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15. Casos Práticos e Questões para Brincar

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OAB XIII EXAME DE ORDEM – 2ª FASE 
Direito Penal 
Geovane Moraes e Ana Cristina Mendonça 
1 
CASOS PRÁTICOS PARA BRINCAR 
 
CASO 01 
 
Mévio foi inocentado em sentença judicial no processo que tramitava perante a 3ª 
Vara Criminal da Comarca A do Estado B. Segundo a exordial acusatória, Mévio 
foi acusado pelo representante do Ministério Público pela prática de furto 
qualificado pelo emprego de chave falsa, nos termos do artigo 155, §4º, III do 
Código Penal. Consta nos autos que, ao longo do processo, o juiz tinha entendido 
que a parte acusatória não apresentou nenhuma prova consistente que 
relacionasse o furto efetivamente ocorrido com o acusado, decretando, ao final 
da instrução probatória, em sentença prolatada na própria audiência, a absolvição 
do réu, com fundamento no artigo 386, V do Código de Processo Penal. 
Inconformado com a decisão judicial, o representante do Ministério Público 
intentou o recurso pertinente ao caso concreto, objetivando alterar a sentença 
absolutória em uma sentença condenatória. Você, advogado de Mévio foi intimado 
para se manifestar. 
 
* Peça 
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________ 
 
* Competência 
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________ 
 
* Tese 
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________ 
 
* Pedido 
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________ 
 
CASO 02 
 
César foi definitivamente condenado a pena de 5 anos de reclusão e regime 
semiaberto em virtude da prática do crime de receptação qualificada, nos termos 
do art. 180, § 1º do Código Penal, tendo em vista que transportou, no exercício de 
atividade comercial, coisa que sabia ser produto de crime. Cumpridos os 
requisitos legais, César teve concedido pelo juiz das execuções penais o 
benefício do livramento condicional. No decorrer do cumprimento do livramento, 
César foi definitivamente condenado pela prática da contravenção penal de 
perturbação da tranquilidade, nos moldes do art. 65 do Decreto-Lei n. 3.688/41 a 
uma pena de multa, contravenção esta cometida antes do crime de receptação. 
 
 
 
 
 
 
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OAB XIII EXAME DE ORDEM – 2ª FASE 
Direito Penal 
Geovane Moraes e Ana Cristina Mendonça 
2 
Por esta razão, o juiz da 8ª Vara das Execuções Penais da comarca do Município 
Z, revogou o livramento condicional, pois entendeu que se tratava de uma 
situação que ensejava a revogação obrigatória do benefício. Diante da situação 
apresentada redija a peça processual privativa de advogado que será cabível para 
atacar a decisão acima, indicando o prazo, endereçamento, fundamentação e tese 
a ser defendida. 
 
* Peça 
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________ 
 
* Competência 
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________ 
 
* Tese 
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________ 
 
* Pedido 
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________ 
 
CASO 03 
 
Arnaldo foi denunciado pela prática de tráfico ilícito de drogas (art. 33, caput, Lei 
11.343/2006) porque encontrava-se com substância entorpecente destinada à 
venda. Segundo informações da polícia, o agente iria vender o produto na 
localidade em que reside. Apesar de populares informarem que Arnaldo, de fato, 
traficava no local, ao ser preso em flagrante nada foi encontrado, mesmo tendo 
os policiais revistado tanto o agente quanto a sua casa e o suposto local de venda 
da substância. Ainda assim, o representante do Ministério Público denunciou 
Arnaldo, tendo o Juiz notificado o agente para se manifestar 
 
* Peça 
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________ 
 
* Competência 
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________ 
 
* Tese 
_____________________________________________________________________
 
 
 
 
 
 
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Direito Penal 
Geovane Moraes e Ana Cristina Mendonça 
3 
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________ 
 
