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RESUMO PROCESSO PENAL parte geral

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AÇÃO PENAL
CONCEITO: È o direito de pedir ao estado juiz a aplicação do direito penal objetivo a um caso concreto. É também o direito subjetivo do estado-administração, de pleitear ao estado-juiz a aplicação do direito penal objetivo, com a consequente satisfação da pretensão punitiva.
Ação penal é o direito que tem o acusador ( publico ou privado) de, mediante o devido processo legal, provocar o estado a dizer o direito ao caso concreto, solucionando, desse modo, conflito de interesse surgido no meio social. É de natureza instrumental, possibilitando a persecução penal em juízo.
ESPÉCIES
Art. 100 do código penal:
	- A ação penal é púbica, salvo quando a lei expressamente a declara privativa do ofendido.
§ 1º - a ação penal é promovida pelo ministério publico, dependendo, quando a lei o exige, de representação do ofendido ou de requisição do ministério público.
§ 2º - a ação de iniciativa privada é promovida mediante queixa do ofendido ou de quem tenha qualidade para representa-lo.
§ 3º - a ação de iniciativa pode intentar-se nos crimes de ação publica, se o ministério público não oferece denuncia no prazo legal.
§ 4 – no caso de morte do ofendido ou de ter sido declarado ausente por decisão judicial o direito de oferecer queixa ou de prosseguir na ação passa ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão.
A ação penal é publica, salvo quando a lei, expressamente, a declara privativa do ofendido.
Dentro dos casos de ação penal publica ( exclusiva do mp) há outra subdivisão:
AÇÃO PENAL PUBLICA INCONDICIONADA:
O mp promoverá a ação penal através da denuncia, independentemente da vontade ou interferência de quem quer que seja, bastando, para tanto, que concorram as condições da ação e os pressupostos processuais.
Há crimes que ofendem sobremaneira a estrutura social e, por conseguinte, o interesse geral. Por isso são puníveis mediante ação penal publica incondicionada.
LEGITIMADOS → MINISTÉRIO PÚBLICO.
AÇÃO PENAL PUBLICA CONDICIONADA:
A atividade fica condicionada à vontade do ofendido ou do seu representante legal a promoção da ação penal.
Casos que afetando imediatamente a esfera intima do particular e apenas mediatamente o interesse geral, continuam de iniciativa pública, MINISTÉRIO PÚBLICO, mas condicionada á vontade do ofendido, em respeito à sua intimidade ou do ministro da justiça, conforme for. São hipóteses de ação penal publica CONDICIONADA Á REPRESENTAÇÃO.
LEGITIMADOS → MINISTÉRIO PÚBLICO MEDIANTE REPRESENTAÇÃO DO OFENDIDO.
 
AÇÃO PENAL PRIVADA
Ação penal é promovida pela vítima ou seu representante legal, por meio de queixa-crime.
Casos em que , por sua vez, atingem imediatamente e profundamente o interesse do sujeito passivo da infração. Na maioria desses casos, pela dependência do crime, a instrução probatória fica, quase que por inteiro, na dependência do concurso do ofendido. Em face disso, o estado lhe confere o próprio direito de ação, conquanto mantenha para si o direito de punir, a fim de evitar que a intimidade, devassada pela infração, venha a sê-lo novamente pelo processo.
A AÇÃO PENAL PUBLICA É A REGRA
A AÇÃO PENAL PRIVADA É A EXCESSAO
Não havendo expressa disposição legal sobre a forma de se proceder, a ação será pública incondicionada
Se houver expressa disposição legal a forma de se proceder a ação, será publica condicionada
Ou então será privada conforme o caso
Sempre que for condicionada ou privada o dispositivo legal informará a forma de processamento.
CONDIÇÕES DA AÇÃO
São requisitos que subordinam o exercício do direito de ação. 
→ possibilidade jurídica do pedido
→ interesse de agir
→ legitimidade para agir
#POSSIBILIDADE JURIDICA DO PEDIDO
	A providência pedida ao poder judiciário só será viável se o ordenamento, em abstrato, expressamente a admitir. Nesse passo, a denuncia devera ser rejeitada quando o fato narrado não constituir crime.
