11.340/06:
A lei nº. 11.340/06, conhecida como Lei Maria da Penha, foi resultado de tratados internacionais, firmados pelo Brasil, com o propósito de não apenas proteger à mulher, vítima de violência doméstica e familiar, mas também prevenir contra futuras agressões e punir os devidos agressores. Foram duas as convenções firmadas pelo Brasil: Convenção sobre a eliminação de todas as formas de discriminação contra a mulher (CEDAW), conhecida como a Lei internacional dos Direitos da mulher e a Convenção Interamericana para prevenir, punir e erradicar a violência contra a mulher, conhecida como “Convenção de Belém do Pará”.
De acordo com Cunha e Pinto (2009, p. 21), tal lei surgiu com intuito de conceder proteção à parte mais fraca, que sofreu ou sofre algum tipo de violência doméstica. Sendo que a mesma se consagrou como Lei Maria da Penha, em homenagem a luta de uma mulher, vítima de seu marido, a farmacêutica Maria da Penha Maia Fernandes. Acerca disso:
O motivo que levou a lei ser “batizada com esse nome, pelo qual, irreversivelmente, passou a ser conhecida, remonta ao ano de 1983. No dia 29 de Maio desse ano, na cidade de Fortaleza, no Estado do Ceará, a farmacêutica Maria da Penha Maia Fernandes, enquanto dormia, foi atingida por um tiro de espingarda desferido por seu então marido, o economista M.A.H. V, colombiano de origem e naturalizado brasileiro. Em razão desse tiro, que atingiu a vítima em sua coluna, destruindo a terceira e quarta vértebras, suportou lesões que deixaram-na paraplégica.[...]Mas as agressões não se limitaram ao dia 29 de maio de 1983. Passada pouco mais de uma semana, quando já retornara para sua casa, a vítima sofreu novo ataque do marido. Desta feita, quando se banhava, recebeu uma descarga elétrica que, segundo o autor, não seria capaz de produzir-lhe qualquer lesão. (CUNHA e PINTO, 2009, p. 21).
Entretanto, Silva (2011, p. i) destaca que o artigo 7º, inciso III, Lei Maria da Penha, (11.340/06), enfatiza a questão da violência sexual, como sendo uma forma de violência doméstica:
Art. 7º - São formas de violência doméstica e familiar contra a mulher, entre outras: 
[...]
III- a violência sexual, entendida como qualquer conduta que a constranja a presenciar, a manter ou a participar de relação sexual não desejada, mediante intimidação, ameaça, coação, ou uso da força; que comercializar ou utilizar, de qualquer modo, a sua sexualidade, que impeça de usar qualquer método contraceptivo ou que force ao matrimônio, a gravidez, ao aborto ou à prostituição, mediante coação, chantagem, suborno ou manipulação; ou que limite ou anule o exercício de seus direitos sexuais e reprodutivos;. (BRASIL, 2006, p. 03).
Todavia, no que se refere ao crime de estupro empreendido na constância do matrimônio, ou seja, o estupro marital, no qual o marido, mediante o emprego de violência ou grave ameaça, constrange a esposa à prática de atos sexuais. Segundo as alegações feitas por Motter (2015, p. i), matrimônio significa:
O matrimônio “legaliza” as relações sexuais entre os cônjuges, pois dentro do casamento ocorre a satisfação do desejo sexual, que é normal e inerente a natureza humana e apazigua a concupiscência, aproxima os sexos e promove o convívio natural entre marido e mulher para enfrentar a realidade e as expectativas de vida em constante mutação.
Portanto, essa violência sevícia, já compôs ensejo de grandes polêmicas no meio doutrinário. Segundo os dizeres de Capez (2012 p. 41), enfatiza que diante desses embates jurídicos destacam duas grandes correntes doutrinárias junto com as suas divergências, sendo a dos doutrinadores mais tradicionais como Nelson Hungria e Magalhães de Noronha, que acolhem e entendem que o consorte (marido) não pode ser acusado pelo crime de estupro em relação sua própria esposa, pois a tal conjunção carnal é uma obrigação do casamento. Porém, para Capez (2012, p. 41) “A cópula decorrente do matrimônio é considerada dever recíproco dos cônjuges, constituindo verdadeiro exercício regular de direito; somente pode a mulher escusar-se se o marido, por exemplo, estiver afetado por moléstia venérea”. Assim sendo, de acordo com as alegações feitas pelo doutrinador Greco (2011, p. 94), referente ao estupro no matrimônio, descreve:
