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Resumo Embrio II AV1

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Resumo Embrio II – Av1
# Coração
. Vasculogênese: processo de surgimento dos vasos sanguíneos dentro do mesênquima.
. Angiogênese: formação de novos vasos sanguíneos a partir de vasos sanguíneos preexistentes.
 Cianose: falta de oxigenação decorrente da malformação do sistema vascular. Bebê azulado.
 Dedos em baqueta: pontas dos dedos achatadas e azuladas em decorrência da malformação do sistema vascular.
. Na região da cabeça, o mesoderma lateral é chamado de mesoderma cardiogênico. Nessa região, o mesoderma lateral esplâncnico da origem à área cardiogênica primária.
. Durante a formação da tubo neural, células da área cardiogênica primária formam os tubos endocárdicos, que irão se fundir e dar origem ao endocárdio. O mesoderma lateral esplâncnico envolve o tubo endocárdico e da origem ao miocárdio. Entre os dois está a geleia cardíaca, formada por células de sinalização, que desaparece no adulto. O mesocárdio dorsal prende o coração à parte dorsal do embrião e é formado a partir da fusão dos tubos endocárdicos. Quando ele se rompe, da origem ao seio transverso do pericárdio (espaço entre aorta ascendente e artéria tronco-pulmonar).
. Tubo endocárdico (endocárdio) + geleia cardíaca + mesoderma esplâncnico (miocárdio) + epicárdio = tubo cardíaco.
 Coração bífido: ocorre quando não há fusão dos tubos endocárdicos.
. O folheto parietal do pericárdio seroso é formado a partir do fechamento do mesoderma lateral somático. O folheto visceral é derivado de um conjunto de células chamado órgão pró-epicárdico, provenientes da região caudal da cavidade pericárdica.
. Ao longo do tubo endocárdico tem as estruturas que irão formar o coração: trato de saída (cone arterioso do VD, parte ascendente da aorta, artéria tronco-pulmonar), bulbo cardíaco (VD), ventrículo primitivo (VE), átrio primitivo (AD e AE) e seio venoso (veias cavas).
 Dextrocardia: o coração dobra para o lado esquerdo ao invés de dobrar para o lado direito, ficando localizado em uma região mais à direita na cavidade torácica. 
. Os compartimentos atrial e ventricular ficam separados pelo canal atrioventricular, que irá se dividir nos canais direito e esquerdo a partir da fusão dos coxins dorsal e ventral.
. A septação atrial ocorre a partir da uma membrana que surge no teto da cavidade atrial, chamada septum primum. Conforme ela se fecha, forma um espaço menor de comunicação entre os átrios esquerdo e direito chamado foramen primum. Conforme o forame primário se fecha, o septo primário começa a degenerar a partir da região dorsal, formando o foramen secundum. Ao lado do septo primário começa a crescer o septum secundum, que não se fecha completamente, dando origem ao forame oval. Isso mantém a comunicação entre o AD e AE, importante para a circulação fetal. O forame oval se fecha ao nascimento.
 Forame oval patente: após o nascimento, o forame oval não se fecha completamente, acarretando em mistura do sangue. Pode ocorrer por perfuração do septo primário, septo primário muito curto, forame oval muito grande.
 Foramen primum patente: ocorre quando o forame primário não se fecha corretamente.
. Os átrios estão ligados ao seio venoso, que tem 2 saídas. A saída esquerda degenera (forma o seio coronário, retorno das coronárias) e os vasos da saída direita passam a ser o sistema de retorno venoso do coração.
. O corno direito do seio venoso é incorporado pelo átrio e da origem a parede lisa do AD. Conforme é incorporado, uma parte do coração é deslocada e forma a aurícula direita.
. A veia pulmonar surge a partir do mesocárdio dorsal. Conforme é incorporada pelo AE, desloca o tecido cardíaco formando a aurícula esquerda.
