Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UFF – Faculdade de Odontologia Periodontia II Estética Periodontal Problemas mucogengivais Bolsa periodontal com profundidade próxima ou além da linha mucogengival Problemas de gengiva inserida ausente ou “insuficiente” Recessão gengival Inserção de freios e bridas na margem gengival - Carranza e Carrara (1970) – Mostra excessiva de gengiva Colapso do rebordo alveolar após exodontia Ausência de papilas Pigmentação gengival Definição seguida até o final da década de 80, quando aconteceu o workshop de periodontia com objetivo de discutir toda a literatura e redigir um documento de referência para a periodontia. Adicionaram mais quatro problemas mucogengivais e redefiniram o conceito de cirurgia plástica periodontal. Cirurgia Plástica Periodontal São procedimentos cirúrgicos realizados para prevenir ou corrigir defeitos anatômicos da gengiva, mucosa alveolar ou osso; traumáticos, de desenvolvimento ou induzidos por placa bacteriana. Recessão gengival Condição clínica de migração apical da margem, além da junção cemento-esmalte com concomitante exposição da superfície radicular. Há perda da altura da margem gengival, com perda de inserção periodontal e perda de nível ósseo vestibular. (Em pacientes saudáveis a gengiva se localiza acima da junção cemento-esmalte) A migração da margem gengival acompanha o osso obrigatoriamente a fim de manter o espaço biológico; não existe recessão gengival sem perda óssea. Somente em casos de osteonecrose, onde a tábua óssea está exposta. Pode ser causada por trauma ou presença de placa; História Natural da Doença Periodontal: recessão gengival se desenvolve paralelamente à doença periodontal, entretanto, não é relacionada exclusivamente à ausência de higiene. Formação de uma recessão A partir do primeiro mês de acúmulo de placa (entre a fase precoce e estabelecida da doença) o epitélio começa a migrar lateralmente, causando a gengivite. A migração lateral causa inflamação no tecido conjuntivo e destruição do colágeno; o epitélio migra em direção ao tecido conjuntivo inflamado. A degeneração ocorre quando epitélio juncional se encontra com epitélio oral, uma vez que tecido epitelial não nutre um ao outro. Classificação: Classe I: Quando a recessão não atinge a mucosa gengival nem a região interdentária; presença de tecido queratinizado na base e presença de faixa de gengiva inserida. Classe II: A recessão encontra-se ao mesmo nível da linha mucogengival; não há tecido queratinizado na base, há tecido alveolar; não possui perda óssea na área interdentária e possibilidade de 100%de recobrimento. Classe III: Perda periodontal na área interdentária (óssea e tecidual), mau posicionamento do dente e não é possível obter total recobrimento. Classe IV: Severa perda óssea na área interdental, mau posicionamento severo e sem possibilidade de tratamento ou recobrimento. - Muller (1985) – Fatores Predisponentes: Gengiva inserida inadequadamente pela inserção alta de freios ou por vestíbulo raso Mau posicionamento dentário, especialmente em casos de raízes proeminentes Fatores anatômicos Gengiva estreita Área de mucosa fina Tábua óssea vestibular delgada Abordagens Terapêuticas Em casos de recessão em situação estável em área não estética normalmente não é necessário tratamento. Recobrimento Radicular Retalhos deslocados (associados ou não a enxertos): Retalho avançado (movido em seu próprio eixo) Retalho rotacionado (promove 100% de recobrimento, mas exige um planejamento mais delicado) Combinação das técnicas Retalho trapezoidal: Incisão relaxante na distal, incisão intrasucular na vestibular e incisão relaxante na mesial. A divisão deve ser realizada na mucosa para que o retalho fique elástico, desepitelização das papilas para criar um leito de tecido conjuntivo. Retalho Semi-lunar: Realiza-se uma incisão intra-sucular e outra semi lunarna base posicionadas coronariamente; não necessita de sutura, possui fase lenta de cicatrização, formação de cicatriz hipertrófica e recessão residual. Possui recobrimento radicular insatisfatório. Retalho rotacionado: Na porção distante do retalho a incisão é feita em bisel externo, na porção próxima ao retalho a incisão é de bisel interno e o tecido é removido, deixando conjuntivo exposto e área livre de epitélio. Retalho lateral: É indicado para casos em que se necessita mais tecido epitelial, além de possuir melhor recobrimento a longo prazo; neste existe a porção tecidual que restou da recessão. Vantagens: Independente da área a combinação de cor é a mesma Possibilidade de combinação com outras técnicas Evidência em longo prazo de previsibilidade de eficácia Desvantagens: Nem sempre a área doadora é adequada (apical e lateral) Indicado apenas para defeitos unitários (dificilmente haverá área doadora satisfatória para casos múltiplos) Pode ter importância estética em retalho posicionado
Compartilhar