Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
ELETROPNEUMÁTICA MECATRÔNICA ATUAL Nº 3 - ABRIL/2002 AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL MECATRÔNICA ATUAL Nº 3 - ABRIL/2002 4 3 AUTOMAÇÃO T Juliano Matias CIRCUITOSCIRCUITOSCIRCUITOSCIRCUITOSCIRCUITOS ELETROPNEUMÁTICELETROPNEUMÁTICELETROPNEUMÁTICELETROPNEUMÁTICELETROPNEUMÁTICOSOSOSOSOS INDUSTRIAISINDUSTRIAISINDUSTRIAISINDUSTRIAISINDUSTRIAIS DIAGRAMA DE PASSOS odo o trabalho de uma má- quina comandada por atuadores pode ser repre- sentado por um diagrama de passos. Esse diagrama repre- senta os movimentos dos atuadores, e as quantidades de letras representam o número dos atuadores, por exemplo: A+A-= 1 atuador (atuador A avança e depois retorna); A+B+A-B-= 2 atuadores (atuador A avança, atuador B avança, atuador A retorna e atuador B retorna); A+B+A-C+B-C-= 3 atuadores (atuador A avan- ça, atuador B avança, atuador A retorna, atuador C avança, atuador B retorna e atuador C retorna). O sinal representa a posição do atuador, isto é, + é atuador avança- do e – é atuador recuado. Na Figura 1 são mostrados al- guns Diagramas de Passos. MÁQUINA 1 Tomemos como exemplo a máquina da figura 2. Nesta máqui- na temos a seqüência A+B+B-A-. A máquina é um transportador de caixas e tem a função de movimenta- ção de caixas do transportador 1 para o transportador 2. As caixas vindo pelo transportador 1 deslizam na bandeja até acionar o sensor S1 (figura 2); aci- onando o sensor, este comanda a vál- vula de avanço do atuador A para transportar a caixa até o nível do transportador 2 (figu- ra 3); este avançado aciona o fim - de - curso a1 comandando a válvula de avanço do atuador B para arrastar a caixa até o iní- cio do transportador 2 (figura 4); o a- tuador B chegando no fim - de - curso b1 faz com que ele comande o recuo do mesmo (figura 5); o atuador B che- gando em b0 aciona o recuo do atuador A que alcançando a0 finaliza o processo(figura 6). O circuito pneumático deste pro- cesso está mostrado na figura 7, ten- do sido utilizadas para o seu a- cionamento duas válvulas de 4/2 vias com comando de avanço e re- Abordaremos neste artigo dois circuitos básicos de automação eletropneumática. Os objetivos são: -Entender o funcionamento de uma máquina simples; -Interpretar um circuito pneumático; -Elaborar um circuito de comando elétrico para o correto funcio- namento da máquina; -Transcrever a lógica de comandos para Ladder. Boa Leitura! Figura 1 - Exemplos de Diagramas de Passos. MECATRÔNICA ATUAL Nº 3 - ABRIL/2002 AUTOMAÇÃO MECATRÔNICA ATUAL Nº 3 - ABRIL/20024 4 torno por solenóide pilotado interna- mente. O comando elétrico para o aci- onamento dos solenóides das válvu- las bem como o programa em Ladder estão demonstrados na figura 8. Re- solvemos colocar também o progra- ma em uma linguagem de CLP para que os leitores verifiquem que é muito fácil a transcrição de uma lógica de comandos em Ladder (na maioria das vezes é só “tombar” o circuito). Os sensores utilizados no circui- to são: s1: sensor de presença de caixa; a0: fim - de - curso que indica quando o atuador A está recuado; a1: gatilho que envia um pulso de 24 Vdc sempre que o atuador A avan- ça bem próximo ao final do curso. b0: gatilho que envia um pulso de 24 Vdc sempre que o atuador B re- cua bem próximo ao final do curso. b1: gatilho que envia um pulso de 24 Vdc sempre que o atuador B avan- ça bem próximo ao final do curso. Analisando a primeira coluna do circuito, temos que a válvula y3 só deve ser acionada quando o atuador A