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HISTÓRIA DIREITO MUNDIAL

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HISTÓRIA DO DIREITO
EVOLUÇÃO(MODIFICAÇÃO) DO DIREITO POSITIVO
SACERDOTES: foram os primeiros juízes e responsáveis pela manutenção da memória do Direito, cujas regras eram transmitidas oralmente e mantinham-se em segredo, de modo que os sacerdotes e depois os mais velhos da sociedade (que compunham um Conselho) tinham posição privilegiada na sociedade ante tal conhecimento do Direito.
Como não existiam leis e códigos, cada caso era fielmente julgado como um caso antecedente.
EVOLUÇÃO(MODIFICAÇÃO) DO DIREITO POSITIVO
Com o passar do tempo o Direito tornou-se um conjunto de decisões judiciais, que ante a repetição tornaram-se costumeiras, de modo que da sentença surgiu o costume jurídico.
Em algumas comunidades, os escribas revelaram as decisões secretas, tornando o Direito Público.
Em outras, os reis e/ou sacerdotes reduziram a escrito suas sentenças, criando os primeiros códigos.
EVOLUÇÃO(MODIFICAÇÃO) DO DIREITO POSITIVO
Assim, o Direito foi inicialmente casuísta, formulado com base nas decisões unilaterais e secretas de sacerdotes, ou seja, as sentenças foram a primeira fonte do Direito.
A aplicação repetida de tais decisões e a legitimidade da autoridade que as aplicava, tornaram-nas em precedentes obrigatórios, de onde surgiu o costume.
Com a complexidade das relações sociais fez-se necessária uma maior complexidade das relações jurídicas e então surgiram os antigos Códigos.
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EVOLUÇÃO(MODIFICAÇÃO) DO DIREITO POSITIVO
O Direito Criminal e o Direito Civil não eram distintos entre si e a noção de culpabilidade era inexistente, de modo que independente de culpa, o criminoso, seus familiares e seus bens respondiam pelo seu ato.
O juramento era a base de segurança para os negócios e a quebra de tal confiança poderia ter por consequência penalidade divina para todo o grupo, salvo se o culpado fosse punido. Deste modo se restabeleceria a paz social.
EVOLUÇÃO(MODIFICAÇÃO) DO DIREITO POSITIVO
Para apurar os culpados, os sacerdotes-juízes ou reis-juízes invocavam as divindades e se utilizavam do método dos Juízos de Deus ou ordálios. Ex: se o suspeito colocasse sua mão em um recipiente com água fervente e não se queimasse, seria considerado inocente.
Nesta época, a vingança privada que trazia insegurança (Ex: Lei de talião – em minúsculo, por se constituir em uma forma de reparação e não em um nome próprio, na opinião da maioria dos autores) já havia sido substituída por composição pecuniária, sempre maior que o prejuízo (no início em dobro), inicialmente em caráter facultativo. Ex: Código de Ur-Namu (2040 a.c., na região da Suméria, grafado na tabuinha de Istambul).
EVOLUÇÃO(MODIFICAÇÃO) DO DIREITO POSITIVO
Direito Arcaico:era muito formal. Assim, determinados rituais,gestos e palavras tinham que ser sempre repetidos para validação dos efeitos jurídicos, independentemente da vontade do autor do ato.
As pessoas por pertencerem aos grupos têm deveres, mas os direitos são só destes grupos aos quais pertencem.
EVOLUÇÃO(MODIFICAÇÃO) DO DIREITO POSITIVO
O formalismo jurídico divide-se em palavras, das quais decorre o Direito e atos ou fórmulas,dos quais decorre a ação judicial.
Com o tempo as fórmulas perderam o sentido arcaico , embora ainda sejam usadas até hoje em alguns negócios jurídicos.Ex:escritura.
DIREITO EGÍPCIO
A falta de fontes dificulta o estudo do Direito Egpício,mas sendo uma sociedade teocrática, teve muita influência da religião.
As negociações com propriedades só ocorriam em relação aos bens móveis, uma vez que as terras eram de propriedade dos Faraós,sendo utilizadas pelas castas mais altas,mediante o pagamento de altos impostos.
As obrigações futuras eram assumidas por juramento, em nome do Faraó. 
DIREITO EGÍPCIO
Em decorrência da crença da vida após a morte, eram comuns contratos onde um se comprometia a oferecer oferendas para o outro morresse primeiro.
A mulher poderia manter a propriedade de seus bens mesmo com o casamento e o divórcio inicialmente era prerrogativa apenas do homem.
O testamento era desconhecido, mas poderia haver doação por ato inter vivos, sendo que o documento de doação entregue após a morte do doador ao donatário transferia a posse do bem.
DIREITO EGÍPCIO
Havia a celebração de documentos duplos, sendo um deles guardado lacrado para ser utilizado apenas nos Tribunais se a autenticidade da cópia que tinha livre circulação, fosse colocada em dúvida.
O Tribunal só funcionava com a presença de um funcionário designado pelo Faraó e alguns documentos solenes eram elaborados pelos escribas, na presença de testemunhas e autenticados com o selo real.
DIREITO EGÍPCIO
A tortura podia ser usada até em relação às testemunhas, as penas eram cruéis e a execução no caso de mulher grávida só se realizaria após o parto.
