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Resumo Embrio II – AV2 # Formação do sistema digestório - Cavidade oral . Lábios: formado a partir dos processos frontonasal, maxilares e mandibulares. . Língua: os brotos linguais crescem nos lados do broto lingual mediano. Eles crescem e recobrem o broto lingual mediano, dando origem aos 2/3 anteriores da língua. A eminência hipofaríngea recobre a cópula. A parte caudal da eminência dará origem a epiglote. 2/3 anteriores: brotos linguais laterais e mediano. 1/3 posterior: parte cranial da eminência hipofaríngea Epiglote: parte caudal da eminência hipofaríngea Músculos: região cranial (N. hipoglosso - XII) Mucosa: endoderma Anquiloglossia: frênulo na região anterior da língua. Macroglossia: relacionado a síndrome de down. Microglossia: má formação da mandíbula. Língua bífida: brotos laterais não se fundem. - Intestino primitivo e mesentérios . O saco vitelino é incorporado para dar origem ao intestino primitivo. A região que se comunica com o saco é o intestino médio. . Quando o intestino se fecha (dobramento do embrião), fica preso pelo mesentério dorsal. Epitélio e glândulas: endoderma. Tecido conjuntivo, músculo liso: mesoderma esplâncnico Intestino anterior . Esôfago: separado da traqueia pelo septo traqueoesofáfico. Epitélio se prolifera muito e canal se fecha e é recanalizado. Atresia: relacionada ao polidrâmnio. Feto não ingere o líquido amniótico, que se acumula. Quando nasce tem problemas de deglutição. Alimento pode ir para a traqueia. Estenose: recanalização incorreta e ele fica mais estreito. . Estômago: região posterior do tubo digestivo cresce mais e parte anterior fica abaulada. Ele gira 90° para a esquerda (horário) e a parte superior cai sentido caudal. O lado esquerdo se torna ventral e lado direto se torna dorsal. . Omento: mesentério dorsal gira junto com estômago e cresce, formando bolsa omental na região superior e omento maior na região inferior. . Baço e mesogastro dorsal: proliferação celular no mesentério dorsal da origem ao baço. Baço é reposicionado com o giro do estômago. Os ligamentos esplenorrenal e gastroesplênico vêm a partir do mesentério (passam estruturas). . Duodeno proximal: sofre recanalização. É levado em direção a parede posterior e se torna retroperitoneal secundário. . Fígado: proliferação de endoderma ventral ao duodeno – divertículo hepático. Cresce cranial em direção ao septo transverso. Fígado tem segmentação funcional a partir do sistema circulatório. Como a veia vitelínica esquerda degenera, lobo esquerdo é menor. Conforme o fígado cresce em direção ao mesentério ventral, é abraçado por este, formando o peritônio visceral do fígado. No local de contato do fígado com o septo transverso não há peritônio (área nua) Hepatócitos e colangicitos (células de revestimento dos ductos hepáticos): endoderma. Estroma: septo transverso. Sinusoides: veias vitelínicas. . Vesícula biliar: proliferação caudal ao divertículo hepático – divertículo cístico. . Pâncreas: brotos formados a partir de duas proliferações celulares, nos mesentérios dorsal e ventral. Por causa da rotação do estômago, duodeno rotacional também e pâncreas acompanha. Eles acabam se fundindo. É retroperitoneal secundário. Cabeça, corpo, cauda e ducto pancreático acessório: mesentério dorsal. Processo uncinado e ducto pancreático principal: mesentério ventral. Pâncreas anelar: na rotação, pâncreas pode fazer anel em torno do duodeno, causando estenose. Intestino médio . Vem de uma estrutura chamada alça intestinal primária, irrigada pela A. mesentérica superior. . Duodeno distal: a partir da Ampola de Vater. Atresia: formação não contínua do duodeno. Estenose: estreitamento pela canalização incorreta. . Alça intestinal primária: da origem ao jejuno, íleo, ceco, apêndice, colo ascendente e 2/3 iniciais do colo transverso. Alça é formada a partir de crescimento do intestino médio. Como o crescimento é muito grande e o fígado cresce junto, não há espaço e a alça hernia – hérnia umbilical fisiológica. Na volta, a alça intestinal gira 90° para a direita e, então, mais 180°. . Como o intestino está preso ao mesentério dorsal, forma estrutura semelhante a um leque. Nas regiões do colo ascendente e colo descendente, o mesentério regride e essas regiões tornam-se retroperitoneais secundárias. Onfalocele: persistência do intestino médio na parte proximal do umbigo. Órgão herniado está recoberto por membrana. Hérnia umbilical: herniação após retorno do intestino à cavidade abdominal. Está recoberto por tecido subcutâneo. Gastrosquise: protrusão intestinal pela parede abdominal sem membrana ao redor. Pode se dar por ruptura da onfalocele. Intestino posterior . Irrigado pela A. mesentérica inferior. . Cloaca: dará origem ao ânus, genitália e uretra. Septo urorretal (períneo) separa a cloaca em 2 estruturas, seio urogenital e canal anorretal. No canal anorretal tem uma membrana de ectoderma, que se rompe e se prolifera, dando origem a porção final do canal anorretal. Essa região é chamada no adulto de linha pectinada. 