Buscar

Sistema Trifásico

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 9, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

Thiago José de Souza Oliveira
Análise de Sentença:
Sentença Penal Condenatória de Suzane Richthofen – uma análise do sistema trifásico de aplicação da pena base.
Maio de 2012
Introdução
	Ao nascer, somos instituídos no seio de uma convivência social, despontada por conflitos e complexidades. É relevante destacar que, por decorrência dessa impugnação vivencial em um mesmo ciclo coletivo, vontades e interesses se defrontam, gerando assim uma ação, valorada neste entremeio comum de modo aceitável ou não, sendo propenso desta ação, denotada reação.
	Em razão básica, uma das principais problemáticas quanto à junção do Ser em sociedade é a compreensão da liberdade. Desde o instante em que o Homem se permite viver em comum unidade, observa e se estrutura, no intuito de não perder sua Razão livre, de livre Ser existencial.
	Logo no início de sua obra, o doutrinador Fernando Capez apresenta que: 
O Direito Penal é o segmento do ordenamento jurídico que detém a função de selecionar os comportamentos humanos mais graves e perniciosos à coletividade, capazes de colocar em risco valores fundamentais para a convivência social, e descrevê-los como infrações penais, cominando-lhes, em consequência, as respectivas sanções, além de estabelecer todas as regras complementares e gerais necessárias à sua carreta e justa aplicação. (CAPEZ, p. 19, 2011)
	Portanto, em detrimento da vontade do Homem em viver em sociedade, o direito penal surge para uma possível acareação entre a razão do Ser e do Dever Ser, estruturada pelo princípio da liberdade, possibilitando-a. Assim sendo, a lei possibilita a existência da liberdade, somos livres enquanto existirem regras e leis, dispondo pelo resguardo principiológico da Razão do Justo, pela aplicabilidade de uma sanção, cabendo indagar somente se as ações auferidas por sujeitos sociais recebem certa reação – sanção – justa ou não. Como bem sabemos, somos humanos e propensos ao erro. Quais tipos de penas seriam necessários a pia prática e manutenção da ordem social? Deveríamos punir as condutas ou os sujeitos da conduta? Seríamos sujeitos pré-determinados de integridade e justiça para aplicar certa sanção? É perceptível as infinitas indagações a respeito da prática punitiva, mas, cabe certamente a nós, enquanto operadores do direito, averiguar se em determinado instante buscou-se o pio conceito do justo, ou se auferira deixa-la de aplicar.
Considerações iniciais
Para a aplicação de uma pena, assim que denotada uma conduta contraria a compreensão racional moral, de certo complexo social, praticada por um sujeito, deverá ser relevada algumas circunstancias valorativas, elencadas no artigo 59 dos dispositivos penalista, acarretando assim, “O juiz, atendendo à culpabilidade, aos antecedentes, à conduta social, à personalidade do agente, aos motivos, às circunstancias e consequências do crime, bem como ao comportamento da vítima, estabelecerá, conforme seja necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime: I- as penas aplicáveis dentre as cominadas; II- a quantidade de pena aplicável, dentro dos limites previstos; III- o regime inicial de cumprimento da pena privativa de liberdade; IV- a substituição da pena privativa de liberdade aplicada, por outra espécie de pena, se cabível”.
	Para tanto, em detrimento do artigo referente, tendo por estrutura central e inicial, possibilitar-se-á aplicação de uma primeira pena, denominada como pena base. Em decorrência das circunstancias pré-definidas e expressamente descritas no dispositivo, definirá o primeiro passo para o princípio do justo.
	É interessante observarmos ainda que, para ser aplicada essa primeira pena, pena base, dever-se-á atentar para algumas precauções, acarretadas em súmulas auferidas pelo Superior Tribunal de Justiça – STJ – sendo estas, a súmula 231, que discorre que, na incidência da circunstancia atenuante não poderá a redução da pena ser abaixo do mínimo legal. Portanto, não poderá em razão da aplicação de diminuição de pena, ser auferida sanção uma quantitatividade numérica menor a expressamente apresentada em regramento jurídico.
	Também, deverá se atentar a súmula 269, no qual dispõe a respeito da adoção do regime prisional em casos de reincidência, por condenações inferiores a 4 anos, se favoráveis as circunstancias. Ainda, em decorrência de agravo da pena, atentar-se-á para a súmula 444, discorrendo a vedação da utilização de inquérito policial e ações penais em curso, para tal fato.