 Conexão venosa pulmonar anômala: pode ser total (quando nenhuma das 4 veias pulmonares chega ao AE) ou parcial. Na parcial, pelo menos 2 veias pulmonares chegam ao AE. As anomalias totais mais comuns são:
	- as 4 veias formam veia pulmonar comum que desemboca na VCS;
	- as 4 veias formam veia pulmonar comum que desemboca no seio coronário;
	- as 4 veias se abrem direto no AD;
	- as 4 veias formam veia pulmonar comum que desemboca na veia porta.
. A septação ventricular ocorre a partir de um septo interventricular muscular que cresce no ventrículo entre o ventrículo primitivo e o bulbo cardíaco. Esse septo não se fecha completamente ainda pois o ventrículo ainda não se comunica com o trato de saída, formando o forame interventricular. O trato de saída, então, se desloca para a esquerda e o ventrículo primitivo se desloca para a direita, de forma que o trato passa a ficar entre o bulbo e o ventrículo primitivo, com comunicação com os dois. 
. O trato de saída da origem a aorta ascendente e a artéria tronco-pulmonar. Na parede do trato de saída surgem saliências cone-tronco, que crescem de forma espiralada por causa do fluxo sanguíneo. O septo formado chama-se septo aórtico-pulmonar. Quando acontece a espiralização, no VD forma-se o cone arterioso e no VE forma-se o vestíbulo da aorta. Quando o septo aórtico-pulmonar se forma, sai estrutura membranosa, que forma o septo interventricular membranoso, terminando a septação ventricular.
 Defeitos da septação ventricular: mais frequente na parte membranácea do septo interventricular. Cor trilocullare biatriatum: coração com 3 cavidades (2 átrios e 1 ventrículo).
. As células das cristas neurais cardíacas formam as saliências cone-tronco, realinham as câmaras cardíacas, separam o miocárdio atrial e ventricular.
 Trato de saída persistente: ocorre quando o trato de saída não é septado e fica uma única artéria para levar o sangue venoso ao pulmão e o sangue arterial à circulação sistêmica, com intensa mistura de sangue (cianose).
 Janela aorto-pulmonar: falha na divisão do septo que permite comunicação pequena entre artéria tronco-pulmonar e aorta.
 Transposição dos grandes vasos: defeito na espiralização do septo. Aorta sai do VD e tronco pulmonar sai do VE.
 Transposição dos grandes vasos corrigida: os ventrículos estão trocados de lugar. VD trabalha mais do que deveria fisiologicamente e há falência cardíaca acelerada.
 Divisão anormal do trato de saída: septo aórtico-pulmonar favorece mais um vaso do que outro, com dificuldade de esvaziamento do coração.
# Vasos sanguíneos
. Células mesenquimais, originárias do mesoderma, são origem aos hemangioblastos, que começam a se organizar em ilhas. As ilhas de hemangioblastos se diferenciam para formar 2 tipos de células, as células endoteliais e as hematopoéticas. É a dinâmica do fluxo que determina se o vaso vai ser artéria ou veia.
. O mesoderma libera o VEGF (fator de crescimento do endotélio vascular), que estimula o crescimento de vasos sanguíneos. Muitos vasos que surgem nesse momento desaparecem, deixando apenas os principais.
. A formação do sangue começa dentro do próprio vaso, nos mesodermas laterais esplâncnico e somático e no pedículo do embrião. Em seguida, assumem a função de hematopoese o saco vitelino, fígado e, por último, a medula óssea.
 Hemangiomas: ocorrem quando os vasos formados a mais não desaparecem. Pessoa fica com manchas vermelhas na pele, devido ao fluxo de sangue no local. Pode desaparecer com o tempo.
. As coronárias surgem a partir das células pró-epicárdicas, que deram origem ao folheto visceral. As células do epitélio se modificam e se tornam células mesenquimais (transformação epitélio-mesenquimal). Essas novas células mesenquimais irão formar as ilhas de hemangioblastos, que darão origem aos vasos.
