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Anotações de Direito Previdenciario

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AULA I – 06/05/2016
Direito Previdenciário
Mapa mental – dia da prova abrangente 24/06/2016 – petição inicial do dia 17/06/2016 também entregar no dia da prova.
Réu – INSS
Em regra a competência para processamento e julgamento é da Justiça Federal.
Seminários início dia 03/06/2016 não é meu assunto
Dia 10/06/2016 não é meu assunto
Dia 17/06/2016 é nesse dia 
SEGURIDADE SOCIAL (Arts. 194 e ss da Constituição Federal)
- Primado do trabalho
- Dignidade da pessoa
Proteger a TODOS – Saúde (SUS)
Proteger só os necessitados – Assistência Social (Lei orgânica da assistência social)
Esses dois servem para proteger os trabalhadores – Previdência Social: única com natureza contributiva compulsória.
Há 10 benefícios:
Pensão por morte – para a família;
Auxílio reclusão – para a família;
Auxílio família – beneficiário é um membro
Auxílio acidente – só ao trabalhador
(...)
Todo mundo que trabalha será um contribuinte da Previdência Social, um verdadeiro tributo, pois o fato gerador é o trabalho remunerado, incidindo a contribuição social, querendo ou não a pessoa é contribuinte obrigatória.
Há contribuinte facultativo é aquele que trabalha mais não aufere renda – dona de casa.
Tipos de previdência:
RGPS – Regime Geral da previdência social (trabalhadores da iniciativa privada), quem ira arcar com isso é o INSS, municípios pequenos não tem regime próprio entram no INSS;
RPPS – Regime Próprio da previdência social (servidores públicos – estaduais, municipais, federais e militares), entidade própria;
Previdência Privada – criada para pessoas que percebem salários maiores que o teto contributivo da Previdência Social, aquela se subdivide em:
Aberto – aquele comercializado pelos bancos ou seguradoras independentemente da pessoa.
Fechado – refere-se a um grupo ou categorias de pessoas.
Previdência complementar do servidor público – atualmente está apenas em nível federal, não se objetiva lucro como é na previdência privada.
Finalidade da Seguridade Social
O Estado brasileiro, nos termos dos arts. 1º e 3º da CF/88, tem como objetivo fundamental, “construir uma sociedade livre, justa, baseada na solidariedade, erradicar a pobreza e a marginalização, reduzir desigualdades, promover os valores sociais do trabalho e a dignidade da pessoa humana”, com a finalidade de gerar o bem-estar e a justiça social.
Direitos fundamentais sociais
Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição. (EC 64/2010)
CONCEITO: Entende-se por seguridade social o conjunto de ações do Estado, no sentido de atender às necessidades básicas de seu povo nas áreas de Previdência Social, Assistência Social e Saúde.
 CF/88, artigo 194, caput 
Fontes do direito previdenciário
Constituição Federal;
Normas jurídicas infraconstituicionais;
(L.C., L.O., L.D., M.P., D.L., Resoluções do Senado Federal, os atos administrativos Normativos – IN, OS, Circular, Orientação Administrativa, Portaria e etc.)
Interpretar o direito previdenciário se atentando aos princípios da supremacia da Constituição e da hierarquia das leis;
REGRA BÁSICA:
Seguridade Social é:
Previdência+Saúde+Assistência Social = PRESAS
Seguridade Social - Se preocupa com TODOS os cidadãos.
É o meio para atingir-se a justiça, que é o fim da ordem social.
Previdência Social – cuida exclusivamente do trabalhador que contribui.
OBJETIVO DA SEGURIDADE SOCIAL, ART. 194/CF, parágrafo único:
Universalidade objetiva: Cobertura – necessidade básica das pessoas (maternidade, velhice, doença, etc.)
Universalidade Subjetiva: Atendimento – abrangência de todas as pessoas, indistintamente.
Outros:
Uniformidade e equivalência dos benefícios às populações rurais e urbanas – (Isonomia)
Seletividade e distributividade na prestação de serviços e benefícios. (mais carentes – critérios de contribuição diferentes) – Dignidade da Pessoa Humana;
Irredutibilidade (nominal) do valor dos benefícios: precisam manter o valor de compra;
Equidade na forma de participação: quem ganha mais, paga mais. A dos empregadores cai sobre o lucro e o faturamento. (tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais).
Diversidade da base de financiamento: todos pagam. Estados, municípios, a união... Etc.
Caráter democrático e descentralizado da administração (Gestão Quadripartite – Trabalhador, empregador, Governo e Aposentados). (Conselho Nacional de Previdência Social – CNPS) Art. 3. Lei 8213/91
REGRA DA CONTRAPARTIDA
Parágrafo 5º do artigo 195 da CF.: “nenhum benefício ou serviço da seguridade social poderá ser criado, majorado ou estendido sem a correspondente fonte de custeio total”.
Visa manter o equilíbrio financeiro e atuarial do sistema (orçamento).
SAÚDE:
 A saúde é direito de todos e dever do Estado, assim, independentemente de contribuição, qualquer pessoa tem o direito de obter atendimento na rede pública de saúde. 
 Art. 196 CF/88.
Saúde, art. 2º, Lei 8212/91
Art. 2º A Saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.
Parágrafo único. As atividades de saúde são de relevância pública e sua organização obedecerá aos seguintes princípios e diretrizes: 
a) acesso universal e igualitário;
b) provimento das ações e serviços através de rede regionalizada e hierarquizada, integrados em sistema único;
c) descentralização, com direção única em cada esfera de governo;
d) atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas;
e) participação da comunidade na gestão, fiscalização e acompanhamento das ações e serviços de saúde;
f) participação da iniciativa privada na assistência à saúde, obedecidos os preceitos constitucionais.
Organização e funcionamento da saúde:
 As ações na área da saúde são de responsabilidade direta do Ministério da Saúde, por meio do Sistema Único de Saúde – SUS;
 A organização e funcionamento da saúde são objeto de regulamentação na LEI 8080/90;
Diretrizes da saúde:
Descentralização, com direção única em cada esfera de governo, atendimento integral, com prioridade para medidas preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais; e participação da comunidade.
Art.198 CF/88; Art. 31 L. 8080/90; Art. 2º L. 8212/91
Financiamento do SUS: 
 O Sistema Único de Saúde é financiado com recursos do orçamento da seguridade social (vem dos trabalhadores), da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, além de outras fontes. Parágrafo 1º do artigo 198 da CF/88
Assistência à saúde pela iniciativa privada: A saúde não é exclusividade do Poder Público, podendo as instituições privadas participar de forma complementar do Sistema Único de Saúde, segundo diretrizes deste, mediante contrato de direito público ou convênio, tendo preferência as entidades filantrópicas e sem fins lucrativos.
ANS – Agência Nacional de Saúde
Autarquia especial, vinculada ao Ministério da Saúde, criada pela Lei 9.961/2000
A ANS deve “promover a defesa do interesse público na assistência suplementar à saúde, regulando as operadoras setoriais, inclusive quanto às suas relações com prestadores e consumidores, contribuindo para o desenvolvimento das ações de saúde no país” (art. 3º)
REGULAMENTAÇÃO DOS PLANOS DE SAÚDE PRIVADOS:
 A Lei 9656/98 disciplina os planos privados de assistência à saúde, com alterações subsequentes, em especial da MP 2177-44/2001 (vide ADI 1931), Lei 10.223/01 e Lei 12.880 de 13 de novembro de 2013. 
 É vedada a destinação de recursos públicos para auxílios ou subvenções às instituições privadas com objetivo de lucro, art. 199 CF/88.
PREVIDÊNCIA SOCIAL, Legislação específica:
LEI 8212/91 - plano de custeio 
LEI 8213/91 - plano de benefícios
DECRETO 3048/99 - Regulamento da previdência social.
