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DIREITO DE FAMÍLIA - RESUMO

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DIREITO DE FAMÍLIA
DO CASAMENTO
O casamento pode ser compreendido dentro de dois aspectos. O primeiro dele seria “ato jurídico solene, por meio do qual duas pessoas se obrigam mutuamente a viver em comunhão e a se submeter aos efeitos legais prescritos para o ato”. O segundo seria o “estado civil das pessoas que vivem em comunhão oficializada pelo ato jurídico solene”.
No que tange a natureza jurídica do casamento, a doutrina diverge. São elencadas três teorias a respeito do referido assunto, vejamos:
Teoria Contratualista, para a qual o casamento seria um contrato;
Teoria Institucionalista, que percebe o casamento como instituição social; e
Teoria Mista ou Eclética, que enxerga no casamento um ato complexo. Segundo essa corrente o casamento seria um contrato no que diz respeito a sua formação, e uma instituição, quanto ao seu conteúdo.
DAS CARACTERÍSTICAS DO CASAMENTO
O casamento é uma união disciplinada por normas de ordem pública, em que a plena comunhão de vida é o efeito por excelência. A sua celebração é gratuita, conforme previsto nos arts. 226, § 1º, da Constituição Federal e o 1.512, do Código Civil.
Obs1.: No que diz respeito à gratuidade do casamento, há de se ressaltar que, apesar de gratuita a sua celebração, a habilitação, o registro e a primeira certidão poderão ser pagas, exceto caso se comprove que os nubentes não têm condições de arcar com tais despesas (art. 1.512, parágrafo único).
DOS PRINCÍPIOS DO CASAMENTO
Da Liberdade: todos têm a liberdade de escolher o seu par, seja do sexo que forma, bem como o tipo de entidade que quiser para constituir sua família.
Art. 1.513. É defeso a qualquer pessoa, de direito público ou privado, interferir na comunhão de vida instituída pela família.
Da Monogamia: se consubstancia em uma regra de comportamento segundo a qual uma pessoa somente pode ter, ao mesmo tempo, um vínculo conjugal com uma única pessoa.
* Princípio Geral do Direito de Família com função ordenadora do casamento;
* Criminalização da Bigamia.
Da Igualdade Jurídica dos cônjuges e dos filhos: a CFRB/88 reafirmou o direito à igualdade ao dizer “todos são iguais perante a lei”. Foi até repetitiva ao afirmar que homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, destacando mais uma vez a igualdade de direitos e deveres de ambos no referente a sociedade conjugal. 
* O princípio da igualdade também alcançou os vínculos de filiação, ao ser proibida qualquer designação discriminatória com relação aos filhos havidos ou não da relação de casamento ou por adoção.
DA CAPACIDADE PARA CONTRAIR CASAMENTO
Segundo a regra do art. 1.517, do Código Civil, a capacidade de direito para casar somente se adquire aos dezesseis anos completos.
Quando se trata de maior de dezesseis e menor de dezoito anos, é necessária autorização dos pais ou representante legal para a prática do referido ato (casamento). Caso haja divergência entre o pai e a mãe, caberá ao juiz solucionar a questão. Em havendo denegação, por parte dos pais, do tutor ou do curador, poderá o juiz suprimi-la, caso este a considere injusta. Admite-se que a autorização seja revogada por quem a concedeu até o momento da celebração do ato.
* Vide arts. 1.517 ao 1.520, do Código Civil.
Obs1.: A lei autoriza, em caráter excepcional, o casamento do menor de dezesseis anos, caso a noive esteja grávida (art. 1.551);
Obs2.: O regime da separação de bens no casamento será obrigatório nos casos de suprimento judicial (art. 1.641, inc. III).
DOS IMPEDIMENTOS
Impedimento é a falta de legitimação (proibição para contrair matrimônio com determinada pessoa). Logo, é diferente de incapacidade (proibição para contrair matrimônio com qualquer pessoa).