Os primórdios do Direito Internacional se encontram no Egito. Ex: um Tratado firmado entre Ramsés II e Hattusibis III.
CÓDIGO DE HAMURABI
Embora considerado o mais antigo Código do Mundo, na realidade é posterior à tabuinha de Istambul(Código de Ur-Namur). Grafado em um bloco de pedra negra, com 2,25 (dois ponto vinte e cinco) metros de altura e 2 (dois)metros de circunferência, encontra-se hoje no Museu do Louvre e é conhecido como a “estela (pedra erguida) de Hamurabi”.
Segundo a crença dos babilônicos, Hamurabi o teria recebido diretamente de Shamash(deus sol), conforme demonstrado em relevo constante no alto da pedra.
Hamurabi afirmava que o oprimido encontrava no Código, o seu Direito.
CÓDIGO DE HAMURABI
Contém um prólogo com um texto literário e contém todo o ordenamento jurídico da cidade, com preceitos formulados em breves sentenças, envolvendo questões civis, penais,comerciais, processuais e de organização judiciária.
Tem 282 (duzentos e oitenta e dois) artigos, compostos sempre de um caso concreto e uma solução jurídica. Trata-se pois de uma coletânea de julgados,com hipóteses e decisões, sem a menor sistematização.
CÓDIGO DE HAMURABI
Com grande preocupação quanto à segurança, prevê forma escrita nos contratos e presença de testemunhas; estabelece regras protetivas a todas as formas de propriedade, inclusive com a possibilidade de se penhorar o escravo ou dá-lo em depósito; e com a atribuição de manutenção dos canais de irrigação pelo proprietário das terras.
No que se refere à indenização, era aplicada a lei de talião se a vítima fosse homem livre e a pena pecuniária se a vítima fosse escravo.
CÓDIGO DE HAMURABI
Como a procriação era finalidade fundamental no Direito de Família, a esterilidade da mulher seria caso de divórcio ou do marido ter esposa secundária ou escrava para ter filhos;podendo ainda haver a adoção mediante contrato.
A mulher era a única proprietária do dote e poderia administrar os bens em caso de impossibilidade do marido quando os filhos fossem menores.
CÓDIGO DE HAMURABI
O casamento tinha forma de contrato e nele eram estabelecidos os direitos e deveres do cônjuge. 
O marido poderia repudiar a mulher em caso de motivo justo e no caso da mulher repudiar o marido, os Juízes decidiriam se havia motivo justo (quando ela voltava para a casa do pai com seu dote) ou se motivo fosse injusto, ela seria lançada às águas.
Em caso de adultério da mulher, ela e o amante eram lançados amarrados pelo marido nas águas, salvo se ele ou o rei os perdoasse. 
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CÓDIGO DE HAMURABI
Não havia meação e os filhos herdavam todos os bens do pai ou da mãe falecida.
O testamento não era previsto, mas a doação era admitida até para estranhos.
O falso testemunho e os crimes em geral eram severamente punidos, sempre de forma proporcional ao crime e/ou ao prejuízo.
 
CÓDIGO DE HAMURABI
O Código fixava o preço dos gêneros de primeira necessidade.
Embora os templos detivessem grande poder econômico, por serem muito numerosos, o rei era o maior proprietário.
Os sacerdotes (Juízes do templo) exerciam inicialmente a Justiça, o que foi substituído por Juízes Civis, na época de Hamurabi.
LEI HEBRAICA
O povo hebreu acredita ser o “povo escolhido”, motivo pelo qual
suas regras leis não contêm apenas preceitos jurídicos, mas também preceitos religiosos, morais e rituais.
O Deuteronômio era conhecido como o “Livro da Lei encontrado na casa de Yahvé (Jeová), pelo sumo sacerdote”. Como Yahvé era o Deus Universal, consideravam que suas regras eram expressão da vontade divina diretamente transmitida ao povo hebreu.
LEI HEBRAICA
Assim, os vários “livros” contendo sentenças, salmos e provérbios, foram condensados na Torá, que tendo tido influência do direito babilônico, visava a proteção do povo eleito, o que inclusive justifica a proibição do casamento com estrangeiros. O empréstimo a juros também só era permitido para o estrangeiro.
LEI HEBRAICA
Os humildes eram protegidos contra a exploração dos poderosos e defendia o princípio que a derrota do inimigo não seria motivo de alegria, inclusive com o incentivo para que fossem alimentados ou recebessem água em caso de necessidade. 
Tanto ricos como pobres receberiam as mesmas sanções.
 O Juiz deveria ser sábio e equitativo para promover a Justiça.
LEI HEBRAICA
Regulamenta-se o empréstimo, a locação e a compra e venda; e o direito de vizinhança previa até mesmo a distância entre os prédios.
A propriedade imobiliária deveria ser mantida como determinou Moisés, sendo que pelo Direito de Primogenitura, o filho mais velho recebia mais que os outros filhos, e a filha só herdaria na falta do varão.
A propriedade se relacionava mais ao usufruto dos bens, pois as vendas eram revogáveis.
LEI HEBRAICA
A vingança privada não era admitida, mas quem matava deveria morrer, embora ninguém fosse condenado por apenas um testemunho.
Também a idolatria, a blasfêmia e o adultério recebiam pena de morte.
