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DOS PRAZOS NO NOVO CPC
LOCALIZAÇÃO DO TEMA NO CPC: ARTIGOS 218 A 232
1-) A Lei sempre regulará com prioridade a prática de atos.
2-) Na omissão legal o juiz poderá determinar o prazo que entender necessário para a prática do ato, considerando a complexidade da causa. 
3-) Se houver omissão legal e o juiz não declinar prazo diverso, permanece de 5 dias o prazo para a prática de atos no processo.
4-) Fica regulado pelo NCPC a prática madura de atos processuais: o §4º do art. 218 dispõe que se considera tempestivo o ato praticado antes do termo inicial do prazo (especialmente em tempos de processo digital em que se tem acesso antecipado a despachos e decisões). 
5-) Art. 219: prazos contados EM DIAS serão computados somente nos dias úteis e aplica-se esta regra somente para os PRAZOS PROCESSUAIS. Prazos fixados em semanas e meses contam-se de forma corrida.
6-) Os prazos ficam efetivamente SUSPENSOS nos dias compreendidos entre 20/12 e 20/01 (inclusive) período em que não se realizarão audiências e nem sessões de julgamento.
7-) Os prazos também se suspendem em razão dos programas do Tribunal de promoção de auto composição, devendo os tribunais especificar a duração dos trabalhos. Suspendem-se ainda os prazos por obstáculo criado em detrimento da parte ou nos casos do art. 313 (que trata das hipóteses de suspensão). Por exemplo: carga de autos físicos por advogado que não o devolve no prazo, prejudicando a parte contraria. O prazo deve ser restituído ao prejudicado.
8-) O prazo poderá sofrer prorrogação de prazo, prevista para os locais de difícil acesso, quando autorizada a prorrogação por mais 2 (dois) meses, prazo que pode ser excedido em casos de calamidade pública. 
9-) O juiz não pode reduzir prazos peremptórios sem anuência das partes. Possível concluir, pois, que a dilação do prazo peremptório, em havendo consenso, poderá ser deferida pelo juiz, tudo em favor de um novo modelo de processo que estimula a autocomposição, o negócio jurídico processual, a intervenção mais ativa dos interessados na composição do conflito (ver arts. 190 e 191 do NCPC).
10-) O prazo se extingue, independente de declaração judicial, se decorrido, salvo, se a parte provar que não o realizou por justa causa (evento alheio a vontade da parte que o impediu de praticar o ato por si ou por mandatário).
11-) Contagem de prazos permanece como no antigo CPC: excluindo-se o dia do começo e incluindo-se o dia do vencimento, desde que dias úteis ou quando o expediente forense for reduzido, hipóteses que autorizam a sua prorrogação para o primeiro dia útil subsequente. Mantém-se, também, a regra de que a parte pode renunciar ao prazo que lhe for exclusivo, mas o deverá fazê-lo expressamente.
12-) Prazos de juízes: O art. 226 contempla prazos para os atos judiciais, escalonando-os em 5 (cinco) dias para despachos; 10 (dez) dias para decisões interlocutórias; e 30 (trinta) dias para sentenças, admitindo, em casos justificados, que o juiz os exceda por igual tempo. Contudo, sabemos que isso não ocorrerá, sendo apenas uma utopia legislativa. Primeiro porque se o ato do juiz for praticado fora de tais prazos não será invalidado e segundo, porque o Brasil vive uma realidade litigiosa e de centenas de milhares de processos tramitando, o que inviabiliza como se sabe, o cumprimento de tais prazos.
13-) Prazo para litisconsortes - art. 229: fica mantida a contagem do prazo em dobro, mas limitando sua incidência à hipótese de as partes contarem com procuradores diferentes desde que integrantes de escritórios distintos, ao efeito de evitar eventual manipulação do privilégio de prazo especial, bem como excluindo a sua incidência no caso de autos eletrônicos.
14-) Prazo para a parte, irrelevante quem a represente, e qualquer interveniente no processo, como o Ministério Público, será contado da citação, da intimação ou da notificação, mas tal regra se complementa com o art. 231 que dispõe qual o dia do começo do prazo, escalonando diversas situações. O rol se propõe a ser taxativo, mas o fato é que não impede, eventualmente, de ocorrer sobreposição de prazos distintos, a exigir intervenção judicial para a solução do impasse, sempre lembrando que a perda do prazo implica extinção do direito de praticar o ato processual (ver art. 231).
15-) Por derradeiro, dispõe o Código que em havendo mais de um réu, o dia do começo do prazo para contestar corresponderá à última data nas sucessivas citações, irrelevante a forma como as mesmas ocorreram, isso é, se por carta AR, mandado, ciência em Cartório, por edital, consulta eletrônica ou carta precatória. No caso de a comunicação ser feita direta à parte ou interessado, sem a intermediação de advogado, o dia do começo do prazo para cumprimento de determinação judicial corresponderá à data em que se der a comunicação.

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