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CURSO DE ADMINISTRAÇÃO – CADEIA DE SUPRIMENTOS – MATERIAL DE APOIO – PROF PAULO HENRIQUE – 2016-1 (MATERIAL DE APOIO PARA COMPREENSÃO E LEITURA COMPLEMENTAR; NÃO ENGLOBA TODO O CONTEÚDO DA DISCIPLINA) PARTE 01 EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA GESTÃO DE FLUXOS DE MATERIAL - Povos mais antigos consumiam os produtos em seus lugares de origem; armazenavam os excedentes para consumo posterior; - as pessoas procuravam viver em local próximo às fontes de alimentação; - o “escambo” como forma de melhor aproveitamento da “produção”; - pequenas aldeias, na atualidade, ainda vivem esta condição; - em paralelo, a evolução dos meios de transporte: da utilização dos animais, passando por veículos leves, navegação marítima, construção de ferrovias e rodovias, até o atual desenvolvimento da aviação civil; - a agricultura e a pecuária de subsistência; - a diferença do movimento de mercadorias entre as nações independentes, as colônias de povoamento e as colônias de exploração; - as Grandes Navegações marcam o início do movimento de mercadorias em escopo mundial; - a Industrialização inicia um período em que o escoamento da produção em massa passa a ser um requisito do crescimento; acentua a necessidade de criação de um mercado para consumir a produção e permitir o crescimento (a abolição dos escravos é motivada por esta necessidade); - o desenvolvimento da tecnologia das comunicações (telex, fax, internet...), seguida do fenômeno da globalização, promove um intercâmbio de informações mais abrangente, fazendo com que uma nova consciência de mercado passe a predominar e a exigir um novo comportamento sobre a lógica do movimento de mercadorias em todo o mundo. Considerações gerais: - Pressuposto básico da ESPECIALIZAÇÃO: cada região do globo terrestre possui suas próprias vocações de produção (condições climáticas, cultura, tipo de solo, herança de antepassados, aprendizagem favorável, evolução empreendedora, incentivos de governos, características da mão-de-obra etc); - LOGÍSTICA EMPRESARIAL: “processo de planejamento, implantação e controle do fluxo eficiente e eficaz de mercadorias, serviços e das informações relativas desde o ponto de origem até o ponto de consumo com o propósito de atender às exigências dos clientes”. (Council of Logistics Management); - SUPPLY CHAIN MANAGEMENT (gerenciamento da cadeia de suprimentos - GCS): é a integração de todas as atividades relacionadas com o fluxo e transformação de mercadorias desde o estágio da matéria- prima (extração) até o usuário final, bem como os respectivos fluxos de informação; - Funções típicas de suprimentos: Marketing, Venda, P & D, Produção, Compras, Logística, SI, Finanças, Estoque etc; - O GCS destaca as interações logísticas que ocorrem entre as funções de marketing, logística e produção no âmbito de uma empresa, e dessas mesmas interações entre as empresas legalmente separadas no âmbito do canal de fluxo de bens, serviços e informações; - o objetivo principal do ótimo gerenciamento deste fluxo é a conquista de uma vantagem competitiva, que se dá por meio da colaboração e da coordenação entre os integrantes de um mesmo canal de fluxo; (Logística Integrada ~= GCS); - Para as empresas globais, muito comuns ao contexto da economia mundial atual, o GCS é ainda mais complexo, pois seu processo produtivo se vê articulado de forma a aproveitar as diversas oportunidades extranacionais, bem como depende da interação com outras empresas (fornecedoras ou clientes), de mesma natureza. O composto de atividades a serem gerenciadas na Logística Empresarial/GCS varia de acordo com as empresas, conforme sua estrutura organizacional, conceituações de seus gerentes e importância das atividades específicas para suas operações. Porém, as atividades são normalmente consideradas da seguinte forma: ATIVIDADES-CHAVES: 1- Serviços padronizados ao cliente; 2- Transporte; 3- Gerência de estoques; 4- Fluxos de informações e processamentos de pedidos. (estas atividades estão no circuito crítico do canal de distribuição física imediato de uma empresa) ATIVIDADES DE SUPORTE: 1- Armazenagem; 2- Manuseio dos materiais; 3- Compras; 4- Embalagem protetora projetada; 5- Cooperação com produção/operações; 6- Manutenção de informações. As atividades devem ser analisadas por sua agregação de valores. Exemplo: Transporte e Manutenção dos Estoques – são atividades logísticas primárias na absorção de custos (cada um representa entre metade e dois terços dos custos logísticos totais), sendo que o transporte agrega valor de LOCAL aos produtos e serviços, enquanto a manutenção dos estoques agrega valor de TEMPO. Nesse sentido de análise, questiona-se: 1- qual atividade é considerada atividade-chave final ? 