#INTERESSE DE AGIR
	→ necessidade
	→ utilidade do uso das vias jurisdicionais para a defesa do interesse material pretendido
	→adequação á causa
A necessidade é inerente ao processo penal, não será recebida a denuncia, quando já estiver extinta a punibilidade do acusado, já que, nesse caso a perda do direito material de punir resultou na desnecessidade de utilização das vias processuais. Tendo em vista a impossibilidade de se impor pena sem o devido processo legal.
A utilidade se traduz na eficácia da atividade jurisdicional para satisfazer o interesse do autor.
Por fim, a adequação reside no processo penal e no pedido de sanção penal.
#LEGITIMAÇÃO PARA AGIR
Legitimidade para ocupar o polo ativo na relação processual é feito pelo ministério publico, na ação penal pública (condicionada e incondicionada), e pelo ofendido, na ação penal privada (cpp , art. 24, 29 e 30)
Legitimidade para ocupar o polo passivo da relação processual é pelo provável autor do fato.
Legitimidade ad processum, é a capacidade para estar no polo ativo, em nome próprio, e na defesa de interesse próprio.
Partes legitimas, ativa e passiva, são os titulares dos interesses materiais em conflito; em outras palavras, os titulares da relação jurídica levada ao processo. No processo penal, os interesses em conflito são: o direito de punir, conteúdo da pretensão punitiva e do direito de liberdade. O titular do primeiro é o estado, que é, por isso, o verdadeiro legitimado, exercendo-o por intermédio do ministério publico. Não é por outro motivo que se diz eu o ofendido, na titularidade da ação privada, é senão um substituto processual – legitimação extraordinária- visto que só possui o direito de acusar, exercendo o em nome próprio, mas no interesse alheio, isto é, do estado. Legitimados passivos são os suspeitos da pratica da infração, contra os quais o estado movimenta a persecução acusatória visando a imposição de alguma pena.
→ as condições da ação devem ser analisadas pelo juiz quando do recebimento da queixa ou da denuncia, de oficio. Faltando qualquer uma delas, o magistrado deverá rejeitar a peça inicial, nos termos do art. 395, II, do código de processo penal. Se não fizer nesse momento, nada impede, alias, impõe-se , que ele o faça a qualquer instante, em qualquer instancia, decretando, se for o caso, a nulidade absoluta do processo (cpp 564,II.
“ oferecida a denuncia ou queixa, o juiz:
→ analisará se não é o caso de rejeição liminar (devera avaliar todos os requisitos do art. 395) → se não for o caso de rejeição liminar, recebe-la-a e ordenará a citação do acusado para responder á acusação, por escrito, no prazo de dez dias (cpp, art. 396-A). após o cumprimento do disposto no art 396-A, e parágrafos, o juiz devera absolver sumariamente o acusado quando verificar: 
A existência de manifesta causa excludente de ilicitude do fato;
A existência de manifesta causa de excludente de culpabilidade do agente, alvo inimputabilidade;
Que o fato narrado evidentemente não constitui crime;
Extinta a punibilidade do agente.
AÇÃO PENAL PUBLICA INCONDICIONADA À REPRESENTAÇÃO
#TITULARIDADE
A atual constituição da república atribui ao ministério público, com exclusividade, a propositura da ação penal, seja ela incondicionada ou condicionada à representação. 
→ A constituição prevê uma única exceção: caso o mp não ofereça denuncia no prazo legal, é admitida ação penal privada subsidiária da pública, proposta pelo ofendido ou seu representante legal. A ressalva está prevista, também, nos arts. 29 do código de processo penal, e 100, § 3º, do código penal.
#PRINCÍPIOS
	→PRINCIPIO DA OBRIGATORIEDADE: não pode o mp recusar-se a dar inicio à ação penal. 
	No brasil, vigora o principio da legalidade, ou obrigatoriedade, impondo ao órgão do ministério publico, dada a natureza indisponível do objeto da relação jurídica material, a sua propositura, sempre que a hipótese preencher os requisitos mínimos exigidos. Não cabe a ele adotar critérios de politica ou de utilidade social.
	O controle do principio é feito pelo juiz, o qual exerce, neste caso, uma função anormal,e, em segundo, pelo procurador-geral de justiça.
