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ESCOLA DO DIREITO LIVRE

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ESCOLA DO DIREITO LIVRE
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CONTEXTO HISTÓRICO JURÍDICO 
“O Direito Livre, que atualmente possui uma corrente chamada de Direito alternativo  (ou Direito Justo), nasceu na Itália, nos anos 70, na denominada magistratura democrática italiana.”
 “A Escola não só fez história no Brasil, como hodiernamente, rende o que falar, pois, estimula a pensar o Direito a partir de um novo paradigma contra-hegemônico (contra as normas-texto) que prefere trilhar o caminho da emancipação ao invés da regulação.”
CONTEXTO HISTÓRICO JURÍDICO
“No Brasil, o episódio histórico responsável pelo surgimento do movimento Direito Alternativo ocorreu no dia 25 de outubro de 1990.”
“Um importante jornal denominado Jornal da Tarde, de São Paulo, veiculou um artigo redigido pelo jornalista Luiz Maklouf, com a manchete: “JUÍZES GAÚCHOS COLOCAM DIREITO ACIMA DA LEI”.”
 
CONTEXTO HISTÓRICO JURÍDICO
 “A reportagem buscava desmoralizar o grupo de estudos e, em especial, o magistrado Amílton Bueno e Carvalho. Ao contrário do desejado, acabou dando início ao movimento, sendo o “I Encontro Internacional de Direito Alternativo”, realizado na cidade de Florianópolis.
CONCEITO DA ESCOLA LIVRE DO DIREITO
 “A busca por um Direito livre, insurgente, marcado pelo conflito, transformador, de matriz sociológica, ocupado da legitimidade fática, integrou o ideário que alimentou uma geração de juristas e estudantes (em sua maior parte, sim, assumidamente “de esquerda”).
 “Estes juristas queriam ser protagonistas de um direito melhor e mais justo, do que aquele que está positivamente posto, como ainda encontra-se o “ordenamento jurídico”, segundo apontam, repleto de egoísmo e carente de alternativa.”
CONCEITO DA ESCOLA LIVRE DO DIREITO
Queriam um Direito interpretado por uma matriz e um sistema adequado, constitucional, político e socialmente orientado, autopoiético (autoproduzir-se a partir de valores) e sempre focado em novas possibilidades. Essas ideias, em suma, muito contribuiu para forjar a cultura jurídica brasileira.
DEFENSORES E TESES 
Oskar von Bülow
 “Confere à função jurisdicional a força criativa de direito, ao reconhecer um direito judiciário.”
 “A lei não passa de ser um plano do ordenamento jurídico que é realizado só pelo juiz”.
DEFENSORES E TESES
Eugen Ehrlich
 “Deu a contribuição sociológica ao Movimento do Direito Livre.”
 “Em caso de silêncio da lei, pode o juiz aplicar o direito livremente descoberto consoante a sua época.”
 “O Direito da sociedade deveria prevalecer sobre o Direito legislado nas decisões judiciais.”
 “Vislumbra a existência de um Direito da Sociedade, independente do Direito legislado.” 
 A realidade jurídica divide-se em três categorias:
a) O Direito da sociedade;
b) As regras de decisão em caso de conflito;
c) As proposições abstratas do Direito, que costumam ser chamadas de leis.
 “Direito da sociedade era constituído por suas instituições básicas (matrimônio, família, posse, contrato, sucessão), que eram anteriores a toda e qualquer função legislativa.”
DEFENSORES E TESES 
Hermann Kantorowicz
 “O juiz deve decidir a seu arbítrio, a sentença não deve ser motivada e, deve haver a liberdade em toda a linhagem, em uma palavra, o direito entra em sua fase voluntarística.”
 “Há divergências sobre a amplitude da livre criação do direito, no qual: Alguns autores defendem tal possibilidade somente nos casos de silenciosa lei (analogia); Outros, no âmbito da interpretação lógica; E há aqueles que defendem a criação do direito em qualquer hipótese.”
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DA ESCOLA LIVRE DO DIREITO
“Irracionalismo gnosiológico (aquele que conhece o objeto, que é questionado pela ontologia que se preocupa com o ser).
 “Voluntarista: 'o direito é a vontade do juiz' (KANTOROWICZ).”
“Sustentava a desvinculação do juiz perante a lei no momento de decidir, pois deveria buscar antes o sentido da Justiça, mais do que aplicar a letra fria da lei.”