estiver recuado (a0 acionado) e quando houver caixa presente (s1 acionado). O atuador A avançando no final do curso ele aciona o gatilho a1, fazendo com que o solenóide y1 seja ligado, e com isso o atuador B avança. O atuador B avançando, este aciona o gatilho b1 que, imediatamente, aciona o retorno da válvula através do solenóide y2. No retorno do atuador B, este aciona o gatilho b0 fazendo o recuo do atuador A pelo solenóide y4. MÁQUINA 2 Vejamos agora o exemplo da máquina 2 mostrada na figura 9. Esta máquina é uma furadeira, que possui uma trava pneumática da peça a ser furada. Essa trava é acionada por um comando chamado bi-manual; para o operador travar a peça ele precisa aci- onar dois botões quase que, simultane- amente, para que o atuador avance tra- vando a peça. Esse comando é muito utilizado em máquinas para preservar a mão ou os dedos do operador, pois se Figura 2 - Máquina 1: transportador de caixas. Figura 3 -Transporte da caixa até o nível do transportador 4. Figura 4 - Arrastamento da caixa até o início do transportador 2. ELETROPNEUMÁTICA MECATRÔNICA ATUAL Nº 3 - ABRIL/2002 AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL MECATRÔNICA ATUAL Nº 3 - ABRIL/2002 4 5 AUTOMAÇÃO ele estiver com as duas mãos ocupa- das acionando os botões ele não colo- cará a mão na peça, entendido? Esse sincronismo com as mãos requer um tempo de tolerância, e na nossa má- quina vamos utilizar um tempo de 0,5 s. Esse tempo é realmente necessá- rio, pois o operador pode travar um dos botões com alguma coisa acionando apenas um deles por peça furada. O circuito pneumático é muito sim- ples como podemos observar na fi- gura 10. Trata-se de um atuador de dupla ação e uma válvula de 4/2 vias com acionamento por solenóide interna- mente pilotado e retorno por mola. Para a peça ser travada o operador deve acionar s1 e s2 em uma diferença de até 0,5 s, e o cilindro avança travan- do a peça. Então, o operador aciona manualmente a alavanca da furadeira furando a peça. Para destravar o ope- rador precisa acionar o botão s3. Os botões são botões não retentivos tipo push-button com a cabeça de cogumelo. A lógica de comandos e o progra- ma em Ladder podem ser visualiza- dos na figura 11. Qualquer um dos botões que o ope- rador acionar inicialmente ,o tempo- rizador T1 começa a contar o tempo de Figura 8 - Comando elétrico dos solenóides e programa em Ladder.Figura 7 - Circuito pneumático do processo. Figura 6 - Acionamento do recuo de A chegando em a0. Figura 5 - O atuador B chegando em b1 provoca o recuo do mesmo. AUTOMAÇÃO MECATRÔNICA ATUAL Nº 3 - ABRIL/20024 6 Figura 11 - Lógica de comandos e programa em Ladder. Figura 9 - Máquina 2: furadeira. Figura 10 - Circuito pneumático da furadeira. Figura 12 - Selo em lógica digital. 0,5 s; se, durante esse tempo o opera- dor acionar o outro botão, o selo é fecha- do e então a válvula é acionada através do solenóide y1 avançando o atuador e travando a peça. No fim do ciclo o ope- rador aciona o botão s3, o selo é aberto liberando o solenóide y1, e a válvula retorna para a posição original, pois o retorno da mesma é devido à mola. O QUE É UM SELO EM UMA LÓGICA DIGITAL? Sempre que nós precisarmos me- morizar um comando utilizaremos um selo. Essa lógica é uma das mais empregadas em painéis de coman- dos elétricos e também em CLPs;ela consiste na memorização de um si- nal através de um pulso como de- monstrado na figura 12. SITES INTERESSANTES - FESTO www.festo.com.br - PARKER AUTOMATION www. parker.com\automation. ?
Compartilhar