O falso testemunho era punido com a mesma pena do crime falsamente testemunhado.
LEI HEBRAICA
A pena, em nenhuma hipótese poderia passar da pessoa do condenado.
Embora o Levítico previsse a lei de talião, havia algumas penas pecuniárias também previstas.
A organização da família era patriarcal.
LEI HEBRAICA
Era inicialmente permitida a poligamia, e marido e mulher tinham os mesmos direitos, tendo a concubina posição inferior.
O casamento que no início era feito pela compra da mulher, foi substituído pelo dote aos nubentes e compreendia várias cerimônias religiosas.
O marido administrava os bens da mulher, mas se o casamento fosse dissolvido, ela os recuperava.
Era obrigatório o levirato, isto é, a obrigação da viúva sem filhos casar-se com o cunhado para dar descendência ao morto.
CÓDIGO DE MANU
O Direito indiano era de fundo religioso e tinha como base a proteção das castas.
O Código de Manu foi escrito em versos para facilitar a memorização da lei.
O governo se fazia por um rei que recebia conselho dos mais sábios.
CÓDIGO DE MANU
Os contratos, em especial os de compra e venda se tornavam irrevogáveis após três dias.
O credor poderia escolher transformar o devedor em escravo até o pagamento da dívida ou chamá-lo em Juízo e neste caso, se não comparecesse, estaria sujeito a penas graves.O devedor também poderia ser coagido (física ou moralmente) a pagar a dívida.
A usura não era permitida.
CÓDIGO DE MANU
A prova testemunhal e o ordálio eram utilizados e as penas criminais envolviam morte e mutilações.
A mulher era protegida, mas vivia sob o domínio do pai, marido ou do filho mais velho, se fosse viúva.
O divórcio era Direito somente dos homens.
Somente o homem recebia herança.
DIREITO GREGO CLÁSSICO
Em Atenas, o Direito não era considerado de origem divina, ainda que contivesse elementos religiosos e morais.
 O conhecimento do Direito, em um primeiro momento era exclusivo dos aristocratas proprietários e, portanto, não era escrito.
Depois do Século VI, as leis atenienses passaram a ser democraticamente estabelecidas pelo povo após debates nas Assembleias.
DIREITO GREGO CLÁSSICO
Como ocorreu o enriquecimento dos não aristocratas, houve necessidade de uma legislação que solucionasse os conflitos.
Inicialmente surgiu o Código de Drácon (620 a.c.), chamado “Código escrito em sangue”, uma vez que até os crimes mais leves eram apenados com morte.
Posteriormente Sólon (500 a.c.) criou um Código mais brando, onde a pena era proporcional ao delito e a escravização por dívida foi extinta.
DIREITO GREGO CLÁSSICO
O Direito atual ainda se utiliza de algumas expressões gregas, tais como sinalagmático, quirografário, enfiteuse, anticrese e hipoteca.
 Os contratos foram aperfeiçoados e a propriedade que era familiar, depois foi individualizada
 Em termos de sucessão, herdavam primeiro os filhos, depois as filhas e depois os colaterais; os ascendentes eram excluídos.
DIREITO GREGO CLÁSSICO
A falta de filhos autorizava a adoção e em Esparta havia o direito sobre a vida do recém nascido defeituoso. 
A mulher era incapaz: ficava sob a autoridade o pai, depois do marido, e no caso de viuvez, do filho mais velho ou de um tutor.
O pai escolhia o marido da filha e eventual divórcio só beneficiaria o marido.
Após o casamento, porém, a mulher cuidava do lar e dos filhos e participava do culto familiar.
DIREITO GREGO CLÁSSICO
O casamento era monogâmico e o concubinato tolerado. O marido poderia cometer adultério, mas a mulher infiel era exemplarmente punida.
 Essência do Direito Grego era o Direito Público.
As leis eram sagradas e aplicadas a todos, princípio que foi aplicado à Cultura Ocidental.
A Justiça era sua meta básica e se confundia com o bem da polis.
DIREITO GREGO CLÁSSICO
O Direito Grego sofria ainda influências de diversos filósofos, ligados à Escola Naturalista ou do Direito Natural:
1) Heráclito (535-475 a.c.): nascido em Éfeso, é considerado um dos maiores pensadores do período pré-socrático, ainda que alguns doutrinadores critiquem esta expressão (pré-socrático), que em sua visão diminuiria a importância do pensamento filosófico antes de Sócrates. Heráclito foi o melhor expositor da doutrina panteísta (panta rei = tudo flui) da razão universal, considerando todas as leis humanas subordinadas à lei divina do Cosmos. 
DIREITO GREGO CLÁSSICO
Heráclito entendia que Dike (a Justiça) assumia também a face de Eris (a discórdia ou litígio), de onde entendia que Justiça era resultado de permanente tensão social, até em decorrência de sua teoria da guerra entre os opostos, ou seja, o devir (mudança) seria sempre uma alternância entre os contrários.
DIREITO GREGO CLÁSSICO
2) Sócrates (470-399 a.c.): em seu pensamento, embora o homem não fosse a medida de todas as coisas, somente ele poderia buscar a verdade, através da dialética e da razão.
 Entendia que por um método denominado maiêutica, o homem poderia rever o aprendizado que sua alma trazia de outras existências (teoria da reminiscência): conhece-te a ti mesmo, era seu lema.