* Pedido 
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________ 
 
CASO 04 
 
João da Silva foi denunciado pelo Ministério Público porque teria causado em 
Antônio, mediante uso de uma barra de ferro, as lesões corporais que o levaram 
a morte. Durante a instrução criminal, o juiz de ofício determinou a instauração do 
incidente de insanidade mental do acusado. A perícia concluiu ser este portador 
de esquizofrenia grave. Duas testemunhas presenciais arroladas pela defesa 
afirmaram, categoricamente, que no dia dos fatos, Antônio, após provocar o 
acusado, injustamente, com palavras de baixo calão, passou a desferir-lhe socos 
e pontapés. Levantando-se com dificuldade, João da Silva alcançou uma barra de 
ferro que se encontrava nas proximidades e golpeou Antônio até que cessasse a 
agressão sofrida. Encerrada a primeira fase processual, o magistrado, acatando 
o laudo pericial, absolveu sumariamente o acusado, aplicando medida de 
segurança consistente em internação em hospital de custódia e tratamento 
psiquiátrico, pelo prazo mínimo de 02 anos. Na qualidade de Advogado do 
acusado, interponha a peça privativa de advogado pertinente ao caso concreto, 
informando as teses de defesa mais favoráveis ao seu cliente. 
 
* Peça 
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________ 
 
* Competência 
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________ 
 
* Tese 
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________ 
 
* Pedido 
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________ 
 
CASO 05 
 
Juca, ao chegar em casa, encontra seu pai praticando violência sexual com sua 
irmã de apenas 13 anos de idade. Ao ver a situação, desfere uma facada nas 
 
 
 
 
 
 
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Direito Penal 
Geovane Moraes e Ana Cristina Mendonça 
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costas do seu genitor que, em razão dos ferimentos, vem a falecer. Após o 
ocorrido, é preso em flagrante delito pelos policiais da localidade e encaminhado 
à Delegacia competente. O Ministério Público, em possedo inquérito policial, 
denunciou o agente pela prática do crime de Homicídio Qualificado pelo recurso 
que tornou impossível a defesa da vítima, com fundamento no art. 121, §2º, IV em 
combinação com o art. 61, II, “e”, todos do Código Penal. Apresentada resposta 
no prazo legal, foi determinada a audiência de instrução e julgamento. Ouvidas as 
testemunhas de acusação, todas foram uníssonas ao informar que a vítima não 
era bem quista na localidade em que residia e que vizinhos tinham conhecimento 
do abuso praticado por Augusto (vítima), mas nunca tiveram coragem de falar 
porque este ameaça todas as pessoas. Ainda em fase instrutória, Patrícia, irmã de 
Juca, também foi ouvida, informando que sofria o abuso do pai desde há 03 anos. 
No interrogatório do acusado, este confessou a prática delitiva, informando ter 
agido em virtude da comoção ao ver a situação apresentada e no intuito de 
defender a sua irmã. Com a perícia tanatoscópica juntada aos autos, o Juiz, em 
virtude da complexidade do caso, estabeleceu prazo para as partes se 
manifestarem. A defesa foi intimada para se manifestar. 
 
* Peça 
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________ 
 
* Competência 
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________ 
 
* Tese 
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________ 
 
* Pedido 
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________ 
 
 
CASO 06 
 
José da Silva é um viúvo que possui dois filhos, Maria e Manoel. Passados três 
anos da morte de sua mulher, José decide casar-se novamente com a advogada 
Messalina, mulher mal afamada na cidade, que contava vinte e cinco anos de 
idade, trinta a menos do que José. Informados de que o casamento ocorreria 
dentro de dois meses e inconformados com a decisão de seu pai, Maria e Manoel 
ofendem seu pai publicamente, na presença de várias testemunhas, com 
expressões como "otário", "burro" e "tarado", entre outras. José decide 
processar criminalmente os filhos pelos crimes de difamação e injúria, no Juizado 
 
 
 
 
 
 
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Direito Penal 
Geovane Moraes e Ana Cristina Mendonça 
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Especial de Garanhuns, local onde mora, mas somente após a celebração de sua 
boda. Ocorre que Maria comparece ao casamento e se reconcilia com o pai, que 
lhe perdoa. Quatro meses depois do dia em que sofreu as ofensas, José da Silva 
ajuíza então a queixa-crime unicamente contra Manoel. A advogada que assina a 
petição é Messalina. A inicial é rejeitada pelo Juiz de Direito. Messalina, não se 
conformando, ingressa com o presente recurso para modificar a decisão. Você, 
advogado de Manoel, é intimado da decisão. 
* Peça 
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________ 
 