DECRETO 5870/06 - Estruturaregimental do INSS
Previdência Social, art. 3, Lei 8212/91
Art. 3º A Previdência Social tem por fim assegurar aos seus beneficiários meios indispensáveis de manutenção, por motivo de incapacidade, idade avançada, tempo de serviço, desemprego involuntário, encargos de família e reclusão ou morte daqueles de quem dependiam economicamente.
Parágrafo único. A organização da Previdência Social obedecerá aos seguintes princípios e diretrizes: 
a) universalidade de participação nos planos previdenciários, mediante contribuição;
b) valor da renda mensal dos benefícios, substitutos do salário-de-contribuição ou do rendimento do trabalho do segurado, não inferior ao do salário mínimo;
c) cálculo dos benefícios considerando-se os salários-de-contribuição, corrigidos monetariamente;
d) preservação do valor real dos benefícios;
e) previdência complementar facultativa, custeada por contribuição adicional.
SURGIMENTO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL:
Após a revolução industrial - vinculada ao fenômeno da industrialização.
Mutualismo- solidariedade entre grupo de pessoas, na defesa de interesses comuns. Proteção recíproca.
Cooperativismo - 1844 – Inglaterra.
Assistencialismo - Caridade. Benemerência, altruísmo. (Lei dos Pobres/Poor Law Act – 1601 – Inglaterra. Obrigava a igreja a socorrer desafortunados de sua jurisdição).
Períodos Históricos:
Formação: (1883/1918)
 Lei do Seguro – Doença / Bismark (1883 –Alemanha). Origem da previdência social, instituiu o auxílio-doença obrigatório em favor dos operários (custeio pelos patrões e empregados).
 Lei do seguro contra acidentes do trabalho (1884)
 Lei do seguro contra invalidez e velhice (1889)
 Universalização: (1919/1941)
 Expansão geográfica da previdência social;
 Característica principal à disseminação do seguro social pelo mundo
 Lei da seguridade social (1935 – EUA) – Primeira vez que se utilizou a expressão SEGURIDADE SOCIAL.
Seguridade Social: (1941/...)
 Carta do Atlântico (1941) à visa cada cidadão titular do direito subjetivo ao bem-estar social
ORIGEM e EVOLUÇÃO no BRASIL:
Mutualismo e Assistencialismo – Organizações Operárias e Santas Casas.
1891 – Constituição Art. 75 à Aposentadoria concedida aos funcionários públicos, sem qualquer contribuição, em caso de invalidez no serviço da nação.
Implantação: 1923
 Lei Eloy Chaves 1923 – implantação da previdência social no Brasil. Caixa de Assistências em empresas ferroviárias.
 Decreto de 1931 – sistema amplo de seguros sociais. Invalidez, velhice e morte, auxílio-funeral, assistência médico-hospitalar e a aposentadoria ordinária (tempo de serviço e idade);
 Expansão: 1933
 Criação do IAPM – Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Marítimos.
 Dentre outros ( Comerciários, industriários...etc)
ORIGEM e EVOLUÇÃO no BRASIL:
1888
O Decreto n° 9.912-A, de 26 de março de 1888, regulou o direito à aposentadoria dos empregados dos Correios. Fixava em 30 anos de efetivo serviço e idade mínima de 60 anos os requisitos para a aposentadoria.
A Lei n° 3.397, de 24 de novembro de 1888, criou a Caixa de Socorros em cada uma das Estradas de Ferro do Império.
1889
O Decreto n° 10.269, de 20 de julho de 1889, criou o Fundo de Pensões do Pessoal das Oficinas de Imprensa Nacional.
1890
O Decreto n° 221, de 26 de fevereiro de 1890, instituiu a aposentadoria para os empregados da Estrada de Ferro Central do Brasil, benefício depois ampliado a todos os ferroviários do Estado (Decreto n° 565, de 12 de julho de 1890).
O Decreto n° 942-A, de 31 de outubro de 1890, criou o Montepio Obrigatório dos Empregados do Ministério da Fazenda.
1892
A Lei n° 217, de 29 de novembro de 1892, instituiu a aposentadoria por invalidez e a pensão por morte dos operários do Arsenal da Marinha do Rio de Janeiro.
1894
O projeto de lei apresentado pelo Deputado Medeiros e Albuquerque, visava instituir um seguro de acidente do trabalho. No mesmo sentido foram os projetos dos Deputados Gracho Cardoso e Latino Arantes (1908), Adolfo Gordo (1915) e Prudente de Moraes Filho.
1911
O Decreto n° 9.284, de 30 de dezembro de 1911, criou a Caixa de Pensões dos Operários da Casa da Moeda.
1912
O Decreto n° 9.517, de 17 de abril de 1912, criou uma Caixa de Pensões e Empréstimos para o pessoal das Capatazias da Alfândega do Rio de Janeiro.
1919
A Lei n° 3.724, de 15 de janeiro de 1919, tornou compulsório o seguro contra acidentes do trabalho em certas atividades.
1923
O Decreto n° 4.682, de 24 de janeiro de 1923, na verdade a conhecida Lei Elói Chaves (o autor do projeto respectivo), determinou a criação de uma Caixa de Aposentadoria e Pensões para os empregados de cada empresa ferroviária. É considerada o ponto de partida, no Brasil, da Previdência Social propriamente dita.
O Decreto n° 16.037, de 30 de abril de 1923, criou o Conselho Nacional do Trabalho com atribuições inclusive, de decidir sobre questões relativas a Previdência Social. 
1926
A Lei n° 5.109, de 20 de dezembro de 1926, estendeu o Regime da Lei Elói Chaves aos portuários e marítimos.
1928 -A Lei n° 5.485, de 30 de junho de 1928, estendeu o regime da Lei Elói Chaves aos trabalhadores dos serviços telegráficos e radiotelegráficos.
1930 - O Decreto n° 19.433, de 26 de novembro de 1930, criou o Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio, tendo como uma das atribuições orientar e supervisionar a Previdência Social, inclusive como órgão de recursos das decisões das Caixas de Aposentadorias e Pensões.
O Decreto n° 19.497, de 17 de dezembro de 1930, determinou a criação de Caixas de Aposentadorias e Pensões para os empregados nos serviços de força, luz e bondes.
1931 - O Decreto n° 20.465, de 1° de outubro de 1931, estendeu o Regime da Lei Elói Chaves aos empregados dos demais serviços públicos concedidos ou explorados pelo Poder Público, além de consolidar a legislação referente às Caixas de Aposentadorias e Pensões.
1932 - Os trabalhadores nas empresas de mineração foram incluídos no Regime da Lei Elói Chaves.
1933 - O Decreto n° 22.872, de 29 de junho de 1933, criou o Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Marítimos, considerado "a primeira instituição brasileira de previdência social de âmbito nacional, com base na atividade genérica da empresa". 
MOMENTOS HISTÓRICOS DA PREVIDÊNCIA SOCIAL NO BRASIL
 Unificação: 1960/1977
 LOPS – Lei orgânica da Previdência Social – amplia o rol de benefícios (auxílio-reclusão, funeral, natalidade) e segurados ( empregadores, profissionais liberais, etc.
1963 – criação do Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural (FUNRURAL).
INPS 1966 – Instituto Nacional de Previdência Social - fusão dos insitutos de aposentadorias e pensões.
 Reestruturação: 1977/1978
 Extinção do Funrural (INPS)
 IAPAS – Adm financeira da prev. Social
 INAMPS – Inst. Nac. de assist. Médica da PS.
 Reestrutura adm. do INPS
Já em 1990, foi criado o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), órgão resultante da fusão entre o INPS e o IAPA
PREVIDÊNCIA SOCIAL:
 A previdência social é seguro, de filiação compulsória para os regimes básicos (Regime Geral de Previdência Social – RGPS e Regime Próprio de Previdência de Servidores Públicos -RPPSP), além de coletivo, contributivo e de organização estatal, amparando beneficiários contra os chamados riscos sociais. 