	Para se chegar a uma somatória matemática punitiva, servirá de fundamento o artigo 68 do Código Penal Brasileiro, apresentando assim o sistema trifásico de aplicação de pena, respeitando as circunstancias judiciais do artigo 59, as circunstâncias agravantes do artigo 61 e as circunstâncias atenuantes do artigo 65 e, por fim, as causas de aumento e diminuição de pena nos artigos 14, § único; 28, § 2º; 70 e 71, § único, todos do Código Penal Brasileiro.
	Em consideração, temos a conclusão de Capez:
A operação de apenamento há de ser fundamentada em cada etapa, possibilitando ao réu, para garantia do exercício de defesa, ciência exata sobre o peso ou o grau de aumento e diminuições, a partir de pena-base isoladamente adotada sob os critérios do art. 59 do CP. O desrespeito ao critério trifásico de aplicação da pena e ausência de fundamentação em cada etapa acarretam a anulação da sentença. (CPAEZ, p. 477, 2011)
Análise da Sentença Penal Condenatória de Suzane Richthofen
	Suzane Louise Richthofen, com 19 anos no tempo do fato, detentora de um perfil completamente afeiçoado, não denotando certa conotação para a razão criminal, planejou a execução de seus pais, com o intuito de ficar com a somatória financeira de sua herança.
	Como descrito pela imprensa nacional, no dia dos fatos, estando sob o vivencia do pernoitar da madrugada, Suzane, já tendo retirado seu irmão mais novo da residência tendo-o levado a um cybercafé, na companhia de seus comparsas, sendo seu namorado, Daniel e, seu cunhado, Cristian, da posse de um automóvel Gol, os três dirigiram para a casa onde descansavam seus pais. Tendo todo o plano já pensado, por volta das doze horas da madrugada, Suzane adentrou em sua casa, percebendo que seus pais estavam dormindo, deu permissão para que entrassem na casa. Armados com barras de ferro, os irmãos entraram no quartos onde repousava os pais de Suzane, auferindo vários golpes na cabeça dos mesmos. 
	Segundo consta, o casal Marisia e Manfred Albert von Richthofen, antes que recebessem os golpes desferidos contra eles, os pais da ré acordaram, tentando se defender dos golpes, sem sucesso. Em laudo necroscópico apresentado, fora concluso que, a mãe da ré morreu por traumatismo crânio-encefálico, causado por instrumento contundente, com vários golpes, tendo morte agônica, se mantendo viva por algum tempo. Já o pai de Suzane, sendo logrou em laudo, não sofrera tanto quanto, tendo morte resultante de traumatismo crânio-encefálico, causado por instrumento contundente.
	Para tanto, o caso ganhou grande repercussão midiática, não sendo necessária sua descrição neste instante. Fato relevante consta da análise proposta à aplicação da pena atendida pelo Juiz do referente caso, Drº ALBERTO ANDERSON FILHO.
	Em detrimento da materialidade da conduta lesiva, praticada pelos agentes não há qualquer indício de dúvidas, pois, mesmo sendo uma razão de complexidade, constituir-se-á claro sua denotação. Um dos grandes nomes da doutrina penalista, o Professor Drº Damásio de Jesus assim aufere que:
[...] nem sempre é coisa simples que resulte de análise ligeira e mecânica da lei, pois os tipos não são valores numéricos, nem puros conceitos lógicos, e sim normas que contêm uma essência que forma um complexo sistema de relações entre uma figura e outra. Para conseguir uma adequação correta é sempre necessário indagar a que figura típica deve atender-se entre as muitas que em regra podem ser aplicadas a determinado comportamento. Na maior parte das vezes o problema assume feição deuma operação complexa, seja porque várias leis podem aplicar-se a ela. Em alguns casos, é correta a aplicação de várias leis ao mesmo fato; em outros, não. A solução se condiciona às relações existentes entre os múltiplos tipos, com base nos princípios que resolvem os conflitos aparentes de normas penais. (DAMÁSIO DE JESUS, 2011).
	Averiguada as condições de perfeito encaixe com as condutas ao descrito penal, fora possível acarretar sua congruência condenatória.
	Por denúncia foram denominados SUZANE LOUISE VON RICHTHOFEN, CRISTIAN CRAVINHOS DE PAULA E SILVA e DANIEL CRAVINHOS DE PAULA E SILVA, pelos crimes de homicídio qualificado, roubo e fraude processual, este último adequado à ré Suzane.
