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Direito de Integracao

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Noções sobre processo de 
integração de blocos econômicos e 
o MERCOSUL: origem, estrutura 
e solução de conflitos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Esta é uma compilação do 
assunto sobre processos de 
integração segundo o Direito 
Internacional Público e uma 
descrição sobre o bloco 
econômico do Mercado 
Comum do Sul – MERCOSUL. 
Este resumo não esgota o 
assunto a que se refere, a 
intenção deste guia é iniciar um 
estudo - que precisará ser mais 
aprofundado - ou revisar a 
matéria já estudada. 
A redação deste guia foi 
construída a partir do tópico 6 
(seis) do programa de estudo de 
Direito Público do Instituto Rio 
Branco – Direito da Integração. 
Porém, deixou de fora a 
abordagem sobre União 
Europeia. 
 
Bons Estudos! 
 
 
 
 
Disponível em chezeri.wordpress.com 
3 
 
 
 
 
Sumário 
 
 
NOÇÕES GERAIS................................................................................................................................................... 4 
CLASSIFICAÇÃO ................................................................................................................................................ 4 
MERCOSUL ........................................................................................................................................................... 4 
HISTÓRIA .......................................................................................................................................................... 4 
ANTECEDENTES ........................................................................................................................................... 4 
DECLARAÇÃO DE FOZ DO IGUAÇU .............................................................................................................. 5 
ATA DE BUENOS AIRES ................................................................................................................................ 5 
TRATADO DE ASSUNÇÃO ............................................................................................................................. 5 
OBJETIVO ......................................................................................................................................................... 6 
FONTES DO MERCOSUL ............................................................................................................................... 6 
ESTRUTURA INSTITUCIONAL DO MERCOSUL .................................................................................................. 6 
SOLUÇÃO DE CONTROVÉRSIAS ........................................................................................................................ 9 
CONFLITOS ENTRE PARTICULAR E ESTADO ................................................................................................. 9 
 
 
 
Disponível em chezeri.wordpress.com 
4 
 
NOÇÕES GERAIS 
 
CLASSIFICAÇÃO 
 
As integrações econômicas entre os Estados são 
classificadas dependendo do estágio de integração 
alcançado. 
 
1ª fase: Área de preferência tarifária 
Cessão de tarifas especiais para certos setores 
econômicos; cooperação comercial entre os envolvidos. 
2ª fase: Área/Zona de Livre comércio 
Eliminação de todas as barreiras ao comércio entre os 
membros do grupo, mas mantém-se a política comercial 
individual de cada Estado em relação aos demais Estados 
não pertencentes ao grupo. 
3ª fase: União Aduaneira 
Livre comércio, Taxa Externa Comum (TEC), todos os 
Estados adotam um taxação única em relação aos 
Estados não pertencentes ao bloco. 
4ª fase: Mercado Comum 
Adiciona-se ao Livre comércio e a TEC, o livre comércio 
de fatores de produção, como bens, capital, serviços e 
mão-de-obra. 
5ª fase: União econômica e monetária 
Além das características do Mercado Comum 
acrescenta-se a execução de um plano comum de política 
e monetárias pelos membros do bloco. 
6ª fase: União econômica completa 
Os Estados estariam subordinados a um órgão 
supranacional capaz de administrar e unificar a política 
econômica dos países membros. 
 
 
 
 
 
MERCOSUL 
O Mercado Comum do Sul – MERCOSUL foi 
originalmente formado por República Argentina, a 
República Federativa do Brasil, a República do 
Paraguai, a República Oriental do Uruguai. Em 2012, 
teve adesão da Venezuela e a Bolívia está em processo 
de adesão. 
Tem ainda como Estados Associados o Chile, a 
Colômbia, o Peru, o Equador, a Guiana e o Suriname. 
Estes dois últimos em processo de ratificação. Tem ainda 
dois membros observadores: México e Nova Zelândia. 
O Mercosul tem personalidade jurídica de direito 
internacional, que lhe foi formalmente conferida pelo 
Protocolo de Ouro Preto. 
 