 O ingresso no RGPS, poderá ser voluntário para aqueles que não exercem atividade remunerada, são os chamados contribuintes facultativos;
 Previdência Social se divide em: regime geral, regimes próprios (servidores públicos) e regimes privados (previdência complementar aberta e fechada).
REGIME DE PREVIDENCIA SOCIAL COMPLEMENTAR: 
 Tem como característica a autonomia frente aos regimes básicos e a facultatividade de ingresso, sendo igualmente, contributivo, coletivo ou individual, pode ser público, art. 40, parágrafos 14-16 CF, ou privados, art. 202, CF. 
Legislação dos regimes próprios:
REGIMES PRÓPRIOS DE PREVIDÊNCIA DOS SERVIDORES PÚBLICOS, fundamento: art. 40 CF.88, L. 9717/98, alterada pela MP 2.187-13/01e Lei 10.887/04; 
Lei 12618/12 – criou os fundos de pensão dos servidores públicos Federais.
REGIME PREVIDENCIÁRIO DOS MILITARES, fundamento: Art. 142, X da CF, Lei 6880/80, com alterações da Lei10.416/02 e MP2.215-10/01 (a pensão militar para os dependentes está regida na Lei 3.765/60)
PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR PRIVADA:
Lei Complementar nº 108/01 (entidades fechadas)
Lei Complementar nº 109/01 (entidades abertas).
PLANO DE PREVIDENCIA PRIVADA ABERTO:
que são constituídas sob forma de sociedades anônimas e tem por objetivo instituir e operar planos de benefícios de caráter previdenciário, acessíveis a quaisquer pessoais físicas, podem ser sociedades seguradoras do ramo vida, desde que autorizadas a operar planos de benefícios complementares. Ex. planos de previdência oferecidos pelos bancos em geral... 
PGBL/ VGBL:
PGBL significa Plano Gerador de Benefício Livre;
VGBL quer dizer Vida Gerador de Benefício Livre. 
 São planos previdenciários que permitem o acúmulo de recursos por um prazo contratado. Durante esse período, o dinheiro depositado vai sendo investido e rentabilizado pela seguradora escolhida pelo contratante. 
Tanto no PGBL como no VGBL, o contratante passa por duas fases: o período de investimento e o período de benefício. A maneira de recebimento dos recursos é escolhida pelo contratante. É possível resgatar o patrimônio acumulado e/ou contratar um tipo de benefício (renda) para passar a receber, mensalmente, da empresa seguradora.
Diferença entre PGBL e VGBL 
A principal distinção entre eles está na tributação. No PGBL, o contratante pode deduzir o valor das contribuições da sua base de cálculo do Imposto de Renda, com limite de 12% da sua renda bruta anual. No VGBL, a tributação acontece apenas sobre o ganho de capital. 
PLANO DE PREVIDENCIA PRIVADA FECHADO:
São aqueles planos de previdência acessíveis somente aos empregados de uma empresa ou grupo de empresas, ou, ainda, aos associados ou membros de pessoas jurídicas de caráter profissional, classista ou setorial. Ex. OABPREV, PETROS, BRASILPREV
Quando o plano de previdência é instituído por uma empresa a mesma é denominada PATROCINADORA, enquanto que se o plano for instituído por pessoas jurídicas de caráter profissional, a denominação é INSTITUIDORA.
NATUREZA JURÍDICA DA PREVIDÊNCIA SOCIAL:
INSTITUCIONAL ou ESTATUTÁRIA, pois a filiação é compulsória;
O Estado utiliza-se do seu Poder de Império e cria a figura de vinculação automática ao sistema previdenciário, independentemente da vontade do beneficiário.
FINANCIAMENTO:
Direto: Contribuições sociais;
Indireto: receita orçamentária da União, Estado e Municípios (através de Tributos).
Regra da contrapartida: Nenhum benefício poderá ser criado/majorado sem que exista uma lei correspondente e fonte de custeio total.
GESTÃO DO RGPS:
A responsabilidade de manter o RGPS é da União, 
A entidade gestora do RGPS é o INSS, Instituto Nacional do Seguro Social, autarquia federal vinculada ao Ministério da Previdência Social.
CARACTERÍSTICAS:
Contributividade: deve financiar-se a partir de contribuições de seus participantes, evitando-se uma dependência indevida de recursos estatais, que poderia comprometer o sistema protetivo.
Compulsoriedade: qualquer pessoa, nacional ou não, que exerça atividade remunerada em território brasileiro filia-se, automaticamente, ao RGPS;
BENEFÍCIOS DA PREVIDÊNCIA SOCIAL:
 O seguro social atua, basicamente, por meio de prestações previdenciárias, as quais podem ser benefícios, de natureza pecuniária, ou serviços (reabilitação profissional e serviço social).
Os benefícios podem ser de natureza programada ou não-programada;
BENEFÍCIOS:
DICA DE MEMORIZAÇÃO: 
 4 + 3+ 2+ 1=10
São dez benefícios, sendo:
4 aposentadorias (invalidez, idade e tempo de contribuição e especial),
LEI COMPLEMENTAR Nº 142, DE 8 DE MAIO DE 2013 (Regulamenta o § 1o do art. 201 da Constituição Federal, no tocante à aposentadoria da pessoa com deficiência segurada do Regime Geral de Previdência Social)
3 auxílios (acidente, doença e reclusão), 
2 salários (maternidade e família) e 
1 pensão (por morte); 
AULA II – 13/05/2016
ASSISTÊNCIA SOCIAL:
A assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente de contribuição, art. 203 da CF/88;
A assistência social é regida pela 8742/93 que assim a define: 
A assistência social, direito do cidadão e dever do Estado, é Política de Seguridade Social não contributiva, que provê os mínimos sociais, realizada através de um conjunto integrado de ações de iniciativa pública e da sociedade, para garantir o atendimento às necessidades básicas.
FINANCIAMENTO DA ASSISTÊNCIA SOCIAL:
Preferencialmente com recursos da seguridade social e organizadas com base na descentralização político-administrativa, cabendo a coordenação e as normas gerais à esfera federal e a coordenação e execução dos respectivos programas às esferas estadual e municipal, bem como a entidades beneficentes e de assistência social, art. 204 CF/88
BENEFÍCIOS E SERVIÇOS OFERECIDOS PELA ASSISTÊNCIA SOCIAL:
BENEFÍCIO DE PRESTAÇÃO CONTINUADA, no valor de um salário mínimo ao necessitado, que, para efeitos legais, é o idoso (maior de 65 anos) ou deficiente, incapazes de prover sua manutenção, cuja renda familiar per capita seja inferior a ¼ do salário mínimo, art. 20, parágrafo 3 da LOAS.
OUTROS PROGRAMAS OFICIAIS DE TRANSFERÊNCIA DE RENDA, ex.BOLSA FAMÍLIA.
AULA III – 20/05/2016
Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais:
I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre: 
a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício; 
b) a receita ou o faturamento; 
c) o lucro;
II - do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não incidindo contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de previdência social de que trata o art. 201; 
III - sobre a receita de concursos de prognósticos.
IV - do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar. 
§ 1º As receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios destinadas à seguridade social constarão dos respectivos orçamentos, não integrando o orçamento da União.
§ 2º A proposta de orçamento da seguridade social será elaborada de forma integrada pelos órgãos responsáveis pela saúde, previdência social e assistência social, tendo em vista as metas e prioridades estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias,      assegurada a cada área a gestão de seus recursos.
§ 3º A pessoa jurídica em débito com o sistema da seguridade social, como estabelecido em lei, não poderá contratar com o Poder Público nem dele receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios.  
§ 4º A lei poderá instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenção ou expansão da seguridade social, obedecido o disposto no art. 154, I.
§ 5º Nenhum benefício ou serviço da seguridade social poderá ser criado, majorado ou estendido sem a correspondente fonte de custeio total.
