Buscar

O Que é Ética - Resumo

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ
CURSO: PSICOLOGIA
DISCIPLINA: ÉTICA PROFISSIONAL
ACADÊMICOS: SARAH CASALI CORDEIRO RA: 77060
VALLS, A. L. M. O que é ética. Editora Brasiliense, 1994. (Coleção Primeiros Passos, 177). ISBN: 85-11-011773-3.
	O texto se inicia com o conceito tradicional de ética, definindo como um estudo sobre os costumes e ações humanas, ou ainda como a realização de um tipo de comportamento. Em seguida se apresenta a separação didática dos problemas da ética. Sendo o primeiro os problemas gerais e fundamentais e o segundo os problemas específicos e de aplicação concreta.
 O autor mostra que dentro de uma mesma cultura os costumes se modificam, o que antes era aceito pode passar a ser considerado errado e vice versa. Se a ética fosse uma listagem de convenções sociais provisórias, o comportamento correto seria o adequado aos costumes vigentes e que coagiriam moralmente e socialmente. Junto com a antropologia cultural, a ética deve conhecer os costumes das diferentes épocas e lugares. Contudo a ética também faz reflexões teóricas com validade universal.
Os estudos sobre costumes só tem acesso a depoimentos escritos sobre normas de comportamento dos últimos milênios. Já as grandes teorizações possuem documentos desde os gregos antigos, sendo que as teorias gregas traziam a realidade do tipo de organização social daquela sociedade. Porém em algumas sociedades só é possível ter acesso a qual era a ética vigente por meio de documentos não escritos ou não-filosóficos.
É preciso entender que junto com variação dos costumes, estão valores, normas, ideias e sabedorias que também se modificam de um povo para outro. Devido essa grande variância entre sociedades, Max Weber afirma que a ética não é simples, clara e acessível a todos. Sendo assim, é complicado criar uma teoria sobre a ética já que os costumes mudam frequentemente. 
Uma boa teoria ética devia ser universal, mesmo tendo que explicar as variações de comportamento das culturas. Sócrates e Kant conseguiram isso. A ética de Sócrates estava na tentativa de compreender a justiça das leis, independente dos costumes do povo e dos ancestrais. Já para Kant busca a universalidade na igualdade entre os homens, sendo esses capazes de alcançar conhecimento verdadeiro e liberdade. Sendo assim, a ética está ligada ao dever, a uma obrigação moral.
São feitas duas críticas ao pensamento de Kant. A primeira diz ser impossível agir refletindo a cada vez, não sendo possível utilizar o imperativo categórico. A segunda critica consiste em não ser possível ignorar a historia do povo sem cair numa ética abstrata.
A ética da Grécia Antiga foi fruto de estudos sobre a natureza do bem moral, buscando um princípio absoluto de conduta. Tem origem no contexto religioso, sendo esta o ponto inicial de muitas ideias éticas.
Platão afirmava que todos os homens buscam a felicidade, porém sem pregar o egoísmo, o questionamento era onde encontrar o Sumo Bem. No diálogo República, Platão condena uma vida voltada apenas aos prazeres. Pode-se afirmar que a felicidade para Platão se encontra depois da morte.
O filósofo também dizia que os homens deviam contemplar ideias durante a vida, sendo a principal a ideia de Bem. Para encontrar o Bem absoluto, o homem deve descobrir a partir da ideia de Bem, uma escala de bens. Platão considera sábio aquele homem que sabe ser virtuoso ou que busca por uma vida assim e que consegue estabelecer em sua vida a ordem, a harmonia e o equilíbrio. Para Platão, o ideal buscado pelo homem virtuoso é a imitação ou assimilação de Deus.
Algumas das principais virtudes são: justiça (ordena e harmoniza), prudência ou sabedoria (orienta e ordena pensamentos), fortaleza ou valor (prazer subordinado ao dever) e a temperança (harmonia individual).
Em resumo, a ética platônica é caracterizada pelo Sumo Bem e pela ideia de virtude como ordem a harmonia universal.
Em Aristóteles, a ideia de ética tão usa a relação ente Ser e Bem. Leva em conta a variedade dos seres e afirma que os bens também devem variar. O bem de cada um esta em conformidade com sua natureza ou essência. Como cada ser tem seu bem, quanto mais complexo for o ser, mais complexo será o bem.
Sendo assim, para esse filósofo a ideia de ética está ligada na busca sobre os bens em concreto para o homem. Sua ética se baseia nos fins que devem ser alcançados para que o homem atinja a felicidade, ou seja, uma ética eudemonista.
O homem, como ser complexo, precisa de vários bens, precisando criar uma escala entre eles.O homem tem seu ser no viver, no sentir e na razão. Para não se desordenar, a razão precisa da virtude. Aristóteles considera que o bem próprio do homem é a vida dedicada ao estudo e à contemplação, a vida humana mais feliz é a contemplação. O homem irá conquistar a felicidade pela virtude.
Na análise do campo ético junto com a religião, o autor aponta que a religião grega era mais naturalista. Já na judaica, Deus está acima da natureza. Dessa forma o homem deve agir em conformidade com a vontade de Deus. E as religiões que creem em Jesus Cristo seguem a ideia da tradição judaica, mas com a ideia de perdão.
Valls afirma que a religião trouxe progresso moral à humanidade. A meta da vida moral foi colocada em uma santidade. Contudo, existe o fanatismo religioso, que obscurecem a ideia de ética na liberdade, no amor e na fraternidade universal.