HISTÓRIA 
 
ANTECEDENTES 
 
A América do Sul foi ao longo de cinco séculos, palco 
das mais violentas batalhas do continente americano. 
Desde a chegada dos espanhóis e portugueses ao 
continente, a Bacia do Prata foi cenário das disputas luso-
espanholas por território (o território que hoje é o 
Uruguai já foi espanhol, português, novamente espanhol 
e brasileiro). Entretanto, ao mesmo tempo, nesta região 
situam-se capítulos fundamentais da emancipação 
política e econômica dos futuros sócios do Mercosul. 
Durante os séculos XVI e XVII, a Espanha organizou o 
sistema comercial de suas colônias em torno do esquema 
de "frotas e galeões", autorizando somente a alguns 
portos o direito de enviar ou receber mercadorias 
originárias dessas colônias. Para cidades como Buenos 
Aires, fundada em 1580, esse sistema ameaçava o 
desenvolvimento econômico da região. Para enfrentar 
esse confinamento econômico, a população de Buenos 
Aires percebeu a única saída possível: o intercâmbio 
comercial (ainda que ilegalmente) com o Brasil. Esse foi 
o início de uma relação que estava destinada a crescer 
cada vez mais. 
No século XIX, o processo de emancipação política da 
América do Sul acentuou os contrastes existentes entre 
os países da região. Neste período, ocorreram 
importantes capítulos da história do Brasil, Argentina, 
Paraguai e Uruguai. Basta citar a Guerra da Cisplatina, a 
independência da República Oriental do Uruguai, Guerra 
Grande uruguaia, a Revolução Farroupilha, a disputa 
entre unitários e federalistas na Argentina e a Guerra do 
Disponível em chezeri.wordpress.com 
5 
 
Paraguai: alianças, intervenções e conflitos que forjaram 
o contexto histórico de formação dos estados nacionais 
platinos. 
Em 1941, em plena Segunda Guerra Mundial, pela 
primeira vez, Brasil e Argentina tentaram a criação de 
uma União Aduaneira entre as suas economias. Porém, 
isso não se concretizou devido às diferenças diplomáticas 
dos países em relação às políticas do Eixo, após o ataque 
a Pearl Harbor. Com o fim da guerra, a necessidade de 
interação entre as nações se tornou iminente e, 
consecutivamente, a formação dos blocos econômicos, 
entretanto na América Latina não houve uma união que 
tenha obtido resultados satisfatórios. 
 
DECLARAÇÃO DE FOZ DO IGUAÇU 
 
Em dezembro de 1985, o presidente brasileiro José 
Sarney e o presidente argentino Raúl Alfonsín assinaram 
a Declaração de Iguaçu, que foi a base para a integração 
econômica do chamado Cone Sul. Ambos os países 
acabavam de sair de um período ditatorial e enfrentavam 
a necessidade de reorientar suas economias para o mundo 
exterior e globalizado. 
Os dois países haviam contraído uma grande dívida 
externa no período dos governos militares e não gozavam 
de crédito no exterior. Havia umagrande necessidade de 
investimentos nos países, mas não havia verbas. Esta 
situação comum fez com que ambos percebessem a 
necessidade mútua. Logo após a assinatura da 
Declaração de Iguaçu, em fevereiro de 1986, a Argentina 
declara a intenção de uma "associação preferencial" com 
o Brasil. Em uma casa particular em Don Torcuato, 
houve uma reunião para discutir o assunto. A discussão 
dura dois dias e acontece em clima de troca de ideias e 
posições quanto ao estatuto da economia da zona. 
Depois de poucas semanas, é o Brasil que convida a 
Argentina para uma reunião semelhante, em Itaipava, 
também em uma residência particular. Esse foi o sinal de 
aceitação da iniciativa argentina e então começava a 
formação do acordo, com objetivo de promover o 
desenvolvimento econômico de ambos os países e 
integrá-los ao mundo. Para muitos, a ideia de integração 
na América do Sul parecia mais uma abstração, devido 
às várias experiências mal sucedidas no passado, 
entretanto essa foi diferente. 
 