* Competência 
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________ 
 
* Tese 
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________ 
 
* Pedido 
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________ 
 
CASO 07 
 
Ao término de uma festa Junina, Solange, com 15 (quinze) anos, aceitou carona 
de Guilherme, que desviou do caminho de casa e rumou para outro local, no 
intuito de manter relações sexuais, dentro do carro, com Solange. Após o 
ocorrido, a vítima foi até a delegacia e informou o ocorrência do crime de estupro 
de vulnerável, pois no dia do fato tinha bebido na festa em que se encontrava e 
que não queria praticar os atos libidinosos com Guilherme, mas foi obrigada, 
mediante grave ameaça para tal. Em sede policial, em seu interrogatório, o agente 
informou que, de fato, manteve relações sexuais com Solange, mas com o seu 
consentimento, não sabendo, todavia, que ela tinha ingerido bebida alcoólica, até 
porque pelo estado em que se encontrava, não aparentava ter usufruindo de 
nenhuma substância. Guilherme informou, ainda, que após a prática sexual, 
deixou Solange em casa, a qual mandou uma mensagem para o seu celular, 
dizendo que tinha adorado a noite e que queria repetir a dose. Amigos da vítima 
depuseram em sede policial, informando que nunca tinham visto Solange ingerir 
bebida alcoólica e que, na festa junina, viram quando ela saiu com o agente. 
Leonardo, testemunha que também estava curtindo a referida festa junina, depôs 
dizendo que viu a hora que Solange e Guilherme saíram do ambiente e escutou 
quanto esta informou que queria praticar relações amorosas com o suposto 
agente. De posse do Inquérito, o Ministério Público denunciou Guilherme pelo 
crime de Estupro, previsto no art. 213, caput do Código Penal em virtude do 
 
 
 
 
 
 
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Direito Penal 
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constrangimento realizado por Guilherme, mediante grave ameaça, no intuito de 
praticar conjunção carnal com a vítima. O juiz, analisando a exordial, recebe a 
peça inicial requerendo a citação do réu. Guilherme, ao ser citado pelo Oficial de 
Justiça, procura você como advogado. 
 
* Peça 
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________ 
 
* Competência 
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________ 
 
* Tese 
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________ 
 
* Pedido 
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________ 
 
CASO 08 
 
Mariana foi abastecer o seu carro no posto na frente da sua casa. Quando estava 
pagando, percebeu que conhecia a frentista, pois ela era ex-namorada de Enoch, 
seu atual companheiro. Em virtude disso, Mariana xingou Vanúbia com palavras 
de baixo nível, imputando-lhe fato ofensivo a sua reputação. Inconformada, 
Vanúbia decide buscar ajuda com Francisco, advogado. 
 
* Peça 
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________ 
 
* Competência 
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________ 
 
* Tese 
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________ 
 
* Pedido 
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________ 
 
 
 
 
 
 
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OAB XIII EXAME DE ORDEM – 2ª FASE 
Direito PenalGeovane Moraes e Ana Cristina Mendonça 
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CASO 09 
 
O réu Ailton teve denúncia julgada procedente para condená-lo à pena de 09 
(nove) anos de reclusão pela prática de roubo majorado pelo emprego de arma, 
nos termos do art. 157, §2º, I do CP. Em sede Recursal, o pleito relativo à atenuante 
genérica foi atendido, modificando a pena do agente para 05 (cinco) anos e (08 
(oito) meses de reclusão, não informando o relator, todavia, qual seria o regime 
inicial de cumprimento de pena, já que o juiz sentenciante tinha condenado em 
regime inicialmente fechado. Intimado do acordão, como advogado de Ailton, 
intente a peça cabível no intuito de sanar a omissão do magistrado. 
 
* Peça 
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________ 
 
* Competência 
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________ 
 
* Tese 
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________ 
 
* Pedido 
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________ 
 
CASO 10 
 
Aurélio, promotor de justiça, ofereceu denúncia contra Agripino, empresário, 
descrevendo infração penal tipificada como receptação ocorrida em outubro de 
2008. Contudo, esqueceu-se de apresentar o rol de testemunhas na peça inicial, 
além de narrar fato equivocado, fazendo inserir circunstâncias totalmente 
distorcidas da realidade, não oferecendo, igualmente, a qualificação do indiciado. 
O magistrado, ao tomar conhecimento do teor da denúncia, rejeita-a, expondo os 
motivos para tal. O promotor de justiça recorre de tal decisão, expondo os motivos 
de seu inconformismo, reiterando que a ação penal deve ser recebida, para, ao 
final da instrução probatória, ser o réu condenado pelo crime que cometeu. Você 
como advogado de Agripino é intimado para tomar ciência da decisão do juiz, bem 
como do recurso interposto pela acusação. 
 