§ 6º As contribuições sociais de que trata este artigo só poderão ser exigidas após decorridos noventa dias da data da publicação da lei que as houver instituído ou modificado, não se lhes aplicando o disposto no art. 150, III, "b".
 § 7º São isentas de contribuição para a seguridade social as entidades beneficentes de assistência social que atendam às exigências estabelecidas em lei.
§ 8º O produtor, o parceiro, o meeiro e o arrendatário rurais e o pescador artesanal, bem como os respectivos cônjuges, que exerçam suas atividades em regime de economia familiar, sem empregados permanentes, contribuirão para a seguridade social mediante a aplicação de uma alíquota sobre o resultado da comercializaçãoda produção e farão jus aos benefícios nos termos da lei. 
§ 9º As contribuições sociais previstas no inciso I do caput deste artigo poderão ter alíquotas ou bases de cálculo diferenciadas, em razão da atividade econômica, da utilização intensiva de mão-deobra, do porte da empresa ou da condição estrutural do mercado de trabalho. 
§ 10. A lei definirá os critérios de transferência de recursos para o sistema único de saúde e ações de assistência social da União para os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, e dos Estados para os Municípios, observada a respectiva contrapartida de recursos. 
§ 11. É vedada a concessão de remissão ou anistia das contribuições sociais de que tratam os incisos I, a, e II deste artigo, para débitos em montante superior ao fixado em lei complementar.
§ 12. A lei definirá os setores de atividade econômica para os quais as contribuições incidentes na forma dos incisos I, b; e IV do caput, serão não-cumulativas.  
§ 13. Aplica-se o disposto no § 12 inclusive na hipótese de substituição gradual, total ou parcial, da contribuição incidente na forma do inciso I, a, pela incidente sobre a receita ou o faturamento.
Financiamento da seguridade social (art. 195 da CF e art. 10 e ss da lei 8.212/91) (saúde, assistência e previdência)
 - Direto = contribuições art. 195 da CF empregador (PF/PJ), equiparados
 Trabalhador (PF) qualquer tipo
 outras fontes
- Indireto = leis orçamentárias União
 Estados
 Municípios
Categorias de trabalhadores contribuintes = obrigatórios:
Doméstico;
Rural/especial
Empregado (formal com anotação da CTPS);
Individuais (ex: MEI, autônomos, empresários);
Avulsos (através de O.G.M.O, ex: chapas/estivados).
Empregador – paga +20% sobre cada empregado que tiver, chamada de cota patronal. Há empresas que são integrantes do Simples Nacional são isentas de recolher esta cota patronal, na realidade paga tudo junto.
Empregados – tem descontado na folha de salário 8% (até R$1.500,00), 9% (R$1.550,00 até R$2.000,00) ou 11% (acima de 2.000,00)
Trabalhadores individuais – 20% ou 11%, para os MEI não tendo direito a aposentadoria por T.C.
Trabalhador doméstico – independe do salário percebido contribuirá com 8%.
Rural/especial – não recolhe
Avulsos – do mesmo modo que o empregado, contribui com 8%, 9% ou 11%.
Contribuição 
Teto = R$5.189,82;
Piso = 880,00
Ex: se uma pessoa ganha R$10mil por mês ele recolherá 20% sobre o teto da contribuição e não sobre o salário mesmo.
Crime de apropriação indébita de contribuição previdenciária = quando o empregador recolhe do empregado o percentual da previdenciária, mas não repassa ao INSS.
Contribuinte facultativo (que não auferem renda) = dona de casa e estudante que podem recolher 5%.
Menoridade para fins previdenciários = 21 anos, porém se um filho completar 21 anos e estiver estudando não se prorroga, ela cessa.
LEI 8.212/91
Art. 12. São segurados obrigatórios da Previdência Social as seguintes pessoas físicas:
I - como empregado:
a) aquele que presta serviço de natureza urbana ou rural à empresa, em caráter não eventual, sob sua subordinação e mediante remuneração, inclusive como diretor empregado;
b) aquele que, contratado por empresa de trabalho temporário, definida em legislação específica, presta serviço para atender a necessidade transitória de substituição de pessoal regular e permanente ou a acréscimo extraordinário de serviços de outras empresas;
c) o brasileiro ou estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar como empregado em sucursal ou agência de empresa nacional no exterior;
d) aquele que presta serviço no Brasil a missão diplomática ou a repartição consular de carreira estrangeira e a órgãos a ela subordinados, ou a membros dessas missões e repartições, excluídos o não-brasileiro sem residência permanente no Brasil e o brasileiro amparado pela legislação previdenciária do país da respectiva missão diplomática ou repartição consular;
e) o brasileiro civil que trabalha para a União, no exterior, em organismos oficiais brasileiros ou internacionais dos quais o Brasil seja membro efetivo, ainda que lá domiciliado e contratado, salvo se segurado na forma da legislação vigente do país do domicílio;
f) o brasileiro ou estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar como empregado em empresa domiciliada no exterior, cuja maioria do capital votante pertença a empresa brasileira de capital nacional;
g) o servidor público ocupante de cargo em comissão, sem vínculo efetivo com a União, Autarquias, inclusive em regime especial, e Fundações Públicas Federais; 
i) o empregado de organismo oficial internacional ou estrangeiro em funcionamento no Brasil, salvo quando coberto por regime próprio de previdência social
j) o exercente de mandato eletivo federal, estadual ou municipal, desde que não vinculado a regime próprio de previdência social
II - como empregado doméstico: aquele que presta serviço de natureza contínua a pessoa ou família, no âmbito residencial desta, em atividades sem fins lucrativos;
V - como contribuinte individual:         
a) a pessoa física, proprietária ou não, que explora atividade agropecuária, a qualquer título, em caráter permanente ou temporário, em área superior a 4 (quatro) módulos fiscais; ou, quando em área igual ou inferior a 4 (quatro) módulos fiscais ou atividade pesqueira, com auxílio de empregados ou por intermédio de prepostos; ou ainda nas hipóteses dos §§ 10 e 11 deste artigo
b) a pessoa física, proprietária ou não, que explora atividade de extração mineral - garimpo, em caráter permanente ou temporário, diretamente ou por intermédio de prepostos, com ou sem o auxílio de empregados, utilizados a qualquer título, ainda que de forma não contínua;          
 c) o ministro de confissão religiosa e o membro de instituto de vida consagrada, de congregação ou de ordem religiosa
d) revogada
e) o brasileiro civil que trabalha no exterior para organismo oficial internacional do qual o Brasil é membro efetivo, ainda que lá domiciliado e contratado, salvo quando coberto por regime próprio de previdência social; 
 f) o titular de firma individual urbana ou rural, o diretor não empregado e o membro de conselho de administração de sociedade anônima, o sócio solidário, o sócio de indústria, o sócio gerente e o sócio cotista que recebam remuneração decorrente de seu trabalho em empresa urbana ou rural, e o associado eleito para cargo de direção em cooperativa, associação ou entidade de qualquer natureza ou finalidade, bem como o síndico ou administrador eleito para exercer atividade de direção condominial, desde que recebam remuneração;        
 g) quem presta serviço de natureza urbana ou rural, em caráter eventual, a uma ou mais empresas, sem relação de emprego
h) a pessoa física que exerce, por conta própria, atividade econômica de natureza urbana, com fins lucrativos ou não
VI - como trabalhador avulso: quem presta, a diversas empresas, sem vínculo empregatício, serviços de natureza urbana ou rural definidos no regulamento;
VII – como segurado especial: a pessoa física residente no imóvel rural ou em aglomerado urbano ou rural próximo a ele que, individualmente ou em regime de economia familiar, ainda que com o auxílio eventual de terceiros a título de mútua colaboração, na condição de:  
 a) produtor, seja proprietário, usufrutuário, possuidor, assentado, parceiro ou meeiro outorgados, comodatário ou arrendatário rurais, que explore atividade: 
 1. agropecuária em área de até 4 (quatro) módulos fiscais; ou
2. de seringueiro ou extrativista vegetal que exerça suas atividades nos termos do inciso XII do caput do art. 2o da Lei no 9.985, de 18 de julho de 2000, e faça dessas atividades o principal meio de vida; 
b) pescador artesanalou a este assemelhado, que faça da pesca profissão habitual ou principal meio de vida; e 
c) cônjuge ou companheiro, bem como filho maior de 16 (dezesseis) anos de idade ou a este equiparado, do segurado de que tratam as alíneas ae b deste inciso, que, comprovadamente, trabalhem com o grupo familiar respectivo
§ 1o  Entende-se como regime de economia familiar a atividade em que o trabalho dos membros da família é indispensável à própria subsistência e ao desenvolvimento socioeconômico do núcleo familiar e é exercido em condições de mútua dependência e colaboração, sem a utilização de empregados permanentes
§ 2º Todo aquele que exercer, concomitantemente, mais de uma atividade remunerada sujeita ao 
§ 3o  (Revogado;
§ 4º O aposentado pelo Regime Geral de Previdência Social-RGPS que estiver exercendo ou que voltar a exercer atividade abrangida por este Regime é segurado obrigatório em relação a essa atividade, ficando sujeito às contribuições de que trata esta Lei, para fins de custeio da Seguridade Social.   
