Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Universidade Federal do Rio Grande do Norte Departamento de Matemática MAT0314 - Matemática para Engenharia III Prova 3.1 2015.1 Aluno: Gabarito Nota: Instruções quanto a consulta: 1. Permitido a consulta da "colinha"e de calculadora científica. 2. Proibido o uso de calculadoras gráficas, celulares, tablets e computadores. Alunos acessando qualquer um destes eletrônicos receberão nota zero na Prova 3.1. Instruções quanto a entrega da prova e atrasos: 1. Não é permitido entregar a prova antes das 13:20. 2. Não será permitida a entrada de alunos atrasados após a saída do primeiro aluno. Instruções quanto a correção da prova: 1. Esta prova representa 50% da nota da UNIDADE III. 2. Só serão corrigidas questões respondidas nas folhas da prova. 3. Será avaliado o desenvolvimento da questão em conjunto com a resposta. Um problema com a resposta correta e sem o desenvolvimento receberá nota zero na questão. 4. Organização e clareza também serão avaliadas na correção. Correção: Questão 1 Questão 2 Questão 3 Questão 4 Rearranjo de Riemann Total 1. (3,0) Use qualquer método para determinar se a série é convergente ou divergente. Mostre seu trabalho e diga o teste que foi usado. (a) ∞∑ n=1 exp ( 1 n2 − 4 ) Solução. lim n→∞ an = limn→∞ exp ( 1 n2 − 4 ) = exp ( lim n→∞ 1 n2 − 4 ) = e0 = 1 6= 0 Portanto, a série diverge pelo Teste da Divergência. (b) ∞∑ n=1 4 + cosn 4n Solução. Como 4 + cosn 4n é positivo para todo n, podemos usar o Teste da Comparação. Já que cosn ≤ 1, 4 + cosn 4n ≤ 5 4n . A série ∞∑ n=1 5 4n = 5 ∞∑ n=1 1 4n é uma série geométrica com razão r = 1/4, logo convergente. Pelo Teste da Comparação, como os termos da série ∞∑ n=1 4 + cosn 4n são menores que os termos de uma série convergente, esta série também é convergente. (c) ∞∑ n=0 (−1)n n6 + n2 Solução. Temos aqui uma série alternada sem fatoriais ou números elevados na n. Logo, é inútil aplicar o Teste da Razão, vamos aplicar diretamente o T.S.A. bn = |an| = ∣∣∣∣ (−1)nn6 + n2 ∣∣∣∣ = 1n6 + n2 Verificando as condições do teste: i. limn→∞ bn = limn→∞ 1 n6 + n2 = 0,X ii. bn+1 = 1 (n+ 1)6 + (n+ 1)2 < 1 n6 + n2 = bn.X Portanto, ∞∑ n=0 (−1)n n6 + n2 converge pelo Teste da Série Alternada. (d) ∞∑ n=1 3nn5 n! Solução. Devido a presença do fatorial e do número elevado na n, vamos aplicar o Teste da Razão. |an| = 3 nn5 n! , |an+1| = 3 n+1(n+ 1)5 (n+ 1)! Assim, lim n→∞ |an+1| |an| = limn→∞ 3n+1(n+ 1)5 (n+ 1)! 3nn5 n! = lim n→∞ 3n+1(n+ 1)5 (n+ 1)! n! 3nn5 . Fazendo simplificações lim n→∞ 3An+1(n+ 1)5 (n+ 1)C! ZZn! ZZ3nn5 = lim n→∞ 3(n+ 1)A5 4 XXXX(n+ 1) 1 n5 = lim n→∞ 3(n+ 1)4 n5 = 0 < 1. Logo, pelo Teste da Razão, a série é absolutamente convergente e portanto convergente. 2. (2,0) Encontre o intervalo de convergência da série ∞∑ n=1 (−1)n(x+ 8)n n3n . Solução. A série de potências está centrada em a = −8. Para descobrir o raio de convergência vamos aplicar o Teste da Razão. |an| = ∣∣∣∣(−1)n(x+ 8)nn3n ∣∣∣∣ = |x+ 8|nn3n , |an+1| = |x+ 8|n+1(n+ 1)3n+1 . Assim, lim n→∞ |an+1| |an| = limn→∞ |x+ 8|n+1 (n+ 1)3n+1 n3n |x+ 8|n = limn→∞ |x+ 8|HHn+1 (n+ 1)3HHn+1 nZZ3n XXXX|x+ 8|n = |x+ 8| 3 lim n→∞ n (n+ 1) = |x+ 8| 3 . Para convergência, |x+ 8| 3 ⇒ |x+ 8| < 3. Encontramos que o raio de convergência é R = 3. Já sabemos que temos um intervalo centrado em −8 com raio igual a 3. Falta estudar a convergência nos extremos do intervalo a + R = −8 + 3 = −5 e a−R = −8− 3 = −11. • Extremo x = −11: substituindo na série ∞∑ n=1 (−1)n(−11 + 8)n n3n = ∞∑ n=1 (−1)n(−3)n n3n = ∞∑ n=1 (−1)n(−1)n3n n3n = ∞∑ n=1 1 n Esta é a série harmônica, que sabemos ser divergente. • Extremo x = −5: substituindo na série ∞∑ n=1 (−1)n(−5 + 8)n n3n = ∞∑ n=1 (−1)n(3)n n3n == ∞∑ n=1 (−1)n n Esta é a série harmônica alternada, que sabemos ser convergente. Portanto, o intervalo de convergência da série é (−11, 5]. 