	Antes de adentrar a razão da conduta de cada sujeito desta ação, é interessante abrir uma ressalva quanto ao fato de constar concurso de crimes. O doutrinador Júlio Fabbrini Mirabete assim define o concurso de crimes:
É possível que, em uma mesma oportunidade ou em ocasiões diversas, uma mesma pessoa cometa duas ou mais infrações penais que, e algum modo, estejam ligadas por circunstancias várias. Quando isso ocorre, estamos diante do chamado concurso de crimes (concursus delictorium), que dá origem a suas penas. Não se confunde essa hipótese com a reincidência, circunstancia agravante que ocorre quando o agente, após ter sido condenado irrecorrivelmente por um crime, vem a cometer outro delito. (MIRABETE, p. 314, 2002)
	Fato se consta que, há evidentemente a prática de várias infrações penais contundentes da ação ou omissão dos agentes em questão. Com isso, em concurso material, em conformidade com o disposto no artigo 69 do CPB, as penas foram aplicadas cumulativamente.
	Sobre a ré SUZANE LOUISE VON RICHTHOFEN, coube-a, em julgamento, a coautoria de ambos os crimes de homicídio, resultante de qualificadora, tanto à vítima Manfred Albert Von Richthofen, quanto à Marísia Von Richthofen, não sendo esta a cumpridora da materialidade do verbo penal. Mas, como descreve o dispositivo legal, em seu artigo 29, quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade. Também fora plausível a compreensão de coautoria no crime de fraude processual, acarretado no artigo 347 do CPB.
	Ao réu CRISTIAN CRAVINHOS DE PAULA E SILVA, coube a autoria e materialidade de ambos os crimes de homicídio, acarretados por qualificadora. Também respondera pelo crime de furto e, por fraude processual.
	O réu DANIEL CRAVINHOS DE PAULA E SILVA coubera à materialidade e autoria de ambos os crimes de homicídio, resultante de qualificadora. Ainda, fora auferida a prática criminal de fraude processual.
	Num primeiro instante, para que seja possível o juiz auferir uma pena-base, deverá se atentar as circunstâncias expressas no artigo 59 do CBP. É interessante ressaltar que, não basta uma simples referência genérica de tais circunstâncias, mas, deverá esta ser fundamentada, se referindo de modo específico aos elementos concretizados. Porém, nosso ordenamento é omisso em razão do quantum da pena a ser aplicada, ficando a critério do juiz.
	No segundo momento atentar-se-á as razões de atenuantes e agravantes, tendo de especificar a quantidade de aumento ou de redução, sendo que, em ambos os instantes o numerário não pode sair da limitação proposta em lei, nem ultrapassando o máximo, nem ferindo o mínimo.
	E na terceira e última fase, será relevante o proceder aos aumentos e diminuições de previsão na parte geral e especial, podendo neste instante a pena ficar abaixo do mínimo ou acima do máximo.
	Suzane Richthofen, quanto ao crime de homicídio praticado contra a vítima Manfred Albert Von Richthofen, atendendo ao descrito no artigo 59 do CBP, a seus elementos constitutivos, considerando a culpabilidade – faço neste instante breve ressalva para que, conforme alguns doutrinadores, dentre os quais Fernando Capez, este elemento não deveria fazer parte para a fixação da pena-base, pois esta se concretiza elemento essencial para a caracterização do fato ilícito, portanto, o que se releva é a razão do dolo e a culpa, elementos inseparáveis de qualquer conduta; antecedentes, neste caso não há que se falar neste elemento, pois a ré não possuía ao tempo do fato nenhuma ação ilícita, ou qualquer ato de sua vida pregressa que levasse a um quantum pouco acima do numerário mínimo; conduta social, esta se caracterizou de modo favorável, pois, a ré possuía uma boa conduta social, denotando razão de aparente bom convívio no seio familiar e coletivo; personalidade do agente, em razão da índole do agente, seu perfil psicológico e moral; consequências do crime, são referentes a extensão do dano produzido pelo agente, desde que não constituam consequências legais e; o comportamento da vítima, averiguando se a vítima auxiliou de algum modo para a atuação da conduta ilícita, aqui não há o que se relevar neste elemento.
	Em consideração a esta primeira fase, foram descritas tais e relevadas em razão da condenação, considerando a culpabilidade, intensidade do dolo, clamor público e consequências do crime.