2- qual atividade é a reguladora e garantidora dos prazos ? 3- o que é o “just-in-time” e de que forma este conceito se relaciona com a gerência de estoques ? As atividades de suporte são igualmente críticas, porém são de suporte porque nem sempre estarão presentes. Exemplo típico: commodities como carvão, minério de ferro ou brita não exigem proteção contra condições do clima ou de armazenagem. A Logística trata da criação de VALOR para todos os stakeholders (fornecedores, clientes, acionistas etc.), com interesse direto em um determinado fluxo produtivo. Contudo, agrega-se valor quando os consumidores estão dispostos a pagar por um produto ou serviço, mais que o custo de colocá-lo ao alcance deles. De acordo com o FMI, os custos logísticos representam em média 12% do produto interno bruto mundial. A evolução da integração e da completa independência funcional de uma companhia qualquer, desde a produção ou compra, não se faz isoladamente. A logística é uma atividade que teve origem na área militar, quando grandes exércitos se deslocavam a grandes distâncias para combater e conquistar terras e riquezas e, não raro, eram obrigados a lá permanecer por longo tempo. Sua origem remonta à época dos gregos e foi aperfeiçoada por Napoleão Bonaparte, entretanto não era estudada nas escolas militares. Foi ensinada pela primeira vez na segunda metade do século XIX em um país que emergia e que tinha a ambição e o objetivo de se tornar uma grande potência: os Estados Unidos da América. Com o decorrer dos anos, esses conceitos migraram para o ambiente empresarial, ganharam vulto e sua importância vem crescendo e fazendo parte da rotina das empresas de sucesso do mundo globalizado. Basicamente, as funções logísticas possuem uma segmentação entre atividades básicas e de gerenciamento. As primeiras são as que fornecem soluções como, por exemplo, as atividades de transporte, armazenagem, empacotamento e colocação de etiquetas ou códigos de barra. A terceirização destes serviços tem sido capaz de tornar as empresas mais competitivas. As atividades de gerenciamento são as que fornecem soluções que adicionam valor ao produto ou serviço prestado, como por exemplo, o processamento de pedido, o gerenciamento de estoque e a estruturação da cadeia. Atualmente as companhias realizam suas atividades com base em conceitos de logística, e esta atitude provoca mudanças na estrutura organizacional da organização, e na forma como as operações são realizadas. Os tipos de organização na qual a estrutura seria mais adequada gerarão maiores ganhos de produtividade, além de identificar os passos para fazer um controle das operações de logística. As empresas de diversos setores estão concentrando seus esforços na implantação de conceitos logísticos nos processos produtivos de suas cadeias operacionais. E os motivos são: aumento da concorrência, globalização de mercados e desenvolvimento da tecnologia da informação. A PARTIR DESSA CONTEXTUALIZAÇÃO, BEM COMO DOS ARGUMENTOS JÁ DISCUTIDOS NAS DUAS AULAS INICIAIS DA DISCIPLINA, ANALISE OS BREVES TEXTOS (A, B e C) E RESOLVA AS QUESTÕESPROPOSTAS, BEM COMO O DESAFIO TEÓRICO-PRÁTICO LANÇADO AO FINAL. (A)“Logística é o processo de planejar, executar e controlar eficientemente, a custo correto, o transporte, movimentação e armazenagem de produtos dentro e fora das empresas, garantindo a integridade e os prazos de entrega dos produtos aos usuários e clientes. (TOSCANO, 2007). Quando se fala em competitividade no setor do petróleo e gás, aumento de produtividade das empresas produtoras, refinarias e postos de vendas e redução significativa de custos lembramos logo da logística. A logística permite uma eficiência no controle e melhor integração dentre as diversas atividades das organizações. Toda empresa para se tornar inserida em um ambiente altamente competitivo, precisa redimensionar suas atividades e para garantir uma melhor performance, aprimoram suas ferramentas estratégicas no gerenciamento de toda cadeia logística. Ao longo da