§ 5º O dirigente sindical mantém, durante o exercício do mandato eletivo, o mesmo enquadramento no Regime Geral de Previdência Social-RGPS de antes da investidura. 
§ 6o Aplica-se o disposto na alínea g do inciso I do caput ao ocupante de cargo de Ministro de Estado, de Secretário Estadual, Distrital ou Municipal, sem vínculo efetivo com a União, Estados, Distrito Federal e Municípios, suas autarquias, ainda que em regime especial, e fundações.          
§ 7o  Para serem considerados segurados especiais, o cônjuge ou companheiro e os filhos maiores de 16 (dezesseis) anos ou os a estes equiparados deverão ter participação ativa nas atividades rurais do grupo familiar. 
§ 8o  O grupo familiar poderá utilizar-se de empregados contratados por prazo determinado ou trabalhador de que trata a alínea g do inciso V docaput deste artigo, à razão de no máximo 120 (cento e vinte) pessoas por dia no ano civil, em períodos corridos ou intercalados ou, ainda, por tempo equivalente em horas de trabalho, não sendo computado nesse prazo o período de afastamento em decorrência da percepção de auxílio-doença.      
§ 9o  Não descaracteriza a condição de segurado especial
I – a outorga, por meio de contrato escrito de parceria, meação ou comodato, de até 50% (cinqüenta por cento) de imóvel rural cuja área total não seja superior a 4 (quatro) módulos fiscais, desde que outorgante e outorgado continuem a exercer a respectiva atividade, individualmente ou em regime de economia familiar;     
II – a exploração da atividade turística da propriedade rural, inclusive com hospedagem, por não mais de 120 (cento e vinte) dias ao ano;        
III – a participação em plano de previdência complementar instituído por entidade classista a que seja associado, em razão da condição de trabalhador rural ou de produtor rural em regime de economia familiar;     
IV – ser beneficiário ou fazer parte de grupo familiar que tem algum componente que seja beneficiário de programa assistencial oficial de governo
V – a utilização pelo próprio grupo familiar, na exploração da atividade, de processo de beneficiamento ou industrialização artesanal, na forma do § 11 do art. 25 desta Lei; e
VI - a associação em cooperativa agropecuária ou de crédito rural; e  
VII - a incidência do Imposto Sobre Produtos Industrializados - IPI sobre o produto das atividades desenvolvidas nos termos do § 14 deste artigo
§ 10.  Não é segurado especial o membro de grupo familiar que possuir outra fonte de rendimento, exceto se decorrente de;
I – benefício de pensão por morte, auxílio-acidente ou auxílio-reclusão, cujo valor não supere o do menor benefício de prestação continuada da Previdência Social
II – benefício previdenciário pela participação em plano de previdência complementar instituído nos termos do inciso IV do § 9o deste artigo; 
III - exercício de atividade remunerada em período não superior a 120 (cento e vinte) dias, corridos ou intercalados, no ano civil, observado o disposto no § 13 deste artigo;
IV – exercício de mandato eletivo de dirigente sindical de organização da categoria de trabalhadores rurais;
V – exercício de mandato de vereador do município onde desenvolve a atividade rural, ou de dirigente de cooperativa rural constituída exclusivamente por segurados especiais, observado o disposto no § 13 deste artigo; 
VI – parceria ou meação outorgada na forma e condições estabelecidas no inciso I do § 9o deste artigo;
VII – atividade artesanal desenvolvida com matéria-prima produzida pelo respectivo grupo familiar, podendo ser utilizada matéria-prima de outra origem, desde que a renda mensal obtida na atividade não exceda ao menor benefício de prestação continuada da Previdência Social; e
VIII – atividade artística, desde que em valor mensal inferior ao menor benefício de prestação continuada da Previdência Social.
§ 11.  O segurado especial fica excluído dessa categoria: 
I – a contar do primeiro dia do mês em que: 
a) deixar de satisfazer as condições estabelecidas no inciso VII do caput deste artigo, sem prejuízo do disposto no art. 15 da Lei no 8.213, de 24 de julho de 1991, ou exceder qualquer dos limites estabelecidos no inciso I do § 9o deste artigo; 
b) enquadrar-se em qualquer outra categoria de segurado obrigatório do Regime Geral de Previdência Social, ressalvado o disposto nos incisos III, V, VII e VIII do § 10 e no § 14 deste artigo, sem prejuízo do disposto no art.
c) tornar-se segurado obrigatório de outro regime previdenciário; e
d) participar de sociedade empresária, de sociedade simples, como empresário individual ou como titular de empresa individual de responsabilidade limitada em desacordo com as limitações impostas pelo § 14 deste artigo; 
II – a contar do primeiro dia do mês subseqüente ao da ocorrência, quando o grupo familiar a que pertence exceder o limite de: 
a) utilização de trabalhadores nos termos do § 8o deste artigo;
b) dias em atividade remunerada estabelecidos no inciso III do § 10 deste artigo; e
c) dias de hospedagem a que se refere o inciso II do § 9o deste artigo.
§ 12.  Aplica-se o disposto na alínea a do inciso V do caput deste artigo ao cônjuge ou companheiro do produtor que participe da atividade rural por este explorada.
CONTRIBUIÇÃO DA EMPRESA
Art. 22. A contribuição a cargo da empresa, destinada à Seguridade Social, além do disposto no art. 23, é de:
I - vinte por cento sobre o total das remunerações pagas, devidas ou creditadas a qualquer título, durante o mês, aos segurados empregados e trabalhadores avulsos que lhe prestem serviços, destinadas a retribuir o trabalho, qualquer que seja a sua forma, inclusive as gorjetas, os ganhos habituais sob a forma de utilidades e os adiantamentos decorrentes de reajuste salarial, quer pelos serviços efetivamente prestados, quer pelo tempo à disposição do empregador ou tomador de serviços, nos termos da lei ou do contrato ou, ainda, de convenção ou acordo coletivo de trabalho ou sentença normativa.
II - para o financiamento do benefício previsto nos arts. 57 e 58 da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, e daqueles concedidos em razão do grau de incidência de incapacidade laborativa decorrente dos riscos ambientais do trabalho, sobre o total das remunerações pagas ou creditadas, no decorrer do mês, aos segurados empregados e trabalhadores avulsos:         
 a) 1% (um por cento) para as empresas em cuja atividade preponderante o risco de acidentes do trabalho seja considerado leve;
b) 2% (dois por cento) para as empresas em cuja atividade preponderante esse risco seja considerado médio;
c) 3% (três por cento) para as empresas em cuja atividade preponderante esse risco seja considerado grave.