	Ainda, em caracterização para a fixação da pena-base, levam-se em conta as circunstâncias agravantes e atenuantes. No artigo 61 do CBP, são expressas as circunstâncias que sempre agravam a pena, elencando um rol taxativo dos motivos. No que cabe a ré Suzane, foram relevadas no artigo 61, inciso II, as alíneas a, em razão da pratica delituosa por vias mesquinhas e frívolas, portanto, por motivo fútil e, por motivo torpe, pois feriu a moralidade social; c, pois, como afigura Hungria, em crimes praticados mediante ataque sorrateiro e súbito, atingindo a vítima, descuidada ou confiante, antes de perceber o gesto criminoso; d, pela pratica de tortura; e, conduta praticada contra ascendente.
	Os crimes de homicídio, assim descritos no artigo 121 do CPB, consideram sua qualificadora, dispostos no § 2º, relevados seus incisos, II – por motivo fútil, III – meio cruel e, IV – por uso de emboscada. Sendo resultantes três qualificadoras.
	Já em circunstâncias atenuantes, a de se relevar que, ao tempo do fato a ré não correspondia maioridade de 21 anos, sendo cometido o ato ilícito quando aos 19 anos. Esta atenuante se concretiza a mais importante, prevalecendo esta sobre as demais.
	Partindo o juiz para a fixação da pena-base, do mínimo legal, analisando as circunstâncias judiciais, se favoráveis, permanecerá no mínimo. Posteriormente, encaminhará para as caracterizações atenuantes e agravantes, conforme os artigos 61, 62, 65 e 66, verificando se se fazem presentes ou não.
	Dispondo destas, o juiz do caso, fixou a pena-base da ré, Suzane Louise Von Richthofen, no crime de homicídio contra a vítima Manfred Albert Von Richthofen em, dezesseis anos de reclusão, tendo aumento de quatro anos, em decorrências das qualificadoras, sendo relevada somente uma para a aplicação da pena-base, as outras sendo resguardadas a agravantes, somando vinte anos de reclusão. Reconhecendo presente circunstâncias atenuantes, reduziu-se a pena em seis meses, resultando em dezenove anos e seis meses de reclusão.
	Em razão do crime de homicídio praticado contra a vítima Marísia Von Richthofen, seguindo as mesmas premissas anteriores analisadas, fora aplicada a pena-base em dezesseis anos de reclusão, tendo aumento de quatro anos, somando vinte anos de reclusão. Também sendo reconhecida circunstância atenuante, reduziu-se a pena em seis meses, resultando em dezenove anos e seis meses de reclusão.
	Ainda, pelo crime de fraude processual, a ré respondeu conforme o artigo 347 do CPB, sendo fixado a pena em seis meses de detenção e dez dias multa, perdurando seu pago no mínimo legal de 1/30 do salário mínimo vigente no país à época dos fatos, devidamente corrigido até o efetivo pagamento. A este respeito acredito que haja sido proclamado um ato punitivo injusto, pois, conforme em entendimento, poderá o juiz aplicar a pena pecuniária numa caracterização mais elevada em detrimento do réu possuir condições, e este se fazia existir.
	Como houveraevidente concurso material, nos termos do artigo 69 do CPB, as penas foram somadas. Assim a ré Suzane Louise Von Richthofen fora condenada à pena de trinta e nove anos de reclusão e seis meses de detenção, bem como, ao pagamento de dez dias-multa no valor estabelecido. Em razão de serem crimes hediondos, a ré cumprirá em regime integralmente fechado e, a detenção em regime semiaberto.
	Em decorrência do réu Cristian Cravinhos de Paula e Silva, denotando as circunstâncias do artigo 59 já descritas e analisadas, fora considerada a culpabilidade, a intensidade do dolo, clamor público e consequência do crime, no tocante a vítima Marísia Von Richtohfen. Incidindo ainda três qualificadoras, dispondo um para a fixação da pena-base, sendo as restantes auferidas como agravantes. Contudo, a pena fora fixada em quinze anos de reclusão, a qual auferira aumento de quatro anos, totalizando dezenove anos de reclusão. Sendo reconhecida circunstância atenuante, no caso, considerada a confissão judicial, reduziu-se a pena em seis meses, resultando dezoito anos e seis meses de reclusão.
	Em detrimento a vítima Manfred Albert Von Richthofen, reconhecendo os elementos do dispositivo normativo penalista do artigo 59, tendo as mesmas considerações e suas qualificadoras, fixou a pena-base em quinze anos de reclusão, aumentado em quatro anos, somando dezenove anos de reclusão. Reconhecida presença de circunstância atenuante, por razão de confissão judicial, reduziu-se a pena em seis meses, resultando em dezoito anos e seis meses.