história do homem as guerras têm sido ganhas e perdidas através do poder e da capacidade da logística, ou a falta deles. Enquanto os generais dos tempos remotos compreenderam o papel crítico da logística, estranhamente, apenas num passado recente é que as organizações empresariais reconheceram o impacto vital que o gerenciamento logístico pode ter na obtenção da vantagem competitiva. Em parte, deve-se esta falta de reconhecimento ao baixo nível de compreensão dos benefícios da logística integrada.” A.1 - EXTRAIA DO BREVE TEXTO ACIMA: a) AS FUNÇÕES ASSOCIADAS À LOGÍSTICA; e b) OS DOIS EXEMPLOS DE INDÚSTRIA APRESENTADOS DE FORMA DIRETA. A.2 - O QUE VOCÊ CONSEGUE DEDUZIR SOBRE A EXPRESSÃO SUBLINHADA “logística integrada” ? (B) “A distribuição física das mercadorias é um problema distinto da criação de demanda, com grandes falhas das operações de distribuição devido à falta de coordenação, entre a criação da demanda e o fornecimento físico, sendo assim, uma questão que deve ser enfrentada e respondida antes de começar o trabalho de distribuição. Desde a mais remota época da humanidade, as atividades de material coexistem, seja através das trocas de caças e de utensílios seja com os adventos da Revolução Industrial. O sentido que se dá à administração de materiais é na conjunção das atividades desenvolvidas dentro de uma empresa, de forma centralizada ou não, destinadas a substituir as diversas atribuições. A finalidade da Administração de Materiais é assegurar o abastecimento contínuo dos itens que entram na fabricação dos bens e de outros em decorrência da programação conjunta das áreas de vendas e de produção de modo a nunca faltar nenhum dos itens que o compõem, sem tornar excessivo o investimento total. Estas atividades vão desde o circuito de reabastecimento, incluindo compras, o recebimento e armazenagem dos materiais, o fornecimento dos mesmos aos órgãos requisitantes, até as operações gerais de controle de estoques etc. B.1 - EXTRAIA DO BREVE TEXTO ACIMA: a) A EXPRESSÃO QUE REPRESENTA UM ESFORÇO QUE DEVE SER COMPATÍVEL COM A CAPACIDADE DE ENTREGAR AS MERCADORIAS AOS USUÁRIOS FINAIS; e b) AS DUAS ÁREAS QUE DEVEM AGIR DE FORMA INTEGRADA PARA ASSEGURAR O ABASTECIMENTO CONTÍNUO. A.2 - COMPARE O SENTIDO DA FUNÇÃO “LOGÍSTICA” COM AS ATRIBUIÇÕES RELATIVAS À ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS. (C) “A ocasião influencia o tamanho dos estoques”. Desse modo, preencher antecipadamente ocasiona, em regra, estoques altos, acima das necessidades imediatas da organização. Por outro lado, a cautela excessiva após o momento poderá levar à falta ou quantidade além do tamanho ideal do lote de compras de material necessário ao atendimento de determinada necessidade da administração. O conceito mais atual de administração de materiais pertence ao sistema integrado, por constituir o funcionamento pleno da organização, na ocasião do tempo, na quantidade necessária, na qualidade requerida e pelo menor custo. Suprimentos compreendem a todas as atividades relacionadas com o fluxo e transformação de mercadorias desde o estágio da matéria-prima (extração) até o usuário final, bem como os respectivos fluxos de informação. Materiais e informações fluem tanto para baixo quanto para cima na cadeia de suprimentos. O gerenciamento da cadeia de Suprimento (GCS) é a integração dessas atividades, mediante relacionamentos, com o objetivo de conquistar uma vantagem sustentável. (Nichols Jr e Handfield, 1999, apud BALLOU, 2006, p.28). Como referido pelos autores supramencionados, é importante destacar o gerenciamento da cadeia de suprimentos abrangendo desde o fluxo de mercadorias do fornecedor, através da fabricação e distribuição até o usuário final. O gerenciamento logístico está voltado para otimização de fluxos dentro da organização, enquanto que o gerenciamento da cadeia de suprimentos reconhece que a integração interna por si não é suficiente.” C.1 - ARGUMENTE A POSSÍVEL DIFERENÇA ENTRE “LOGÍSTICA” E “CADEIA DE SUPRIMENTOS”, INDICADA NO TEXTO. C.2 – EXPRESSE OS PARTICIPANTES E OS FLUXOS CITADOS NO TEXTO, COM BASE NOS APONTAMENTOS DOS AUTORES REFERENCIADOS SOBRE O CONCEITO DE GCS. DESAFIO TEÓRICO-PRÁTICO: EM EQUIPES DE 2 OU 3 ALUNOS, APRESENTE UM EXEMPLO SIMPLES DE UMA DETERMINADA CADEIA PRODUTIVA, CONTENDO PELO MENOS 5 TIPOS DIFERENTES DE EMPRESAS PARTICIPANTES. A Logística existe para satisfazer às necessidades dos