Durante e muito tempo sustentou-se a inadmissibilidade do estupro no contexto do matrimônio. Predominava o argumento de que este crime não podia ser praticado pelo marido contra sua esposa, pois o casamento impunha aos cônjuges direitos e deveres mútuos, entre os quais o debito conjugal. A mulher tinha o dever de atender os anseios sexuais do seu marido, e este podia exigir a prestação quando reputasse adequado. Ele era blindado pelo exercício regular do direito, causa excludente da ilicitude.
Entretanto, de acordo com Delmanto (2002, p. 503) entende que o marido pode vir a ser o sujeito ativo do delito de estupro contra a sua esposa. O mesmo ainda cita outros doutrinadores, decisões criminais e ate mesmo posicionamentoestrangeiro que defendem esse ponto de vista: 
Todavia, entendemos que o marido pode ser autor de estupro contra a própria esposa. O crime de estupro nada mais é do que o delito de constrangimento ilegal (CP, art. 146), mas visando à conjunção carnal, sendo que esta, por si mesma, não é crime autônomo. Assim, embora a relação sexual voluntária seja lícita ao cônjuge, o constrangimento ilegal empregado para realizar a conjunção carnal à força não constitui exercício regular de direito (CP, art. 23, III, 2 a parte), mas, sim, abuso de direito, porquanto a lei civil não autoriza o uso de violência física ou coação moral nas relações sexuais entre os cônjuges ( CELSO DELMANTO, "Exercício e abuso de direito no crime de estupro", in RT 536/257, RDP 28/106 e RDAB 13/105; com posição semelhante, a doutrina mais recente, tanto nacional — João MESTIERI, Do Delito de Estupro, 1982, p. 57; NILO BATISTA, Decisões Criminais Comentadas, 1976, p. 68; DAMÁSIO DE JESUS, Direito Penal — Parte Especial, 1996, v. III, p. 90 — quanto estrangeira — ANIELLO NAPPI, Codice Penale — Parte Speciale, org. por Franco Bricola e Vladimiro Zagrebelsky, UTET, 1996, v. V, pp. 370-1)
Segundo Masson (2014 p. 372), “a nossa sociedade progrediu, os princípios evoluíram e as mulheres alcançaram a merecida igualdade nas relações sócias”, ou seja, conquistaram seus direitos e espaço. Entretanto, ainda assim é possível ocorrer o estupro marital, apesar da lei não conceder privilégio a nenhum dos cônjuges para cometer tal crime, ainda de que o ato sexual esteja inserido em qualquer matrimônio saudável. Contudo, tal fato não assegura o direito aos homens de se utilizarem de violência ou grave ameaça que sua esposa venha praticar atos sexuais com os mesmos. Sobre o assunto assevera Masson (2014, p. 374):
Nos casamentos, indiscutivelmente, as atividades sexuais pressupõem o consentimento válido de ambos os cônjuges. Se qualquer deles se recusar injustificadamente ao cumprimento de qualquer dos deveres matrimoniais, inclusive da famosa “debito conjugal”, o prejudicado deverá pleitear a separação judicial ou então o divórcio, mais nunca valer de meios inaceitáveis (violência ou grave ameaça) para alcançar a conjunção carnal ou qualquer ato libidinoso.
Segundo Garcia (2015, p. i), descreve que o nosso Código Civil, enfatiza em seu artigo 1.566, o que venha a sérios deveres de ambos os cônjuges, sendo os mesmos; “I – fidelidade recíproca; II – vida em comum, no domicilio conjugal; III – mútua assistência; IV – sustento guarda e educação dos filhos; V – respeito e consideração mútuos”.
Contudo, segundo dizeres de Masson (2014, p. 374), o Código Penal em seu artigo 226, descreve “a questão do aumento de pena”. Nesse sentido, se o agente se enquadrar em uma das hipóteses previstas em sua redação, demonstrando assim que o cônjuge poderá ter sua pena aumentada se vier a cometer crime de estupro contra a sua esposa:
Art. 226. A pena é aumentada: I – de quarta parte, se o crime é cometido com o concurso de 2 (duas) ou mais pessoas; II – de metade, se o agente é ascendente, padastro ou madrasta, tio, irmão, cônjuge, companheiro, tutor, curador, preceptor ou embargador da vitima ou por qualquer outro titulo tem autoridade sobre ela. (BRASIL, 1940, p. 57).
De acordo com Pereira (2006, p. i) o marido empreende violência sexual contra sua esposa quando: “forçar ou obriga relações sexuais (mesmo sem uso de violência física); forçar pratica sexuais que causam desconforto ou repulsa; obriga a vitima a olhar imagens pornográficas, quando ela não deseja ou obrigar a vitima a fazer sexo com outras pessoas”.