Impedimentos dirimentes:
	* Públicos (causas impeditivas): impedem taxativamente o casamento, razão pelo qual o ato, se vier a ser praticado, será nulo.
Admite-se que tais impedimentos sejam opostos até o momento da celebração do casamento, por qualquer pessoa capaz.
São chamados, por parte da doutrina contemporânea, de causas impeditivas.
* Vide art. 1.521 e 1.522, do Código Civil.
	* Privados: invalidam relativamente o casamento, ou seja, ensejam sua anulabilidade, e não sua nulidade.
A matéria é de ordem privada, e somente pode ser arguida pelos titulares do direito potestativo de anular o casamento.
* Vide art. 1.550, do Código Civil.
Impedimentos impedientes (causas suspensivas):
São fatos que não invalidam o casamento, entretanto, impõe aos cônjuges que não os observarem uma consequência patrimonial, nos moldes de uma sanção. Tal consequência é a imposição do regime de separação de bens.
* Vide art. 1.523, do Código Civil.
DA OPOSIÇÃO
A oposição (de impedimento ou causa suspensiva) devem ser opostas na forma escrita e assinada, instruídas com as provas das alegações ou indicações do lugar em que estas podem ser encontradas (art. 1.529).
Impedimentos: podem ser opostos até o momento da celebração do casamento, por qualquer pessoa capaz.
Obs.: O juiz ou tabelião pode e deve declarar de ofício;
Tem como consequência o ensejo a nulidade, por meio de Ação Declaratória, proposta a qualquer tempo.
Causas suspensivas: podem ser opostas/arguidas no curso do processo de habilitação, dentro do prazo de 15 dias da publicação dos proclamas.
Podem ser feitas por parente em linha reta e colaterais até segundo grau, consanguíneos ou afins.
Não torna o casamento nulo ou anulável, mas sua inobservância impõe sanção patrimonial aos cônjuges.
DA HABILITAÇÃO
A habilitação é o procedimento precedente à celebração do casamento que objetiva verificar se os nubentes se encontram ou não impedidos de casar.
Ela é feita perante o oficial do Registro Civil, devendo ser ouvido o Ministério Público. Havendo impugnação por parte do MP, a questão será submetida ao juiz.
Obs.: Se os nubentes residirem em diferentes distritos do Registro Civil, poderão escolher em qual deles requererão a habilitação
Apresentação dos documentos.
Para obter a habilitação, ambos os nubentes devem assinar um requerimento e instruí-lo com os documentos arrolados no art. 1525, do Código Civil.
Obs.: É dever do oficial do Registro esclarecer os nubentes a respeito dos fatos que podem ocasionar a invalidade do casamento, bem como sobre os diversos regimes de bens (art. 1.528).
O requerimento da habilitação pode ser formulado por mandatário com poderes especiais para tanto.
Proclamas (edital)
Se os documentos estiverem em ordem, o oficial do Registro extrairá um edital, chamado pela doutrina de proclamas. Esse edital deverá ser afixado durante 15 dias nas circunscrições do Registro Civil de ambos os nubentes e publicado na imprensa loca, se houver.
Obs1.: No Rio Grande do Norte é dispensável a publicação em imprensa.
Obs2.: Admite-se que a autoridade competente dispense os proclamas nos casos de comprovada urgência.
O objetivo desta etapa é dar publicidade à intenção dos nubentes de casar, abrindo a possibilidade de que possam ser arguidos impedimentos.
Os impedimentos deveram ser opostos em declaração escrita assinada, instruída com as provas do fato alegado ou com a indicação do lugar que podem ser obtidas (art. 1.529).
!!! Não se admite arguição anônima !!!
Se houver oposição de impedimento, o oficial do Registro dará aos nubentes, ou a seu representante, nota, indicando os fundamentos, as provas e o nome de quem arguiu. Podem os nubentes, então, requerer prazo razoável para contraditar o fato alegado e apresentar prova contrária, bem como promover as ações civis e criminais cabíveis em face do oponente de má-fé.