Na Idade Média, todo pensamento ética está relacionado com a religião. Na Idade Moderna já aparece uma segunda tendência, uma ética mais laica e racional, ligada as leis naturais. No mundo moderno e contemporâneo surgem tendências que ignoram as contribuições da religião.
Existe a concepção determinista, que ignora a liberdade humana considerando-a uma ilusão. Outra concepção é a racionalista, que busca na “natureza humana” formas corretas de ação moral, sendo que uma ação boa seria aquela universal. O pragmatismo deixa ideias teóricas em segundo plano e apela para questões praticas. Essa última concepção se divide em duas outras tendências. Nos países capitalistas a tendência está na busca por utilidade e no que ajuda no progresso pessoal. E a outra tendência está no positivismo lógico, que se preocupam com as formas de linguagem moral, os tipos validos de formulações éticas, a lógica e a sintaxe dos imperativos éticos.
O autor afirma que agir moralmente significa agir de acordo com a própria consciência. Em seguida coloca que para os gregos o ideal éticos estava, para Platão, na busca teórica e pratica do Bem, e para Aristóteles, estava na felicidade, entendida como uma vida virtuosa. Para os estóicos o ideal ético estava em viver de acordo com a natureza. Já para os epicuristas a vida devia estar voltada para o prazer, o sentir-se bem. 
No cristianismo, o ideal ético se encontra na ideia de que o devia viver para conhecer, amar e servir a Deus. Nos séculos XV e XVIII, com o Renascimento e o Iluminismo, o ideal ético voltasse para a ideia de viver de acordo com a liberdade pessoal. Para Kant, pensador iluminista, o ideal ético estava relacionado com a autonomia individual. Já para Hegel, o ideal ético estava em um Estado livre que preservasse o direito dos homens e lhe desse deveres. No século XX, os pensadores da existência continuam com a ideia de liberdade como ideal ético. Já o pensamento social e dialético coloca que o ideal ético está na superação das injustiças econômicas. 
Colocando a ideia de ética nas questões atuais é possível perceber que os países capitalistas se baseiam na ideia grega da busca pelo prazer, porém sem moderação e como se prazer fosse a posse de bens materiais. O autor mostra que no século XX, a massificação faz com que os indivíduos de comportem amoralmente. Isso porque devido a comunicação em massa, ideologias e aparatos econômicos do Estado, os sujeitos perderam sua liberdade de cidadãos conscientes.
Liberdade, normas e responsabilidade são questões dialéticas da ética. A norma diz como se deve agir, porém, por ter liberdade é possívelque possa não agir do modo devido.
Para a doutrina determinista não há ética, pois não há espaço para a liberdade. Essa falta de liberdade pode ser pela crença na fatalidade, num Deus dominador ou no determinismo das leis da natureza. Outra doutrina que nega a ética é aquela que prega a liberdade total, o individuo tem possibilidade de pensar o que quiser. 
Hegel afirma que a liberdade se desenvolve com a consciência que se tem dela, mesmo que isso ainda não seja a liberdade real. Hegel buscou montar uma síntese entre a política grega e a moral cristã, que deveria aparecer em um Estado de direito tornando os indivíduos livres tanto interiormente quanto exteriormente. 
Marx, em critica à Hegel, fala de um Estado que é instrumento de poder, não é universal e harmonizador, é um Estado dominador. Já Kant critica Hegel mostrando que se agir conforme sua ideia, o individuo não será autônomo e sim heterônomo, seguindo as razões do Estado. Os pensadores da existência apontam que o sistema de Hegel se esquece da dimensão individual da liberdade, se esvaziando da dimensão ética.
	Segundo Kierkegaard,a norma grega de comportamento moral se resume na busca da beleza, do prazer e de tudo que é agradável. A ética medieval está no comportamento religioso, orientado por mandamentos divinos. No Renascimento e na Idade Moderna a ética se desenvolve com a autonomia moral do individuo, que procura agir de acordo com a sua razão natural. Nesse ponto, pode-se apresentar a ideia de Rousseau, que coloca como ideal o retorno às condições naturais para tornar a vida melhor. E Kant com a ideia de que o homem possui uma natureza fundamentalmente igual, mas livre.
	Hegel critica a posição de Kant por criar uma ética sem valor histórico. Para Hegel o agir ético precisa estar dentro de uma sociedade política e em um momento histórico variável. Sendo assim, agir politicamente implica em agir eticamente. Mas para sintetizar, independentemente do enfoque, a ideia de agir eticamente é agir de acordo com o bem.
	Porém, para Kierkegaard, se o individuo pode escolher entre o bem ou o mal, independentemente da escolha ele pode ser ético. Para isso ele deve agir a partir da alternativa que escolheu.
	A ética hoje se reduziu ao particular, ao privado, porém, o lema da ética é o bem comum. Um mérito de Kant foi colocar a consciência do individuo como questão central na preocupação moral. Para Hegel a liberdade se realiza eticamente dentro de instituições históricas e sociais.
	Sendo assim, em relação a família existe a questão da exigência ética do amor. Na sociedade civil a questão esta no trabalho e na propriedade. E em relação ao Estado, a liberdade do individuo é completa apenas quando ele é cidadão de um Estado livre e de direito.

Outros materiais