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Prova 7 - Processo civil - Bruno

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PROCESSO CIVIL – PROVA 7
Bruno VENDRAMINI
RESUMO: 
4º Termo
Turma C
Professor: Caique
1 ATOS PROCESSUAIS: condutas humanas positivas
1) Condutas humanas voluntárias que tem relevância p/ o processo porque criam, EXTINGUEM ou modificam situações jurídicas processuais
Fatos jurídicos processuais
São acontecimentos da vida, natural ou humana, que tem relevância para o direito (e, portanto para o processo). – não temos uma conduta positiva e finalísticamente dirigida. Por exemplo, a morte da parte: tem consequências processuais. Se não tem conduta humana é fato jurídico processual.
-Omissões processualmente relevantes em caso de dever ou ônus de realizar o ato processual. Efeitos decorrem da lei. Omissão não é ato, ato é conduta positiva. Esse não fazer nada pode impor consequências processuais desfavoráveis. Acontece quando tinha dever de agir ou ônus de agir. A inércia gera consequência processual. Ausência de defesa gera consequências jurídicas processuais. O juiz pode julgar antecipadamente a lide. Se na omissão, havia o dever ou ônus de realizar o ato processual, é um fato jurídico processual. Essas sanções são previstas em lei.
2 CARACTERÍSTICAS
a)Interligados – cadeia-unidade – atos processuais são interligados entre os outros. É um desencadear de sucessivos atos processuais, que se prendem por um fim, que é a prestação da atividade jurisdicional.
b)Unidade de objetivo
c)Interdependência – a nulidade de um ato pode contaminar os 
3 Classificação (quanto ao sujeito)
3.1 Atos Das Partes (158)
a)Postulatórios: petições e requerimentos – Se envolve o mérito da lide, será uma petição. Quando esse pedido não tem por objeto a lide, mas uma questão processual qualquer, esse pedido será um requerimento. Pedido para a parte seja beneficiada pela justiça gratuita é um requerimento.
b)Dispositivos: declarações de vontade destinadas a dispor da tutela jurisdicional, criando, extinguindo ou modificando as condições. 
b.1) Unilaterais – manifestação de vontade de uma das partes for suficiente para a prática do ato querido. Exemplo: desistência da ação antes de citar o réu, pode-se desistir da ação sem a concordância da outra parte.
b.2) Concordantes – para produzir efeitos jurídicos, depende da concordância da outra parte. Para ter eficácia precisa da concordância da parte contrária. Exemplo: desistência da ação após a citação do réu, não apresentação de exceção de incompetência relativa.
b.3) Contratuais: são aqueles atos produzidos de comum acordo pelas partes. O próprio ato depende do acordo. Exemplo: eleição de foro, conciliação.
c) Atos instrutórios: atos das partes destinados a influenciar o juiz daquilo que alegam. São alegações e atos probatórios. Alegações são aquilo que as partes dizem. Atos probatórios são aqueles atos que são praticados com objetivo de demonstrar que as alegações ocorreram no mundo da vida.
d) Atos reais: se manifesta pela coisa, não por aquilo que dizem as partes. Exemplo: guia de recolhimento das custas: a parte precisa pagar para aquele ato seja realizado. A juntada dessa guia faz prova desse ato processual.
Atos do juiz (162)
- Provimentos ou pronunciamentos judiciais ou jurisdicionais: sentença, decisão interlocutória e despacho. 
Sentença: § 1º do 162: O critério para qualificar como sentença tem de ter conteúdo (267 ou 269) + finalidade de extinguir o processo em 1º grau de jurisdição. Sentença é um ato processual que tem matéria do 267 ou 267 e força para conduzir a extinção da relação jurídica processual em 1ª grau de jurisdição se não houver recurso. – recurso cabível é apelação
Decisão interlocutória: decisão incidental (no curso do processo) que é suscetível de trazer prejuízo as partes, mas não conduz a extinção do processo. Tem conteúdo do 267 ou 269, mas não tem força para Exemplo: A ajuíza ação de reparação de danos morais e materiais contra B. O juiz determina que os danos materiais estão prescritos e sobre os danos morais, cite-se o réu. – recurso cabível é agravo.
Despacho: finalidade de dar andamento ao processo – não cabe recurso
- Ato materiais: ato do juiz que não for provimento é ato material.