No que se refere ao Direito, entendia que se relacionava diretamente à Justiça, tanto que o homem justo deveria respeitar as leis;
DIREITO GREGO CLÁSSICO
3) Platão (427-347 a.c.): discípulo de Sócrates, fundou a Academia e seguiu muitas de suas ideias, como a teoria da reminiscência, que ele simbolizava através de uma carruagem, que ao cair, faria com que o homem esquecesse as experiências anteriores; o que seria recuperado pelo método maiêutica. 
Defendia a equidade e a máxima de que se deveria dar a cada um o que é seu. 
Entendia que a realidade deveria adaptar-se à lei, e que o homem deveria cumprir seu papel na polis;
DIREITO GREGO CLÁSSICO
d) Aristóteles (384-322 a.c.): foi aluno da Academia e mais tarde fundou o Liceu.
Para ele, a Justiça tinha finalidade prática: a decisão tinha que ser justa para o indivíduo e para a coletividade; uma vez que o Direito tinha a finalidade de atingir o bem comum.
DIREITO GREGO CLÁSSICO
O dramaturgo grego Sófocles (495-406 a.c.) também contribuiu para este pensamento, em especial pela peça Antígona, que sendo a personagem central, defendeu o direito natural de seu irmão Polinice ( que havia lutado contra Tebas)de ser enterrado, apesar de haver uma determinação de seu tio Creonte,rei de Tebas,
impedindo a cerimônia funerária.
DIREITO ROMANO
Os romanos ainda que não tenham tido um número grande de leis, tiveram a competência de separar o Direito da Moral e da Religião e de criar uma Ciência do Direito.
Inicialmente (época da Monarquia) era consuetudinário, jurisprudencial e conhecido apenas pelos pontífices (sacerdotes patrícios).
 No período da República, além dos costumes, passaram a prevalecer também os senatus consultus (opinião dos Senadores, formado por anciãos).
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DIREITO ROMANO
Os protestos dos plebeus, porém, levaram à elaboração da Lei das XII Tábuas (462 a.c.), doze tábuas de bronze,através da qual se divulgou o Direito, antes apenas conhecido pelos pontífices.
A Lei das XII Tábuas continha regras de Direito Público, Direito Processual, Direito Penal (regida pela lei de talião), além de respeitar a um grande formalismo.
DIREITO ROMANO
Como não indicava ação para proteção dos direitos, os juristas (prudentes) foram cobrindo as lacunas e obscuridades da lei, de modo que com o aperfeiçoamento dos negócios, acabou-se por surgir a figura do pretor (praetor), que era um magistrado com poder de império e que em seus editos indicava a ação cabível a ser julgada por um árbitro (iudex privatus).
Com o tempo os editos não poderiam ser modificados nem mesmo por quem os tinha baixado (Edictum perpetuum).
DIREITO ROMANO
Os senatus consultus foram substituídos pelas Constituições Imperiais, que por sua vez também se tornaram editos;
Assim o ius praetorium ou ius honorarium modificou a Lei das XII Tábuas, de certo modo simplificando o formalismo excessivo, sendo que das decisões do praetor urbanus (advindas dos costumes e práticas sociais) decorreu o ius civiles enquanto das decisões do praetor pergrinus surgiu o jus gentium (para regular as relações entre estrangeiros).
DIREITO ROMANO
Como nem a Lei das XII Tábuas nem os editos dos pretores conseguiram acompanhar as alterações econômicas, surgiu o costume de solicitação dos pareceres dos juristas (responsa prudentium) nos séculos II e III (Império).
Deste modo os pareceres de Papiano, Ulpiano e Gaio tiveram força de lei.
No período próximo ao Dominato, tais pareceres foram compilados por três vezes, surgindo o Codex Gregorianus (291 d.c.), o Codex Hermogenianus(295 d.c.), a Lei das Citações(426 d.c.) de Valentiano III.
DIREITO ROMANO
Houve ainda o Codex Theodosianus(438 d.c), que continha dezesseis livros e partindo do período de Constantino (312 d.c.), reproduziu as Constituições Imperiais, mencionado o Autor, a data, além de fazer a interpretação de cada uma. Influenciou muitas compilações “bárbaras” e foi revogada pela Codificação de Justiniano.
DIREITO ROMANO
Finalmente houve o Corpus Iuris Civiles (530 dc.), de Justiniano,composto de:
1)Institutas: com os ensinamentos de Gaio (foi o primeiro a surgir). Era um manual acadêmico, em que encontramos diferenças em relação à codificação civil atual. Assim, a filha só seria considerada herdeira se estivesse dentro da casa do pai, e não se casasse, por exemplo.
DIREITO ROMANO
2) Digesto (distribuição ordenada de matérias): compilação do Direito Romano como um todo. Justiniano juntou todos os precedentes dos jurisconsultos (iura) e os compilou neste livro, onde já eram conhecidos alguns princípios do Direito Atual:
A) a regra de que o específico derroga o genérico,
B) os critérios de satisfação do crédito = a satisfação do crédito deve ser da forma menos gravosa ao devedor,
DIREITO ROMANO
C) a prevalência da interpretação da vontade sobre as palavras,
D)outros conceitos atuais, tais como a litispendência (quando ocorrerem várias ações sobre a mesma causa, deve prevalecer apenas uma delas), coisa julgada (verdade aceita e não mais possível de ser modificada) e inviolabilidade do domicílio.