 
ATA DE BUENOS AIRES 
 
Em 6 de julho de 1990, o presidente do Brasil, Fernando 
Collor, e o da Argentina, Carlos Menem, assinaram a Ata 
de Buenos Aires, visando a total integração alfandegária 
entre os dois países. Foi decidido que todas as medidas 
para a construção da união aduaneira deveriam ser 
concluídas até 31 de dezembro de 1994 [12]. Para 
assegurar o cumprimento dos prazos, foi criado o Grupo 
de Trabalho Binacional, órgão que teve como 
responsabilidade, definir métodos para a criação do 
mercado comum entre as duas nações. Em setembro, os 
governos de Paraguai e Uruguai demonstraram forte 
interesse no processo de integração regional, levando à 
plena percepção dos signatários que um tratado mais 
abrangente era necessário. 
 
 
TRATADO DE ASSUNÇÃO 
 
Então, no dia 26 de março de 1991, os presidentes de 
Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai assinaram o 
Tratado de Assunção, visando construir uma zona de 
livre comércio entre os quatro países, denominada 
Mercado Comum do Sul, ou em castelhano, Mercado 
Común del Sur. 
 
Baseado na Ata de Buenos Aires, o Tratado de Assunção 
definiu regras e condições para criação de uma zona de 
livre comércio entre seus quatro signatários. Da mesma 
forma, ficou decidido que todas as medidas para a 
construção do mercado comum deveriam ser concluídas 
até 31 de dezembro de 1994. As principais implicações 
desta zona de livre comércio são: 
 
• A livre circulação de bens, serviços e fatores produtivos 
entre os países, através da eliminação dos direitos 
alfandegários e restrições não tarifárias à circulação de 
mercadorias e de qualquer outra medida de mesmo 
efeito, com o estabelecimento de uma tarifa externa 
comum e a adoção de uma política comercial comum em 
relação a terceiros países ou blocos econômicos; 
 
• Produtos originários do território de um país signatário 
terão, em outro país signatário, o mesmo tratamento 
aplicado aos produtos de origem nacional; 
 
• A coordenação de políticas de comércio exterior, 
agrícola, industrial, fiscal, monetária, cambial e de 
capitais, de outras que se acordem, a fim de assegurar 
condições adequadas de concorrência entre os membros, 
com o compromisso destes países em harmonizar suas 
legislações, especialmente em áreas de importância 
geral, para lograr o fortalecimento do processo de 
integração; 
 
• Nas relações com países não signatários, os membros 
do bloco assegurarão condições equitativas de comércio. 
 
Desta maneira, aplicarão suas legislações nacionais para 
inibir importações cujos preços estejam influenciados 
por subsídios, dumping ou qualquer outra prática desleal. 
Paralelamente, os países do bloco coordenarão suas 
respectivas políticas nacionais com o objetivo de 
elaborar normas comuns sobre a concorrência comercial. 
 
Disponível em chezeri.wordpress.com 
6 
 
Foi definido que durante o período de transição, os países 
signatários adotassem um regime geral de origem, um 
sistema para solucionar controvérsias e cláusulas de 
salvaguarda. Para assegurar a ordem e o cumprimento 
dos prazos, foram criados dois órgão institucionais: 
 
• Grupo Mercado Comum; Órgão formado por quatro 
membros titulares e quatro membros alternos de cada 
país, oriundos dos respectivos Ministério das Relações 
Exteriores, Ministério da Economia e Banco Central. Até 
a criação dos Tribunais Arbitrais, o Grupo Mercado 
Comum foi a principal autoridade na solução de 
controvérsias; 
 
• Conselho do Mercado Comum; Instituição com maior 
autoridade no tratado, criada para gerenciar decisões 
políticas e assegurar o cumprimento dos prazos 
estabelecidos. 
 
O Tratado de Assunção também decidiu que a adesão de 
um novo membro, para que seja efetiva, deve ser 
aprovada por decreto legislativo em todos os países 
signatários. Caso contrário, o processo de adesão será 
inválido. 
 
