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* * * MEDULA ESPINHAL 1. Anatomia externa: massa cilindróide de tecido nervoso situada no canal vertebral, sem ocupá-lo completamente.; No adulto mede, aproximadamente, 45cm, sendo pouco menor na mulher. Limita-se cranialmente com o BULBO, ao nível do forame magno do osso occipital; caudalmente, no adulto, termina ao nível da 2ª. vértebra lombar (L2); afunila-se para formar o cone medular, que continua com um delgado filamento meníngeo, o filamento terminal. * * MEDULA ESPINHAL 1. Anatomia externa: de forma cilíndrica, apresenta dilatações – intumescência cervical e intumescência lombar, àreas de conexão entre a medula e grossas raízes nervosas que formam o plexo braquial (inerva os MMSS) e o plexo lombossacral (inerva os MMII). Na ME, a substância cinzenta situa-se dentro da branca e apresenta a forma de uma borboleta ou H. * * MEDULA ESPINHAL * * MEDULA ESPINHAL 1. Anatomia externa: No centro da substância cinzenta localiza-se o canal central da medula. Conexões com os nervos espinhais: As fibras nervosas formam funículos ou cordões; Nos sulcos lateral anterior e lateral posterior se conectam os filamentos nervosos radiculares, que se unem para formar, respectivamente, as raízes ventral e dorsal dos nervos espinhais. As duas raízes se unem para formação dos nervos espinhais. * Raízes Nervosas * MEDULA ESPINHAL Substância cinzenta: (corpos de neurônio e neuróglias) Cornos anteriores – neurônios motores somáticos. Cornos posteriores - neurônios sensitivos somáticos e autônomos. Cornos laterais (segmentos torácicos [T1] a lombar superior [L2] e sacral) - neurônios motores autônomos - pré-ganglionares simpáticos. * * MEDULA ESPINHAL * Cornos anteriores Corpos celulares dos neurônios motores inferiores, que inervam os músculos estriados Cornos posteriores Local de terminação das fibras aferentes; tem participação importante na transmissão de impulsos nociceptivos para o encéfalo * MEDULA ESPINHAL Substância branca: (tractos de fibras nervosas - possuem a mesma origem, destino e função; fibras mielínicas) Funículos anteriores Funículos posteriores Funículos laterais * * MEDULA ESPINHAL Na porção cervical da medula, o funículo posterior é dividido pelo sulco intermediário posterior em fascículo grácil e fascículo cuneiforme. * Fun. anterior Fun. posterior Fun. lateral * MEDULA ESPINHAL Substância cinzenta: (corpos de neurônio e neuróglias) Cada um desses funículos contém um ou mais tractos ou fascículos. Um tracto é composto de fibras nervosas que possuem a mesma origem, destino e função. O funículo posterior contém apenas um tracto de fibras ascendentes, enquanto os funículos lateral e anterior contêm vários tractos ascendentes e descendentes. * * MEDULA ESPINHAL * Raízes Nervosas A conexão com os nervos espinhais marca a segmentação da medula. * MEDULA ESPINHAL 1. Anatomia externa: São 31 pares de nervos espinhais que correspondem a 31 segmentos medulares: 8 cervicais, 12 torácicos, 5 lombares, 5 sacrais e 1 coccígeo. São 8 pares de nervos cervicais e apenas 7 vértebras cervicais, porque o 1º. par de nervos espinhais sai entre o occipital e C1. * * MEDULA ESPINHAL Em consequência da diferença de ritmos de crescimento entre a coluna e a medula, tem-se o afastamento dos segmentos medulares das vértebras correspondentes. No adulto, as vértebras T11 e T12 correspondem aos segmentos lombares. Relação entre o nível da medula e cada vértebra (regra): entre os níveis C2 e T10, soma-se 2 ao processo espinhoso da vértebra = segmento medular subjacente. Aos processos espinhosos de T11 e T12 correspondem os 5 segmentos lombares, enquanto ao processo espinhoso de L1 corresponde aos 5 segmentos sacrais. * * MEDULA ESPINHAL 2. Dermátomos e miótomos: Área da pele inervada por uma única raiz nervosa dorsal (sensitiva) constitui um dermátomo. Dermátomos: essencial à localização do nível de uma lesão na medula espinhal Relação território corpóreo (dermátomo) = região posterior da cabeça (C2); ombro (C4); polegar (C6); dedo médio (C7); dedo mínimo da mão (C8); papila mamária (T4, T5); umbigo (T10); região inguinal (L1); hálux (L4, L5); dedo mínimo do pé (S1); órgãos genitais externos e região perianal (S4, S5). * * MEDULA ESPINHAL 2. Dermátomos e miótomos: Grupos de músculos inervados a partir de um único segmento medular constituem um miótomo. Conhecimento dos miótomos (clinicamente relevantes) - útil na localização do nível de uma lesão na medula espinhal. Relação miótomo (segmento medular) = deltóide (C5); bíceps (C6); tríceps (C7); hipotenar (T1); quadríceps femoral (L4); extensor do hálux (L5); gastrocnêmio (S1) e esfíncter interno do ânus (S3, S4). * * MEDULA ESPINHAL Tractos Ascendentes e Descendentes: As grandes vias aferentes podem ser consideradas como cadeias neuronais, unindo os receptores ao córtex cerebral (nível consciente). Nas vias inconscientes, é constituída por apenas dois neurônios (o primeiro e o segundo neurônio), e termina em níveis subconscientes, como o cerebelo. Primeiro neurônio: geralmente fora do SNC, em um gânglio sensitivo. É um neurônio sensitivo, pseudo-unipolar, com um prolongamento periférico (se liga ao receptor)e outro central (penetra no SNC pela raiz posterior dos nervos espinhais ou por um nervo craniano). Segundo neurônio: na coluna posterior da substância cinzenta da ME ou em núcleos de nervos cranianos do TE. Terceiro neurônio: no tálamo; origina um axônio que chega ao córtex cerebral por uma radiação talâmica. * * MEDULA ESPINHAL Tractos Ascendentes: Fascículo grácil (tato epicrítico e propriocepção consciente do MI); Fascículo cuneiforme (tato epicrítico e propriocepção consciente do MS); Tracto espinocerebelar anterior (propriocepção inconsciente p/ o cerebelo); Tracto espinocerebelar posterior (propriocepção inconsciente p/ o cerebelo); Tracto espinotalâmico anterior (tato protopático); Tracto espinotalâmico lateral (dor e temperatura). * * MEDULA ESPINHAL Tractos Descendentes: Tracto corticospinhal anterior (motricidade voluntária); Tracto corticospinhal lateral (motricidade voluntária); Tracto rubrospinhal (tônus muscular e postura); Tracto vestibulospinhal lateral (e medial) (controle da postura ereta e equilíbrio); Tracto reticulospinhal lateral e anterior (controle do movimento e postura); Tracto tetospinhal (controle da posição da cabeça associado aos movimentos oculares). * * MEDULA ESPINHAL Os termos “sistema piramidal”, “tractos piramidais” ou “vias piramidais” são sinônimos; são os principais tractos motores (eferentes) que comandam os movimentos voluntários ou conscientes (tractos corticospinhal anterior e corticospinhal lateral). “Sistema extrapiramidal”, “tractos extrapiramidais” ou “vias extrapiramidais” são sinônimos; são os principais tractos motores que comandam os movimentos automáticos e aprendidos, a regulação do tônus muscular e a regulação da postura (tractos rubrospinhal, vestibulospinhal, reticulospinhal e tetospinhal). * * MEDULA ESPINHAL Atualmente, a área na medula espinhal dos tractos espinotalâmico anterior e lateral chama-se sistema ântero-lateral. Sistema lateral: tracto corticospinhal lateral (piramidal), o tracto rubrospinhal (extrapiramidal). Sistema medial: somente tractos extrapiramidais: reticulospinhal anterior, vestibuloespinhal lateral e tetospinhal. * * MEDULA ESPINHAL 3. Meninges A medula espinhal é revestida por 3 membranas fibrosas - as meninges: pia-máter, aracnóide-máter e dura-máter. CONTROLE DO AMBIENTE NEURONAL Proteção contra variações extremas na composição do fluido extracelular Regulação da circulação do SNC Barreira hematoencefálica Troca de substâncias com o líquidocefalorraquidiano * * * MEDULA ESPINHAL - MENINGES Dura-máter Espaço epidural (extradural) Aracnóide Espaço subdural Pia-máter Espaço subaracnóide Formação das Meninges da Medula Espinhal: Dura-máter – do mesênquima – mesoderma que envolve o tubo neural : paquimeninge. Pia-máter e Aracnóide - originam-se das células das cristas neurais: Leptomeninges * * Dura-máter Espaço epidural (extradural) Aracnóide Espaço subdural Pia-máter Espaço subaracnóide MENINGES - ENCÉFALO * * MEDULA ESPINHAL - MENINGES * MENINGES * A dura-máter espinhal envolve a medula espinhal como se fosse um dedo de luva, o “saco-dural”. Cranialmente, a parte espinhal da dura-máter se junta com a parte cranial da dura-máter, caudalmente, termina em um “fundo de saco” ao nível da vértebra S2. * * aula 01 MENINGES Dura–máter: camada mais externa, espessa, resistente e fibrosa; protege o tecido nervoso do ponto de vista mecânico. Aracnóide: camada intermédia, de fibras colágenas, elásticas, é mais fina; responsável pela produção do líquido cefalorraquidiano. Pia-máter: camada mais interna, transparente (fibras colágenas e elásticas), muito fina; é a única membrana vascularizada. * MENINGES Exploração clínica do espaço Subaracnóideo ao nível da ME (filamento terminal e raízes da cauda equina): Finalidades: Retirada de líquor para fins terapêuticos ou de diagnósticos nas punções lombares. Medida de pressão do líquor. Introdução de contrastes. Introdução de anestésicos (anestesias raquidianas) * * MENINGES Anestesias nos espaços meníngeos: Bloquear raízes nervosas que atravessam os espaços meníngeos. Cirurgias de extremidades inferiores, do períneo, da cavidade pélvica e algumas abdominais. Anestesias raquidianas: Anestésico no espaço subaracnóideo - agulha (espaços entre L2-L3, L3-L4 ou L4-L5) Perfura a pele, a tela subcutânea, o ligamento interespinhoso, o ligamento amarelo, a dura-máter e a aracnóide Líquor gotejado na extremidade da agulha indica o espaço subaracnóide. * * MENINGES Anestesias epidurais ou peridurais: Região lombar, geralmente – anestésico no espaço epidural - atinge os forames intervertebrais, por onde passam as raízes dos nervos espinhais Perfuração do ligamento amarelo - súbita baixa resistência. Menor efeito colateral (dor de cabeça e vazamento de líquor) Procedimento mais difícil * * * Sangue arterial Cerebral e espinhal Barrreira Hemato-encefálica Barrreira Hematoli-quórica Compartimento do LCR Vênulas e Veias Pós-capilares Veias cerebrais Vilosidade aracnóide Sangue venoso dos seios durais e veias espinhais Compartimento intracelular do cérebro -Neurônios -Neuróglia Separa sangue do LCR – ventrículos e plexo coróide Separa sangue dos tecidos cerebrais Comparti-mento extracelu-lar do cérebro * * Barreira Hemato-encefálica * * Volume: 80ml a 150 ml – renova-se a cada 8h. Ocupa o espaço subaracnóide e os ventrículos * * Meninges da Medula Espinhal * Suprimento Sanguíneo Encefálico Encéfalo – 2 % do peso corporal – consumo de 20 % do oxigênio Interrupção do fluxo sanguíneo – perda da consciência Privação de O2 no cérebro – lesão dos neurônios Glicose: principal fonte de energia para as células encefálicas Barreira hematoencefálica (BHE) – proteção contra subst. nocivas e patógenos Permite a passagem de: Substâncias lipossolúveis Oxigênio / Gás carbônico Álcool / Anestésicos barreiras encefálicas: impedem ou dificultam a passagem de substâncias do sangue p/ o tecido nervoso, do sangue p/ o líquido cerebrospinal ou do líquido cerebrospinal p/ o sangue; dificultam a troca de substâncias entre o tecido nervoso e os diversos compartimentos de líquido da parte central do SN. * * Funções do Líquor Proteção contra lesões físicas e químicas Transporte de nutrientes (glicose, oxigênio) Remoção de resíduos e substâncias tóxicas Remoção do excesso de neurotransmissores * Acúmulo de Líquor Elevação na pressão intracraniana - HIDROCEFALIA * * Líquor - LCS Proteção mecânica: protetor ou amortecedor (choques) entre o encéfalo e a dura-máter com o crânio adjacente - proteção do SNC contra traumatismo. Via de eliminação de produtos do metabolismo do SNC (meio líquido estável) - defesa contra agentes infecciosos. Suporta o peso do encéfalo no interior do crânio. Plexos coróides: são dobras da pia-mater Função secretar o LCR Aplicação clínica: Testes diagnósticos (Infecções, Hemorragias, Doenças Degenerativas, D. Neoplásicas). * Correlações anatomoclínicas - Patologias relacionadas Meningite: inflamação das meninges; causada por vírus ou bactérias. Meningites virais (mais leves) sintomas se assemelham aos da gripe e resfriados. M. bacteriana – causada principalmente pelos meningococos, pneumococos ou hemófilos – altamente contagiosa e geralmente grave (doença meningocócica mais séria). Doença de Parkinson: acentuada redução de dopamina nos centros motores, causando tremores, lentidão e dificuldade de locomoção Doença de Alzheimer: Formação defeituosa de uma proteína (TAU) que participa dos microtúbulos com consequente destruição dos neurônios. Afeta a memória, o aprendizado e a fala. * * Correlações anatomoclínicas - Patologias relacionadas Hidrocefalia: - aumento da quantidade e da pressão do líquor, levando à dilatação dos ventrículos e compressão do tec. nervoso. H. Comunicante: aumento na produção ou deficiência na absorção do líquor; H. Não-comunicante: ocorre por obstrução no trajeto do líquor; mais frequente. Hipertensão Intercraniana: - ocorre por aumento de volume de qualquer componente da cavidade craniana – tumores, hematomas ou processos expansivos intracranianos. * * * aula 01 VENTRÍCULOS CEREBRAIS Cavidades encontradas entre os hemisférios cerebrais, revestidas de epêndima, que contém o líquido cérebro-espinhal (céfalorraquidiano) – LCE/LCR; nutrição, proteção e excreção Ventrículos Laterais III Ventrículo IV Ventrículo forame interventricular aqueduto cerebral * * Ventrículos Cavidades Ventrículos laterais III Ventrículo IV ventrículo Comunicação: Forames interventriculares (ou de Monro) Aqueduto cerebral Forames de Magendie e Luschka * * Ventrículos * * * * * * *
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