* Vide arts. 1.529 e 1.530.
Registro
Tendo o oficial do Registro analisado os documentos apresentados e extraído os proclamas, bem como ouvido o Ministério Público, e findo o prazo de 15 dias da afixação do edital (proclamas), este procederá ao registro do edital, para que sejam perpetrados e para que os interessados possam dele obter certidão.
Extração do Certificado
Encerradas as etapas anteriores, o oficial extrairáo certificado de habilitação.
A eficácia da habilitação expira no prazo de 90 dias contados da data da extração do certificado, após o que, para o casamento, os nubentes deverão se submeter a uma nova habilitação (art. 1.532).
DA CELEBRAÇÃO DO CASAMENTO
Após obter o certificado de habilitação, os nubentes deverão, por meio de petição, pedir à autoridade competente para celebrar o casamento, que designe dia, hora e lugar para a celebração (art. 1.533).
Em regra, o casamento deverá ser celebrado na sede do cartório; admite-se, entretanto, que as partes solicitem à autoridade que a cerimônia ocorra em lugar diverso (público ou particular).
Obs1.: Se o casamento for celebrado em prédio público (ou no cartório), faz-se necessário a presença de 2 testemunhas. No caso de ser realizado em prédio particular, 4 testemunhas.
O lugar em que a celebração ocorrerá, deverá permanecer acessível ao público (“de portas abertas”).
Na hipótese de algum dos nubentes não saber ou não poder escrever, exige-se também quatro testemunhas para o ato.
O celebrante deve imediatamente suspender a celebração do casamento, nos termos do art. 1.538, se algum dos nubentes disser “não”, ou, de qualquer forma, recusar a afirmação de sua vontade de casar, ou declarar que esta não é livre e espontânea, ou seja, que age sob coação, ou manifestar seu arrependimento.
Obs2.: Não se admite a retratação no mesmo dia por parte do noivo que deu causa à suspensão.
Na hipótese de moléstia grave de um dos nubentes, a autoridade deverá celebrar o casamento onde se encontrar o enfermo, se houver urgência na celebração, o que poderá ocorrer até mesmo à noite, e para o qual se exige a presença de duas testemunhas alfabetizadas (art. 1.539).
P.S.: É diferente do casamento nuncupativo, onde não há celebração pela autoridade, mas sim a declaração de vontade dos noivos perante as testemunhas.
Finda a celebração do casamento, deverá ser lavrado o assento no livro de registro. O assento será assinado pelo celebrante, pelos cônjuges, pelas testemunhas e pelo oficial de registro (art. 1.536).
DAS MODALIDADES DE CASAMENTO
Casamento Civil: é a modalidade principal de casamento-ato (realizado pelo Juiz de Paz, ou de Direito);
Casamento Religioso c/ efeitos civis: desde que atenda às exigências da lei para a validade do casamento civil, o casamento religioso será equiparado àquele, devendo ser registrado no devido cartório;
O prazo para o registro é de 90 dias contados de sua celebração, devendo o celebrante ou qualquer interessado comunicar a celebração ao ofício competente.
Caso não tenha sido observadas as exigências legais, os efeitos civis dependerão de requerimento do casal, a qualquer tempo, para que seja registrado.
* O que difere o casamento civil do religioso é o rito especial desde último.
Casamento por mandatário (procuração): para se fazer representar na celebração do casamento, o nubente deve celebrar um contrato de mandato e outorgar ao mandatário poderes especiais, por meio de procuração por instrumento público (lavrada em cartório). O mandato celebrado com tal finalidade se extingue em, no máximo, noventa dias.
A revogação do mandato somente pode se dar por instrumento público.	 Não se exige que a revogação chegue ao conhecimento do mandatário, ressalvando-se que o mandante responder por perdas e danos, perante o outro nubente e o mandatário, se o casamento vier a ser celebrado. Nesse caso, o ato se torna anulável, desde que não sobrevenha coabitação entre os cônjuges.