. As aortas dorsais aparecem no embrião antes do dobramento. Quando o embrião dobra, elas se conectam ao coração formando os arcos faríngeos. Em seguida, elas se fundem.
	- 4º arco faríngeo esq: arco aórtico
	- 7ª intersegmentar esq: subclávia esquerda
	- 2º e 3º arcos faríngeos: carótidas comuns
	- 6º arco faríngeo: ducto arterioso
 Coarctação da aorta: estreitamento da aorta no fim do arco aórtico. Causas: estreitamento da aorta por compressão do ducto arterioso; involução incorreta da aorta dorsal esquerda, com a degeneração da aorta dorsal direita;persistência do istmo, região mais fina no embrião.
	Coarctação pós-ductal: ducto arterioso perde sua função embriológica. Artérias mais cheias e tortuosas. Sangue não desce pela porção descendente da aorta e segue por circulação colateral.
	Coarctação pré-ductal: ducto arterioso permanece funcional mesmo após o nascimento, para suprir a coarctação. O sangue continua se misturando desse ponto para baixo. Extremidades inferiores ficam com cianose e cabeça e pescoço ficam normais.
 Arco aórtico duplo: persistência da aorta dorsal direita. Formação de anel vascular que fica ao redor da traqueia e esôfago.
 Arco aórtico direito: todo o remodelamento que ocorre no lado direito, acontece no lado esquerdo. O arco aórtico direito pode ter componente retroesofágico, quando o arco aórtico passa por trás do esôfago e da traqueia, podendo comprimir esses órgãos.
 Artéria subclávia direita retroesofágica: subclávia direita sai direto do arco aórtico e não do tronco braquiocefálico. 7ª artéria insersegmentar direita se une a aorta dorsal esquerda.
 Arco aórtico interrompido: não tem arco aórtico pois as duas artérias do 4º arco faríngeo degeneram. Ducto pulmonar passa a nutrir o corpo do coração pra baixo. Ducto arterioso permanece aberto, com grande mistura de sangue.
. Os ramos anteriores da aorta, inicialmente, vão nutrir o saco vitelino. No sistema vitelínico, existem artérias craniais ao diafragma (artérias esofágicas) e 3 ramos caudais ao diafragma (mesentérica superior, mesentérica inferior e tronco-cefálica).
. Os ramos laterais da aorta (adrenais, gonadais e renais) se formam conforme esses órgãos começam a aparecer.
. Nos arcos faríngeos, aparecem 7 artérias intersegmentares: a 7ª esquerda da origem à subclávia esquerda e as outras se fundem para formar as artérias vertebrais, direita e esquerda.
. As artérias umbilicais são responsáveis por conduzir o sangue pobre em oxigênio para a placenta através do pedículo do embrião. 
 Tetralogia de Fallot: malformação que resulta em cianose extensa por 4 fatores:
	- Estenose da artéria tronco-pulmonar;
	- Consequente espessamento da parede do VD;
	- Consequente ampliação da cavidade do VD e parte do sangue sai pela aorta;
	- Por isso, tem comunicação interventricular.
- Sistema venoso vitelino
. Sistema venoso bilateral e simétrico. Responsável pela drenagem do TGI e derivados do intestino primitivo.
. As veias vitelinas direta e esquerda são as mais centrais, passando pela região umbilical do embrião. Elas saem do saco vitelino, passam pela região umbilical, fígado e seguem em direção ao coração. Conforme elas passam pelo fígado, fazem grandes anastomeses, entremeando-se entre os hepatócitos, formando os sinusoides hepáticos. No fígado, ligando as veias vitelínicas direita e esquerda tem uma grande comunicação, o ducto venoso.
. A veia vitelina esquerda desaparece. A veia vitelínica direita, entre o fígado e o coração, vai dar origem a uma parte da veia cava inferior. A parte caudal da veia vitelínica direita vai dar origem à veia porta, que continua em direção caudal formando a veia mesentérica superior.