III - vinte por cento sobre o total das remunerações pagas ou creditadas a qualquer título, no decorrer do mês, aos segurados contribuintes individuais que lhe prestem serviços;
§ 1o No caso de bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e investimento,sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras, distribuidoras de títulos e valores mobiliários, empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de crédito, empresas de seguros privados e de capitalização, agentes autônomos de seguros privados e de crédito e entidades de previdência privada abertas e fechadas, além das contribuições referidas neste artigo e no art. 23, é devida a contribuição adicional de dois vírgula cinco por cento sobre a base de cálculo definida nos incisos I e III deste artigo.
§ 2º Não integram a remuneração as parcelas de que trata o § 9º do art. 28.
§ 3º O Ministério do Trabalho e da Previdência Social poderá alterar, com base nas estatísticas de acidentes do trabalho, apuradas em inspeção, o enquadramento de empresas para efeito da contribuição a que se refere o inciso II deste artigo, a fim de estimular investimentos em prevenção de acidentes.
§ 4º O Poder Executivo estabelecerá, na forma da lei, ouvido o Conselho Nacional da Seguridade Social, mecanismos de estímulo às empresas que se utilizem de empregados portadores de deficiências física, sensorial e/ou mental com desvio do padrão médio.
§ 6º A contribuição empresarial da associação desportiva que mantém equipe de futebol profissional destinada à Seguridade Social, em substituição à prevista nos incisos I e II deste artigo, corresponde a cinco por cento da receita bruta, decorrente dos espetáculos desportivos de que participem em todo território nacional em qualquer modalidade desportiva, inclusive jogos internacionais, e de qualquer forma de patrocínio, licenciamento de uso de marcas e símbolos, publicidade, propaganda e de transmissão de espetáculos desportivos.          
 § 7º Caberá à entidade promotora do espetáculo a responsabilidade de efetuar o desconto de cinco por cento da receita bruta decorrente dos espetáculos desportivos e o respectivo recolhimento ao Instituto Nacional do Seguro Social, no prazo de até dois dias úteis após a realização do evento
§ 8º Caberá à associação desportiva que mantém equipe de futebol profissional informar à entidade promotora do espetáculo desportivo todas as receitas auferidas no evento, discriminando-as detalhadamente
§ 9º No caso de a associação desportiva que mantém equipe de futebol profissional receber recursos de empresa ou entidade, a título de patrocínio, licenciamento de uso de marcas e símbolos, publicidade, propaganda e transmissão de espetáculos, esta última ficará com a responsabilidade de reter e recolher o percentual de cinco por cento da receita bruta decorrente do evento, inadmitida qualquer dedução, no prazo estabelecido na alínea "b", inciso I, do art. 30 desta Lei
§ 10. Não se aplica o disposto nos §§ 6º ao 9º às demais associações desportivas, que devem contribuir na forma dos incisos I e II deste artigo e do art. 23 desta Lei.
(...)
AULA IV – 03/06/2016
Salário de contribuição x Salário de benefício:
Salário de contribuição, art. 28 LCPS e art. 214, § 9 , do Decreto 3048/99, : é a base de cálculo da contribuição do segurado. Não confundir com o valor da contribuição recolhida aos cofres da Previdencia.
SALÁRIO CONTRIBUINTE – é base de cálculo da contribuição social
Salário de benefício, art. 29 LBPS : é a base de cálculo da renda mensal inicial do benefício previdenciário. Não se deve confundi-la com o valor da renda que o segurado receberá mensalmente;
SALÁRIO BENEFÍCIO – base de cálculo para o benefício
Salário de benefício
L. 8213/91 - Art. 29. O salário-de-benefício consiste: 
I - para os benefícios de que tratam as alíneas b e c do inciso I do art. 18, na média aritmética simples dos maiores salários-de-contribuição correspondentes a oitenta por cento de todo o período contributivo, multiplicada pelo fator previdenciário; 
II - para os benefícios de que tratam as alíneas a, d, e e h do inciso I do art. 18, na média aritmética simples dos maiores salários-de-contribuição correspondentes a oitenta por cento de todo o período contributivo;
§ 2º O valor do salário-de-benefício não será inferior ao de um salário mínimo, nem superior ao do limite máximo do salário-de-contribuição na data de início do benefício.
§ 3º Serão considerados para cálculo do salário-de-benefício os ganhos habituais do segurado empregado, a qualquer título, sob forma de moeda corrente ou de utilidades, sobre os quais tenha incidido contribuições previdenciárias, exceto o décimo-terceiro salário (gratificação natalina). 
§ 4º Não será considerado, para o cálculo do salário-de-benefício, o aumento dos salários-de-contribuição que exceder o limite legal, inclusive o voluntariamente concedido nos 36 (trinta e seis) meses imediatamente anteriores ao início do benefício, salvo se homologado pela Justiça do Trabalho, resultante de promoção regulada por normas gerais da empresa, admitida pela legislação do trabalho, de sentença normativa ou de reajustamento salarial obtido pela categoria respectiva.
§ 5º Se, no período básico de cálculo, o segurado tiver recebido benefícios por incapacidade, sua duração será contada, considerando-se como salário-de-contribuição, no período, o salário-de-benefício que serviu de base para o cálculo da renda mensal, reajustado nas mesmas épocas e bases dos benefícios em geral, não podendo ser inferior ao valor de 1 (um) salário mínimo.
6o  O salário-de-benefício do segurado especial consiste no valor equivalente ao salário-mínimo, ressalvado o disposto no inciso II do art. 39 e nos §§ 3o e 4o do art. 48 desta Lei. 
Fator previdenciário, criado pela Lei 9876/99, só se aplica na aposentadoria por idade (opcional) e na aposentadoria por tempo de contribuição:
§ 7º O fator previdenciário será calculado considerando-se a idade, a expectativa de sobrevida e o tempo de contribuição do segurado ao se aposentar, segundo a fórmula constante do Anexo desta Lei.”
§ 8o Para efeito do disposto no § 7o, a expectativa de sobrevida do segurado na idade da aposentadoria será obtida a partir da tábua completa de mortalidade construída pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, considerando-se a média nacional única para ambos os sexos. 
§ 9o Para efeito da aplicação do fator previdenciário, ao tempo de contribuição do segurado serão adicionados:
I - cinco anos, quando se tratar de mulher; 
II - cinco anos, quando se tratar de professor que comprove exclusivamente tempo de efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio; 
III - dez anos, quando se tratar de professora que comprove exclusivamente tempo de efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio.
RMI – Renda Mensal Inicial 
Lei 8213/91, Art. 33. A renda mensal do benefício de prestação continuada que substituir o salário-de-contribuição ou o rendimento do trabalho do segurado não terá valor inferior ao do salário-mínimo, nem superior ao do limite máximo do salário-de-contribuição, ressalvado o disposto no art. 45 desta Lei.
Cálculo do fator previdenciário:
Desaposentação
A tese da desaposentação, reaposentação, desaposentadoria, renúncia à aposentadoria, ou simplesmente troca de aposentadoria, trata sobre a possibilidade de refazer o cálculo da aposentadoria com base nas contribuições vertidas enquanto o segurado, já aposentado, ainda continuava trabalhando.
Por exemplo: um segurado se aposentou aos 65 anos de idade, com 40 anos de contribuição, mas permaneceu trabalhando por mais 5 anos antes de decidir efetivamente parar de trabalhar. Esse segurado quer, agora, aproveitar esses novos 5 anos de contribuição vertidos após uma primeira aposentadoria. 
Pela tese da desaposentação, esse segurado poderá renunciar a primeira aposentadoria sem devolver nenhum valor recebido durante os 5 anos (princípio da irrepebitibilidade dos benefícios previdenciários, por terem natureza alimentar), aproveitando esses 5 anos de contribuição para calcular uma nova aposentadoria (agora com um total de 45 anos de contribuição: 40+5). Provavelmente (mas não necessariamente,em razão da média das contribuições) a nova aposentadoria será maior que a antiga. 