Casamento nuncupativo: é o casamento de quem se encontra em iminente risco de vida, e não consegue a presença da autoridade que deve presidir a celebração, nem de seu substituto (art. 1.540).
Pode ser celebrado, desde que na presença de seis testemunhas que não tenham parentesco com os nubentes, nem em linha reta, nem na colateral, até o segundo grau.
Após a realização do ato, deverão as testemunhas comparecerem à autoridade judicial mais próxima, no prazo de 10 dias, para comunicar e declarar que, nos termos do art. 1.541: I) foram convocadas por parte do enfermo; II) que este parecia em perigo de vida, mas em seu juízo; III) que, em sua presença, declararam os contraentes, livre e espontaneamente, receber-se por marido e mulher.
Depois de autuado o pedido e da tomada das declarações, o juiz procederá às diligências necessárias para verificar se teria sido possível a habilitação, devendo, inclusive, no prazo de 15 dias, ouvir os interessados que pedirem para se manifestar. O juiz, então, proferirá sua decisão, da qual caberá recurso voluntário às partes.
Transitada em julgado a decisão que reconheceu o casamento, o juiz mandará registrá-la no Livro do Registros dos Casamentos.
Casamento Consular (art. 1.544): pessoas de nacionalidade brasileira que residam no exterior podem casar-se de acordo com o Direito brasileiro, em consulado pátrio, perante o cônsul ou a autoridade competente.
O casamento assim celebrado deverá ser registrado no prazo de 180 dias, contado da data do regresso de um dos cônjuges, ou de ambos, ao Brasil, no cartório do respectivo domicílio ou, na falta deste, no 1º Ofício da Capital do Estado em que passarem a residir. 
Obs.: Se apenas um dos cônjuges residentes no exterior for brasileiro, não poderá casar com estrangeira no consulado brasileiro.
DAS PROVAS DO CASAMENTO
O meio ordinário de prova do casamento é a Certidão do registro (art. 1.543).
# Justificada a ausência ou perda do registro, admite-se qualquer outra espécie de prova do casamento-ato.
Pode ser que não haja certidão do registro, e que os cônjuges não possam manifestar sua vontade, por qualquer causa, ou mesmo tenham falecido. Nesse caso, poderá se provar a existência do casamento mediante a “posse do estado de casados”, que é, em síntese a manutenção de uma situação aparente de casamento.
Obs.: Art. 1.547 -> in dubio pro matrimono: na dúvida entre as provas favoráveis e contrárias à existência do casamento, demonstrada a “posse do estado de casados”, deve o juiz decidir a favor do casamento.
DOS EFEITOS DO CASAMENTO
Efeitos sociais: constituição da família matrimonial; vedação de interferência e planejamento familiar;
Efeitos pessoais: comunhão de vida; acréscimo do sobrenome; encargos comuns; e direção da sociedade conjugal; a emancipação e a aquisição do estado de casado;
Efeitos patrimoniais: regime de bens e sua alteração; instituição do bem jurídico de família; direito de herança do cônjuge sobrevivo.
DOS DEVERES DO CASAMENTO (ART. 1.566)
Fidelidade recíproca: significa que cada um dos cônjuges somente pode manter contato sexual com o outro;
Coabitação (domicílio conjugal): os cônjuges devem viver na mesma casa;
Mútua assistência: devem prestar auxílio, não apenas econômico, mas, sobretudo, espiritual e afetivo;
Sustento, guarda e educação dos filhos;
Respeito e considerações mútuos -> se duas pessoas optam por viver em comunhão formalizada pelo casamento, o mínimo que se deve esperar delas é que se respeitem, considerem-se e se auxiliem em todos os momentos da vida em comum.
DA INEXISTÊNCIA DO CASAMENTO

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