clientes, facilitando operações relevantes de produção e marketing. Em um nível estratégico, a Logística procura atingir uma qualidade predefinida de nível de serviços ao cliente, ao menor custo possível, que se constituem nos fundamentos da Logística. Assim o desafio é equilibrar as expectativas de serviços ao cliente e os custos decorrentes para os objetivos da empresa. Marketing identifica o desempenho logístico apropriado. A questão estratégica decisiva é determinar a combinação de serviços e o seu escopo desejado de modo a estimular e apoiar as transações comerciais. PARTE 02 CONCEITOS RELEVANTES INSERIDOS NO GERENCIAMENTO DO FLUXO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS DISPONIBILIDADE - É a capacidade de ter o produto no momento em que ele é desejado por um cliente. A disponibilidade pode ser alcançada de diversas maneiras. O número, a localização e a política de estoques apropriados dos centros de distribuição constituem uma das questões básicas no projeto de sistema logístico. Deve estar claro que para alcançar níveis de disponibilidade elevados e consistentes é necessário muito mais planejamento que a alocação de estoques a centros de distribuição. A disponibilidade é baseada em três medidas de desempenho: freqüência das faltas de estoque, índice de atendimento e pedidos despachados completos. DESEMPENHO - O desempenho operacional é medido em termos de velocidade, consistência e flexibilidade. A velocidade no ciclo de atividades é o tempo decorrido do momento em que um pedido é colocado até a chegada da remessa. Esse compromisso deve ser visto do ponto de vista do cliente. O tempo necessário para a conclusão do ciclo de atividades pode ser muito diferente do projeto do sistema logístico. Em função nível tecnológico de comunicação e transporte, o ciclo dos pedidos pode variar entre apenas algumas horas até várias semanas. A consistência refere-se à capacidade da empresa de executar dentro do prazo de entrega esperado durante vários ciclos de atividades. A falta de consistência traduz-se diretamente na necessidade de manter estoques de segurança. CONFIABILIDADE - Em Logística qualidade é sinônimo de confiabilidade, que significa a capacidade de cumprir níveis de disponibilidade e de desempenho operacional planejados com os clientes. Além dos padrões de serviços a confiabilidade significa a capacitação e a disposição para fornecer rapidamente informações precisas ao cliente sobre as operações logísticas e situação dos pedidos. TRANSPORTE - O transporte é a atividade logística que posiciona geograficamenteos produtos. Devido a sua importância fundamental e a visibilidade de seu custo, o transporte recebe uma atenção especial entre as atividades logísticas. O custo do transporte é o pagamento pela movimentação entre duas localidades geográficas e as despesas relacionadas ao gerenciamento e manutenção do estoque em trânsito. Os ciclos de atividades devem ser projetados para utilizar o transporte que minimize o custo total do sistema. Se uma movimentação específica levar dois dias na primeira vez e seis na próxima, esta variação poderá criar sérios problemas nas operações logísticas. Sem consistência no transporte, torna-se necessária a formação de estoques de segurança. ESTOQUE - As necessidades de estoque de uma empresa dependem da estrutura da rede logística e do nível desejado de serviço ao cliente. Uma empresa poderia manter um centro de distribuição com todos os itens vendidos, dedicado a cada cliente. No entanto, são poucas as situações em que empresas têm como manter seus estoques em níveis tão elevados, em função do risco e do custo total proibitivos. O objetivo é fornecer o serviço desejado ao cliente mantendo o mínimo em estoque, consistente com o menor custo possível. As estratégias logísticas são planejadas para manter o mínimo possível de ativos financeiros em estoque. O objetivo básico é obter uma rotatividade máxima satisfazendo, ao mesmo tempo, os compromissos com o cliente. ARMAZENAGEM - Por envolver muitos componentes logísticos, a armazenagem não se enquadra em esquemas de classificação específicos, como estoque ou transporte. Um depósito é considerado geralmente, um lugar onde são guardados estoques de materiais e de produtos. No entanto, em muitos projetos logísticos, o armazém é considerado mais uma instalação de processamento do que um local de guarda de mercadorias. A