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Desarmonias Oclusais

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Disciplina: Oclusão
Data: 07/04/2015
Conteúdo: Desarmonias Oclusais 
 As desarmonias oclusais são fenômenos nos quais os contatos da superfícies oclusais dos dentes antagonistas não são harmônicos entre si, nem com os mecanismos de controle anatômico e fisiológico da mandíbula. Oclusões incompatíveis com suas respectivas relações maxilomandibulares. Muitas oclusões as vezes são afetadas sob desenvolvimento de maxila e de mandíbula, paciente com arcos muito reduzido, podendo ter diferentes formas de desarmonias. 
 As desarmonias oclusais se caracterizam apenas por contato prematuro, ou interferência oclusais e perda de dimensão vertical de oclusão. Os contatos prematuros são dados na relação cêntrica e as interferências oclusais nas excursões que a mandíbula faz para o lado ou para frente. A dimensão vertical de oclusão é uma altura do terço inferior da face, sendo extremamente importante. No caso de uma reabilitação, temos que analisar essa dimensão para estabelecer todos os contatos oclusais do paciente. 
 O fato de um paciente possuir uma faceta de desgaste, não significa que ele possua uma interferência oclusal, isso pode ocorrer devido a uma perda dentária posteriormente que levou a uma movimentação dentária que acabou levando a uma modificação na oclusão dos anteriores, ocasionando uma mordida de topo, fazendo o desgaste das bordas incisais. 
 A curva de Spee é o alinhamento de todas as cúspides vestibulares no sentido antero-posterior sendo tão importante quanto a curva de Wilson, que tem sentido latero-lateral, sendo uma curva de compensação. A junção dessas curvas se chama plano oclusal, não sendo reto horizontalmente. 
 Os dentes superiores anteriores cobrem os dentes inferiores superiores e quando nos fazemos o movimento protrusivo, a borda incisal do inferior desliza na concavidade palatina do superior para fazer a desoclusão de todos os dentes. O Overbite ou transpasse vertical é a altura em que o incisivo superior cobre o inferior. E o Overjet ou transpasse horizontal é a distância do dente inferior para o superior, Tanto o overbite quanto o overjet são medidos em máxima intercuspidação. Essa guia dada pelo anteriores é extremamente importante para determinação de algumas desarmonias. Normalmente temos um overbite de 2mm quando ele está menor significa que o paciente tem mordida topo a topo e quando é está menor temos uma sobremordida profunda. Quando uma overjet está menor temos uma mordida topo a topo e quando for maior temos uma mordida aberta. Quando o paciente que ao ocluir os dentes inferiores ultrapassam a borda incisal dos superiores, pois não houve desenvolvimento normal da maxila e da mandíbula, havendo uma mordida cruzada anterior, também chamado de classe 3. O classe 2 é quando não há toque dos incisivos, pois houve um desenvolvimento exagerado da maxila em relação a mandíbula. O trauma oclusal é quando um único incisivo desoclui todos os outros dentes sozinho, recebendo uma carga de força muito grande. 
 O dente é contido verticalmente pelo seu antagonista, caso esse antagonista não exista, o dente vai girando e por final vai acabar invadindo o plano oclusal. Ocorrendo uma extrusão, o contato proximal é alterado, mudando o contato com os dentes vizinhos com seus respectivos antagonista, levando a um contato prematuro. 
 Os objetivos da terapêutica oclusal é recuperar a forma anatômica por meio de restaurações ou substituição de estruturas ausentes, restabelecer a estabilidade estrutural para otimização da distribuição de forças, proporcionar harmonia funcional, principalmente, para mastigação, deglutição, fala e para as demais funções do sistema. Para isso temos que ter contatos distribuídos em todos os elementos bilateralmente de forma simultânea, a protusão e retrusão devem fazer desoclusão, procurar harmonia no sistema. 
 A oclusão natural tem máxima intercuspidação habitual, tem uma diferenciação e relação cêntrica, ou a junção de ambas. A posição de repouso é alcançada, oclusão mutuamente protegida, guia anterior funcional, guia de desoclusão lateral (canino, função em grupo total ou parcial), dimensão vertical de oclusão, dimensão vertical de repouso, espaço funcional livre e a estabilidade oclusal. A oclusão fisiológica é quando não temos todas as características ideais mas isso não causa prejuízo ao paciente. A oclusão patológica é quando a capacidade de adaptação do sistema mastigatório foi superada por alterações estruturais que limitam ou impedem o exercício funcional normal, ocorrendo o colapso do sistema. As características dessa oclusão patológica são colapso posterior da mordida, acentuação dos transpasses horizontal e vertical, diastemas posicionais ou apinhamento dos dentes anteriores, diminuição da DVO, aumento do espaço funcional livre, surgimento ou agravamento de ruídos articulares, contatos dentais mais fortes nos dentes anteriores que nos posteriores, fadiga muscular e instabilidade oclusal. A oclusão terapêutica é reconstruir, tratar, reabilitar a oclusão patológica através de condutas terapêuticas adequadas tendo seu desempenho fisiológico normal restituído. 
 A cúspide mésiovestibular do primeiro molar superior oclui no sulco mésiovestibular do seu antagonista, formando uma chave de oclusão. Esse parâmetro não é utilizado mais hoje em dia, sendo levado em conta o desenvolvimento esquelético. As más oclusões são divididas em 3 classes. A classe 1 ou neutroclusão, a cúspide mésiovestibular do primeiro molar superior oclui no sulco da cúspide mésiovestibular do inferior, entretanto ocorre um apinhamento dos dentes anteriores, sobresaliência (overbite), diastema, mordida aberta, mordida cruzada, sobremordida entre outros. No classe 2 ou distoclusão, a cúspide do primeiro molar oclui na frente do sulco, levando a uma sobresaliência aumentada, lábio superior curto, arco superior em formato triangular, borda incisal dos inferiores sempre amostra, os músculos peribucais são hipotônicos, perdem os dentes, a curva de spee é mais acentuado, respirador bucal, a mandíbula não teve desenvolvimento normal em relação a maxila, dando perfil convexo ao paciente. Essa foi a versão 1, na versão 2 ocorre uma lingoversão dos incisivos centrais e uma vestibuloversão dos laterais, tendo mais sobremordida profunda, curva de spee aumentada, arco em forma de u, aumenta a distancia entre os caninos, os músculos peribucais são hipertônicos, não é respirador bucal. O classe 3 é a mésiooclusão, tendo o primeiro molar inferior na frente do superior, tendo mordida cruzada anterior, o lado inferior tem hiperatividade, aumento de tonos na ara do mento, a língua fica mais baixa e mais esparramada sobre o assoalho, menor desenvolvimento da maxila.

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