OBJETIVO 
 
O objetivo final do bloco é ser, de fato, um mercado 
comum, mesmo hoje sendo uma união aduaneira. 
Conforme o artigo 1 do Tratado de Assunção, tratado 
constitutivo do bloco, o MERCOSUL implica: 
1. “A LIVRE CIRCULAÇÃO DE BENS, SERVIÇOS E FATORES 
PRODUTIVOS ENTRE OS PAÍSES, ATRAVÉS, ENTRE OUTROS, 
DA ELIMINAÇÃO DOS DIREITOS ALFANDEGÁRIOS E 
RESTRIÇÕES NÃO-TARIFÁRIAS À CIRCULAÇÃO DE 
MERCADORIAS E DE QUALQUER OUTRA MEDIDA DE 
EFEITO EQUIVALENTE; 
2. O ESTABELECIMENTO DE UMA TARIFA EXTERNA 
COMUM E A ADOÇÃO DE UMA POLÍTICA COMERCIAL 
COMUM EM RELAÇÃO A TERCEIROS ESTADOS OU 
AGRUPAMENTOS DE ESTADOS E A COORDENAÇÃO DE 
POSIÇÕES EM FOROS ECONÔMICO-COMERCIAIS REGIONAIS 
E INTERNACIONAIS; 
3. A COORDENAÇÃO DE POLÍTICAS MACROECONÔMICAS E 
SETORIAIS ENTRE OS ESTADOS PARTES - DE COMÉRCIO 
EXTERIOR, AGRÍCOLA, INDUSTRIAL, FISCAL, MONETÁRIA, 
CAMBIAL E DE CAPITAIS, DE SERVIÇOS, ALFANDEGÁRIA, 
DE TRANSPORTES E COMUNICAÇÕES E OUTRAS QUE SE 
ACORDEM -, A FIM DE ASSEGURAR CONDIÇÕES 
 
1 Página oficial do Mercosul para download dos 
arquivos originais. http://goo.gl/PlVtj 
ADEQUADAS DE CONCORRÊNCIA ENTRE OS ESTADOS 
PARTES; 
4. O COMPROMISSO DOS ESTADOS PARTES DE 
HARMONIZAR SUAS LEGISLAÇÕES, NAS ÁREAS 
PERTINENTES, PARA LOGRAR O FORTALECIMENTO DO 
PROCESSO DE INTEGRAÇÃO.” 
 
FONTES DO MERCOSUL1 
 
(1991) Tratado de Assunção: Constituição do 
MERCOSUL 
(1994) Protocolo de Ouro Preto: Define a Estrutura 
Institucional do MERCOSUL 
(1998) Protocolo de Ushuaia: Sobre Compromisso 
Democrático no MERCOSUL, a República da Bolívia e 
a República do Chile 
(2002) Protocolo de Olivos: Solução de Controvérsias 
no MERCOSUL 
(2004) Fundo para a Convergência Estrutural do 
MERCOSUL: Criação do Fundo para a Convergência 
Estrutural do MERCOSUL 
(2005) Protocolo Constitutivo do Parlamento do 
MERCOSUL: Criação do Parlamento do MERCOSUL 
(2006) Protocolo de Adesão da Venezuela: Adesão da 
República Bolivariana da Venezuela ao MERCOSUL 
(2011) Protocolo de Montevidéu: Sobre Compromisso 
com a Democracia no MERCOSUL (Ushuaia II) 
(2012) Protocolo de Adesão da Bolívia: Adesão do 
Estado Plurinacional da Bolívia ao MERCOSUL 
 
ESTRUTURA INSTITUCIONAL DO MERCOSUL 
 
A formação do bloco do MERCOSUL é 
intergovernamental (governos negociam entre si); 
As decisões são tomadas por consenso e não por voto; 
As decisões do MERCOSUL são adotadas por cada 
Estado-membro individualmente, incorporando a norma 
através de um ordenamento jurídico nacional (novas leis 
e ementas, por exemplo). 
Disponível em chezeri.wordpress.com 
7 
 
A estrutura existente hoje no MERCOSUL foi adotadadefinitivamente em dezembro de 1994 pelo Protocolo de 
Ouro Preto. Antes tinha sido feita somente uma sugestão 
de órgãos transitórios pelo Tratado de Assunção (1991) 
para a realização das tarefas do bloco. 
 