Fundamento legal da desaposentação
 § 2º  do art. 18 da Lei n 8.213/91 O aposentado pelo Regime Geral de Previdência Social–RGPS que permanecer em atividade sujeita a este Regime, ou a ele retornar, não fará jus a prestação alguma da Previdência Social em decorrência do exercício dessa atividade, exceto ao salário-família e à reabilitação profissional, quando empregado.
CF, Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma de regime geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá, nos termos da lei, a: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) (Vide Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
§ 11. Os ganhos habituais do empregado, a qualquer título, serão incorporados ao salário para efeito de contribuição previdenciária e conseqüente repercussão em benefícios, nos casos e na forma da lei. (Incluído dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
O STJ já decidiu ser possível desistir de uma aposentadoria, sem precisar devolver os valores recebidos, para pedir uma nova aposentadoria com mais tempo de contribuição
PERÍODO DE CARÊNCIA:
PERÍODO DE CARÊNCIA é o tempo correspondente ao número mínimo de contribuições mensais indispensáveis para que o beneficiário faça jus ao benefício, consideradas a partir do transcurso do primeiro dia dos meses de suas competências, artigo 24, Lei. 8213/91
 SEGURADO ESPECIAL:considera-se PERÍODO DE CARÊNCIA o tempo mínimo de efetivo exercício de atividade rural, ainda que de forma descontínua, igual ao número de meses necessário à concessão do benefício requerido.
Para efeito de carência, considera-se presumido o recolhimento das contribuições do segurado empregado. 
Contagem do período de carência, art. 27 da L. 8213/91:
I - para o segurado EMPREGADO e TRABALHADOR AVULSO, da data de filiação ao Regime Geral de Previdência Social; e 
II - 	para o segurado EMPREGADO DOMÉSTICO, EMPRESÁRIO, TRABALHADOR AUTÔNOMO ou a este equiparado, CONTRIBUINTE INDIVIDUAL, e FACULTATIVO, da data do efetivo recolhimento da primeira contribuição sem atraso, não sendo consideradas para esse fim as contribuições recolhidas com atraso referentes a competências anteriores, observado, quanto ao segurado facultativo. 
CARÊNCIA EXIGIDA PARA CONCESSÃO DE BENEFÍCIOS:
Artigo 25, Lei 8213/91:
I -	12 contribuições mensais, nos casos de AUXÍLIO-DOENÇA e APOSENTADORIA POR INVALIDEZ; 
II -180 contribuições mensais, nos casos de APOSENTADORIA POR IDADE, TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO e ESPECIAL.
III - salário-maternidade para as seguradas de que tratam os incisos V* e VII** do art. 11 e o art. 13***: dez contribuições mensais, respeitado o disposto no parágrafo único do art. 39 desta Lei.
*contribuinte individual, **segurada especial, *** facultativa
IV - pensão por morte: vinte e quatro contribuições mensais, salvo nos casos em que o segurado esteja em gozo de auxílio-doença ou de aposentadoria por invalidez.
BENEFÍCIOS QUE INDEPENDEM DE CUMPRIMENTO DE CARÊNCIA:
Artigo 26, Lei 8213/91:
I - 	salário-família e auxílio-acidente de qualquer natureza; 
II - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez nos casos de acidente de qualquer natureza ou causa e de doença profissional ou do trabalho, bem como nos casos de segurado que, após filiar-se ao Regime Geral de Previdência Social, for acometido de alguma das doenças e afecções especificadas em lista elaborada pelos Ministérios da Saúde e da Previdência Social, de acordo com os critérios de estigma, deformação, mutilação, deficiência ou outro fator que lhe confira especificidade e gravidade que mereçam tratamento particularizado; 
III - os benefícios concedidos na forma do inciso I do art. 39, aos segurados especiais referidos no inciso VII do art. 11 desta Lei;
IV - serviço social;
V - reabilitação profissional.
VI – salário-maternidade para as seguradas empregada, trabalhadora avulsa e empregada doméstica.     
VII - pensão por morte nos casos de acidente do trabalho e doença profissional ou do trabalho.     
MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE SEGURADO:
ARTIGO 13, Decreto 3048/91: Mantém a qualidade de segurado, independentemente de contribuições:
I - sem limite de prazo, quem está em gozo de benefício;
II - até doze meses após a cessação de benefício por incapacidade ou após a cessação das contribuições, o segurado que deixar de exercer atividade remunerada abrangida pela previdência social ou estiver suspenso ou licenciado sem remuneração;
III - até doze meses após cessar a segregação, o segurado acometido de doença de segregação compulsória;
IV - até doze meses após o livramento, o segurado detido ou recluso;
V - até três meses após o licenciamento, o segurado incorporado às Forças Armadas para prestar serviço militar; e
VI - até seis meses após a cessação das contribuições, o segurado facultativo.
§ 1º O prazo do inciso II será prorrogado para até vinte e quatro meses, se o segurado já tiver pago mais de cento e vinte contribuições mensais sem interrupção que acarrete a perda da qualidade de segurado.
§ 2º O prazo do inciso II ou do § 1º será acrescido de doze meses para o segurado desempregado, desde que  comprovada  essa situação por registro  no órgão  próprio do Ministério do  Trabalho e Emprego.
§ 3º Durante os prazos deste artigo, o segurado conserva todos os seus direitos perante a previdência social.
§ 4º Aplica-se o disposto no inciso II do caput e no §1º  ao segurado que se desvincular de regime próprio de previdência social. 
§ 5º A perda da qualidade de segurado não será considerada para a concessão das aposentadorias por tempo de contribuição e especial. 
§ 6º Aplica-se o disposto no § 5º à aposentadoria por idade, desde que o segurado conte com, no mínimo, o número de contribuições mensais exigido para efeito de carência na data do requerimento do benefício. 
RESTABELECIMENTO DA QUALIDADE DE SEGURADO
	A perda da qualidade de segurado OCORRERÁ no dia 16 do segundo mês seguinte ao término dos prazos fixados no art. 13, ELENCADOS ACIMA (manutenção da qualidade de segurado).
	Nos casos em que o trabalhador perder a qualidade de segurado porque ultrapassado o período de graça respectivo e voltar a contribuir para o regime geral, AS CONTRIBUIÇÕES ANTERIORES SOMENTE SERÃO COMPUTADAS quando contribuir com no mínimo um terço do novo período de carência.
N45, Art. 151. Para os benefícios requeridos a partir de 25 de julho de 1991, data da publicação da Lei nº 8.213, de 1991, quando ocorrer a perda da qualidade de segurado, qualquer que seja a época da inscrição ou da filiação do segurado na Previdência Social, as contribuições anteriores a essa data só poderão ser computadas para efeito de carência depois que o segurado contar, a partir da nova filiação ao RGPS, com, no mínimo, um terço do número de contribuições exigidas para a concessão do respectivo benefício, sendo que:
III - para as aposentadorias por idade, por tempo de contribuição, inclusive de professor e especial, a regra de um terço incide sobre a carência de cento e oitenta contribuições mensais, cuja observância encontra-se prejudicada para requerimentos protocolados a partir de 13 de dezembro de 2002, data da publicação da MP nº 83, de 12 de dezembro de 2002, conforme art. 15.
MEDIDA PROVISÓRIA Nº 83, DE 12 DE DEZEMBRO 2002 - DOU DE 13/12/2002 - Convertida em Lei (Lei nº 10.666, de 08/05/2003)
 Art.3ºA perda da qualidade de segurado não será considerada para a concessão das aposentadorias por tempo de contribuição e especial.