* Peça 
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________ 
 
 
 
 
 
 
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Direito Penal 
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* Competência 
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________ 
 
* Tese 
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________ 
 
* Pedido 
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________ 
CASO 11 
 
Alain foi preso em flagrante pela prática de tráfico de entorpecentes, nos termos 
do art. 33 da lei 11.343/06, pois estaria, na localidade em que reside, vendendo 
papelotes de cocaína, bem como pedras de crack. Em sede policial, Alain exerceu 
o direito constitucional de permanecer calado. Durante as formalidades do auto 
de prisão em flagrante, o delegado comunicou imediatamente ao juiz e ao 
representante do Ministério Público, à mãe de Alain e ao advogado da família, 
formalizando a prisão em flagrante e remetendo as cópias necessárias. Além 
disso, entregou nota de culpa ao preso, que prestou devido recibo nos termos da 
lei, informando-lhe sobre o motivo da prisão, o nome do condutor e os das 
testemunhas, tudo conforme preceitua o artigo 306 do Código de Processo Penal. 
Ressalte-se que Alain é portador de bons antecedentes, nunca foi preso nem 
processado anteriormente, bem como possui emprego e residência fixos. O juiz 
de direito recebeu o auto de prisão em flagrante, mas ainda não se manifestou 
acerca da referida prisão em flagrante. Como advogado contratado por Alain, 
redija a peça cabível, excetuando-se a utilização do Habeas Corpus, no intuito de 
restituir a liberdade do seu cliente. 
 
* Peça 
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________ 
 
* Competência 
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________ 
 
* Tese 
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________ 
 
 
 
 
 
 
 
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9 
* Pedido 
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________ 
 
CASO 12 
 
Marcos foi acusado pela prática de lesão corporal seguida de morte (art. 129, §3º 
do CP) contra Ingrid, no mês de fevereiro quando esta voltava para casa. Narram 
os autos que no dia e hora do fato, o acusado estava bebendo em um bar quando 
viu a vítima e saiu para tirar satisfações com ela, ocasião em que entraram em luta 
corporal e Marcos, com a intenção de lesionar, empurrou Ingrid que veio a cair, 
bater a cabeça na calçada e morrer ainda no local. 
Na fase de instrução criminal, os depoimentos testemunhais apontaram como 
autor do delito Luciano, que também se encontrava no local, mas que não foi 
indiciado pela autoridade policial nem denunciado pelo representante do 
Ministério Público. Além disso, restou comprovado que Marcos, no dia e hora do 
crime não se encontrava na localidade. Mesmo assim, o juiz sentenciante 
condenou Marcos a uma pena de 10 anos de reclusão, sentença transitada em 
julgado em junho de 2013. Joana, mulher de Marcos, não se conformou com a 
condenação do seu marido e resolveu procurar um advogado. 
 
* Peça 
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________ 
 
* Competência 
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________ 
 
* Tese 
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________ 
 
* Pedido 
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________ 
 
QUESTÕES PARA BRINCAR 
 
01. Diogo, decidido que queria matar Marcos, dirigiu-se até a casa dele portando 
o seu revólver devidamente municiado com seis projéteis, com a pretensão de 
utilizar todos os projéteis. Chegando ao local, tocou a campainha e, assim que 
Marcos abriu a porte, contra ele disparou um tiro, atingindo o ombro direito. Ao 
ver Marcos caído, Diogo optou por não fazer mais os disparos, de forma 
espontânea, guardando o seu revólver e se retirando do local. Marcos foi 
 
 
 
 
 
 
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Direito Penal 
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socorrido por terceiro e sobreviveu, ficando, todavia, sem mobilidade no braço 
em virtude do ocorrido.Diante das informações, tipifique, caso possível, o delito 
praticado por Diogo, bem como a sua fundamentação legal. 
 
02. Francisco, primário, sem antecedentes, durante a madrugada, subtrai o celular 
de Fernando, quando este estava dormindo na casa de uns amigos depois de uma 
balada. Após o oferecimento da denúncia pela prática de crime de furto majorado 
pelo repouso noturno, nos moldes do art. 155, §1º do Código Penal, Francisco 
decide, voluntariamente, devolver o celular à vítima. Diante das informações, 
informe as teses defensivas que poderiam ser alegadas ao caso concreto. 
 