DEVENDO DENUNCIAR E DEIXANDO DE FAZÊ-LO, O PROMOTOR PODERÁ ESTAR COMETENDO CRIME DE PREVARICAÇÃO.
	→PRINCIPIO DA INDISPONIBILIDADE: oferecida a ação penal, o mp dela não pode desistir (CPP, art. 42). Esse principio nada mais é que a manifestação do principio anterior no desenvolvimento do processo penal. A proibição é expressa no artigo 42 do código de processo penal, chegando a atingir, inclusive a matéria recursal, pois o mp não poderá desistir do recurso que haja interposto.
O caráter indisponível da ação penal permite que o juiz reconheça na sentença a ocorrência de circunstancia qualificadora mencionada na denuncia, a despeito de o mp, nas alegações finais, haver se manifestado por sua exclusão.
	→ PRINCIPÍO DA OFICIALIDADE: os órgãos encarregados da persecução penal são oficiais, isto é, públicos. A função penal é de índole eminentemente publica. O estado e o titular exclusivo do direito de punir, que so se efetiva mediante o devido processo legal, o qual tem seu inicio com a propositura da ação penal. Com exceção para os casos de ação privada subsidiaria, de titularidade do ofendido ou do seu representante legal.
	→ PRINCIPIO DA AUTORITARIEDADE: são autoridades publicas os encarregados da persecução penal extra e in judicio ( respectivamente, autoridade policial e membro do mp).
	
	→PRINCIPIO DA OFICIOSIDADE: os encarregados da persecução penal devem agir de oficio, independentemente de provocação, salvo nas hipóteses em que a ação penal publica for condicionada a representação ou a requisição do ministro da justiça.
	→ PRINCIPIO DA INDIVISIBILIDADE: a ação penal publica deve abranger todos aqueles que cometeram a infração. A regra é desdobramento do principio da legalidade: se o ministério publico esta obrigado a propor a ação penal publica, é obvio que não poderá, dentre os indiciados, quais serção processados, pois isso implicaria necessariamente a adoção do principio da oportunidade em relação ao perdoado.
AÇÃO PENAL PUBLICA CONDICIONADA À REPRESENTAÇÃO
#CONCEITO: é aquela cujo exercício se subordina a uma condição. Essa condição tanto pode ser a manifestação de vontade do ofendido ou de seu representante legal como também pode ser feita a requisição do ministro da justiça.
OBS: mesmo nesses casos a ação penal continua sendo publica, exclusiva do mp, cuja atividade fica apenas subordinada a uma daquelas condições dos artigos 100cp §1ºou artigo 24cpp.
Por ser exceção à regra de que todo crime se processa mediante ação publica incondicionada, os casos sujeitos à representação ou requisição encontram-se explícitos em lei.
#AÇÃO PENAL PUBLICA CONDICIONADA A REPRESENTAÇÃO.
O mp, titular dessa ação, só pode a ela dar inicio se a vitima ou seu representante legal o autorizarem, por meio de uma manifestação de vontade.
Sem a permissão da vítima, nem sequer poderá ser instaurado o inquérito policial (cpp, art 5º§4º).
Todavia iniciada a ação penal, o mp a assume incondicionalmente, a qual passa a ser informada pelo principio da indisponibilidade do objeto do processo, sendo irrelevante qualquer tentativa de retratação.	
#NATUREZA JURIDICA DA REPRESENTAÇÃO
	 A representação é a manifestação de vontade do ofendido ou do seu representante legal no sentido de autorizar o desencadeamento da persecução penal em juízo. Sem a representação do ofendido ou, quando for o caso, sem a requisição do ministro da justiça, não se pode dar inicio à persecução penal.
#TITULAR DO DIREITO DE REPRESENTAÇÃO
	Se o ofendido contar menos de 18 anos ou for mentalmente enfermo, o direito de representação cabe exclusivamente a quem tenha a qualidade para representa-lo. Ao completar 18 anos, o ofendido adquire plena capacidade para ofertar a representação, deixando de existir a figura do representante legal, a não ser que, embora maior, seja doente mental.
Pode também ser exercido por procurador com poderes especiais (cpp artigo 39 caput). No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por decisão judicial, o direito e representação passará ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão ( cpp artigo 24§ 1º).
