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Salmonelose Aviária

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RESUMO SOBRE: Salmonelose aviária
Doença de etiologia bacteriana de maior impacto econômico na avicultura nacional e mundial, pois provoca alta mortalidade, queda na produção e pintinhos de baixa qualidade.
Nas aves, a infecção é considerada sistêmica, embora possam ser observadas infecções entéricas.
Possui grande impacto na saúde pública, já que alguns sorotipos podem causar toxinfecções alimentares, ou ainda, provocar septicemias severas em indivíduos muito jovens, idosos ou imunossuprimidos.
Podem causar três enfermidades diferentes:
Pulorose (Salmonella pullorum).
Tifo aviário (Salmonella gallinarum).
Paratifo aviário (qualquer outra espécie).
Histórico e incidência
Doença de distribuição mundial e afeta principalmente as regiões de produção de galinhas e perus.
Classificação
Família: Enterobacteriaceae
Gênero: Salmonella
Espécies: S. enterica e S. bongori
Subespécies: S. entérica subsp enterica, constituída de 1367 sorovares (sorovares-sorotipos).
- S. enterica subsp enterica serovar Pullorum
- S. enterica subsp enterica serovar Gallinarum
- S. enterica subsp enterica serovar Enteritidis
- S. enterica subsp enterica serovar Typhimurium
Pulorose
Salmonella Pullorum é o agente responsável pela pulorose, também conhecida como “septicemia fatal dos pintinhos” ou “diarreia branca”.
Descrita por Rettger em 1899 e caracterizada por causar alta mortalidade em aves jovens (até 3 semanas de idade), sendo assintomática nas aves adultas.
Controle: testes sorológicos rápidos (Jones, 1913) capazes de identificar aves portadoras e evitar a transmissão transovariana. 
Brasil: ocorrência descrita por Magalhães em 1928 em Minhas Gerais e diagnosticada por Reis em 1931 em São Paulo. 
Tifo aviário
Salmonella Gallinarum é o agente responsável pelo tifo aviário.
Descrito por Klein, 1889.
Brasil: primeiro relatos em 1919 em Minas Gerais e 1931 em São Paulo.
Caracterizada como infecção sistêmica bastante severa que causa alta mortalidade de aves jovens e adultas.
Lesões, formas de transmissão, patogenia e sintomas do tifo aviário são semelhantes aos da pulorose. 
Atualmente: tifo e pulorose são doenças bem controladas nas criações industriais, e a ocorrência se restringe geralmente às criações de “fundo de quintal”.
Infecções paratifoides
Agentes: Salmonella Enteritidis e Salmonella Typhimurium.
Mortalidade: variável, dependendo da associação com outras doenças entéricas, imunossupressoras ou micotoxicoses.
Importantes em saúde pública, devido a contaminação de ovos e carcaças por fezes de aves portadoras.
Transmissão:
Vertical – é a forma de manutenção da bactéria nos plantéis avícolas; não há mortalidade da ave adulta; observa-se discreta queda na postura.
Horizontal – aves contaminadas disseminam a bactéria pelas fezes, infectando outras aves e proporcionando o aparecimento de outros carreadores que irão disseminar a bactéria no ambiente.
Patogenia
Pulorose e Tifo aviário
Disseminação através de aves contaminadas.
Infecção principal pela via oral -> sistema digestivo -> invasão dos tecidos através dos vasos sanguíneos -> migração da bactéria para os tecidos hepáticos, esplênico, cardíaco e reprodutor -> alta multiplicação -> eliminação da bactéria pela bile e fezes -> contaminação de outras aves.
Transmissão através de alimentos contaminados.
Porta de entrada: sistema digestivo -> colonização do intestino -> septicemia em alguns casos -> eliminação da bactéria pelas fezes -> contaminação de ovos e meio ambiente (água e ração).
Reservatórios: animais silvestres.
Alguns sorotipos podem colonizar tecido ovariano.