01/10/2013
Atos dos auxiliares da justiça – funcionários públicos que auxiliam o órgão jurisdicional – escrivão, escrevente, oficial de justiça – auxiliar o juiz
(166 a 171): atos de 
a) Movimentação – dar andamento a relação jurídica processual – art. 168. Juntada: por termo de juntada de documento aos autos. Vista: levar o processo embora: termo de vista
b) Documentação – são aqueles atos em que os auxiliares da justiça redigem a termo um ato que foi praticado de outra forma – sempre há necessidade de consignar por escrito – depoimento pessoal, testemunhal
c) Execução – são aqueles em que os auxiliares da justiça realizam cumprindo ordem do juiz
Lugar dos atos processuais
- Sede do juízo (176) – em regra – as exceções são:
1 - DEFERÊNCIA (respeito) (exemplo: 411): um respeito pelo cargo, função que essas pessoas exercem
2 - INTERESSE DA JUSTIÇA (440/443): nesses casos há uma razão por interesse da justiça, que o ato seja praticado fora da sede do juízo – inspeção judicial - o juiz vai ao local ou a coisa pessoalmente
3 - OBSTÁCULO (410, III) – arguido pela parte e acolhido pelo juiz – situação material que impede que o ato seja praticado na sede do juízo – testemunha doente – é de interesse da justiça, mas a parte tem de solicitar, para informar o juiz
- Limites territoriais da comarca (201/202) – estes atos acima são fora da sede do juízo, mas dentro da própria comarca. Para praticar atos processuais fora da comarca usa-se a carta precatória, em que o juiz solicita que um colega de outra comarca pratique um ato processual. Para atos em outro país, usa-se a carta rogatória.
Forma dos atos processuais
- Tipicidade dos atos processuais: respeitar a forma legalmente prevista para a pratica do ato – de acordo com a forma prevista em lei
Os modelos legais descrevem a forma externa e o conteúdo
FORMA = modo de exteriorização + conteúdo descritório modelo
Princípio da liberdade das formas: a regra é que não existe forma prevista em lei para a prática do ato processual, salvo quando a lei exige uma forma específica.
Os atos não dependem de forma determinada, salvo quando a lei expressamente exigir (154).
Princípio da legalidade das formas
A sequencia dos atos e sua forma é determinada em lei, para garantia das partes contra o Estado.
Tem duas categorias:
a) Princípio do absolutismo da lei ou sacramentalidade das formas: existe uma vinculação expressa ao conteúdo da norma para produzir efeitos. Casamento civil, por exemplo. Aquelas palavras tem de ser repetidas para o casamento produzir efeito.
b) Legalidade instrumental: apesar da descrição, admite-se como válido os atos praticados de maneira diversa se alcançar sua finalidade essencial, sem causar prejuízo às partes ou ao interesse público. A forma não é respeitada como um bem em si.
NULIDADES: as violações da forma legal comportam gradações quanto a gravidade (é atribuído uma sanção, que pode ser a nulidade absoluta ou nulidade relativa), dependendo se o requisito é ESSENCIAL, ÚTIL ou RECOMENDÁVEL, ou se, tutela interesse público ou das partes, por isso há gradação de ineficácias. 
- inexistência e irregularidade – se o ato é inexistente, não existe na relação jurídica processual, não se discute nulidade. Irregularidade: não colocou data, não assinou, é uma mera irregularidade, por isso não se aplica a nulidade (é o oposto), não causa efeito na relação jurídica processual, tem menos importante
O vício está no meio da inexistência e irregularidade:
a) Nulidade absoluta: quando a forma tutela interesse público – há cominação de nulidade expressa ou presumida pela falta de elemento essencial do ato – pode e deve ser reconhecida “ex-officio”, mas pode ser alegada pelas partes em qualquer momento e grau de jurisdição, não se sujeita à preclusão, não se convalida– não se preserva por ausência de prejuízo – ato deve ser repetido (exs. 165/458) – se um desses requisitos não estiver presente, há nulidade.
b) Nulidade relativa: norma cogente de interesse da parte, mas tutela o interesse das partes, não mais o interesse público. Pode ser declarada “ex-officio”, entretanto a parte pode renunciar aquela decretação. Deve ser alegada na 1ª oportunidade sob pena de preclusão (perca da faculdade de praticar ato processual) e convalidação (ex. 236 § 1º)
08/10/13
1) Nulidade dos atos e nulidade do processo
Nulidade do ato é de uma das condutas das partes no decorrer do processo. Somente essa conduta não produz efeito.