03. Patrícia foi condenada a uma pena de 01 ano e 08 meses de reclusão em 
virtude do cometimento do crime previsto no art. 282 do Código Penal, sendo-lhe 
aplicado o benefício da suspensão condicional da execução da pena. Durante o 
período de prova do referido benefício, Patrícia passou a figurar como suspeita 
da prática do crime de lesão corporal grave, com fundamento no art. 129, §1º, I do 
Código Penal, sendo indiciada pelo crime em análise. Ao saber do ocorrido, o juiz 
da execução, de ofício, revogou o benefício da suspensão condicional da pena, 
alegando que seria causa de revogação obrigatória. Diante das informações, 
como advogado de Patrícia, caberia o intento de algum recurso no intuito de 
modificar a decisão do magistrado? Em caso afirmativo, fundamente a resposta 
nos dispositivos legais pertinentes ao caso, demonstrando as teses defensivas. 
 
04. Eduardo, dirigindo uma motocicleta sem capacete e sem habilitação específica 
para tal, foi interceptado por Tiago, policial em serviço de trânsito, o qual lhe deu 
ordem para parar o veículo. Eduardo, no entanto, violando a ordem recebida, fugiu 
em alta velocidade. Duas horas depois do ocorrido, arrependeu-se de sua conduta 
e voltou ao local, submetendo-se à fiscalização. Diante das informações, tipifique, 
caso seja possível, a conduta praticada por Eduardo. 
 
05. Paulo dirigia o seu veículo, tendo como passageira a sua filha Juliana. Na 
ocasião, em excessiva velocidade, perde a direção do veículo e invade a mão 
contrária, colidindo com um caminhão que vinha em sua mão correta de direção. 
Do acidente, resultou a morte de Juliana, sem que Paulo sofresse qualquer lesão. 
Denunciado pela prática do crime previsto no art. 302, da Lei n. 9.503/97, no curso 
da instrução, a culpa de Paulo foi demonstrada, ficando comprovada a sua 
primariedade, bons antecedentes, excelente comportamento social, sendo o fato 
dos autos um caso isolado, nunca tendo se envolvido em outro acidente, apesar 
de possuir carteira de habilitação há mais de 20 anos. Diante das informações, 
como advogado de Paulo, o que seria possível alegar no intuito de beneficiá-lo? 
 
06. John foi condenado pelo crime de estupro de vulnerável, no dia 30 de agosto 
de 2010. Inconformado com a condenação, apresentou recurso de apelação 
perante o tribunal de justiça, recurso este improvido, tendo a sua sentença 
transitado em julgado no dia 17 de agosto de 2013. Como estava respondendo ao 
processo em liberdade, no dia 22 de junho de 2013 praticou o crime de homicídio, 
 
 
 
 
 
 
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Geovane Moraes e Ana Cristina Mendonça 
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sendo condenado por este novo delito no dia 01 de março de 2014. Somadas as 
penas a ele imputadas, John ficou com uma pena total de 30 anos a ser iniciada 
no regime fechado. Diante das informações, é possível afirmar no caso de bom 
comportamento por parte do agente, poderá este poderá progredir do regime 
fechado para o semiaberto quando cumprir 18 anos da pena, ou seja, 3/5 da sua 
pena total unificada? Fundamente sua resposta nos dispositivos legais 
pertinentes. 
 
07. Fagner, maior e capaz, solicita a Ivete uma quantia de R$ 35.000,00 (trinta e 
cinco mil reais), utilizando-se como pretexto de que poderia influenciar em uma 
sentença que o juiz iria prolatar contra este em um processo que tramitava perante 
a 45ª Vara Criminal da Comarca Alfa. No momento da solicitação, Fagner também 
afirmou que parte do dinheiro se destinaria ao próprio juiz. Tomando como base 
os fatos acima narrados, tipifique a conduta praticada por Fagner, fundamentando 
a sua resposta. 
 
08. Luiz Chiari, maior de 21 anos, motivado por ciúmes, matou com várias 
facadas, sua esposa Leandra e o amante desta, Cláudio, ao encontrá-los trocando 
beijos, na praça próximo a sua residência. O juiz presidente do Tribunal do Júri, 
ao dosar a pena, reconheceu a ocorrência de concurso material de crimes e 
condenou Luiz a uma pena total de 28 anos de reclusão, sendo 15 anos pelo 
homicídio da sua esposa e 13 anos pela prática do crime contra o amante desta, 
não reconhecendo a continuidade delitiva por força da Súmula 605 do Supremo 
Tribunal Federal. Inconformado com a sentença condenatória, em pleito de 
apelação, o que poderia ser alegado a favor de Luiz Chiari, na busca pela 
pretensão de reconhecimento da continuidade delitiva? Fundamente sua 
resposta? 
 