DIREITO ROMANO
3)Codex: trata-se de compilação das Constituições dos Imperadores, e trazia também alguns institutos atuais, tais como a boa-fé, que se desdobrava em não exigir mais do que a prestação devida. Se uma dívida fosse cobrada duas vezes, o credor era condenado a pagar uma indenização pela má-fé (como uma litigância de má-fé);
4)Novelas: compilação das Constituições Imperais de Justiniano .
DIREITO ROMANO
O Direito Romano é o marco inicial do Direito Europeu e base para o Direito Latino-Americano, tendo fornecido sentido jurídico para a palavra pessoa(persona).
Caracterizou-se basicamente pela defesa do Direito Privado e por muitos séculos ainda era utilizado por outros povos para o preenchimento das lacunas da lei.
DIREITO ROMANO
Obedecia o princípio da territorialidade, de modo que os romanos eram submetidos ao ius civile, enquanto os estrangeiros obedeciam o jus gentium.
A mulher era incapaz, submetida ao pai (que determinava seu casamento), marido ou tutor.
O concubinato era permitido entre os plebeus, e vinculava os concubinários.
DIREITO ROMANO
O escravo era equiparado à coisa, mas a escravidão por dívida foi pouco a pouco sendo substituída por trabalho forçado até o pagamento do credor e mais tarde os bens do devedor passaram a garantir a dívida.
A propriedade (dominium) já tinha o conceito de usar e dispor das coisas, e a posse também era reconhecida, tanto que se admitia a usucapio.
DIREITO ROMANO
Como fonte de obrigações, reconheciam o contrato, o quase-contrato (celebração de negócios lucrativos em benefício de outrem, sem prévia autorização), o delito (dano intencional) e o quase-delito(dano causado por culpa, que por mais leve que fosse levava à reparação de dano).
A lei de talião foi gradativamente abolida e substituída pela composição ou reparação de dano, sempre considerando a culpa.
DIREITO NA IDADE MÉDIA
 A Idade Média caracterizou-se pelo chamado pluralismo das ordens jurídicas, que em muitos locais envolvia ao mesmo tempo o Direito Romano Vulgar, o Direito Germânico (“bárbaro”), o Direito Consuetudinário e o Direito Canônico, dentre outros.
Envolvia ainda um pluralismo de Tribunais,tais como os dos castelos, os das Cidades, o da Igreja, o das corporações e o do próprio Rei.
DIREITO NA IDADE MÉDIA
Neste período, aplicava-se o chamado princípio da personalidade das leis,imposto pelos germânicos, e segundo o qual cada nacionalidade impunha a legislação a ser respeitada (lex barbarorum) em confronto com a legis romanae (legislação romana), onde prevalecia o princípio da territorialidade, como já mencionado.
DIREITO GERMÂNICO
DIREITO GERMÂNICO
O Direito Germânico não era uniforme, havendo um “direito” para cada tribo, mas de maneira geral, era costumeiro, e principalmente na área penal, admitia a vingança da família (failas), o que até poderia ser substituída por uma composição, de acordo com uma tabela proporcional ao delito. Eram também aceitos os Juízos de Deus. Ex: internação na gaiola.
DIREITO GERMÂNICO
No Século V, ainda que sem nenhuma organização sistêmica, tais “direitos” foram compilados, ante à certa fixação dos povos bárbaros em algumas regiões e necessidade de preservação escrita de tais regras.
Podem ser destacadas, assim, as seguintes Lex Barbarorum, que na medida em que foram se adaptando ao Direito Romano, se tranformaram no chamado Direito Romano Vulgar:
DIREITO GERMÂNICO
1)Lex Salica: Constituiu-se em uma consolidação de costumes do povo franco sálico, conhecida por alguns autores como Constituição dos Francos, que adotava o princípio da pessoalidade, tanto assim que as multas eram mais elevadas para o caso de assassinato de um franco que de um romano
Os francos constituíam um povo que ocupava grande extensão das atuais França e parte da Alemanha. Dividiam-se em sálicos (“francos do sal”, por habitar a foz do Reno, nas proximidades do Rio Issel, mais conhecido como do “mar salgado”), e francos ripuários (que habitavam a margem direita do Médio Reno).
 
DIREITO GERMÂNICO
Embora existam poucas fontes de consulta sobre esta lei,entende-se que na realidade seriam duas leis: o Pactus Legis Salicae do período merovíngio (“reis dos cabelos longos”, assim usados
para distingui-los dos romanos), redigido no período de Clóvis (486-498), e a Lex Salica do período carolíngio (dinastia que sucedeu os merovíngios, basicamente composta pelos mordomos do Palácio).
DIREITO GERMÂNICO
De grande influência romana, eis que Clóvis exerceu papel relevante em Roma, foi redigida em várias etapas e era composta de:
a) capitulares eclesiásticos,que diziam respeito à disciplina da Igreja e dirigiam-se, de modo particular, aos bispos, abades e clérigos;
b)capitulares civis, que eram destinados a complementar as várias leis nacionais, ou a regular matérias de Direito Público e em vigor a todos os habitantes do Império;
DIREITO GERMÂNICO
c) os capitulares gerais referiam-se a todas as regiões do Império e vinculavam todos os súditos, e
D)capitulares especiais, que eram dirigidos às regiões e províncias ligadas ao Império.