No tocante aos companheiros reunidos pelo laço da união estável, tem-se que a cf, em seu artigo 226§ 3º, reconhece expressamente a união estável entre homem e mulher como entidade familiar. Assim, no conceito de cônjuge, devem ser incluídos os companheiros. Não se trata aqui de interpretação extensiva da norma penal, ou seja, de analogia in malam parte, mas, sim, de mera declaração do seu conteúdo de acordo com o preceito constitucional.
Comparecendo mais de um sucessor do direito de representação, aplica-se, por analogia, o disposto no art 36 do código de processo penal, que regula o problema nos casos de concorrência no exercício do direito de queixa.
Se o ofendido for incapaz (por razoes de idade ou de enfermidade mental) e não possuir representante legal, o juiz, de oficio ou a requerimento do mp, nomeara um curador especial para analisar a conveniência de oferecer a representação. Note-se que ele não esta obrigado a representar. O mesmo procedimento devera ser adotado se os interesses do representante colidirem com os do ofendido incapaz (artigo 33 cpp).
As pessoas jurídicas também poderão representar desde que o façam por intermédio da pessoa indicada no respectivo contrato ou estatuto social, ou, no silencio destes, pelos seus diretores ou sócios-gerentes (cpp art 37).
#PRAZO
Salvo disposição em contrario, o ofendido, ou seu representante legal, decairá no direito de queixa ou de representação, se não o exercer dentro do prazo de 6 meses, CONTADO DO DIA EM QUE VIER A SABER QUEM É O AUTOR DO CRIME, ou no caso do art. 29 do cpp, do dia em que se esgotar o prazo para o oferecimento da denúncia (cpp artigo 38) no mesmo sentido, o artigo 103 do código penal.
O prazo não se suspende nem se prorroga, e cuja influencia, iniciada a partir do conhecimento da autoria da infração, é causa extintiva da punibilidade do agente.
Cuidando-se de menor de dezoito anos ou, se maior, de possuidor de doença mental, o prazo não fluirá para ele enquanto não cessar a incapacidade (decorrente da idade ou da infermidade), porquanto não s epode falar em decadência de um direito que não se pode exercer. O prazo flui todavia, para o representante legal, desde que ele saiba quem é o autor do ilícito penal.
Com o desaparecimento da figura do representante legal para os maiores de 18 anos, passou a existir um só legitimado e, por conseguinte, apenas um prazo. No entanto, no caso do menor de 18 anos, continuam a existir dois prazos decadenciais: o do representante legal, que se inicia a partir do respectivo conhecimento da autoria, e o do menor, que só começa a correr no dia em que completa 18 anos. Não interessa se decorreu o prazo decadencial para seu representante legal, pois o do menor continua intacto ante a sumula 594 do STF. E só começa a fluir no momento em que ela tiver capacidade para exercer o seu direito. Convem ainda ressaltar que, tao logo o menor de 18 anos complete essa idade, cessa a figura do representante legal e extingue-se o direito de este oferecer queixa ou representação, ainda que não se tenha encerrado o prazo decadencial.
Computa-se o dia do começo e exclui o do final.
No caso de morte ou ausência judicialmente declarada do ofendido, o prazo, caso a decadência ainda não tenha se operado, começa a correr da data em que o cônjuge, ascendente, descendente ou irmão tomarem conhecimento da autoria (cpp art. 38, paragrafo único).
#FORMA
	A representação não tem forma especial. O cpp, todavia , estabelece alguns preceitos a seu respeito (art 39§ 1º e 2º), mas a falta de um ou de outro não será, em geral, bastante para invalidá-la. Obvio que a ausência de narração do fato a tornará inócua. A representação prescinde de rigor formal, bastando a demonstração inequívoca do interesse do ofendido ou de representante legal.
	Dessa forma, não se exige a existência de uma peça formal, denominada “representação”, bastandoque dos autos de possa inferir, com clareza. Aquele desígnio do ofendido. Assim, servem como representação as declarações prestadas à policia pelo ofendido, identificando o autor da infração penal, o BO etc.
	Atualmente para fins de oferecimento da representação, admite-se qualquer pessoa que detenha a guarda de fato do ofendido ou de quem ela dependa economicamente, pouco importando tratar-se de parente afastado, amigo da família ou até mesmo um vizinho. 