Entretanto, a mulher sendo casada ou não, possui seus direitos garantidos por lei para dispor de seu próprio corpo ou da sua liberdade sexual como desejar e bem entender, portanto, afirma os dizeres do art. 5º, II, da Constituição Federal que descreve o seguinte; “ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei”. (BRASIL, 1988, p. 03). Segundo os dizeres de Taquary (2013, p. i):
A Constituição Federal Brasileira, de 1988, protege como atributo da pessoa humana a liberdade. Essa expressa à autonomia individual em decidir os rumos de sua vida. Está prevista constitucionalmente em sua forma geral, mas  na legislação infraconstitucional é categorizada em liberdade sexual; de locomoção; de pensar; de expressão, de religião; de credo e todas as suas derivações, de modo a realizar a dignidade da pessoa humana.
Assim sendo, já existem julgados se posicionando de forma a aceitar a admissibilidade da prática do crime de estupro marital. Isso é visível em uma decisão do TJ-SC referente a tal crime:
ESTUPRO, VIOLÊNCIA SEXUAL COMETIDA CONTRA CÔNJUGE VAROA (CP, ART. 213). PALAVRAS DA VÍTIMA, INSUSPEITAS, ALIADAS ÀS DO FILHO ADOLESCENTE, QUE PRESENCIOU A AGRESSÃO E À ÍNDOLE BELICOSA DO RÉU QUE NÃO DEIXAM DÚVIDA QUANTO À PRÁTICA DO DELITO. ABSOLVIÇÃO INVIÁVEL. CONDENAÇÃO MANTIDA. DOSIMETRIA. PENA-BASE EXASPERADA NO ÂMBITO DOS PARÂMETROS PRATICADOS POR ESTA CORTE. PROPORCIONALIDADE COM OS LIMITES DA REPRIMENDA OBSERVADA. RAZOABILIDADE DA PUNIÇÃO EVIDENCIADA NA EXPOSIÇÃO DO TOGADO. MANUTENÇÃO. ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. DEFENSOR NOMEADO PARA ATUAR NO PRIMEIRO GRAU. VERBA QUE ENGLOBA EVENTUAL DEFESA. CORREÇÃO DO VALOR ESTIPULADO NA SENTENÇA, SEGUNDO ORIENTA A LC ESTADUAL N. 155/97. RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO, NESTE PARTICULAR (TJ-SC - ACR: 747841 SC 2008.074784-1, Relator: Irineu João da Silva, Data de Julgamento: 01/04/2009, Segunda Câmara Criminal, Data de Publicação: Apelação Criminal (Réu Preso) n. , de Joinville).
Todavia, diante de todo o exposto verifica-se que o estupro marital, ascende vários questionamentos, os quais merecem ser analisados, principalmente no que tange à questão do consorte forçar sua esposa a copular mediante violência ou grave ameaça. Caso tal delito venha ocorrer o agente estará cometendo crime de estupro. Isto, porque este crime fere, não só o corpo, mas também princípios e diretos basilares garantidos constitucionalmente ao ser humano, como a integridade moral e a dignidade da pessoa humana. 
7 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
O presente trabalho terá como principal enfoque a pesquisa exploratória, sendo realizada por meio do estudo bibliográfico, procurando conceder uma visão geral e de fácil entendimento acerca do fato tema em questão, sendo utilizadas ainda pesquisas alicerçadas no artigo 213 do Código Penal, a Constituição Federal, as alterações trazidas pela Lei n. 12.015/09, a Lei n. 11.340/2006 (Lei Maria da Penha), junto com as divergências doutrinárias e jurisprudências disponíveis ao tema.
A metodologia aplicada será dedutiva, uma vez que serão buscados dados e informações pertinentes ao assunto, para que somente depois deste se possa adquirir uma resposta ao problema embasado.
Nesse sentido, propõe-se materializar o trabalho em nível teórico, para isso, a pesquisa será embasada em fonte indireta, para uma análise indutiva a partir das abordagens teóricas e os seus critérios referentes ao crime de estupro marital. 
Deste modo, o procedimento a ser utilizado para a coleta de dados será por meio de revisão bibliográfica, através de leitura e releituras das doutrinas, leis, jurisprudências, e demais materiais que se façam necessários para alcançamos uma visão clara e coerente para este trabalho.
8 CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO
	2015
	ATIVIDADES
	Fev. 
	Mar 
	Abr.
	Mai
	Jun. 
	Jul. 
	Ago.
	Set
	Out
	Nov. 
	Dez
	Definição do tema e coleta de fontes bibliográficas
	X
	X
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Leitura e interpretação das fontes bibliográficas (fichamento)
	X
	X
	X
	