09. Juliano cometeu o crime de roubo, com previsão no caput do art. 157 do 
Código Penal na cidade de Tubarão, uma pacata cidade no interior de Santa 
Catarina que nunca tinha tido nenhuma ocorrência de um crime desta gravidade. 
Como o crime teve uma grande repercussão social, apesar de ter havido uma 
condenação com pena mínima de 04 anos de reclusão e multa, o juiz estabeleceu 
o regime prisional mais gravoso para o réu, qual seja, o regime fechado, alegando 
a gravidade em abstrato do delito. Em face dessa situação hipotética, indique, 
com a devida fundamentação, se o juiz agiu corretamente. 
 
10. Fabinho obrigou Karina a praticar com ele felattio in ore (sexo oral), 
ameaçando-a com uma faca tipo peixeira. Ao final da prática dos atos libidinosos, 
Fabinho levou Karina até a beira do rio próximo à casa da vítima, amarrou-a e 
atirou no local para que morresse afogada e não pudesse noticiar a conduta 
delituosa, o que de fato ocorreu. Com base unicamente nas informações que 
podem ser inferidas no caso concreto, tipifique a conduta do agente, 
fundamentando resposta nos dispositivos legais pertinentes ao caso concreto. 
 
 
 
 
 
 
 
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11. Cristian, funcionário público, ao fiscalizar determinado estabelecimento 
comercial, exige vantagem indevida no intuito de deixar de cobrar tributo devido 
pelo referido estabelecimento. Diante da situação, pergunta-se: 
I. Qual o crime cometido pelo funcionário público? 
II. Qual o tipo de ação prevista para essa figura delitiva? 
Fundamente a sua resposta. 
 
12. Beto foi surpreendido, em atitude suspeita, dentro de um veículo estacionado 
na via pública. Os policiais militares encontraram, em poder do agente, uma arma 
de fogo, sem autorização e em desacordo com determinação legal, a qual era de 
sua propriedade, sendo um revólver Taurus, calibre 38, com numeração de série 
raspada. Diante das informações prestadas, pergunta-se? 
I. É possível tipificar a conduta praticada por Beto? 
II. Considerando, hipoteticamente, ter o agente cometido crime, é possível o 
arbitramento de fiança? 
Fundamente todas as suas respostas. 
 
13. Rodolfo, jovem de 22 anos, inconformado por ter reprovado duas cadeiras na 
faculdade, comprou uma pequena quantidade de substância entorpecente para 
consumo pessoal. Quando voltava para casa, uma ronda da polícia militar parou 
o agente para revistá-lo, encontrando a pequena quantidade de entorpecente em 
seu bolso, prendendo-o e levando à autoridade competente. O delegado de polícia 
autuou Rodolfo emflagrante delito pela prática de crime capitulado na Lei 
11.343/06 (Lei de Drogas). Diante das informações dadas, responda: 
I. É possível tipificar a conduta praticada por Rodolfo? Em caso afirmativo, qual 
(is)? 
II. Existe algum tipo de ilegalidade na conduta do delegado? Em caso afirmativo, 
qual (is)? 
III. Qual a medida cabível privativa de advogado e diversa do Habeas Corpus no 
intuito de restituir a liberdade do indivíduo? 
Fundamente todas as suas respostas. 
 
14. Mévio é dono um hotel e recusou hospedar Tício, de cor branca, sob o pretexto 
de que o estabelecimento não estava com quartos à disposição. Inconformado 
com a justificativa do dono do Hotel, Tício conseguiu adentrar despercebidamente 
e constatou que o local estava praticamente vazio, com inúmeros quartos 
disponíveis. Em razão disso, Tício interpelou o dono do hotel, tendo este, ao final, 
informado que no seu hotel era proibido hospedar pessoas de cor branca. 
Em face da situação acima apresentada pergunta-se: 
I. Qual crime Mévio cometeu? 
II. Seria cabível a concessão de fiança? 
 