. As anastomoses entre as veias vitelinas direita e esquerda continuam ao longo da porção caudal ao fígado. Conforme a vitelina esquerda desaparece, as anastomoses mais proeminentes se tornam veias maiores, que vão drenar o lado esquerdo do corpo: veia esplênica e mesentérica inferior.
- Sistema venoso umbilical
. Sistema venoso bilateral e simétrico. Formada pelas veias umbilicais direita e esquerda. A veia umbilical direita logo desaparece.
. A veia umbilical esquerda não vai para o coração, mas para o ducto venoso hepático.
- Sistema venoso cardinal
. Sistema venoso bilateral e simétrico. É um grande sistema que se subdivide em 3 sistemas.
	. Veias cardinais: as veias cardinais posteriores fazem uma grande anastomose na região inferior do abdômen para, em seguida, desaparecer. Dessa anastomose surgem as veias ilíacas comuns e a porção sacral da veia cava inferior. A veia cardinal anterior esquerda desaparece em grande parte, mas a que permanece próxima ao coração forma a veia oblíqua do átrio esquerdo. As veias cardinais anteriores, em conjunto, formam as veias jugulares, que se unem com a cardinal anterior esquerda para formar o tronco braquiocefálico venoso.
	. Veias subcardinais: se anastomosam com as cardinais posteriores. Formam grande parte da veia cava inferior. Ali chegam as veias renais, suprarrenais e gonadais.
	. Veias supracardinais: ficam na região abdominal, entre as veias cardinais e subcardinais, com uma intensa anastomose entre os sistemas. Na região torácica, dão origem ao sistema ázigo e às veias intercostais. Na região abdominal, entre a subcardinal e a cardinal posterior, a veia supracardinal dará origem a outra porção da veia cava inferior.
 Veia cava dupla: a veia supracardinal esquerda não some.
 Ausência da porção hepática da veia cava inferior: não se forma a porção da subcardinal. Sangue é drenado pelo sistema ázigo.
# Circulação fetal e neonatal
. A veia umbilical (sangue arterial proveniente da placenta) faz anastomose com o ducto venoso hepático. Em seguida, esse sangue segue pela veia cava inferior em direção ao AD. Lá, o sangue é desviado para o AE pelo forame oval e, então, vai para o VE, onde é bombeado para a aorta e o resto do corpo.
. A veia cava superior drena o sangue proveniente da cabeça e pescoço e também desemboca no átrio direito. A mistura de sangue arterial e venoso não ocorre porque o sangue arterial proveniente da veia cava inferior é hemodinamicamente diferente do sangue venoso proveniente da veia cava superior. Então, o sangue proveniente da veia cava superior passa para o ventrículo direito e é bombeado para a artéria pulmonar. No entanto, parte desse sangue é desviada pelo ducto arterioso para a aorta, onde ocorre a mistura mais intensa.
. Por causa disso, o sangue que vai para a cabeça, pescoço e membros superiores é mais oxigenado que o sangue que vai para a região inferior do corpo.
. A primeira respiração do bebê ao nascer aumenta muito a pressão na caixa torácica, o que se reflete no AE, forçando o fechamento do forame oval. Após o nascimento, os vasos do cordão umbilical se fecham também, de modo a encerrar a comunicação com o meio externo. O ducto arterioso também se fecha, interrompendo a comunicação das artérias pulmonar e aorta.
# Sistema respiratório
- Fossas nasais
. Durante a formação da face, na proeminência frontonasal, surgem os placoides nasais, que se aprofundam e formam a fosseta nasal. As fossetas continuam se aprofundando e se fundem, formando o saco nasal. Em seguida, esse saco nasal continua crescendo. O saco nasal se separa da região da boca pela membrana oronasal, que se rompe formando a coana primitiva. 
. As proeminências maxilares enviam projeções mediais (processo palatino) que se fundem para formar o palato secundário. A coana definitiva se forma após a fusão dos palatos.