	
	
	
	
	
	
	
	Elaboração do projeto
	
	X
	X
	
	
	
	
	
	
	
	
	Entrega do projeto à coordenação para apreciação
	
	
	
	X
	
	
	
	
	
	
	
	Reformulação do projeto
	
	
	
	X
	
	
	
	
	
	
	
	Entrega do projeto final ao orientador e defesa
	
	
	
	X
	
	
	
	
	
	
	
	Elaboraçãodo trabalho final (TCC)
	
	
	
	X
	
	
	
	
	
	
	
	Entrega do trabalho final ao orientador
	
	
	
	X
	
	
	
	
	
	
	
	Correções finais
	
	
	
	X
	
	
	
	
	
	
	
	Entrega do trabalho à coordenação
	
	
	
	X
	
	
	
	
	
	
	
9 ORÇAMENTO
	ITEM
	DESCRIÇÃO
	UNIDADE
	QUANTIDADE
	VALOR UNITÁRIO R$
	VALOR TOTAL R$
	1
	Telefonemas e internet
	Pulso
	30
	3,00
	90,00
	2
	Combustível
	Litro
	100
	3,56
	356,00
	3
	Papel A4
	Folha
	500
	0,24
	12,00
	4
	Tinta para impressora
	Cartucho
	1
	24,00
	24,00
	5
	Fotocópia
	Impressão
	200
	0,25
	50,00
	6
	Revisão grammatical
	Serviço
	4
	30,00
	120,00
	TOTAL
	652,00
Fonte de Recursos: O projeto será executado com recursos do (a) próprio (a) pesquisador (a)
REFERÊNCIAS
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm>. Acesso em 15/04/2015.
_________. Código Penal. Decreto-lei nº 2.848, de 07 dezembro de 1940. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del2848.htm>. Acesso em 15/04/2015.
_________. Lei Nº 11.340, de 7 de agosto de 2006. Cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos do § 8º do art. 226 da Constituição Federal, da Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres e da Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher; dispõe sobre a criação dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher; altera o Código de Processo Penal, o Código Penal e a Lei de Execução Penal; e dá outras providências. Disponível em: <http://www.fesurv.br/arquivos/biblioteca/norm_pad_elab_ trab_acad.pdf>. Acesso em 15/04/2015.
__________. Lei Nº 8.072, de 25 de julho de 1990. Dispõe sobre os crimes hediondos, nos termos do art. 5º, inciso XLIII, da Constituição Federal, e determina outras providências. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8072.htm>. Acesso em 15/04/2015.
__________. Superior Tribunal de Justiça. Embargos de divergência em recurso especial. Penal. art. 214, caput, c.c. os arts. 224, a, e 226, inciso ii, todos do código penal, na redação anterior à lei n.º 12.015/2009. Crime praticado mediante violência presumida. Caráter hediondo reconhecido. Precedentes desta corte e do supremo tribunal federal. Embargos de divergência acolhidos. 1. Os crimes de estupro e atentado violento ao pudor praticados anteriormente à lei n.º 12.015/2009, ainda que mediante violência presumida, configuram crimes hediondos. Precedentes desta Corte e do Supremo Tribunal Federal. 2. Embargos de divergência acolhidos a fim de reconhecer a hediondez do crime praticado pelo Embargado. (STJ - EREsp: 1225387 RS 2012/0047362-2, Relator: Ministra Laurita Vaz, data de julgamento: 28/08/2013, S3 - terceira seção, data de publicação: DJe 04/09/2013). Disponível em: <http://stj.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/24124457/embargos-de-divergencia-em-recurso-especial-eresp-1225387-rs-2012-0047362-2-stj>. Acesso em 15/04/2015.
___________. Tribunal de Justiça de Santa Catarina. Estupro, violência sexual cometida contra cônjuge varoa (cp, art. 213). Palavras da vítima, insuspeitas, aliadas às do filho adolescente, que presenciou a agressão e à índole belicosa do réu que não deixam dúvida quanto à prática do delito. Absolvição inviável. Condenação mantida. Dosimetria. Pena-base exasperada no âmbito dos parâmetros praticados por esta corte. Proporcionalidade com os limites da reprimenda observada. Razoabilidade da punição evidenciada na exposição do togado. Manutenção. Assistência judiciária. Honorários advocatícios. Defensor nomeado para atuar no primeiro grau. verba que engloba eventual defesa. Correção do valor estipulado na sentença, segundo orienta a lc estadual n. 155/97. Recurso parcialmente provido, neste particular. TJ-SC - ACR: 747841 SC 2008.074784-1, Relator: Irineu João da Silva, data de Julgamento: 01/04/2009, Segunda Câmara Criminal, data de publicação: Apelação Criminal (Réu Preso) n. , de Joinville.
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