2/3 craniais: origem do intestino posterior. Epitélio derivado de endoderma. Irrigação e inervação como intestino posterior (A. mesentérica inferior e SNEntérico). 1/3 caudal: epitélio derivado do ectoderma. Irrigação pela A. pudenda interna. Inervação pelo N. retal inferior. # Formação do sistema urinário . Formado a partir do mesoderma intermediário. . Pronefro: início da diferenciação do mesoderma intermediário. Na região cranial, surgem os ductos mesonéfricos. Medial a eles, surgem os brotos pronéfricos. O pronefro começa a se formar na região cranial e degenera. . Mesonefro: ducto mesonéfricos continua crescendo caudalmente e perfura a cloaca. Os brotos mesonéfricos continuam a surgir mediais a eles. O mesonefro também regride conforme se forma, mas persiste na região lombar do embrião – unidades excretoras abreviadas. . Cada broto mesonéfrico é composto por um túbulo mesonéfrico e uma Cápsula de Bowman, produzindo uma mínima quantidade de urina. Embrião XY: túbulos mesonéfricos regridem parcialmente e ajudam a formar parte do sistema genital masculino. Embrião XX: regressão completa dos túbulos mesonéfricos. . Metanefro: na região da cloaca, ducto mesonéfrico evagina formando o broto uretérico. Esse broto uretérico cresce em direção a uma massa de mesoderma intermediário independente chamada de mesênquima metanéfrico. Conforme o broto uretérico penetra no mesênquima metanéfrico se bifurca muitas vezes. Cada novo broto é envolvido por mesênquima, conferindo ao rim primitivo um aspecto lobulado, que se perde conforme o desenvolvimento. O broto continua se bifurcando até o nascimento. Broto uretérico: ureteres, pelve renal, cálices maiores, cálices menores, ductos e túbulos coletores. Mesênquima metanéfrico: néfron até TCD. Agenesia renal: pode ser unilateral, assuntomático, ou bilateral, incompatível com a vida. Sequência de Potter: agenesia renal bilateral, oligodrâmnio, hipoplasia pulmonar, malformações da face. . Os rins sofrem ascenção relativa e giral 90° medialmente. Má rotação dos rins: hilo voltado ventral ou lateralmente. Etopia renal: posição incorreta dos rins, podendo desencadear estase da urina e do sangue. Rim em ferradura: rins se fundem e ficam em formato de ferradura. . A vascularização dos rins muda conforme ele ascende: ramos da ilíaca comum, ramos da aorta abdominal, artérias renais. Pode ter vascularização acessória. . Bexiga: formada a partir do seio urogenital, região ventral do septo urorretal (períneo). O seio urogenital se divide em 3 porções: vesical, pélvica e fálica. A bexiga cresce e incorpora o ducto mesonéfrico formando o trígono da bexiga . O intestino posterior comunica-se com uma região do pedículo do embrião chamada de alantoide. Quando o intestino é septado, essa comunicação se mantém com a porção vesical do septo urorretal, formando o úraco ou ligamento umbilical mediano. Cistos do úraco: fechamento incorreto do alantoide. Fístula do úraco: liga a bexigaao cordão umbilical. # Formação dos sistemas genitais . A determinação do tipo de gônadas que vão ser geradas acontece a partir da migração das células germinativas primordiais (CGP). Elas migram do saco vitelino em direção ao mesoderma intermediário, onde o mesonefro está sendo formado, para uma área chamada crista genital. Com a chegada das CGP, as células do mesotélio do celoma começam a se multiplicar e envolvem as CGP. As células do celoma passam a se chamar células somáticas de sustentação. As CGP que não são envolvidas pelas células de sustentação morrem. . Ao lado do ducto mesonéfrico surge o ducto paramesonéfrico. Ele tem uma abertura cranial e faz o mesmo trajeto do ducto mesonéfrico. - Embrião XY . Gene sry: codifica a proteína sry, que diferencia as gônadas em testículos. As células somáticas de sustentação que expressam o gene sry diferenciam-se em células de Sertoli. Ausência de sry: o gene sry está no cromossomo Y. Se indivíduo XY tiver mutação no gene sry, desenvolve-se como mulher e tem ovários. Se o indivíduo XX, por erro de crossing over, adquirir o gene sry, se desenvolve como homem. . As CGP se organizam de forma cordonal, formando o cordão seminífero. Esses cordões canalizam-se na puberdade, quando passam a se chamar túbulos seminíferos. . As células de Sertoli inibem a meiose e a mitose das CGP. No nascimento, elas se diferenciam em espermatogônias, que só terminam a diferenciação em gametas na puberdade. . As células de Sertoli também induzem a formação das células de Leydig, responsáveis