. Nesse momento, a região dos palatos é formado por mesênquima que, em seguida, sofrerá ossificação na região anterior.
. Algumas células da fosseta nasal se diferenciam em neurônios, que já se comunicam com o telencéfalo em formação. Nessa região será formado o bulbo olfatório.
. Os seios paranasais se formam e, após o nascimento até a adolescência, continuam a crescer (pneumatização primária e secundária, respectivamente).
- Laringe
. No aparelho faríngeo, há uma fenda na parte ventral e caudal chamada fenda laringotraqueal. Assim que ela aparece, emite um divertículo laringotraqueal, que evagina para a região ventral. Nessa região, então, se forma a prega traqueoesofágica e, quando essa prega se funde, forma o septo traqueoesofágico.
. A laringe é revestida por endoderma. O divertículo laringotraqueal é recoberto por mesoderma esplâncnico. Assim, o epitélio e as glândulas que existem na laringe vêm do endoderma. A lâmina própria vem do mesoderma esplâncnico.
. A laringe é toda fechada por epitélio proliferado. Na canalização são formadasas pregas vocais e vestibulares.
. As cartilagens da laringe vêm do 4º e 6º arcos faríngeos, exceto a epiglote. Assim, a inervação da laringe vem do nervo vago.
. A proliferação de mesoderma entre os 4º e 6º arcos faríngeos forma a eminência hipofaríngea. Essa eminência se divide em uma região caudal e uma região cranial. A região caudal forma a epiglote. A região cranial forma uma parte da língua.
 Atresia da laringe: a canalização da laringe não ocorre ou ocorre de forma incompleta. Quando o bebê nasce não chora e é cianótico.
. No neonato, a laringe é mais elevada e o palato mole fica muito próximo da epiglote. Isso cria um canal alternativo, por onde o bebê consegue mamar e respirar ao mesmo tempo.
- Traqueia
. O divertículo laringotraqueal continua crescendo e da origem à traqueia.
 Fístula traqueoesofágica: a septação da traqueia e do esôfago não ocorre de forma correta. A fístula é um canal que comunica os dois órgãos. Na maioria dos casos, o esôfago tem um fundo falso e a traqueia se comunica com o esôfago pela fístula. Assim, o alimento volta e o bebê não consegue se alimentar. Isso também pode gerar polidrâmnio (não há renovação do líquido amniótico, resultando em parto prematuro).
 Fenda laringotraqueoesofágica: malformação do septo traqueoesofágico, com comunicação da laringe, traqueia e esôfago.
 Divertículo traqueal: bifurcação da traqueia antes de entrar no pulmão. Como há tecido pulmonar e está muito próximo das vias aéreas superiores, está muito sujeito a infecções.
- Árvore brônquica
. A traqueia forma 2 brotos que se ramificam sucessivas vezes formando o pulmão. A extremidade caudal do divertículo traqueal bifurca-se, formando os brotos brônquicos principais direito e esquerdo. Os brotos principais se ramificam em brotos lobares e, então, em segmentares.
- Movimentos respiratórios fetais
. O feto aspira o líquido amniótico. Conforme ele aspira esse líquido, faz pressão sobre o divertículo traqueal, ajudando no desenvolvimento pulmonar. A presença do líquido na região condiciona a diferenciação dos pneumócitos tipos I e II.
 Oligodrâmnio: carência de líquido amniótico, prejudicando o desenvolvimento pulmonar. Pode ocorrer por fatores maternos, fetais (malformação dos rins, que filtram o líquido amniótico, ou gêmeos) e placentários (ruptura).
 Agenesia unilateral completa: não ocorre a formação de um dos brotos brônquicos principais. O outro pulmão tende a ficar muito grande e estender-se pelo mediastino.
 Agenesia pulmonar: há formação dos brotos, mas não forma-se o parênquima pulmonar.
 Hipoplasia pulmonar: desenvolvimento incompleto de um ou ambos os pulmões.