	Feita a representação contra apenas um dos suspeitos, esta se estenderá aos demais, autorizando o mp a propor a ação em face de todos, em atenção ao principio da indivisibilidade da ação penal, consectário do principio da obrigatoriedade. É o que se chama de eficácia objetiva da representação.
#DESTINATÁRIO
	 Pode ser dirigida ao juiz, ao representante do mp ou à autoridade policial
	→ AO JUIZ:	 Se houver elementos suficientes para instruir a denuncia, o juiz devera remetê-la diretamente ao mp, para o seu oferecimento. Não havendo tais elementos, devera o magistrado encaminhá-la à autoridade policial, com a requisição de instauração de inquérito. Se oral ou por escrito, mas sem assunatura autenticada, o juiz deverá reduzi-la a termo.
	→AO MINISTERIO PUBLICO: Se o ofendido ou quem de direito fizer a representação por escrito e com firma reconhecida, oferecendo com ela todos os elementos indispensáveis à propositura da ação penal, o órgão do mo, dispensando o inquérito, devera oferecer denuncia no prazo de quinze dias, contado da data em que conhecer a vontade do representante. Do contrario, devera requisitar à autoridade policial a instauração de inquerito, fazendo a representação acompanhar a requisição, ou, então devera pedir o arquivamento das peças de informação. Se oral ou por escrito, mas sem firma reconhecida, devera reduzi-la a termo, observando-se tudo o que se disse quanto à existência de elementos para a propositura da ação.
	→ À AUTORIDADE POLICIAL: Se por escrito e com firma reconhecida, a autoridade deverá instaurar o IP (CPP ART 5º § 4º) ou, sendo incompetente, deverá remetê-la à autoridade que tiver atribuição para fazê-lo (CPP Art 39 §3º). Se feita oralmente ou por escrito, mas sem firma reconhecida, a representação deverá ser reduzida a termo.
#IRRETRATABILIDADE
	A representação é irretratável após o oferecimento da denuncia (CPP art 25; CP art 102). A retratação só pode ser feita antes de oferecida a denúncia, pela mesma pessoa que representou. A revogação da representação após esse ato processual não gera qualquer efeito. Essa revogação, como é obvio, não e confunde com a do art. 107 , VI, do CP, feita pelo próprio agente do crime, a fim de alcançar a extinção da punibilidade.
#NÃO VINCULAÇÃO
	A representação não obriga o mp a oferecer a denuncia, devendo este analisar se é ou não o caso de propor a ação penal, podendo concluir pela sua instauração, pelo arquivamento do inquérito, ou pelo retorno dos autos à policia, para novas diligencias. Não está, da mesma forma, vinculado à definição jurídica do fado constante da representação.
#AÇÃO PENAL PUBLICA CONDICIONADA À REQUISIÇÃO DO MINISTRO DA JUSTICA 
HIPÓTESES DE REQUISIÇÃO: Crime cometido por estrangeiro contra brasileiro, fora do brasil; crimes contra a honra cometidos contra chefe de governo estrangeiro; crimes contra a honra praticados contra o presidente da republica.
PRAZO PARA O OFERECIMENTO DA REQUISIÇÃO: O código de processo penal é omisso a respeito. Entende-se, assim, que o ministro da justiça poderá oferece-la a qualquer tempo, enquanto não estiver extinta a punibilidade do agente.
RETRATAÇÃO DA REQUISIÇÃO: Não deve ser admitida. A requisição é irretratável porque a lei não contempla expressamente esta hipótese, como no caso da representação.
VINCULAÇÃO DA REQUISIÇÃO: Não obriga o mp a oferecer a denuncia. Sendo o mp o titular exclusivo da ação penal publica, seja ela condicionada ou incondicionada, só a ele cabe a valoração dos elementos de informação e a consequente formação da opinio delicti. A requisição não passa de autorização politica para este desempenhar suas funções.
EFICÁCIA OBJETIVA DA REQUISIÇÃO: aplica-se tudo quanto se disse em relação à eficácia objetiva da representação
CONTEÚDO DA REQUISIÇÃO: O CPP silenciou a respeito. Deve, entretanto, conter a qualidade da vitima, a qualificação, se possível, do autor da infração penal e a exposição do fato.

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