3. (3,5) (a) (1,5) Represente a função x2 arctan ( x4 16 ) como uma série de potências e encontre seu raio de con- vergência. Solução. Vimos em aula que arctan(x) = ∞∑ n=0 (−1)n x 2n+1 2n+ 1 , se |x| < 1, ou seja, (golfinho no lugar de gatinho) arctan( ) = ∞∑ n=0 (−1)n 2n+1 2n+ 1 , se | | < 1. Fazendo = ( x4 16 ) temos que arctan ( x4 16 ) = ∞∑ n=0 (−1)n ( x4 16 )2n+1 2n+ 1 , se ∣∣∣∣x416 ∣∣∣∣ < 1. Organizando, arctan ( x4 16 ) = ∞∑ n=0 (−1)n (x 4)2n+1 (2n+ 1)(24)2n+1 = ∞∑ n=0 (−1)n x 8n+4 (2n+ 1)28n+4 , se |x|4 < 16⇒ |x| < 2. Assim, x2 arctan ( x4 16 ) = x2 ∞∑ n=0 (−1)n x 8n+4 (2n+ 1)28n+4 = ∞∑ n=0 (−1)n x 8n+6 (2n+ 1)28n+4 , se |x| < 2. (b) (0,5) Marque a alternativa correta: considere as integrais (I) ∫ 0,9 0,2 x2 arctan ( x4 16 ) dx, (II) ∫ 1,4 0 x4 arctan(x4) dx. Quais delas podem ser representadas usando a séries de potências do item a)? i. (I) ii. (II) iii. Todas as duas. iv. Nenhuma das duas. Solução. Alternativa (iii), já que todos os limites de integração satisfazem |x| < 2. (c) (1,5) Use série de potências para aproximar o valor de∫ 0,4 0 x2 arctan ( x4 16 ) dx com precisão de 10−11. Solução. Utilizando o resultado do item a), integração termo-a-termo de série de potências e o Teorema Fundamental do Cálculo temos∫ 0,4 0 x2 arctan ( x4 16 ) dx = ∫ 0,4 0 ∞∑ n=0 (−1)n x 8n+6 (2n+ 1)28n+4 dx = ∞∑ n=0 ∫ 0,4 0 (−1)n x 8n+6 (2n+ 1)28n+4 dx = ∞∑ n=0 (−1)n (2n+ 1)28n+4 ∫ 0,4 0 x8n+6 dx = ∞∑ n=0 (−1)n (2n+ 1)28n+4 x8n+7 (8n+ 7) ∣∣∣∣∣ 0,4 0 = = ∞∑ n=0 (−1)n (2n+ 1)28n+4 (0, 4)8n+7 (8n+ 7) − 0. Portanto, ∫ 0,4 0 x2 arctan ( x4 16 ) dx = ∞∑ n=0 (−1)n(0, 4)8n+7 (2n+ 1)(8n+ 7)28n+4 . Como |0, 4| < 2, sabemos que esta série alternada é convergente. Assim, podemos aproximar a sua soma e estimar seu erro. Temos bn = (0, 4)8n+7 (2n+ 1)(8n+ 7)28n+4 . Fazendo n=1: b1 = (0, 4)15 (3)(15)212 = 5, 82× 10−12 < 10−11 Pela estimativa de erro da sére alternda sabemos que aproximar a soma s pela soma parcial s0 tem erro menor que b1 ≈ 5, 82× 10−12. Portanto, ∫ 0,4 0 x2 arctan ( x4 16 ) dx ≈ s0 = (0, 4) 7 (1)(7)24 = 1, 462857× 10−5, com precisão de 10−11. 4. (1,5) Sabendo que ∞∑ n=2 3(1 + c)−n = 4, encontre o valor de c. Solução. Organizando, ∞∑ n=2 3(1 + c)−n = ∞∑ n=2 3 (1 + c)n = 4. Temos uma série geométrica convergente com razão r = 1 1 + c , logo sua razão deve satisfazer |r| = 1|1 + c| < 1, isto elimina c = 0. Além disso, como a série começa em n = 2, temos a equação 4 = primeiro termo 1− razão = 1 (1 + c)2 1− 1 1 + c = 1 (1 + c)2 (1 + c) c = 1 c(1 + c) , que está bem definida já que c 6= 0. Assim, 4 = 1 c2 + c ⇐⇒ 4(c2 + c) = 1⇐⇒ 4c2 + 4c− 1 = 0. Aplicando a fórmula de Báskhara chegamos a c = −3 2 e c = 1 2 . Temos dois possíveis candidatos a c. Precisamo verificar se os valores de c encontrados satisfazem a condição 1 |1 + c| < 1 imposta acima. • c = −3 2 : 1 |1 + c| = 1∣∣∣∣1− 32 ∣∣∣∣ = 1∣∣∣∣−12 ∣∣∣∣ = 1 1 2 = 2 > 1 Falha a condição, logo c 6= −3 2 . • c = 1 2 : esta é a última esperança 1 |1 + c| = 1∣∣∣∣1 + 12 ∣∣∣∣ = 1∣∣∣∣32 ∣∣∣∣ = 1 3 2 = 2 3 < 1 X Resposta: c = 1 2
Compartilhar