 Sequestro pulmonar: há formação da massa pulmonar, mas ela não está conectada à árvore brônquica.
 Lobo da veia ázigo: enquanto o pulmão cresce e se expande, pode envolver a veia ázigo, formando uma prega sem alterações funcionais.
 Docimasia hidrostática de Galeno: para saber se bebê nasceu vivo ou morto, coloca-se seu pulmão na água. Se ele respirou, seu pulmão vai estar cheio de ar e irá flutuar.
# Maturação pulmonar
. Dividida em 4 etapas:
	1. Pseudoglandular: parece uma glândula exócrina; formação da porção condutora.
	2. Canalicular: surgem bronquíolos respiratórios e sacos alveolares; início da diferenciação celular.
	3. Saco terminal: surge barreira hematoaérea (pneumócitos I e capilares – já pode ter trocas gasosas); pneumócitos II iniciam a produção de surfactante (produção aumenta mais próximo ao nascimento).
	4. Alveolar: aumento no número de bronquíolos respiratórios e alvéolos primitivos.
. A amniocentese pode ser feita no fim da gestação para analisar a maturidade pulmonar do feto. Uma amostra de líquido amniótico é analisada para detectar a razão lectina-esfingomielina. Se > 1,9 o feto está maduro. Se < 1,5 o feto está imaturo.
 Síndrome da angústia respiratória: comum em fetos prematuros. Há produção inadequada de surfactante e ocorre em até 6h após o parto. Há aumento da frequência respiratória, retração das costelas e do esterno na inspiração. Medicamento pode ser administrado para a mãe ate 24h antes do parto para induzir a produção da substância.
# Formação das cavidades e diafragma
. Com a formação dos mesodermas laterais somáticos e esplâncnicos, surge ao redor do embrião o celoma intraembrionário.
- Cavidade pericárdica
. Forma-se a partir da prega cefálica, durante o dobramento do embrião. Essa prega faz com que o coração, antes dorsal, se torne ventral. O septo transverso, entes cranial, fica ventral ao celoma e dorsal à cavidade pericárdica.
. O septo transverso “esmaga” o celoma intraembrionário, formando os canais pericardioperitoneais, pois une o pericárdio ao peritônio. Nesses canais irão se desenvolver os pulmões.
. No local dos canais pericardioperitoneais surgem 2 pregas, as pregas pleuropericárdicas, que irão se fundir para separar a cavidade pericárdica da cavidade pulmonar. Quando as pregas pleuropericárdicas se fundem, formam o pericárdio fibroso. Dentro dessas pregas passam os nervos frênicos.
. As pregas passam a se chamar de membranas pleuroperitonais. Elas seguem no sentido ventral-dorsal e se unem ao septo transverso, separando definitivamente a cavidade abdominal da cavidade torácica.
- Diafragma
. Formado por 4 componentes embrionários:
	- Septo transverso: forma o tendão central do diafragma.
	- Mesentério dorsal do esôfago: o mesentério dorsal do esfôfago prende o intestino primitivo na parte dorsal do embrião, ligando o diafragma à coluna vertebral, formando as cruras do diafragma.
	- Membranas pleuroperitoneais: forma a parte mais dorsal do diafragma.
	- Mesoderma lateral somático da parede do corpo: cresce em direção ao diafragma para terminar sua formação.
. Os nervos frênicos saem da região cervical para inervar o diafragma porque, enquanto está sendo formado, o diafragma está na altura de C3. Conforme o embrião cresce e se desenvolve, sofre alteração de posição, indo localizar-se na altura de T8. 
 Hérnia diafragmática congênita: fusão incorreta de um dos componentes do diafragma. Forma um forame por onde o intestino pode herniar, comprimindo os pulmões (hipoplasia pulmonar).
 Eventração diafragmática: não há formação correta da musculatura do diafragma, que fica maleável e pode resultar em herniação intestinal em direção a cavidade pulmonar.

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