Esta lei e todas as suas emendas, refletem a preocupação do povo franco com a manutenção de sua economia, com o respeito à sua estratificação social.
DIREITO GERMÂNICO
Apesar de certa violência na aplicação de determinadas penas, há uma consciência da necessidade de solucionarem-se os conflitos, com a aplicação da faila, isto é ,com o afastamento da vingança privada.
Sua preocupação com a participação meramente masculina na herança, acabou por influenciar a sucessão monárquica em períodos muito posteriores à sua criação, como ocorreu até poucos anos atrás.
DIREITO GERMÂNICO
2) Edito de Teodorico (500 d.c.): construção legal do povo ostrogodo (“godos do leste”, que eram um ramo dos godos, povo germânico que surgiu na região meridional da Escandinávia), pretendia impor uma mesma jurisdição tanto aos romanos quanto aos “bárbaros” que vivessem sob seu domínio;
DIREITO GERMÂNICO
3)Lex Burgundiorum (Lex Gundobanda): criada para o reino dos burgúndios (habitantes do sudeste da França, de origem Escandinava), foi compilada pelo rei Gundebaldo (517 d.c.) e tinha certa influência romana. Posteriormente foi compilada a Lex Romana Borgundiorum para tratar da relação dos burgúndios com os romanos.
DIREITO GERMÂNICO
4)Lex Wisighothorum: aplicável aos visigodos (godos do oeste), que já há algum tempo mantinha um contato mais intenso com os romanos. Houve três compilações básicas para tal Direito:
A) Código de Eurico (476 d.c.) - ano da queda de Roma. Veja-se que era uma compilação do Direito Costumeiro dos bárbaros, e não de Direito Romano puro. A grande maioria dos autores afirma que ele era aplicado apenas aos visigodos e, supletivamente aos romanos quando o réu fosse um visigodo.  
DIREITO GERMÂNICO
B) Lex Romana Wisighothorum (breviário de Alarico - 506 d.c.) Essa lei é importante porque retoma fontes genuinamente romanas, tais como o Código de Teodosiano, as Institutas de Gaio, o Código Hermogeniano e respostas de Papiniano.
Essa obra foi aplicada aos romanos e aos povos romanizados. Porém, não se entende que ela tinha aplicação geral por conta da a compilação a seguir mencionada.
DIREITO GERMÂNICO
C) Código de Leovigildo: uma revisão do código de Eurico, ocorrida em 542 d.C. Ora, se o Breviário de Alarico fosse aplicado a todos, porque a necessidade de rever o Código de Eurico? Assim, havia a divisão: aos romanos se aplicava o Breviário e aos visigodos o Código de Leovigildo.
Algumas obras dizem que o Código de Leovigildo é o Breviário de Alarico revisto, mas isso não é verdade, ele é uma revisão do código de Eurico. Portanto, não houve revogação da legislação, isso ocorreu apenas com o Código Visigótico. 
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D) Código Visigótico (654 d.c.) = Código que representou a revogação de todas as leis anteriores. Ele era composto de 12 (doze) livros e suas fontes foram o Código de Eurico, no que ele tivesse de romano, as regras dos Concílios (pois quando os visigodos se converteram ao catolicismo, eles começam a participar dos Concílios da Igreja) e o Breviário de Alarico. Suas fontes eram portanto,o Direito Germânico, o Direito Canônico e o Direito Romano.Ele teve aplicação em todo o reino, sendo inclusive proibida a aplicação de outras leis. 
DIREITO GERMÂNICO
Foi reformulado pela Liber Iudiciorum (Fuero Juzgo), cuja principal característica é o de adotar o princípio da territorialidade,embora para alguns autores isto tenha ocorrido somente nas proximidades de Toledo.
Mesmo com a conquista pelos árabes, em 711, o Código Visigótico continuou a existir (mesmo porque os árabes também eram religiosos, e cobravam taxas para a aplicação). 
Ele deixou de ser aplicado no século XIII, quando passou a haver forte influência do Direito Romano. 
DIREITO GERMÂNICO
3) Edictum Rothari (643 d.c.): promulgado pelo rei lombardo (ou longobardo, isto é, "os de barba longa” eram originários do Norte da Europa e colonizaram o vale do Danúbio e, a partir dali, invadiram a Itália bizantina, onde estabeleceram o Reino Lombardo) Rotário, continha trezentos e oitenta e oito artigos redigidos em latim, e abarcava outras legislações bárbaras (como a Lex Romana Wisigothorum) e também o direito romano.
