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13/05/2013 1 AVALIAÇÃO NUTRICIONAL INTRODUÇÃO Nutricionista – responsável por orientações que levem a práticas alimentares adequadas. Ponto de partida para plano de intervenção nutricional – AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL. American Dietetic Association – é a abordagem para a definição do estado nutricional utilizando a histórias médica, alimentar e medicamentosa, o exame físico, as medidas antropométricas e os exames bioquímicos. O ESTADO NUTRICIONAL EXPRESSA O GRAU PELO QUAL AS NECESSIDADES DO INDIVÍDUO ESTÃO SENDO ATENDIDAS. O EQUILÍBRIO ENTRE A INGESTÃO E AS NECESSIDADES DE NUTRIENTES É INFLUENCIADO POR MUITOS FATORES COMO MOSTRA A FIGURA ABAIXO. AVALIAÇÃO NUTRICIONAL Envolve a interpretação de múltiplos indicadores para a definição de um diagnóstico nutricional, a coleta de informações para a elaboração do plano de intervenção e o monitoramento da adequação da intervenção nutricional. Nem sempre possível – condições ideais. Cabe ao profissional conhecer as limitações de cada parâmetro – minimizar os erros de interpretação. IMPORTANTE LEMBRAR Risco nutricional x déficit nutricional Risco nutricional: é qualquer situação em que há presença de fatores, condições ou diagnósticos que possam afetar o estado nutricional do indivíduo. Déficit nutricional: o estado nutricional já está alterado (para menos). Está relacionado ao aumento da ocorrência da morbimortalidade. Tb se relaciona com o aumento do tempo e número de internações, o que influencia de forma significativa a evolução clínica e interfere nos custos hospitalares da internação. PROGRESSÃO DA DEFICIÊNCIA NUTRICIONAL 13/05/2013 2 O PROCESSO DE AVALIAÇÃO NUTRICIONAL Atendimento a indivíduos, grupos ou populações obedece a uma sequencia de eventos. São eles: 4 – A partir das informações obtidas traçar um perfil nutricional 5 – Definir conduta nutricional 1 – Quem se pretende atender 2 – Qual a razão do atendimento 3 – Quais os problemas nutricionais possíveis de serem identificados AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICO INTERVENÇÃO AVALIAÇÃO NUTRICIONAL É o ponto de partida para o atendimento nutricional, independente da área que o nutricionista esteja inserido (unidade hospitalar, unidade básica de saúde, academia, consultório etc). Além de fornecer o direcionamento inicial – possibilita o acompanhamento e redirecionamento da intervenção, quando necessário. ASPECTOS BIOÉTICOS DO CUIDADO NUTRICIONAL Atualmente - modelo cartesiano de análise do conhecimento – fraciona o ser humano – desconsidera a inseparabilidade entre as partes. No atendimento nutricional – importante considerar a integralidade do ser humano. Importante decodificar as mensagens subliminares do paciente Paciente nervoso pode não relatar isso, mas podemos perceber este fato pelo seu comportamento ASPECTOS BIOÉTICOS DO CUIDADO NUTRICIONAL Hipócrates – estruturava o exercício do conhecimento em pilares éticos. Ética - Definição: é o estudo sistemático das dimensões morais, incluindo decisão, conduta e normas morais, das ciências da vida. 4 princípios: Beneficência Não Maleficência Justiça Autonomia BENEFICÊNCIA Ação de fazer o bem. Saúde: Não causar males ou prejudicar Aplicar tratamentos exigidos para aliviar o doente Melhorar seu bem estar e se possível fazê-lo recuperar a saúde É ao mesmo tempo um dever, uma virtude, um princípio, um valor, uma atitude interior – uma espécie de objetivo a ser atingido. NÃO MALEFICÊNCIA Não causar dano intencionalmente. Dever do profissional de saúde Proteger os indivíduos ou sociedade de todos os tipos e níveis de malefício, quer físicos, emocionais, morais, éticos ou sociais. Evitar causa-los ou impor riscos desnecessários. Algumas situações – a fim de fazer um bem maior, é necessário causar alguma forma de dano. O princípio da não maleficência nos diz do compromisso de tentar causar o mínimo de prejuízo possível. 13/05/2013 3 JUSTIÇA Vem do latim justitia – o que é conveniente, correto e digno. Princípio de justiça – requer reflexão sobre igualdade, equidade e universalidade. Saúde Retidão na alocação de recursos – distribuição equitativa dos direitos, benefícios, responsabilidades ou encargos. Tratar todas as pessoas de maneira igualitária, sem se importar com a cor, religião, nível social, etc. AUTONOMIA Compromisso de liberdade moral – pessoa é responsável pela deliberação e tomada de decisões segundo seu próprio plano de vida. Ex: TCLE (termo de consentimento livre e esclarecido). Esta escolha autônoma não pode e não deve impor ameaça a outras pessoas ou coletividades. BIOÉTICA NA AVALIAÇÃO NUTRICIONAL Contato direto com paciente – cordialidade e respeito, esclarecendo as procedimentos que serão realizados, a importância destes para sua saúde (beneficência) e aguardando a sua anuência (autonomia). Durante a avaliação, não expor o paciente a situações que podem lhe causar desconforto físico ou psíquico (não maleficência). Atender de maneira igualitária pessoas de diferentes classes sociais (justiça). Não dar mais atenção a uma pessoa mais instruída, por exemplo. MÉTODOS DE AVALIAÇÃO NUTRICIONAL Vão dos mais simples até os muito complexos. Mais simples = métodos que todos deverão saber, realizar e interpretar; Medianos = temos que saber interpretar, mesmo que não dominemos as técnicas de realização; Mais complexos = geralmente destinados à pesquisa ou para utilização em locais e por equipes muito especializadas. MÉTODOS MAIS SIMPLES Anamnese clínica Semiologia nutricional – exame físico (estuda sinais e sintomas de doenças) Avaliação do consumo alimentar Antropometria Composição Corporal Avaliação Global Subjetiva Cálculos de Índices Prognósticos MÉTODOS MEDIANOS Exames bioquímicos Avaliação do gasto energético Avaliação dos fatores de risco para tratamento e prevenção das doenças cardiovasculares Avaliação do estresse oxidativo como indicador do estado nutricional 13/05/2013 4 MÉTODOS MAIS COMPLEXOS Densitometria Hidrodensitometria (água) Plestimografia (ar) Medida de Absorção de Dupla Energia de Raios X (DEXA) Diluição de Isótopos Ultrasonografia Ressonância nuclear magnética (RNM) Tomografia computadorizada REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Rossi, L; Caruso, L; Galante, A.P. Avaliação Nutricional – Novas Perspectivas. São Paulo: Ed Roca, 2008. Tirapegui, J; Ribeiro, S.M.L. Avaliação Nutricional – Teoria e Prática. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009. Mahan, L.K; Escott-Stump, S. Krause - Alimentos, Nutrição e Dietoterapia. São Paulo: Ed Roca, 2005.
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