armazenagem é parte de todo o sistema logístico. Os sistemas de distribuição não devem ser projetados com vista na manutenção de estoques por período excessivos, embora tenham ocasiões em que isto se justifica. As vantagens de armazenagem são de natureza econômica e nível de atendimento aos clientes. Nenhum depósito deve fazer parte de sistemas logísticos, a menos que a inclusão se justifique plenamente por meio da análise. CANAL DE DISTRIBUIÇÃO - Um canal de distribuição consiste em empresas empenhadas na compra e na venda de transações de produtos. A meta de marketing é negociar, contratar e administrar transações em uma base contínua. A força total de promoção criativa ocorre dentro da estrutura de Marketing. Os participantes do canal de marketing são especialistas em transações, assim como agentes de produção, vendedores, intermediários, atacadistas e varejistas. O canal de logística representa um rede de relações de trabalho especializadas em movimentar e posicionar o estoque. O trabalho de Logística envolve transporte, armazenagem de estoque, manuseio de materiais e processamento de pedidos, além de uma variedade cada vez maior de serviços de valor. EMBALAGEM E MANUSEIO - Embalagem e manuseio constituem uma parte integrante da Logística. Normalmente, é necessário armazenar mercadorias em momentos selecionados durante o processo logístico. Os veículos de transporte exigem manuseio de materiais para carregá-los e descarregá-los de uma maneira eficiente quando embalados juntos, em caixas de papelão ou contêineres. O manuseio de produtos é uma atividade importante. Os produtos devem ser recebidos, movimentados, classificados e montados de modo a atender às exigências do pedido do cliente. e simplificam o fluxo dos produtos ao longo. Existe uma variedade de dispositivos automatizados e mecanizados para ajudar o manuseio de materiais. Quando integrados de uma maneira eficaz nas operações logísticas da empresa, o manuseio de materiais e a embalagem aumentam a velocidade e simplificam o fluxo dos produtos ao longo. Ciclos de atividades logísticas A principal unidade de análise da Logística integrada é o ciclo de atividades, que envolve as interfaces com fornecedores, empresa e clientes. Os ciclos de atividades tornam-se dinâmicos à medida que atendem aos requisitos de entrada/saída. A entrada de um ciclo de atividades é um pedido que especifica os requisitos de um produto ou material. Um sistema de alto volume em geral exige diversas combinações diferentes de ciclos de atividades para atender a todos os requisitos do pedido. À medida que os requisitos são altamente previsíveis ou relativamente poucos, os ciclos de atividades necessários para fornecer apoio logístico podem ser simplificados. A estrutura geral dos ciclos de atividades necessários para dar apoio a uma empresa varejista de grande porte é muito mais complexa que as exigências de estrutura operacional de uma empresa de medidos por reembolso postal. Os ciclos de distribuição física envolvem o processamento e a entrega de pedidos do cliente. A distribuição física está relacionada com as atividades de vendas e marketing, pois proporciona a disponibilidade de produtos, de maneira econômica e a tempo. O ciclo de atividades típico da distribuição física envolve quatro atividades relacionadas: transmissão de pedidos, seleção de pedidos, transporte do pedido e entrega ao cliente. A chave para a compreensão da dinâmica do ciclo de atividades da distribuição física é ter em mente que os clientes iniciam o processo fazendo pedidos. A capacitação de resposta logística da empresa vendedora constitui uma das competências mais significativas na estratégia de marketing. PARTE 03 É sempre muito saudável lembrar: “A cadeia de suprimentos, ou Supply Chain, abrange o conjunto de organizações que mantêm relações do início até o fim da cadeia logística. Pode ser definida como todas as etapas do atendimento das demandas do cliente, incluindo diversos autores como fornecedores, varejistas, distribuidores, fabricantes e cliente. É o alinhamento entre empresas que leva produtos ou serviços ao mercado. Representa o fluxo constante de informações, produtos e capital entre diferentes estágios, iniciando-se no pedido do cliente e terminando quando este cliente fica totalmente satisfeito. Na visão sistêmica a estrutura dela é em rede, com diversos participantes interagindo