DIREITO GERMÂNICO
4) Pactus Alamannorum (900 d.c.): criado pelos alamanos Os alamanos (“povo de todos os homens”, era uma aliança militar das tribos germânicas, e tentaram infiltrar-se pela fronteira romana do Reno-Danúbio,sendo sempre contidos pelos francos, o que fez com que se desviassem e se concentrassem nas atuais regiões da Alsácia, Lorena e Suíça), constitui-se em cinco fragmentos e acredita-se que fora feito por uma comissão especial e algumas expressões demonstram que já ocorrera a sua cristianização, percebendo-se ainda grande influência franca na construção destas regras.Alguns fragmentos trazem um catálogo de multas, substituindo-se a mutilação; e
DIREITO GERMÂNICO
5)Lex Alamannorum: esta lei posterior dos alamanos constitui-se em cinquenta manuscritos preservados, datando do século VIII ao XII, divididos entre leis clericais, ducais e populares; sendo que em um de seus capítulos, trata do Asilo Eclesiástico, pelo qual nenhum fugitivo buscando refúgio na Igreja poderia dela ser removido pela força, tampouco morto dentro do templo, ao contrário, o perseguidor deveria assegurar ao padre que a culpa do fugitivo estaria perdoada; e se violasse esta disposição, pagaria uma multa. Havia ainda multas para quem oportunasse as mulheres, que aumentavam na medida do dano: a mais leve para quem lhe descobrisse a cabeça e a mais grave para quem a violasse; sendo que se fosse casada, a pena dobraria.
DIREITO GERMÂNICO
6) Lex Baiuvariorum: é uma coletânea de vinte e três títulos correspondentes às leis tribais dos Bávaros (surgiram na Boêmia, no território da atual República Tcheca. Chegaram à região da Baviera nos séculos V e VI, mas perderam o domínio da região, quando esta foi conquistada pelos francos), feita nos séculos VI a VIII, com influência dos francos. Tem alguns pontos idênticos ao Código de Eurico e à Lex Allamanorum, embora seja mais nova que estas.
DIREITO GERMÂNICO
Consiste basicamente em penas pecuniárias a serem pagas ao ofendido(ou sua família) e ao tesouro público e trata de questões penais, da proteção da Igreja, dos homens espirituais e do Duque, estabelecendo ainda uma certa estratificação social, fazendo inclusive uma distinção entre os homens livres e os que foram postos em liberdade. 
DIREITO GERMÂNICO
Algumas regras eram utilizadas para se estabelecer qual Direito seria utilizado em determinadas situações.Deste modo, em um primeiro momento quando havia conflito entre um romano e um estrangeiro acabava por prevalecer o Direito Romano.
Todavia,com o passar do tempo passou-se a disciplinar a competência por assunto: casos de família- Direito do marido; contratos- Direito do devedor; propriedade – Direito do proprietário e crimes- Direito do acusado.
DIREITO DAS CORPORAÇÕES
Origem do Direito Mercantil, este tipo de Direito regulava a relação entre mercadores e seus clientes, sendo que com o passar do tempo as decisões das courts of piepowders (Tribunais dos pés poeirentos) acabaram se tornando
em costumes respeitados por todos os membros das corporações.
DIREITO DAS CORPORAÇÕES
Era o Direito das cidades-livres, sendo flexível e informal e obrigava os membros da cidade a renunciar a seu Direito de origem (romano ou germânico).
Vigorou entre os séculos X e XI e sua primeira compilação foi o Liber iurium republicae Januensis de Gênova.
DIREITO SENHORIAL OU CONSUETODINÁRIO TERRITORIAL
Fora da cidade dominava o Direito dos senhores, nascido das decisões das cortes dos nobres (proprietários dos feudos), que tinha a conivência do rei, que entretanto, não lhes era soberano.
DIREITO SENHORIAL OU CONSUETODINÁRIO TERRITORIAL
Era um Direito consuetudinário, totalmente desigual, em que os vassalos eram subordinados aos senhores e trabalhavam para eles e lhes pagavam impostos, por conta de proteção.
Em termos de Direito Penal, as técnicas para “confissão” eram cruéis e as penas muito severas.
DIREITO NA IDADE MÉDIA
Como todo este pluralismo criou uma grande insegurança, passou-se a tentar uma solução para o problema, o que acabou sendo obtido no século XI com a descoberta do Digesto, e o trabalho dos glosadores (interpretadores), que através das glosas interlineares(entre as linhas) e das glosas marginais (à margem do texto), reconstruíram o Direito Romano, em especial na Itália, através da Escola de Comentadores e das Universidades Européias.
DIREITO CANÔNICO
O Direito da Igreja, com influência romana, era formado por diversos decretos, tendo sido compilado através do Decreto de Graciano (Concordia discordantium canonum), no século XII (1140), que nesta compilação além de solucionar contradições dos decretos anteriores, formulava situações e as solucionava, com base nas ideias das autoridades eclesiásticas, bem como no Direito Romano. Tratava de Direito em Geral, em especial no que se referia à família e sucessões, bem como dos sacramentos e do Direito Eclesiástico.
DIREITO CANÔNICO
Outros diplomas de Direito Canônico também tiveram importância, como o Decretali,de Gregório IX (1230 a 1234, que tratava de casamento, processo, delitos e clero); o Liber sextus (1298), onde Bonifácio VIII fez uma compilação do Direito anterior; as Clementinae ou Liber Septimus Decretalium (1317) de João XXII; e outros decretos de João XXII(Extravagantes Ioannis XXII).
DIREITO CANÔNICO
Todas estas normas foram compiladas durante o Concílio da Basiléia (de 1431-1443) e formaram o Corpus Iuris Canonici, que predominou até a entrada em vigor do Codex Iuris Cononici, em 1917, durante o Pontificado de Benedito XV.