“ Na aplicação do Direito ao caso concreto, o que deve prevalecer é a ideia do Direito enquanto justiça;
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DA ESCOLA LIVRE DO DIREITO
“A ciência do direito deveria desenvolver-se totalmente autônoma da lei, com liberdade, criando as suas próprias definições e atuando por um procedimento integralmente livre.”
“O direito deveria adaptar-se a constante mutação do fenômeno social.”
“A insuficiência dos silogismos (conclusões através de premissas) e construções lógicas.”
A EXISTÊNCIA DE LACUNAS
A Escola do Direito Livre critica:
“O fetichismo da lei.”
“O dogma da completude da lei.”
“A monopolização jurídica pelo Estado.”
“Preconiza a necessidade de o juiz ser criativo no desempenho de suas atribuições, preenchendo as lacunas existentes no ordenamento jurídico.”
 “O Direito emanado do Estado é lacunoso e tais lacunas só podem ser preenchidas por intermédio do Direito livre.”
 “Partindo do princípio que, na lei, há tantas lacunas como palavras.”
 “A lei defeituosa é insuficiente, o juiz deve corrigi-la e completá-la.”
 “Nesta função integradora o juiz pode guiar-se por momentos subjetivos, por apreciações de interesses, pelo seu próprio sentimento, criando no posto e ao lado do direito positivo um direito livre judiciário.”
A IMPORTÂNCIA DO FATO SOCIAL 
“ Concepção de constituição: Para Ferdinand Lassale, diante do fato social a importância das normas-texto deveriam ser desconsideradas.”
“A “verdade do direito” tem seu lugar na sociedade e não no papel.”
“O ordenamento jurídico, não deve estar vinculado apenas ao Estado, mas ser livre em sua realização e constituir-se de convicções numa relação de tempo e espaço;”
A IMPORTÂNCIA DO FATO SOCIAL
“O Direito não deve ser formado por dogmas inquestionáveis, mas sim, respeitar os fatos ocorridos no âmbito social e suas conseqüências práticas.”
“O Direito Positivo não deve ser apenas imposto pelo Estado, mas também legitimado pela sociedade em razão de suas necessidades.”
O PAPEL DO JUIZ
“O juiz deve agir não apenas através da Ciência Jurídica mas também pela sua convicção pessoal.”
Pode estar embasado na lei ou fora desta, ou seja, o magistrado, na busca pela Justiça, poderá até mesmo decidir contra legem.
A grande contribuição da Escola do Direito Livre residiu na força criadora atribuída ao magistrado em motivar as suas decisões, repercutindo na formação valiosa da atual jurisprudência.
Ao julgador incumbe encontrar a solução justa, buscando depois as fontes que possam fundamentar a solução dada.
 
DIFERENÇA ENTRE DIREITO LIVRE X DIREITO NATURAL
Não confundir a escola do direito livre com o direito natural: 
 Direito Natural = é um conjunto de valores naturais, inerentes ao homem e imutáveis.
Direito Livre = é um conjunto de fatores naturais, valorativos e mutáveis, de acordo com a problemática social e o caso concreto.
“O JUIZ MAGNAUD “BOM JUIZ” E O CASO LOUISE MENARD
Magistrado Francês
 “Apelidado de o “bom juiz Magnaud”, em face de suas audaciosas e irreverentes decisões contra o texto expresso das leis, protegendo os humildes e em face dos ricos.”
 “Sempre decidia os conflitos de interesses à luz do seu critério pessoal de Justiça.”
CASO LOUISE MENARD
“Foi julgado por Magnaud.”
“Roubou comida.”
 “O juiz a absolveu, mesmo não havendo no CP a “furto famélico”.”
PRINCÍPIOS HERMENÊUTICOS DA CONSTITUIÇÃO
Princípios constitucionais, no qual, a escola do Direito Livre se difere ou se aproxima:
Princípio da Justeza (diferindo o concepção de justeza do direito livre).
Interpretação Conforme a Constituição (Soberania da normas e seus princípios).
Máxima efetividade das normas constitucionais (maior frequência no âmbito dos direitos fundamentais).
Princípio do Efeito Integrador (maior integração político-social). 
PRINCÍPIOS HERMENÊUTICOS DA CONSTITUIÇÃO
Princípio da Razoabilidade e Proporcionalidade:
Razoabilidade: Permite ao Poder Judicário investigar o próprio mérito dos atos do poder
público, a fim de verificar se esses atos são razoáveis, ou sejam, se estão conforme a razão, supondo equilíbrio, moderação e harmonia (anglo-saxônico) 
A proporcionalidade é gerada pelo Direito Romano Germânico. Proporciona em sentido estrito, necessidade e adequação “os fins justificam os meios.”