pela produção de testosterona. . A túnica albugínea separa as gônadas do peritônio e se desenvolve na 7ª semana. . O desenvolvimento dos órgãos internos depende de 3 hormônios: Hormônio anti-Mülleriano (HAM), produzido pelas células de Sertoli. Promove a degeneração dos ductos paramesonéfricos. No homem, sua degeneração resulta no apêndice testicular e no utrículo prostático. Testosterona, produzida pelas células de Leydig. Forma ductos eferentes, epidídimos, vesículas seminais e ductos ejaculatórios, a partir dos túbulos e ductos mesonéfricos. Di-hidrotestosterona é uma conversão da testosterona. Forma a uretra, próstata, glândulas bulburetrais e genitália masculina. Aplasia bilateral congênita dos ductos deferentes: malformação ou formação incompleta dos ductos deferentes (defeito na produção de testosterona). Indivíduo é infértil. Síndrome do ducto mülleriano persistente: embriões XY com mutação no gene para HAM ou no de seu receptor. Isso faz com que os ductos paramesonéfricos não tenham cresciemtno interrompido. . Os ductos mesonéfricos se abrem na região vesical do seio urogenital, formando o trígono da bexiga na região pélvica. - Embrião XX . As CGP diferenciam-se em ovogônias, que entram em meiose I, formando os ovócitos I. Esse ovócito I faz com que as células somáticas de sustentação se diferenciem em células foliculares, formando os folículos primordiais. As células foliculares, então, interrompem a meiose do ovócito I, que para em prófase I. . A túnica albugínea separa as gônadas do peritônio e só surge após o nascimento. . Como não tem testosterona, os ductos e túbulos mesonéfricos desaparecem. Como não tem HAM, os ductos paramesonéfricos permanecem e continuam a se desenvolver, independente de hormônios. . A maior parte dos ductos paramesonéfricos dá origem às tubas uterinas. A porção restante, em região mais caudal, os ductos se fundem e se abrem na porção pélvica do seio urogenital, o canal uterovaginal (formará o útero e a parte superior da vagina). O local de inserção do ducto paramesonéfrico no canal uterovaginal chama-se bulbo sinovaginal, que forma a parte inferior da vagina. Malformações da vagina: se os ductos paramesonéfricos não se fundem corretamente, há formação de 2 úteros e/ou 2 vaginas. Como variações: vagina única septada, útero único bicorno, útero desenvolvido e cisto vaginal. Indivíduos intersexuais: tem cromossomos, genitália e/ou características sexuais mistas. Mosaicismo: algumas células XX e algumas células XY. Desenvolvem gônadas ovotesticulares. Embrião XX: tumor na adrenal materna, hiperplasia na adrenal do feto ou administração à mãe de andrógenos, feto desenvolve genitália externa masculina. Embrião XY: problemas na produção de testosterona e HAM (hormônio anti-Müleriano pelos testículos do feto). # Formação da genitália externa . Até a 12ª semana, a genitália externa é indiferenciada. - Embrião XY Pregas urogenitais: uretra e rafe do pênis. Eminências labioescrotais: escroto e rafe do escroto. . Um cordão de células ectodérmicas entra em direção ao endoderma, formando a uretra da glande, o prepúcio e a fossa navicular. Hipospádia: fechamento incorreto da uretra ocorre na parte ventral do pênis. Epispádia: meato da uretra se abre na porção dorsal do pênis. Relacionado ao posicionamento do tubérculo, não com o fechamento da prega. . As gônadas só vão para o escroto no 9º mês, fazendo uma descida relativa. O ligamento cranial degenera e o gubernáculo conduz os testículos até o escroto. Conforme ocorre esse movimento, estruturas abdominais são levadas (ligamentos, fáscia, músculos). . A região do testículo que evagina chama processo vaginal, que deve se fechar, formando a túnica vaginal. Criptorquidia: posicionamento dos testículos na cavidade abdominal ou pélvica e não entra no escroto. O aquecimento das CGP pode desencadear câncer no testículo. Hérnia inguinal e hidrocele: ocorrem quando o processo vaginal não fecha corretamente. A hérnia é uma alça intestinal que vai para a região do escroto. A hidrocele é a migração de líquido do peritônio para o escroto. - Embrião XX . As pregas urogenitais se fundem na região inferior para formar o frênulo dos lábios menores. As eminências labioescrotais se fundem inferiormente formando as comissuras labiais posterior e anterior dos lábios maiores. . O ligamento cranial da origem ao ligamento suspensor do ovário. O gubernáculo da origem a 2 ligamentos: ligamento útero-ovárico e ligamento redondo do útero. Síndrome da insensibilidade a andrógenos: indivíduo XY com testículos e aparência feminina. Genitália é XX e a vagina termina em uma bolsa cega, não havendo útero e tubas uterinas. Após a puberdade, há desenvolvimento de glândulas mamárias.
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