Este último Código vigorou até a entrada em vigor do Novo Código Canônico, promulgado pela Papa João Paulo II, em 1.983.
PATRÍSTICA
Duas filosofias influenciaram muito o Direito Canônico:
A)Patrística: desenvolvida durante a Alta Idade Média, é o nome dado à filosofia cristã dos primeiros sete séculos, elaborada pelos Padres ou Pais da Igreja, na defesa do Cristianismo contra os ataques dos "pagãos" e contra as heresias.
Baseadas nas Epístolas de São Paulo e o Evangelho de São João, a escola patrística advogou a favor da igreja e propagou diversos conceitos cristãos como o pecado original, a criação do mundo por Deus, ressurreição, de juízo final.
 
PATRÍSTICA
A Patrística divide-se geralmente em três períodos:
1)até o ano 200: dedicou-se à defesa do Cristianismo contra seus adversários.
Era o período dos padres apologistas, isto é, homens cultos que, impressionados pelo evangelho ou pelo testemunho da vida cristã, se converteram do paganismo para o cristianismo.
PATRÍSTICA
2)até o ano 450: é o período em que surgem os primeiros grandes sistemas de filosofia cristã .
Um dos principais doutrinadores deste período foi Santo Agostinho de Hipona (354-430), um importante bispo cristão e teólogo, considerado um dos “Doutores da Igreja”.
Suas ideias estabeleciam uma relação entre o mundo das Ideias de Platão e o Plano Divino.
3)até o século VIII reelaboram-se as doutrinas já formuladas e de cunho original. 
ESCOLÁSTICA
B)Filosofia da Escolástica (séc. IX ao séc. XV, baixa Idade Média): nesse período ocorreu uma retomada de muitos princípios filosóficos gregos. 
A grande preocupação da igreja era aliar a razão e a ciência aos ideais da igreja católica.
Nesse contexto, surgiu a teologia que foi uma ciência que buscava explicar racionalmente a existência de Deus, da alma, do céu e inferno e as relações entre homem, razão e fé.
ESCOLÁSTICA
Seu principal representante foi São Tomás de Aquino (1225-1274), outro dos “Doutores da Igreja”, que desenvolveu o tomismo, isto é, uma tentativa de tentar conciliar o aristotelismo com o cristianismo.
No geral sua tese era que sem fé não se alcança a razão,pois a fé auxilia a razão.
Sem ela não seria possível entender o sentido do mundo físico.
ESCOLÁSTICA
Para São Tomás de Aquino, existiam três categorias de Direito: 
a)Direito Divino, que era baseado nas Escrituras e nas decisões dos Papas e de Concílios;
b) Direito Natural, proveniente dos gregos e dos romanos, existente entre os homens por intuição;
c) Direito Humano, por cujo intermédio se aplicavam os princípios da lei natural, sendo um produto dos homens.
DIREITO MODERNO
Com as descobertas marítimas do século XVI, o papel comercial do Mediterrâneo declinou e trouxe a necessidade de um Direito Comercial e Marítimo menos fragmentado, o que foi feito por Colbert, através respectivamente, de sua Ordonnance (1674), onde tratou da questão comercial, e da Ordennance touchant la marine (1681).
DIREITO MODERNO
No campo do Direito Constitucional,a Constituição Norte-Americana (1787), foi a primeira Constituição Moderna e introduziu conceitos como presidencialismo e federalismo.
A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão (1789), decorrente da Revolução Francesa trouxe em essência os conceitos de liberdade, igualdade e fraternidade, vigentes até hoje na maioria das Constituições.
DIREITO MODERNO
No campo do Direito Civil, vigorou desde o século XIII, na França, o Direito romanizado, interpretado pelos juristas medievais.
À partir da Revolução Francesa, surgiu o Código Civil da França (1804), mais tarde denominado Código de Napoleão (1807), e finalmente Código Civil (1814), que está em vigor ainda hoje, com a ajuda de interpretações mais modernas
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DIREITO MODERNO
Com influências do Direito Romano e Canônico, lançou as bases do Direito privado moderno. Como ainda possui os princípios revolucionários de proteção ao Direito Individual, defende a propriedade como direito absoluto, a liberdade contratual e a responsabilidade civil baseada na culpa da vítima.
DIREITO MODERNO
O Código de Napoleão iniciou a sistematização ordenada do Direito, trazendo segurança e certeza jurídica, e influenciando a legislação de diversos países.
Também iniciou o movimento “codificador” europeu, sendo seguido pelo Código Alemão (1900).
Este sistema continental, também conhecido por civil law,tem a lei por fonte principal do Direito e encontra raízes no tanto no Direito Romano quanto no Direito Germânico.
DIREITO MODERNO
Em contraposição há a Common Law (sistema anglo-americano) onde a lei (statute law) é fonte secundária do Direito, sendo a fonte principal o precedente judicial (case law), eis que há necessidade de julgamento similiar em casos análogos (rule of precedent), à partir do qual há um Direito declarado pelo Juiz (judge made law).
DIREITO CONTEMPORÂNEO
Na atualidade, ainda existem estes dois sistemas, que se aproximam em alguns pontos e distanciam-se em outros, mas que de qualquer modo, caminham para um Direito mais tecnológico e globalizado.

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