IMPEACHMENT
Impeachment, impedimento ou impugnação de mandato é um termo que denomina o processo constitucional de cassação de mandato do chefe máximo ou supremo, no Brasil do poder executivo pelo congresso nacional, pelas assembleias estaduais ou pelas câmaras municipais.
 A denúncia válida pode ser “evidente a existência de Organização Criminosa”, seja, “por crime comum, crime de responsabilidade, abuso de poder, desrespeito às normas constitucionais ou violação de direitos pétreos previstos na constituição.
LEI DO IMPEACHMENT 
LEI Nº 1.079/1950
CAPÍTULO V
DOS CRIMES CONTRA A PROBIDADE NA ADMINISTRAÇÃO
Art. 9º São crimes de responsabilidade contra a probidade na administração:
1 - omitir ou retardar dolosamente a publicação das leis e resoluções do Poder Legislativo ou dos atos do Poder Executivo;
2 - não prestar ao Congresso Nacional dentro de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa, as contas relativas ao exercício anterior;
3 - não tornar efetiva a responsabilidade dos seus subordinados, quando manifesta em delitos funcionais ou na prática de atos contrários à Constituição;
LEI DO IMPEACHMENT 
LEI Nº 1.079/1950
4 - expedir ordens ou fazer requisição de forma contrária às disposições expressas da Constituição;
5 - infringir no provimento dos cargos públicos, as normas legais;
6 - Usar de violência ou ameaça contra funcionário público para coagí-lo a proceder ilegalmente, bem como utilizar-se de suborno ou de qualquer outra forma de corrupção para o mesmo fim;
7 - proceder de modo incompatível com a dignidade, a honra e o decôro do cargo.
LEI DO IMPEACHMENT 
LEI Nº 1.079/1950
CAPÍTULO VI
DOS CRIMES CONTRA A LEI ORÇAMENTÁRIA
Art. 10. São crimes de responsabilidade contra a lei orçamentária:
1- Não apresentar ao Congresso Nacional a proposta do orçamento da República dentro dos primeiros dois meses de cada sessão legislativa;
2 - Exceder ou transportar, sem autorização legal, as verbas do orçamento;
3 - Realizar o estorno de verbas;
LEI DO IMPEACHMENT 
LEI Nº 1.079/1950
4 - Infringir , patentemente, e de qualquer modo, dispositivo da lei orçamentária.
8- deixar de promover ou de ordenar a liquidação integral de operação de crédito por antecipação de receita orçamentária, inclusive os respectivos juros e demais encargos, até o encerramento do exercício financeiro;  (Incluído pela Lei nº 10.028, de 2000)
9- ordenar ou autorizar, em desacordo com a lei, a realização de operação de crédito com qualquer um dos demais entes da Federação, inclusive suas entidades da administração indireta, ainda que na forma de novação, refinanciamento ou postergação de dívida contraída anteriormente; (Incluído pela Lei nº 10.028, de 2000)
11) ordenar ou autorizar a destinação de recursos provenientes da emissão de títulos para finalidade diversa da prevista na lei que a autorizou; (Incluído pela Lei nº 10.028, de 2000)
PROCESSO DO IMPEACHMENT
PROCESSO DO IMPEACHMENT
PROCESSO DO IMPEACHMENT
PROCESSO DO IMPEACHMENT
PROCESSO DO IMPEACHMENT
PROCESSO DO IMPEACHMENT
PROCESSO DO IMPEACHMENT
ESCOLA DO DIREITO LIVRE CORRELACIONADO AO IMPEACHMENT
REFERÊNCIAS 
Disponível em: 
http://www.migalhas.com.br/arquivos/2015/9/art20150901-04.pdf
Disponível em: http://exame.abril.com.br/brasil/noticias/veja-a-integra-da-defesa-de-dilma-rousseff
Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Impeachment
Disponível em: http://www2.camara.leg.br/atividadelegislativa/orcamentobrasil/loa/loa-2016
Disponível em: http://www.migalhas.com.br/dePeso/16%2cMI229043%2c11049-Crimes+de+responsabilidade+e+impeachment
Disponível em: http://repensandodireito.blogspot.com.br/2007/11/aula-de-hermenutica-jurdica-escolas-de_13.html
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=v8yi1zfu2vs
Disponível em: http://www.ambito-juridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=14237
Disponível em: https://jus.com.br/artigos/29348/os-principais-sistemas-interpretativos-da-hermeneutica-juridica-classica

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