Nulidade do processo é o processo como um todo é viciado, não houve observância de um dos pressupostos processuais. Nenhum ato do processo produz efeito.
2) Princípios relativos às nulidades
a) Instrumentalidade das formas (244 e 249 e §§)
“pás de nullité sans grief” - Não há nulidade sem prejuízo
Mesmo que o ato processual em desconformidade com o modelo legal, mas alcançou sua finalidade e não causou prejuízo as partes e ao interesse publico, não há nulidade.
O juiz não decretará nulidade se puder julgar em favor de quem seria beneficiado pela decretação da nulidade. A parte em tese não teve prejuízo.
Obs. Não se aplica a nulidade absoluta.
b) Causalidade: atos subsequentes e dependentes (248)
A nulidade de um ato processual implica na nulidade nos atos subsequentes e dependentes. Precisa haver vinculação ao ato que foi anulado.
c) Conservação dos atos processuais (250, PU)
A nulidade de um ato não leva a nulidade dos atos que são independentes. A nulidade de uma parte do ato não leva necessariamente a nulidade do ato como um todo.
d) Interesse de agir: 
Quem deu causa a nulidade não pode requerê-la, nem se repetirá o ato em favor de quem não sofreu prejuízo.
Quem deu causa a nulidade não pode arguir a nulidade.
Só a parte prejudicada pelo ato por arguir a nulidade.
Ninguém pode se beneficiar da própria torpeza
e) Economia processual (248-250)
Evitar a repetição inútil do ato.
f) Preclusão: nulidade relativa
Perda da faculdade de praticar ato processual
Preclusão temporal: quando decorre pelo decurso do prazo.
Preclusão consumativa: decorre do fato de já ter praticado o ato
Preclusão pró-judicato: “para o juiz”: não existe preclusão onde existe dever, juiz tem deveres processuais. Juiz não se libera de praticar ato processual, mesmo com o decurso do prazo, não se exime do dever.
Nulidade relativa tem preclusão temporal, se a parte não arguir a nulidade no primeiro momento, há convalidação desse ato, a parte não pode mais arguir nulidade.
Não existe preclusão em relação a nulidade absoluta.
3) Convalidação e sanação das nulidades.
O juiz deve velar pela regularidade dos atos processuais, de acordo com o modelo legal.
Caso ele vislumbre a desconformidade com o modelo legal, o juiz precisa dizer quais atos são nulos e quais são alcançados por essa nulidade.
O juiz deve mandar repetir o ato indispensável e declarado nulo, declarar todos os demais atingidos que igualmente devem ser repetidos (249), ou mandar RETIFICAR o ato, alterando-o parcialmente ou complementando.
O juiz pode determinar a retificação do ato, a correção do ato, caso isso seja possível. 
O ato é considerado sanado se a parte expressamente o aceita ou deixa se manifestar (preclusão) (RATIFICAÇÃO).
- É possível que o ato se torne INÚTIL ou desnecessário em virtude da substituição por outro ou de superveniência de nova situação que supera a irregularidade anterior. Exemplo: a citação é nula, mas se o réu comparece, ele já está ciente da ação, não é necessário citar o réu novamente.
Nulidade e coisa julgada: se houve trânsito em julgado, não há de se falar em nulidade, se a relação jurídica se encerrou, não é possível arguir a nulidade, a nulidade está acobertada pela coisa julgada.
Ação rescisória (rescindibilidade da sentença) 485: é uma ação específica: tem como objetivo desconstituir a coisa julgada, modificando os efeitos da decisão que foi acobertada pela coisa julgada. Tem prazo de 2 anos após o trânsito em julgado. Deve estar necessariamente disposto no 485: fundamentação vinculada
Somente em caso de inexistência pode ser reconhecida a qualquer tempo. A sentença inexistente pode ser objeto de ação declaratória negativa (“omerila nullitatis”).
(acabou a bateria do notebook no final da aula)
15/10/13
Pluralidade de partes e intervenção de terceiro
1) Direito material e direito processual – o processo surge de um problema no direito material. As partes transferem o direito material para o direito processual. A regra é que as partes do direito material são as mesmas do direito processual. A relação jurídica de direito processual tem como fundo a relação de direito material. “A” tem um contrato com “B”, as partes, em regra, para ajuizar um ação de revisão contratual, serão A e B.