15. Ronaldo, prefeito regularmente eleito, no exercício do mandato na cidade Alfa, 
praticou desvio de verbas oriundas do programa de saúde da família, programa 
este mantido pelo Ministério da Saúde do Governo Federal que repassa verbas às 
prefeituras para pagamento de profissionais de saúde contratados para prestarem 
 
 
 
 
 
 
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atendimento básico aos municípios. Com a apropriação do referido dinheiro, 
Ronaldo aproveitou para fazer uma viagem de férias ao exterior. Diante do caso 
concreto analisado, pergunta-se: 
I. Qual o crime cometido pelo prefeito Ronaldo? 
II. A quem compete originariamente o recebimento da exordial acusatória? 
 
16. Bruno foi preso em flagrante delito em virtude da prática de crime capitulado 
no artigo 157, caput, do Código Penal, pois teria subtraído, com emprego de 
violência, a bolsa de Nádia. Em seu interrogatório, no momento da lavratura do 
Auto de Prisão em Flagrante, foi obrigado a confessar a autoria do crime, 
mediante ameaça de agressão por parte dos policiais. A vítima não foi ouvida e 
não compareceram testemunhas do delito. Com base nas informações prestadas 
pelo acusado em seu depoimento perante a polícia judiciária, o representante do 
Ministério Público, mesmo ciente que o capturado não proferiu confissão de 
forma espontânea, ofereceu denúncia. Diante das informações, o que pode ser 
alegado na defesa de Bruno? 
 
17. Jonatas, senador, juntamente com Giovanna, sua secretária, são acusados da 
prática do crime de corrupção passiva. Em decorrência da função exercida por 
Jonatas, o processo foi remetido para o Supremo Tribunal Federal. O advogado 
de Giovanna alegou que ela era uma pessoa sem prerrogativa de função e deveria 
ser julgada por um juiz de primeiro grau, ocorrendo uma supressão de instância, 
razão pela qual não seria o Supremo Tribunal Federal o órgão competente para o 
julgamento da causa. Em face dos argumentos acima expostos pelo advogado de 
Giovanna, fundamente se os motivos apresentados são válidos para o caso 
concreto, justificando a sua resposta. 
 
18. No dia 10/10/2004, Mévio praticou o crime de apropriação indébita, cuja pena 
é de reclusão de 01 a 04 anos e multa. Mévio foi devidamente investigado e foi 
denunciado em 10/10/2005, tendo a inicial acusatória sido recebida pelo juiz 
competente em dezembro de 2005. O processo teve regular seguimento e, ao final, 
o magistrado sentenciou Mévio, condenando-o à pena de 01 ano e 02 meses de 
reclusão e ao pagamento de quinze dias-multa. A sentença condenatória foi 
publicada em 10/11/2010 e o membro do Ministério Público, satisfeito com a 
condenação, não interpôs recurso, tendo a sentença transitado em julgado para 
a acusação. Mévio, objetivando alcançar sua absolvição, contratou um advogado 
para apresentar o recurso processual penal cabível. Em face da situação 
hipotética apresentada pergunta-se: 
I. Qual é o recurso processual penal que será apresenta pelo advogado de Mévio? 
II. Qual a tese de mérito que pode ser alegada em favor de Mévio visando a 
melhoria da sua situação jurídica? 
Fundamente sua resposta. 
 
19. Você, advogado, é procurado por um réu recém-condenado pelo Tribunal do 
Júri a uma pena de 18 anos de reclusão pela prática de homicídio qualificado pelo 
emprego de veneno. O acusado negara autoria do crime, mas os jurados dela 
 
 
 
 
 
 
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acabaram convencidos pela exibição, por parte do Promotor, de uma nota fiscal, 
a ele entregue pelos familiares da vítima, no dia julgamento, relativa à aquisição, 
pelo acusado, de certa quantidade de substância altamente tóxica em data pouco 
anterior à do crime. O acusado que, por ser primário e de bons antecedentes, 
responde ao processo em liberdade, manifesta o desejo de apelar. Diante das 
informações, além da eventual decisão manifestamente contrária à prova dos 
autos que outra tese você deveria sustentar no recurso em favor do seu cliente? 
 
20. Durante operação policial na qual Angélica foi investigada e denunciada por 
crimes previstos no artigo 157, § 2º, do Código Penal, fora apreendido, em virtude 
de mandado de busca e apreensão e de sequestro de bens móveis, um veículo 
registrado em nome da empresa X, cujo representante legal é Wesley, uma vez 
que existiam indícios veementes de que o objeto seria produto da atividade 
criminosa de Angélica e de que esta seria a proprietária de fato do bem. Diante do 
caso concreto, o que poderá fazer o magistrado no intuito de preservar o bem 
objeto da investigação? 
 