 
Conselho do Mercado Comum (CMC) 
Órgão máximo; 
Condução política do bloco; 
Formado pelos ministros de Relações 
Exteriores e da Economia; 
Duas reuniões por ano; 
Presidência pro tempore de 6 meses, rotativa; 
Manifesta-se por Decisões; 
 
Grupo Mercado Comum (GMC) 
 Órgão executivo; 
Coordenado pelos Ministérios de Relações 
Exteriores; 
Formado por Ministérios de Relações 
Exteriores, Economia e BC. 
 
Assessorado por: 
Subgrupos de trabalhos (SGTs): 2 
reuniões por semestre; 
Grupos Ad Hoc (GAH): tema 
específico, duração determinada; 
Reuniões Especializadas: uma reunião 
por semestre. 
Comitê de cooperação técnica (CCT): 
3 reuniões por semestre, analisa oferta 
e demanda de cooperação que tenha o 
Mercosul como beneficiário. 
Manifesta-se por Resoluções; 
 
Comissão do Comércio do Sul (CCM) 
Assiste ao GMC na aplicação das políticas 
comerciais. 
M
ER
C
O
SU
L
Conselho do Mercado 
Comum
Grupo Mercado Comum
Comissão de Comércio do 
Mercosul
Parlamento do Mercosul
Foro Consultivo Econômico 
e Social do Mercosul
Secretaria Administrativa 
do Mercosul
Disponível em chezeri.wordpress.com 
8 
 
O Parlamento do Mercosul 
 Órgão representativo dos cidadãos; 
Dimensão político-institucional e cidadão; 
Na 1ª fase constitui-se de 18 parlamentares de 
cada Estado-Parte designados pelos Congressos 
Nacionais; 
Na 2ª fase (início em 2010) os representantes 
serão eleitos por sufrágio universal 
Emana: Pareceres, Projetos de Normas, 
Anteprojetos de normas, Declarações, 
Recomendações, Relatórios e Disposições. 
 
 
 
 
Foro Consultivo Econômico e Social do 
Mercosul (FCES) 
 Representação de setores econômicos e sociais; 
Função consultiva; 
Reuniões trimestrais sem a participação de 
representantes governamentais; 
Uma reunião por semestre com o GMC; 
Dirige demandas ou sugestões por meio de 
Recomendações; 
 
Secretaria Administrativa do Mercosul 
(SAM) 
 Órgão de apoio operativo; 
 Prestação de serviços aos demais órgãos; 
 Sede permanente em Montevidéu. 
 
Disponível em chezeri.wordpress.com 
9 
 
 
SOLUÇÃO DE CONTROVÉRSIAS 
 
A solução de controvérsias do Mercosul está 
regulamentado pelo Protocolo de Olivos (assinado em 
18/02/2002 e entrou em vigor em 1/1/2004). 
Corrigiu o problema de segurança do bloco criando o 
Tribunal Permanente de Revisão (TPR). O sistema de 
Solução do Mercosul admite contenda entre e Estados e 
recebe, por parte deles, pedidos de Parecer Consultivo 
(art. 3º do PO). 
Admite-se como etapas paralelas aos Pareceres 
Consultivos dos Estados procedimentos de Consultas e 
Reclamações, gestionados pela CCM e pelo GMC. 
O processo de solução de controvérsias segue descrito 
abaixo: 
!ª Fase (Obrigatório) – Negociações diretas 
 Tentativa de entendimento direto pelas partes 
na controvérsia (15 dias); 
 As partes devem informar o GMC sobre 
questões a serem negociadas e seus resultados; 
 
2ª fase (Se as negociações diretas fracassarem) - 
Acontecem etapas paralelas 
As partes podem recorrer ao GMC; 
 