2) Conceito de partes (Chiovenda)
Parte é aquele que pede e em face de quem se pede.
Terceiro é aquele que não pediu e em face de quem não se pediu. Quem não é parte, é terceiro.
3) Intervenção de terceiros no CPC
É possível que a relação de direito material seja de titularidade de mais de uma pessoa. Uma relação que tenha 2 credores ou 2 devedores, por exemplo. Quando isso acontece, será litisconsórcio – consorcio de lides, pluralidade de parte no polo passivo ou ativo, caso essa relação jurídica seja levada para o plano processual.
Existem situações em que aquele que não é titular pode ser alcançado pelo efeito desse processo – esse é o terceiro interessado: não é parte, pois não é titular da relação jurídica de direito material, mas pode sofrer algum efeito com aquela relação jurídica processual. Exemplo: A e B sofrem um acidente veicular: decorre de ato ilícito. Se for necessário o Estado-juiz, as partes A e B que podem levar essa relação jurídica para dentro do processo. A seguradora de B é um terceiro interessado, pois se B perder ela paga, e se A perder ela paga e entra com ação de regresso: será afetada pela decisão. Terceiro interessado: não sendo parte, pode sofrer com os efeitos da resolução do litígio.
4) Efeitos das decisões 
A coisa julgada se faz entre as partes. 
A coisa julgada não se confunde com os efeitos da decisão. Os efeitos reflexos podem alcançar quem não é parte (terceiro), independentemente de vontade.
- Os terceiros interveem para tutelar direitos ou interesses que direta ou indiretamente podem ser afetados pela decisão.
Intervenção de terceiro no art. 46 até 80 CPC: oposição, denunciação da lide, nomeação a autoria, chamamento ao processo e assistência.
Pode acontecer também:
Exibição de documento ou coisa – 355 a 363
Recurso de terceiro prejudicado – 499 § 1º 
Embargos de terceiro – 1046 a 1054 CPC
Amicus curiae – não tem previsão no CPC
5) Economia e eficiência processuais:
- Resolvendo o maior número de interesses que se inserem no plano material de uma só vez – no mesmo processo. O objetivo é que os litígios se resolvam no mesmo processo, para economia processual.
- Resolução de litígios potenciais
- Uniformidade da decisão – evitar decisões conflitantes
6) Legitimação ordinária e extraordinária. 
Ordinária: a regra: quem é parte da relação de direito material é parte para a relação jurídica processual.
A extraordinária é uma hipótese de descoincidência entre o titular do bem jurídico e quem atua no processo para a sua tutela jurisdicional (art. 6º)
Legitimação extraordinária: autoriza quem não é parte da relação material litigue.
-Espécies de legitimação extraordinária:
a) Representação: o representante atua em nome alheio defendendo direito alheia: mãe da criança quando ajuíza uma ação para alimentos – ajuiza a ação mas não é parte, é representante.
b) Substituição processual: atua em nome próprio, defendendo interesse alheio. MP quando ajuíza uma ação em favor de um idoso incapaz.
O substitutoprocessual é PARTE, não pode dispor de direito MATERIAL do substituído, apenas são dele os direitos processuais. Independe do consentimento do substituído. O substituto não pode dispor do direito material, pois o direito material é do substituído. O substituo só pode dispor de prerrogativas processuais. O substituto é parte na relação processual, mas não é na relação material.
7) Sucessão processual: hipótese em que um terceiro intervêm no processo ocupando lugar da parte. (substitui a outra)
Sai uma parte e entra outra. 
Pode ocorrer por consenso entre os litigantes e terceiros (42, 63 e 66) ou em razão de morte de uma da parte (quem recebeu o direito material do falecido).
Em caso de consenso, vontade entre os litigantes e terceiro: depende de autorização legal: 
A e B discutem o direito de propriedade sobre um carro, A vende o carro para C, agora C é titular do direito material, a sucessão processual depende da vontade das partes. Para ocorrer sucessão processual B precisa concordar com a saída de A e a entrada de C no processo. Se B concordar será sucessão processual. 
Se B não concordar, A continua no processo como substituto processual de C, portanto será substituição processual.
Para acontecer sucessão processual precisa da concordância de B e C.
O substituto quando em age em juízo o faz por expressa autorização legal e independe de vontade do substituído, por isso há restrição quanto aos atos dispositivos
- O sucessor é titular do direito discutido, por isso pode praticar ato dispositivo.