21. Antônio Pereira foi denunciado por crime de roubo. Recebida a denúncia, o 
juiz determina a citação do réu para oferecimento de resposta à acusação, no 
endereço indicado pelo próprio réu em seu interrogatório policial. O mandado de 
citação é cumprido negativamente, tendo o oficial de justiça certificado que 
Antônio não reside naquele local há um mês e o atual morador não soube informar 
seu novo endereço. Esgotadas todas as possibilidades na busca do acusado, o 
magistrado determinou a citação do agente por edital, nos moldes do art. 366 do 
Código de Processo Penal, e, apesar de não existir nenhuma prova considerada 
urgente, determinou a antecipação desta, em decisão não fundamentada. Diante 
do caso analisado, disserte sobre a decisão do juiz, se ele agiu de maneira correta 
ou não, fundamentando todas as suas respostas. 
 
22. Em determinada ação fiscal procedida pela Receita Federal, ficou constatado 
que Amanda não fez constar quaisquer rendimentos nas declarações 
apresentadas pela sua empresa nos anos de 2008, 2009 e 2010, omitindo 
operações em documentos e livros exigidos pela lei fiscal. O Auditor fiscal, 
visualizando as irregularidades, realizou o auto de infração, dando início ao 
processo administrativo de lançamento. Antes do seu término, todavia, o 
representante do Ministério Público entendeu por bem oferecer denúncia contra 
Amanda pela prática do delito descrito no art. 1º, inciso II da Lei n. 8.137/90, 
combinado com o art. 71 do Código Penal. A inicial acusatória foi recebida e a ré 
foi citada para apresentar resposta à acusação. Diante das informações, em sede 
de resposta à acusação, o que pode ser alegado em favor de Amanda? Justifique 
a sua resposta. 
 
23. Rodriguez, tentando defender-se da agressão a faca perpetrada por Benício, 
saca de seu revólver e efetua um disparo contra o agressor.Entretanto, o disparo 
efetuado por Rodriguez, o ao invés de acertar Benício, atinge Reynaldo, que se 
encontrava muito próximo dessa briga. Em consequência do tiro, Reynaldo vem 
 
 
 
 
 
 
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a falecer. Rodriguez, assim, é acusado de homicídio. Na qualidade de advogado 
de Rodriguez indique a tese de defesa que melhor se adequa ao fato, justificando 
a sua resposta. 
 
24. Roberto entra em uma agência bancária e efetua o saque de quinhentos reais 
da conta corrente de terceiro, utilizando um cheque falsificado, no intuito de obter, 
mediante a fraude, vantagem indevida. De posse do dinheiro, Roberto se retira da 
agência. Quinze minutos depois, o caixa do banco observa o cheque com mais 
cuidado e percebe a falsidade. O segurança da agência é acionado, passa a 
perseguir o suspeito e consegue deter Roberto no ponto de ônibus próximo à 
agência. O segurança revista Roberto e encontra os quinhentos reais em seu 
bolso. Roberto é conduzido pelo segurança à Delegacia de Polícia mais próxima, 
onde foram cumpridas todas as determinações legais para a licitude do flagrante. 
Diante da situação apresentada pergunta-se: 
I. É possível tipificar a conduta praticada por Roberto? 
II. A prisão do agente é legal? Fundamente todas as suas respostas. 
 
25. Gustavo, almejando a morte de Bruno, contra ele efetua disparo de arma de 
fogo, acertando-o na região abdominal. Como estava sangrando muito, Bruno 
deitou na calçada em frente da sua casa, para aguardar a ambulância. Minutos 
depois do crime, a casa de Bruno começou a desabar, não tendo tempo da vítima 
sair do local. A perícia tanatoscópica constatou que Bruno veio a falecer em 
decorrência de traumatismo craniano causado pelo desabamento e não dos 
ferimentos realizados por Gustavo. Apesar do ocorrido, Gustavo foi devidamente 
processado perante o Tribunal do Júri e pronunciado pela consumação do crime 
de homicídio simples, nos moldes do art. 121, caput do Código Penal. 
Na condição de Advogado de Gustavo indique a argumentação visando a melhoria 
da situação jurídica do defendido.

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