Pode admitir-se como procedimento opcional o GMC 
analisar a controvérsia e emitir recomendações (30 
dias) [art. 6º do PO]; 
 
As partes podem apelar ao Tribunal Arbitral Ad Hoc 
 
- Composto por 3 árbitros (cada país design um titular 
e um suplente que só assume na ausência do titular); 
- O árbitro presidente é escolhido em comum acordo 
entre os países, não podendo ser nacional dos Estados 
envolvidos na controvérsia. Não havendo acordo, a 
Secretária sorteará um árbitro entre os disponíveis; 
- Os países podem designar representantes e 
assessores para o processo arbitral; 
- O procedimento é acionado por comunicado à 
Secretaria Administrativa do Mercosul (60 e 90 dias); 
- O objeto da controvérsia deve ser delimitado pelas 
partes no texto de apresentação e resposta, sem opção 
de alteração posterior; 
- Faz-se necessário informar ao tribunal sobre as 
instâncias cumpridas antes do processo arbitral; 
- o TAH emite laudo em 60 dias, prorrogável por mais 
30 por decisão do tribunal; 
 
 
3ª fase Tribunal Permanente de Revisão (as partes 
podem recorrer ao TPR logo após as Negociações 
Diretas, sem a necessidade da 2ª fase, mas este será 
considerado como única instância) 
 
- Integrado por um arbitro titular de cada Estado-Parte 
que também designará seu suplente por um período de 
2 anos, renovável por mais 2 anos, no máximo. 
- Serve como recurso do laudo do TAH; 
- Revisão limita-se as questões tratadas na 
controvérsia ou citadas no laudo; 
- Não cabe recurso de revisão por decisões baseadas 
na equidade; 
- o recurso deve ser apresentado em até 15 dias, a 
contar da data da decisão do TAH. A parte contrária 
tem 15 dias para contestar o recurso de revisão. 
- o Laudo do TPR é definitivo, irrevogável e adotado 
por maioria, prevalece sobre o laudo do TAH (arts. 17 
e 22 do PO, arts 18 e 20 do PO foram alterados*) 
 
 
O TPR pode emitir um Parecer Consultivo, sem caráter 
obrigatório ou vinculante, mediante solicitação por parte: 
- dos Estados-Partes, atuando em conjunto; 
- dos órgãos decisórios do Mercosul (CMC, GMC, 
CCM) 
- dos Tribunais Superiores de Justiça dos Estados-Partes, 
com jurisdição nacional, quando se trate sobre 
interpretação do Direito do Mercosul. 
 
CONFLITOS ENTRE PARTICULAR E ESTADO 
 
Além de contendas entre os Estados, o sistema de 
solução de controvérsias admite envolvimento entre 
particular e um Estado. Pessoas físicas ou jurídicas 
podem acessar o sistema, porém de forma limitada, 
sempre que sentir-se lesados pela aplicação de alguma 
medida restritiva, discriminatória ou de concorrência 
desleal por qualquer Estado-Parte em desrespeito a 
qualquer Tratado, Protocolo ou Resolução do bloco 
Mercosul. 
O reclamante deve apresentar a reclamação a Seção 
Nacional do Mercosul, esta, se considerar que há 
procedência no pedido, remete-o ao GMC para que seja 
formado um grupo de 6 especialistas para analisar e 
preparar o laudo sobre a violação. Os especialistas são 
escolhidos entre 30 nomes fornecidos pelos Estados, 
sendo 5 de cada. A decisão só é tomada por unanimidade, 
tanto para a existência da violação, quanto para que um 
Estado solicite punição ao Estado infrator. 
Disponível em chezeri.wordpress.com 
10 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ChezEri: chezeri.wordpress.com 
Doações ao ChezEri: chezeri.wordpress.com/doar 
Download de material gratuito: chezeri.wordpress.com/filez 
 
 
_________________ 
 
Esta compilação usou como fonte: 
PLETSCH. ANELISE REBEIRO. Como se Preparar para o Exame da Ordem: Internacional. 4ª 
reimpressão. 2012. Editora Método. 
Mercosur.int 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Mercado_Comum_do_Sul

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