22 de outubro de 2013
LITISCONSÓRCIO: lide em consórcio, lide coletivo, pluralidade de partes e unicidade de processo. Há mais de um autor e/ou mais de um réu. Pode ser no polo ativo ou passivo. 
1)Pluralidade de partes
- Unidade de processo
- Cúmulo OBJETIVO E/OU subjetivo
Cúmulo subjetivo, pois tem mais de uma parte no mesmo polo.
Cúmulo objetivo pode ou não estar presente: é o cumulo de pretensões, cumulo de pedidos. Se os litigantes litigam sobre o mesmo objeto, não há cumulo objetivo. Se houver mais de um objeto, mais de uma pretensão, há cumulo objetivo.
Litisconsórcio facultativo: quando há condomínio (mais de um dono de um bem), o condômino pode representar o condomínio no processo. Os condôminos podem ajuizar a ação juntos ou separados (facultativo).
2)Classificação
a) Quanto ao momento
Inicial ou ulterior
Inicial é formada na petição inicial – fase postulatória
Ulterior é o que se forma depois.
b) Quanto a posição
Ativo: pluralidade é no polo ativo
Passivo: pluralidade é no polo passivo
Misto ou reciproco: pluralidade em ambos os polos simultaneamente
c) Quanto à obrigatoriedade de formação
Facultativo: as partes podem litigar em conjunto, mas é necessária autorização legal.
Necessário: há obrigatoriedade de litigar em conjunto, pela natureza do direito material ou imposição da lei.
d) Quanto ao resultado (existência ou não de cumulo objetivo)
Simples: é possível ter decisões diferentes para os litisconsortes
Unitário: obrigatoriamente a decisão tem de ser a mesma para todos os litisconsortes, pois só existe um objeto – não há cumulo objetivo.
2.1 Parte “Plurima” e terceiro
Quando há parte plurima há pluralidade de partes.
Terceiro interveniente não é parte, é somente um terceiro que tem interesse. O litisconsorte é parte.
3) Facultativo: hipóteses (art. 46)
I ao IV – autorizam o litisconsórcio facultativo, litigam em conjunto se quiserem.
I – Quando houver direitos conjuntos ou obrigações conjuntas, os litigantes devem litigar em conjunto, em regra. Somente quando houver autorização legal, como no caso dos condôminos, é facultado aos litigantes litigar em conjunto ou separadamente.
II – Engavetamento: mesmo ato ilícito causou dano a todos. Um tributo inconstitucional
III – pedido igual, ou causa de pedir é a mesma.
IV – alguma afinidade que não seja fundamento, fato, objeto ou causa de pedir
3.1 Limitação ao litisconsórcio facultativo (46 § único)
Para eficiência e economia processual. Engavetamento de muitos carros, um dos réus mora no Afeganistão (irá ter de esperar uma carta rogatória). Se realiza um desmembramento da ação.
4) Necessário e unitário (art. 47 caput)
O conceito do art. 47 é do litisconsórcio unitário (escrever no código), pois “decidir a lide de modo uniforme”. Pode ser unitário facultativo ou necessário. Onde está escrito necessário leia-se unitário.
- Nulidade absoluta (Dinamarco) x inexistência do processo (Cássio Scapinella, Tereza Alvim)
Se há litisconsórcio necessário e isso não é respeita, será uma nulidade absoluta de acordo com Dinamarco, ou será inexistência do processo de acordo com Tereza Alvim.
- Súmula 631, STF: se for caso de litisconsórcio necessário, o autor deve citar os outros litisconsortes. Se ele não oferecer meios para citar, o juiz deve extinguir o processo.
29 de outubro de 2013
1) Princípio da autonomia dos litisconsortes (art. 48): a conduta de cada de uma das partes não tem efeitos sobre as outras partes plúrimas.
 Esse princípio só vale para o litisconsórcio simples (engarrafamento, por exemplo).
- Simples: atuação autônoma. Não beneficia nem prejudica. Cada um tem sua pretensão de forma individualizada. Não alcança os outros litisconsortes.
- “disposições em contrário”: exceções a regra
320, I (com a contestação de somente uma das partes exclui a presunção de veracidade para todos), 350 (confissão não produz efeitos para os outros litisconsortes), 509 (ato pode beneficiar se for matéria comum e ato dispositivo não prejudicial). Uma defesa pessoal não alcança os outros litisconsortes. Um argumento de defesa comum a todos os outros litisconsortes alcança os outros.