	Pelo fato criminal de fraude processual, em conformidade com o artigo 347, § único, fixou-se a pena em seis meses de detenção e dez dias multa, cabendo este a um valor mínimo legal de 1/30 do salário mínimo vigente no país à época dos fatos, devidamente corrigido até o efetivo pagamento.
	Ainda, pelo delito de furto, descrito no artigo 155 do CPB, considerando as circunstâncias as quais fora praticado, fixou a pena em um ano de reclusão e dez dias multa, respeitando um mínimo legal de 1/30 do salário mínimo vigente.
	Sendo este caracterizado concurso material, nos termos do artigo 69 do CPB, as penas foram somadas, tendo um total de trinta e oito anos de reclusão e seis meses de detenção, bem como, o pagamento de vinte dias multa no valor já estabelecido. Por serem crimes hediondos os homicídios qualificados, o réu cumprirá a pena de reclusão, em regime integralmente fechado e, a de detenção em regime semiaberto, primeiro a de reclusão e finalmente a de detenção.
	Daniel Cravinhos de Paula e Silva, respeitando também as circunstâncias descritas no artigo 59 do CPB, considerando a culpabilidade, intensidade do dolo, clamor público e consequências do crime, pelo corrente a vítima Manfred Albert Von Richthofen, incidindo três qualificadoras, uma funcionará para fixação da pena base, enquanto as outras duas servirão como agravantes para o cálculo da pena definitiva. Fixou a pena em dezesseis anos de reclusão, com aumento de quatro anos, totalizando vinte anos de reclusão. Reconhecida presença de circunstâncias atenuantes, que no caso deve ser considerada a confissão judicial, reduziu-se a pena em seis meses, sendo total de dezenove anos e seis meses de reclusão.
	Pelo crime no tocante à vítima Marísia Von Richthofen, atento aos elementos norteadores do artigo 59 do Código Penal, considerando a culpabilidade, intensidade do dolo, clamor público e consequências do crime, incidindo três qualificadoras, uma funcionará para fixação da pena base, enquanto as outras duas servirão como agravantes para o cálculo da pena definitiva. Fixou-se em dezesseis anos de reclusão, com aumento de quatro anos, totalizando vinte anos de reclusão. Reconhecida a presença de circunstâncias atenuantes, reduziu-se em seis meses, somando em dezenove anos e seis meses de reclusão.
	Pelo crime de fraude processual, artigo 347, parágrafo único do Código Penal, fixo a pena em seis meses de detenção e dez dias multa, fixados estes no valor mínimo legal de 1/30 do salário mínimo vigente no país à época dos fatos, devidamente corrigido até o efetivo pagamento.
	Sendo caráter evidente concurso material, as penas assim foram somadas, ficando em trinta e nove anos de reclusão e seis meses de detenção, bem como, ao pagamento de dez dias-multa no valor já estabelecido. Por serem crimes hediondos os homicídios qualificados, o réu cumprirá a pena de reclusão, em regime integralmente fechado e, a de detenção em regime semiaberto, primeiro a de reclusão e finalmente a de detenção.
 Consideração final
	No tocante a análise discorrida sobre a sentença penal condenatória de Suzane Loiuse Von Richthofen acarreta ter sido justa e estruturada pelo pio regramento jurisdicional Brasileiro. Não houvera de discutir pontos relevantes de conflitos, somente denotei atenção a não prestação do juiz para o fato da ressalva quanto ao fato da confissão judicial acarretada pela ré Suzane Richthofen.
	Já, em detrimento a formulação final da pena e, sua somatória, é contundente que, fora respeitada a sistematização trifásica do direito penal brasileiro. Quanto ao regramento punitivo da progressão de pena, fora auferido de modo justo e legal, pois consistira de crimes hediondos e não de mero fato ilícito simples. Portanto, obtivera por entendimento jurisprudencial que, cabe sim o sistema de progressão de regime, denotando sua compatibilidade de cumprimento, sendo de no mínimo 2/6 do total da pena.
Referências Bibliográficas
MIRABETE, Julio Fabbrini. Manual de Direito Penal: parte geral – arts 1º ao 120 do CP. São Paulo: Atlas, 2002.
JESUS, Damásio de. Direito penal parte geral. 30ª ed. São Paulo: Saraiva, 2011.
CAPEZ, Fernando. Curso de direito penal: parte geral. 16ª ed. São Paulo: Saraiva, 2012.

Outros materiais