em diversos níveis e estágios.” Controlar os fluxos de informações e de produtos de maneira equilibrada para atenuar o efeito “chicoteamento” (oscilações na demanda) é o grande desafio de uma cadeia. O objetivo de uma cadeia de suprimentos é maximizar seu resultado como um todo, ou seja, o valor global gerado (receita – custo). Todos os elos participam com custos enquanto o cliente é a única fonte de receita. Tomada de decisão na cadeia Projeto (Estratégica): se pensa no longo prazo, devendo ser consideradas as incertezas (local, capacidade, instalações); Planejamento (Tática): Define-se mercados, terceirizações, incluindo decisões de gestão da demanda e de estoques; A curto prazo; Operações: Horizonte de dias e semanas, sendo referentes às atividades logísticas específicas. Previsão X Gestão de demanda O primeiro é utilização de métodos e modelos para que eu possa prever a demanda com base em históricos e mercado, por ex; já a gestão vai muito além da previsão (que está contida na gestão). Seria tomar decisões, por ex, com base na previsão, ou seja, gerir tomando decisões com base na demanda. OBS 1: Hoje não se gerencia estoque, e sim fluxo (estoque em trânsito); OBS 2: Gestão colaborativa seria a organização de forma sustentável de todos os elos da cadeia e não só da minha empresa, pois quando um elo falha, a cadeia pode “quebrar”. Visões da cadeia Cíclica: Uma série de ciclos são realizados na interface entre estágios sucessivos da cadeia. Ciclo do Cliente: Cliente / Varejista: Gestão de relacionamentos (inicia-se no contato e termina norecebimento do pedido); Ciclo do Reabastecimento: Varejista / Distribuidor: Gestão de estoques (restaurar estoque do varejista e oferecer disponibilidade de produtos aos clientes); Ciclo da Produção: Distribuidor / fabricante: Gestão da produção (chegada do pedido, programação de produção, fabricação e transporte e recebimento pelo distribuidor, varejista ou cliente); Ciclo do Suprimento: fabricante / fornecedor: Gestão de suprimentos (garantir que materiais estejam disponíveis e fabricação ocorra sem atrasos). Push / Pull: Empurrar ou puxar a produção a medida em que a demanda se apresenta. Pull: acionada em resposta ao pedido do cliente (puxada) onde a demanda é conhecida com certeza. Deve haver agilidade e responsividade. Push: Executado em antecipação ao pedido do cliente (empurrada), com base em previsões respondendo à especulações. Fronteira Push / Pull: é fundamental para conhecer a cadeia e tomar decisões estratégicas, ou seja, quando devo puxar ou empurrar a cadeia. Processos Push ———– Chegada do pedido —————— Processos Pull (reabastecimento, fabricação e suprimento) (pedido do cliente) Estratégias (Tipos) De liderança em custos: obter vantagem competitiva pelo custo mais baixo; De diferenciação: vantagem competitiva pela introdução de elementos de diferenciação nos produtos / serviços; De foco: Vantagem competitiva em um segmento de mercado mais restrito. Alinhamento Estratégico Significa que as estratégias competitivas e de cadeia de suprimentos (prioridades do cliente e habilidades da cadeia) devem ter objetivos comuns. Todas as funções (estratégias funcionais) da cadeia de valor contribuem para esse alinhamento. Etapas para o alinhamento: Entender o cliente (entender as necessidades no segmento desejado e analisar a incerteza da demanda); Entender a Cadeia de Suprimentos (a tarefa que sua cadeia foi designada, se é melhor atender a demanda eficientemente ou responsivamente); Realizar o Alinhamento Estratégico. Outros itens que afetam o alinhamento: Produtos e seguimentos de clientes variados; Ciclo de vida do produto; Mudanças na concorrência. Obstáculos ao alinhamento: Aumento na variedade de produtos; Redução dos ciclos de vida; Clientes mais exigentes; Globalização. Estratégia competitiva X Estratégia da cadeia: A competitiva envolve o desenvolvimento das estratégias funcionais da empresa, formando uma cadeia de valor que permita vantagens competitivas; já estratégia da cadeia define como será o transporte de “A” para “B”, a distribuição, obtenção de matéria-prima etc. OBS: Estratégia competitiva e todas as estratégias funcionais devem estar alinhadas, pois uma que dê errado pode causar o fracasso. Responsividade X Eficiência na cadeia Responsividade é atender prontamente e eficiência é atender priorizando custos. Aumento nos custos reduz a eficiência. Quanto