- Defesa pessoal não alcança o omisso
- Unitário – mesmo direito material
- art. 501: quanto à desistência do recurso. Independentemente do tipo, independe de aceitação, pois é prerrogativa processual não de direito material.
Pouco importa a natureza do litisconsórcio. Só envolve direito processual, é uma faculdade processual.
2) Diversidade de procuradores
(art. 191 – prazo em dobro) – o prazo conta-se em dobro.
- 188 (MP e Fazendo Pública) – prazo quádruplo para contestar e dobro para recorrer, mesmo que seja litisconsorte. Os outro prazos normais, usa-se o 191.
Finalidade é as partes se reunirem para encontrar um denominador comum.
ASSISTÊNCIA
1) Conceito: mera inserção não altera a ação. Modalidade de intervenção de terceiro, assistente, que interveem em um processo com o objetivo de auxiliar uma das partes, para que essa parte vença. O terceiro não é parte, é mero auxiliador. Terceiro não formula pretensão.
A fez contrato de locação com B. B não vai mais ocupar o imóvel, mas se reincidir o contrato paga multa. Então B subloca o imóvel para C. A ajuíza a ação de despejo contra B. C é um terceiro interessado. C sofre efeito reflexo dessa decisão. 
2) Interesse jurídico
É necessário que o terceiro tenha interesse jurídico. Tem uma relação jurídica que será afetada por aquela ação.
3) Modalidades
3.1) Assistência simples ou adesiva: os efeitos REFLEXOS da decisão afetam uma relação jurídica atual ou potencial existente entre o assistente e o assistido.
É o mesmo exemplo do contrato de locação.
O simples age de acordo com a vontade do assistido. Não pode esse opor a seus atos, mesmo que cause prejuízo. Entretanto, o assistente pode recorrer quando o assistido não tenha feito nem renunciou ao recurso. (53)
A atuação do assistente está subordinada a atuação do assistido. Não pode praticar nenhum ato que o assistido se opôs, que contrarie a vontade do assistido.
O assistente pode recorrer quando o assistido não recorreu e não renunciou ao direito de recorrer.
3.2) Assistência litisconsorcial ou qualificada. O assistente tem, com o adversário do assistido, a mesma relação jurídica de direito material a que se refere à demanda. É alcançado pelos efeitos diretos da decisão.
Exemplo: alienação de coisalitigiosa. A e B tinha um bem litigioso. B aliena o bem para C. Se todos concordassem, ocorreria a sucessão processual, mas uma parte não concorda. C se torna um terceiro interessado litisconsorcial. 
- Pode praticar atos que contrarie a vontade do assistido se benéficos a sua posição. O assistido não pode, sem concordância do assistente, praticar atos que prejudiquem sua posição no processo.
O assistente pode recorrer quando o assistido não recorreu e pode recorrer mesmo quando o assistido renunciou ao direito de recorrer.
5 de novembro de 2013
1) Do pedido de assistência
- Pode ocorrer ate o trânsito em julgado e não suspende o andamento do processo – transito em julgado é o limite. O pedido de assistência precisa ser antes do transito em julgado, o processo precisa estar em andamento. Precisa demonstrar interesse jurídico (relação jurídica de dto material ou é o titular do dto material discutido). Não exige concordância do autor e réu, o juiz só mandará as partes se manifestarem, será um processo em apenso, um incidente processual.
(50,I) (51,II e III)
Ass. Simples: C está subordinado às decisões de B
Ass. Litisconsorcial – B está subordinado às decisões de C
2) Assistente e coisa julgada
- Ass. Simples não se sujeita a coisa julgada. Pois a relação de A e B que é julgada pelo juiz. A coisa julgada tem efeito reflexo sobre C.
- Ass. Litisconsorcial é alcançado pela coisa julgada. Pois o titular do dto material é ele.
- Ambos se sujeitam a justiça da decisão (art. 55): é a fundamentação da decisão, que vincula o assistente, tanto na simples e na litisconsorcial. Se, na fundamentação, declarar que a relação jurídica entre B e C é inexistente, C não poderá ajuizar uma ação contra B. O juiz não julga, ele somente analisa.