BENEFICIÁRIOS 
 São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social as pessoas físicas classificadas como:
SEGURADOS – artigo 11, Lei 8213/91
DEPENDENTES – artigo 16, Lei 8213/91
Segurados:
Empregado – art. 3 da CLT (vínculo empregatício: pessoalidade, subordinação hierárquica, habitualidade, remuneração);
Empregado doméstico – âmbito residencial, sem fins lucrativos;
Contribuintes avulsos – Ex. estivador, amarrador deembarcação, (sempre tem intermediação de órgão gestor);
Contribuintes individuais – autônomo que aufere remuneração. Ex. síndico de condomínio, vendedores autônomos, empresários, profissionais liberais...
Contribuintes especial – Segurado Especial – trabalhador rural (sozinho ou em regime de economia familiar)
Facultativos – art. 14, Lei 8212/91 e art. 11 do decreto 3048/99, esses seguradosnão auferem renda, ex. estudante maior 16 anos, dona de casa...
DEPENDENTES, art. 16 L.B.:
I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente;   (Redação dada pela Lei nº 12.470, de 2011)
II - os pais;
III - o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente;    (Redação dada pela Lei nº 12.470, de 2011)
§ 1º A existência de dependente de qualquer das classes deste artigo exclui do direito às prestações os das classes seguintes.
§ 2º .O enteado e o menor tutelado equiparam-se a filho mediante declaração do segurado e desde que comprovada a dependência econômica na forma estabelecida no Regulamento.
§ 3º Considera-se companheira ou companheiro a pessoa que, sem ser casada, mantém união estável com o segurado ou com a segurada, de acordo com o § 3º do art. 226 da Constituição Federal.
§ 4º A dependência econômica das pessoas indicadas no inciso I é presumida e a das demais deve ser comprovada.
Competência nas lides previdenciárias
Art. 109/CF - Aos juízes federais compete processar e julgar:
I - as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as de acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho;
Competência da Justiça do Trabalho:
Art. 114/CF. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar:
I as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; 
II as ações que envolvam exercício do direito de greve;
III as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores;
IV os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data , quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição;
V os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista, ressalvado o disposto no art. 102, I, o; 
VI as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de trabalho;
VII as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho;
Competência do JEF
Lei nº 10.259/01
Art. 3o Compete ao Juizado Especial Federal Cível processar, conciliar e julgar causas de competência da Justiça Federal até o valor de sessenta salários mínimos, bem como executar as suas sentenças.
§ 1o Não se incluem na competência do Juizado Especial Cível as causas:
I - referidas no art. 109, incisos II, III e XI, da Constituição Federal, as ações de mandado de segurança, de desapropriação, de divisão e demarcação, populares, execuções fiscais e por improbidade administrativa e as demandas sobre direitos ou interesses difusos, coletivos ou individuais homogêneos;
II - ...;
III - .....;
IV – .....;
§ 3o No foro onde estiver instalada Vara do Juizado Especial, a sua competência é absoluta.
Visão Geral da Competência em Matéria Previdenciária
Competência entre Vara Federal (especializada ou não) e Juizados Especiais Federais		
	 O art. 3º, § 3º, da Lei nº 10.259/01 estabelece que, no foro onde estiver instalada Vara do Juizado Especial, a sua competência é absoluta.
		Ao contrário do que se observa nos Juizados Especiais Estaduais, o autor da demanda não tem opção entre ajuizar a ação em uma vara previdenciária comum ou no JEF. 
		Tendo a causa valor limitado até 60 salários mínimos esta deve ser necessariamente ajuizada no JEF (caso instalado na localidade do domicílio do autor – regra flexibilizada pelo art. 20 da Lei nº 10.259/01).
Tutela Antecipada x Ações Previdenciárias
	Não há restrições à aplicação da tutela antecipada em ações previdenciárias. 
	É comum o pedido da tutela quando ocorre dos benefícios serem administrativamente cancelados. O segurado como seu dependente no processo administrativo deve ser notificado do cancelamento do benefício, e não o sendo, enseja a antecipação da tutela no sentido de restabelecer o benefício cancelado.
REQUISITOS: artigos 300 e ss do CPC e parágrafo 3º, artigo 497 do CPC (obrigação de fazer).
A contribuição previdenciária incide apenas sobre o recebimento de verbas remuneratórias e não as de caráter indenizatórias.
APOSENTADORIA POR INVALIDEZ
Renda Mensal do Benefício= 100% do salário de benefício; não pode ser inferior ao salário mínimo; se necessitar do auxílio de outra pessoa, o salário será acrescido de 25 %.
Data do Recebimento: será devida a partir do dia imediato ao da cessação do auxílio-doença;
Duração: enquanto permanecer a condição do segurado de incapaz para o exercício da atividade que lhe garanta a subsistência;
Período de Carência: 12 contribuições mensais, com ressalvas.
AUXÍLIO DOENÇA
91% do salário base
Ex: S.B = 2.000,00
O valor recebido será de R$1.820,00
AUXÍLIO ACIDENTE
50% do salário base
Ex: SB = 2.000,00
O valor recebido será de R$1.000,00
APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO
25 anos mulheres e 30 anos homens, de período de contribuição
Ex: 2.000,00 100% X fator previdenciário (- 0,7%) = R$1.400,00
APOSENTADORIA POR IDADE
60 anos para as mulheres e 65 para homens
70% + tempo de contribuição = 180 contribuições.
Ex: 60 anos + 22 anos de contribuição = 92% de R$2.000,00 = R$1.840,00
DIFERENÇA ENTRE O PERÍODO DE CARÊNCIA E O PERÍODO DE GRAÇA
Período de carência: é o tempo correspondente ao número mínimo de contribuições mensais indispensáveis que o trabalhador precisa comprovar para ter direito a um benefício previdenciário, sendo que esse tempo mínimo varia de acordo com o benefício solicitado (art. 24, Lei 8.213/91).
Período de graça: é o lapso de tempo em que a pessoa é considerada segurada, porém não está recolhendo contribuições previdenciárias e nem recebendo benefício.
AULA V – 10/06/2016
4 APOSENTADORIAS
1 – Idade 
2 – Tempo de contribuição 
Integral = 35 anos homem e 30 mulher, sendo que o RMI é de 100% + Fator previdenciário obrigatório;
Proporcional = 30 anos homem e 25 mulher, foi até 1998.
Acerca do deficiente varia acerca da gravidade do deficiente:
Grave = 25 homem e 20 mulher;
Moderada = 29 homem e 24 mulher;
Leve = 33 homem e 28 mulher.
3 – Especial (15, 20, 25 anos de contribuição)
4 - Invalidez
Previdência privada
Art. 202 da CF
Lei complementar 109 de 2001.
Aposentadoria por invalidez – por doença ou por acidente.
A RMI é de 100%, não possui incidência do fator previdenciário.
AULA VI – 17/06/2016
Pensão por morte e auxílio reclusão (art. 80 da mesma lei): são direcionados aos dependentes art. 16 da lei 8.213/91 (pensão por morte arts. 74 - 79), mas devido pelo segurado.
Para dependentes de primeira classe a pensão por morte é presumida, enquanto que para os de segunda classe deve ser provada a dependência.
Auxílio – doença (art. 59 da lei 8.213/91): exige-se incapacidade total e temporária, tipos: a) comum – doença qualquer (carência de 12 meses de contribuição, mas não precisa ser contínuo). b) acidentário – acidente de qualquer natureza (dispensa carência).
No auxílio doença acidentário = será devido o depósito do FGTS pela empresa.
É devido a partir do 16º dia do afastamento (RMI – 91%) – do contribuinte empregado com carteira assinada, poisaté o 15º a empresa quem arca com o custeio do afastamento.
Para trabalhadores avulsos ou autônomos, se inicia quando da prescrição médica informando a necessidade do afastamento.
Auxílio – acidente: Incapacidade parcial e definitiva/permanente, RMI 50%. Será devido até a aposentadoria da pessoa, era vitalício até o ano de 1997.
O empregado pode retornar em outra função na empresa e poderá continuar recebendo o auxílio acidente.

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