maior a incerteza implícita da demanda, mais responsiva deve ser a cadeia. Eficiente Responsiva Objetivo Suprir demanda com menores custos. Atender a demanda rapidamente. Criação de produtos Maximizar desempenho; custo/produto deve ser mínimo. Modularidade permitindo adiamento na diferenciação do produto. Preços Margem baixa para impulsionar Margens mais altas pois não é o fator impulsionador. Fabricação Reduzir custos pela alta utilização (supermáquinas). Flexibilidade para atender demanda. Estoques Minimizados. Reguladores para atender demanda inesperada. Lead Time Reduzir sem sacrificar custos. Reduzir agressivamente mesmo com custos mais elevados. Fornecedores Seleção baseada em custo / qualidade. Seleção pela velocidade / flexibilidade / qualidade. Transporte Meios de transporte mais baratos. Meios de transporte mais rápidos (responsivos) e caros. Exemplos: Cadeia Responsiva = Celular (devido à alta obsolescência). Cadeia Eficiente = Cerveja (pois o preço é determinante na escolha do produto, consumidores não são muito fiéis às marcas). Fatores-Chave de desempenho da Cadeia de Suprimentos: Determinam, além do desempenho, se o alinhamento estratégico é ou não alcançado em toda a cadeia, ajudando a alcançar o equilíbrio entre responsividade e eficiência. A empresa deve utilizar esses fatores para alcançar o nível de desempenho estabelecido pela estratégia a ela designada. São eles: Estoque; Transporte; Instalações; Informações. Estoque: Devem ser posicionados estrategicamente. Seu papel é aumentar a quantidade de demanda que pode ser atendida e reduzir custos explorando quaisquer economias de escala. É um fator gerador de custos mas que aumenta a responsividade. Ele apoia a estratégia competitiva da empresa. Se a empresa precisa ser mais responsiva, deve aumentar seus estoques e aproximá-los dos clientes enquanto pode centralizar o estoque e reduzi-lo para tornar-se mais eficiente. Cíclico: quantidade média utilizada para satisfazer a demanda. Segurança: precaução no caso da demanda exceder e combate às incertezas. Sazonal: combater a variabilidade previsível da demanda. Cross-dock = centro de distribuição. Transporte: movimento de estoque de um ponto a outro através de várias combinações de meios e rotas. Um transporte mais rápido (utilizando diferentes meio e quantidades) contribui para a responsividade. Para clientes que querem responsividade, usar transporte mais rápido (mais caro) e para os clientes em que o preço é fundamental, utilizar meios mais eficientes. As decisões sobre transporte têm por base: Meio de Transporte (aéreo, caminhão, navio, trem, dutos e via eletrônica). Seleção de rota e rede (rota é o caminho e rede é o grupo de locais e rotas). Decidir entre In house (interno) ou Terceirizar. OBS: A escolha se dá entre o custo do transporte (eficiência) e a velocidade de transporte (responsividade). Instalações: locais na rede da cadeia onde o estoque é armazenado, montado ou fabricado. A empresa pode obter economia de escala se o produto é fabricado e armazenado em um mesmo local, pois essa centralização aumenta a eficiência, mas reduz responsividade, alcançada através de instalações em locais próximos aos clientes, aumentando custos. As decisões te por base: Localização (centralizar ou descentralizar); Capacidade (Muita capacidade dá mais flexibilidade mas diminui eficiência); Metodologia de fabricação (foco no produto ou na função); Metodologia de armazenagem (Instalação normal ou Crossdocking). A decisão se dá entre quantidade, localização e tipo de instalação X nível de responsividade. Informação: o maior fator-chave pois afeta os demais. São dados ou análises a respeito dos demais fatores e dos clientes. Deve-se escolher quais informações são mais valiosas para a redução de custos (eficiência) e melhoria na responsividade. As decisões têm por base: Push / pull (no push acompanhar ao máximo a programação da produção reduzindo custo e no pull exige informação sobre a demanda real, mais ágil e responsiva). OBS: Compartilhar informações é fundamental para o bom andamento da cadeia de suprimentos. Sistemas de informação podem aumentar tanto responsividade quanto eficiência. Deve-se escolher entre custo da informação e responsividade criada pela informação. Fonte: http://www.omcconsult.com.br/noticias/cadeia-de-suprimentos-responsiva/
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