- Exceções (art. 55, I e II)
Se o assistente diz que pelo momento que ele interviu no processo, não teve tempo hábil para mudar essa decisão.
Foi limitada pelo assistido na produção de prova.
NOMEAÇÃO À AUTORIA
1) Conceito: correção da ilegitimidade passiva. Uma modalidade intervenção de terceiros que tem o objetivo de corrigir o polo passivo da ação, em razão da ilegitimidade da parte. Réu é nomeante que indicado o nomeado para ser a parte legítima. O objeto da demanda continua o mesmo.
2) Hipóteses: art. 62/63
62: Alguém tem o poder sobre a coisa, mas esse é exercido em nome de outrem: possuidor ou proprietário. Como exemplo o caseiro. – específico para propriedade ou posse.
63: há dano, mas cumprindo ordem. Fisicamente causou o dano, mas em ordem de outrem.
3) Nomeação à autoria como dever do réu (69, I e II): tem a obrigação de nomear a autoria. 
- Dupla aceitação: autor e nomeado: precisa de concordância do autor da ação e do nomeado. Se o autor não aceitar a ação será extinta sem julgamento de mérito. 
4) Recusa do nomeado: presunção de aceitação (68, II)
Se o nomeado não fala nada, presume-se a aceitação.
- Oposição (art. 14 e 18) – se ele se opõe a nomeação, e indica a pessoa errada, estará de má-fé, e responde por litigância de má-fé.
OPOSIÇÃO
1) Conceito: o terceiro (opoente) pretende o mesmo direito sobre o qual litigam AUTOR E RÉU (OPOSTOS)
O terceiro quer o direito litigioso em que discutem o autor e réu. Quer que o autor afaste autor e réu e quer o direito para ele. Terceiro é o opoente, autor e réu são opostos. Autor e réu serão litisconsortes passivos. 
2) Apresentação: após a citação do réu
Depois da citação do réu. É litisconsórcio necessário. 
- São litisconsortes necessários (art. 47) e simples (art. 58). Autor e réu se tornam réus do opoente. Simples porque qualquer um dos dois pode desistir.
3) Julgamento: o julgamento da oposição é questão prévia e prejudicial à demanda originária (art. 59,60 e 61). Não cria incidente, é no processo principal.
Art. 57 – Opostos tem prazo comum para responder. 
Juiz julga em uma sentença só. Se o bem é do opoente o processo acaba. 
12 de novembro de 2013
Denunciação da lide
Autor e réu traz terceiro que é garantidor do direito do autor ou do réu. Denunciante e denunciado. Denunciado é garantidor do direito do denunciante. Se o denunciante perder, o denunciado responde pelo denunciante. Antecipa uma eventual ação de regresso, eventual porque só usará o denunciado se o denunciante perder. Exemplo: seguradora
A-----------------------B
					Seguradora
A seguradora se comporta no processo como assistente simples.
Se a seguradora confessa, ela paga
Art. 70, caput
A denunciação da lide no inciso I é obrigatória – não pode ajuizar ação de regresso depois
II e III – o caput fala obrigatória, mas não há sanção, pode ajuizar ação de regresso depois.
I – na evicção, se não denunciar a lide, não pode ajuizar ação de regresso depois. Art. 456 CC. A vende uma casa para B (oneroso), C entra com uma ação contra B querendo a casa, se ele perde a casa nessa ação, B pode receber o valor pago pela casa de A. Se for por denunciação da lide, tem o direito de receber de A o valor da casa + perdas e danos. Se ajuizar uma ação depois, só poderá receber o valor da casa.
II – Se arrenda um pasto, e ele for invadido e tiver de tirar os bois, o proprietário responderá.
III – seguradora
O autor deve denunciar a lide na petição inicial ou no prazo da contestação.
O denunciado pode denunciar um outro denunciado ainda. Denunciação sucessiva.
Denunciação per saltum – denuncia diretamente a lide a quem é o culpado, para evitar a denunciação sucessiva.
Julgamento – art. 76 – feito na mesma sentença – irá julgar o pedido principal e condenará ou não o denuncido
CHAMAMENTO AO PROCESSO
O réu chama ao processo coobrigados ao mesmo direito que ele tem.
A é credor de uma dívida solidária de B,C e D. O chamante chama os outros 2 para que caso ele pague, já exerça o direito de regresso contra os chamados no mesmo processo. Amplia a parte passiva do processo.

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