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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO CURSO DE DIREITO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA PROJETO DE PESQUISA DIREITOS HUMANOS DAS CRIANÇAS E DOS ADOLESCENTES Barra do Garças, Mato Grosso 2012 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO CURSO DE DIREITO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA PROJETO DE PESQUISA DIREITOS HUMANOS DAS CRIANÇAS E DOS ADOLESCENTES Trabalho apresentado à disciplina de Prática de leitura e produção de texto, sob a orientação do Prof. Ms. Adenil da Costa Claro. Trabalho apresentado à disciplina de Didática III, sob a orientação do Prof.Ms. Adenil da Costa Claro, para obtenção de nota. Trabalho apresentado à disciplina de Didática III, sob a orientação do Prof.Ms. Adenil da Costa Claro, para obtenção de nota. Trabalho apresentado à disciplina de Didática III, sob a orientação do Prof.Ms. Adenil da Costa Claro, para obtenção de nota. Barra do Garças, Mato Grosso 2012 SUMÁRIO Introdução .................................................................................................. 04 Desenvolvimento ........................................................................................ 05 Quem é a criança no âmbito constitucional?................................ 06 Diplomas referentes aos Direitos da criança e do adolescente ... 07 Direitos humanos da criança e do adolescente: uma visão social 08 Conclusão .................................................................................................... 09 Bibliografia ................................................................................................... 10 INTRODUÇÃO O referente trabalho visa explorar apenas os aspectos mais relevantes – conceitos, estatutos, diplomas e leis – dos direitos humanos das crianças e dos adolescentes pois tal assunto mostra-se extremamente amplo. É necessário, primeiramente um enfoque quanto aos direitos humanos que são os direitos fundamentais da pessoa humana, de natureza intrínseca ao ser e independente de raça, sexo, nacionalidade ou idade. Essa concepção foi construída através do processo civilizatório e visa estabelecer uma noção de segurança tanto nas relações sociais quanto entre homem e Estado. Tendo como antecedentes históricos a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão francesa de 1789 e a Constituição Norte-americana com suas dez primeiras emendas, aprovadas em 1789, o principal diploma proclamador dos direitos humanos, atualmente, é a Declaração Universal dos Direitos Humanos, aprovada pela ONU em 1949. Ela reconhece como direitos fundamentais de todas as pessoas, além da dignidade, o direito à vida, à liberdade, à segurança, à igualdade perante a lei, ao trabalho e à propriedade, entre outros. Segundo Alexandre de Moraes os direitos humanos tratam-se de: Conjunto institucionalizado de direitos e garantias do ser humano que tem por finalidade básica o respeito a sua dignidade, por meio de sua proteção contra o arbítrio do poder estatal e o estabelecimento de condições mínimas de vida e desenvolvimento da personalidade humana. É válido destacar que tais direitos fundamentais acabam por gerar muita polêmica uma vez que, há choques entre as sociedades muito diferentes culturalmente, tais como as tribos indígenas e os “brancos”. DESENVOLVIMENTO Quem é a criança no âmbito constitucional? O Artigo 1º da Convenção dos Direitos da Criança estabelece ser CRIANÇA todo o ser humano com menos de dezoito anos, tendo direito a uma proteção especial ao seu desenvolvimento físico, mental, espiritual e social, por meio de uma forma de vida saudável e normal em condições de liberdade e dignidade. O Brasil ratificou essa Convenção em 24 de setembro de 1990. Estabelece-se uma diferença entre criança e adolescente, sendo que no aspecto legal, é criança a pessoa até doze anos incompletos e adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade (LEI Nº 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990). Diplomas referentes aos direitos da criança e do adolescente Os direitos humanos de crianças e adolescentes encontram-se consagrados em diversos diplomas internacionais, como a Declaração Universal dos Direitos das Crianças, de 1959, e a Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos da Criança, de 1989. No plano nacional, todos os direitos fundamentais reconhecidos internacionalmente às crianças e adolescentes foram assegurados pela Constituição Brasileira de 1988 , que em seu art. 227, caput, estabelece: “É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.” Em 1990, com a edição do Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei n° 8.069), bem como com a aprovação, pelo Brasil, da Convenção da ONU, passaram a contar as crianças e adolescentes brasileiras com um sistema legal bastante completo e moderno, que lhes assegura proteção integral a todos os seus interesses, sob a égide da prioridade absoluta. Sua efetiva implementação, entretanto, permanece sendo um desafio para o Estado e toda a sociedade. No Brasil, o Ministério Público, previsto constitucionalmente como defensor dos interesses indisponíveis de todos os cidadãos, é uma das instituições mais engajadas na busca dessa concretização dos direitos fundamentais de crianças e adolescentes. Direitos humanos da criança e do adolescente: uma visão social Os direitos da criança e do adolescente, como já relatado anteriormente, estão assegurados pela LEI Nº 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990: “É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.” Entretanto, sabe-se que existir uma lei não é o bastante. A primeira sentença do artigo, diz ser “dever da família...” que tais direitos sejam cumpridos. Mas, toda criança possui uma família? E quando possui, tem uma estrutura capaz de garantir a esse menor todos esses direitos? É cada vez maior o número de casos de ambientes familiares desestruturados: ausência dos pais, instabilidade em seu relacionamento ou problemas ainda mais graves, como por exemplo, a dependência química. Mesmo em ambientes com estruturação familiar, os pais tem deixado de dar a atenção que os seus filhos merecem para um desenvolvimento psíquico saudável. Ou seja, o problema de uma boa criação e que se enquadre em todos os requisitos previstos por lei, acontecem em qualquer classe social. É preciso ressaltar, que a dignidade da criança e do adolescente depende de diversos fatores além daqueles estabelecidos pelos direitos fundamentais, fatores de igual ou maior peso do que estes, tais como a atenção dos pais ou responsáveis, a interação com outras crianças, o acesso a cultura, esporte e lazer. Portanto, além do que o Estado propõe, através da lei, compete a própria sociedade garantir que as crianças e os adolescentes assegurem os seus direitos fundamentais e também os direitos pressupostos para um desenvolvimento ideal. CONCLUSÃO Através das pesquisas para a elaboração deste projeto conclui-se que existem diversas leis, estatutos e diplomas que asseguram os direitos humanos da criança e adolescente. E, em síntese, nota-se que apesar de tais direitos serem assegurados por lei sabe-se que não são sempre exercidos, aponta-se tal fato como consequênciade uma sociedade capitalista que não tem garantido real atenção a formação física, psíquica e intelectual desses menores. BIBLIOGRAFIA ÂNGELO, Mílton. Direitos Humanos. 1ª edição. Editora de Direito, 1998. P. 33-34 http://www.mp.rs.gov.br/infancia/doutrina/id455.htm (acesso em 03.11.2012 às 14h32min) http://portal.mj.gov.br/sedh/conanda/Politica%20e%20Plano%20Decenal%20consulta%20publica%2013%20de%20outubro.pdf (acesso em 03.11.2012 às 15h21min) http://pfdc.pgr.mpf.gov.br/atuacao-e-conteudos-de-apoio/publicacoes/crianca-e-adolescente/relatorio_situacao_direitos_crianca_adolescente_Brasil (acesso em 03.11.2012 às 15h25min) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8069.htm (acesso em 03.11.2012 às 14h25min)
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