Aves jovens podem se infectar devido à contaminação da casca do ovo, com subsequente invasão da bactéria.
Alguns pintinhos podem se infectar no momento da eclosão (transmissão horizontal).
Sinais clínicos: aves adultas
Pulorose: geralmente infecção subclínica; lote pode ou não apresentar alterações do desempenho produtivo; pode ocorrer queda na eclodibilidade.
Tifo aviário: alta mortalidade; ocorrência de surtos próximos ao início da postura, devido ao estresse e às mudanças hormonais. 
Paratifo aviário: não há mortalidade significativa; disseminação para a progênie; contaminação de ovos e carcaças através das fezes.
Sinais clínicos: aves jovens
Pulorose: mortalidade significativa; pintos que nascem contaminados apresentam-se fracos e sonolentos, com penas eriçadas e asas caídas, diarreia aquosa, desidratação e emplastamento da cloaca; morbidade e mortalidade aumentam próximo ao 4º e 5º dia de infecção
Morbidade e mortalidade variam de acordo com a virulência da bactéria, quantidade de bactéria ingerida e estado imunológico das aves; podem ocorrer alterações respiratórias em decorrência da inalação de bactérias durante a incubação; desenvolvimento irregular e aumento de refugagem das aves sobreviventes. 
Tifo aviário: doença semelhante à pulorose.
Paratifo aviário: aves jovens são mais susceptíveis, mortalidade de até 20% do plantel; diarreia sem comprometimento do estado geral da ave; surtos mais severos quando associados às doenças entéricas ou imunossupressoras. 
Lesões
Pulorose: pericardite, esplenomegalia, hepatite (hepatomegalia, alterações da coloração com aspecto acastanhado, consistência friável e necrose focal), alterações nos folículos ovarianos (hemorragia, necrose, degeneração e atrofia dos folículos).
Aves acometidas não retornam à produção de ovos; alterações significativas no oviduto (salpingite); em aves muito jovens as lesões podem não existir ou ocorrer em pequeno número. Morte após septicemia.
Tifo aviário: semelhantes às encontradas na pulorose.
Hepatomegalia e esplenomegalia com 3 a 4 vezes o tamanho normal; o fígado está friável esverdeado ou amarelo esverdeado e com pontos necróticos de coloração branca amarelada.
Paratifo aviário: lesões discretas e nem sempre diagnosticadas corretamente; hepatite com hemorragia petequial e congestão no tecido hepático.
Desidratação, enterite com focos necróticos no intestino delgado, lesões nervosas, principalmente por S. Typhimurium e S. Enteritidis; pericardite com hidropericárdio; coloração esbranquiçada ou leitosa do saco pericárdico.
Diagnóstico
Clínico: histórico, idade das aves e sintomas e lesões.
Laboratorial: 1. Coleta de material: fígado, baço, ovário e oviduto.
2. Isolamento e caracterização: isolamento em meio de cultura e caracterização através de métodos bioquímicos.
3. Sorotipagem: antissoros polivalentes (anti “O” e “H”) e determinação do sorotipo em institutos credenciados (Instituto Adolfo Lutz e FIOCRUZ).
4. Provas sorológicas: monitoramento periódico das matrizes para pulorose e tifo aviário, através de teste de soro aglutinação rápida com sangue total com antígeno colorido, sendo realizado na granja; soro aglutinação rápida em placa; soro aglutinação lenta em tubo ou placa; ELISA.
5. PCR.
Prevenção e controle
Manutenção dos planteis livres de Salmonella; monitoramento bacteriológico periódico de reprodutoras e aves de elite; monitoramento sorológico; vacinas: uso permitido apenas em aves de postura comercial e em regiões endêmicas ou em granjas contaminadas; limpeza e desinfecção dos galpões; eliminação dos reservatórios; após a coleta dos ovos, mantê-los em locais frescos ou refrigerados, efetuar a lavagem de ovos sujos; controle microbiológico das aves mortas, de cama e matéria prima, principalmente de origem animal.

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