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2. Administração Pública

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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
1. O ESTADO
Para se chegar ao conceito de Estado deve-se considerar a existência de três elementos:
- povo;
- território;
- poder político.
Assim, temos que “Estado é a pessoa jurídica soberana constituída de um povo organizado sobre um território sob o comando de um poder supremo, para fins de defesa, ordem, bem estar e progresso social” ( Alexandre Groppali).
No sentido de sociedade política permanente, a denominação “Estado” surge pela primeira vez no século XVI na obra O Príncipe, de Maquiavel, indicando, no entanto, as comunidades formadas pelas cidades-estados.
Estado é um ente personalizado, apresentando-se não apenas exteriormente, nas relações internacionais, como internamente, neste caso como pessoa jurídica de direito público, capaz de adquirir direitos e contrair obrigações na ordem jurídica.
2. PODERES E FUNÇÕES
Montesquieu classificou os Poderes do Estado em:
Poder Legislativo – função normativa ou legislativa;
Poder Judiciário – função jurisdicional;
Poder Executivo – função administrativa.
A função administrativa é a típica do Executivo. Função atípica é aquela que, não obstante seja própria de determinado poder, também é desenvolvida por outro, sem que isso caracterize usurpação de poder. Desta feita, o Legislativo também administra ou aplica a lei ao caso concreto, desenvolvendo a função administrativa e a jurisdicional de forma atípica.
3. FUNÇÃO ADMINISTRATIVA
“A administrativa é a atividade do Estado para realizar seus fins, debaixo da ordem jurídica” (Otto Mayer).
Para a identificação da função administrativa, os autores se têm valido de critérios de três ordens:
a) subjetivo (ou orgânico) – que dá realce ao sujeito ou agente da função;
b) objetivo material – pelo qual se examina o conteúdo da atividade;
c) objetivo formal – que explica a função pelo regime jurídico em que se situa a sua disciplina.
Nenhum critério é suficiente, se tomado isoladamente. Devem eles combinar-se para suscitar o preciso contorno da função administrativa.
São funções próprias da Administração Pública, em sentido material:
a) serviço público – prestações concretas para a população em geral, de forma direta ou delegada;
b) política administrativa – restrições ou condicionamentos impostos ao exercício de atividades privadas (exemplo: fiscalização);
c) fomento – incentivo à iniciativa privada (exemplo: benefícios ou incentivos fiscais);
d) intervenção – no domínio econômico ou na propriedade privada.
4. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
4.1. Conceito
a) Critério negativista ou residual – Administração Pública é toda atividade do Estado que não seja legislativa ou judiciária.
b) Critério formal orgânico ou subjetivo – Administração Pública é o complexo de órgãos responsáveis por funções administrativas.
c) Critério material ou objetivo – Administração Pública é o complexo de atividades concretas e imediatas desempenhadas pelo Estado, sob os termos e condições da lei, visando o atendimento das necessidades coletivas.
4.2. Competência administrativa
É aquela relacionada ao desempenho de tarefas, tomada de providências e prestação de serviços, ou seja, à execução de qualquer atividade destinada à Administração Pública (Exemplos: arts 21, 22, 23 e 24 da CRFB/88).
4.3. Sistema administrativo
Sistema para controlar os atos ilegais ou ilegítimos do Poder Público.
a) sistema francês ou de dualidade de jurisdição – veda o conhecimento pelo Poder Judiciário de atos da Administração Pública. A dualidade consiste no fato de que existem tribunais administrativos e tribunais judiciais.
b) Sistema inglês ou de unicidade de jurisdição – o Poder Judiciário detém a competência exclusiva para dizer o direito aplicável ao caso concreto, não obstante não haver o afastamento do controle administrativo dos atos praticados pela Administração Pública. O Brasil adota o sistema inglês.
4.4. Regime jurídico administrativo
Regime de Direito Público, sendo o conjunto de prerrogativas e restrições a que está sujeita a Administração Pública. Estas prerrogativas e restrições estão contidas na Lei e nos princípios. Exemplos:
a) restrições:
- obrigatoriedade de publicidade dos atos;
- sujeição à realização de concurso público para seleção de pessoal;
- concorrência pública para elaboração de contratos;
- moralidade administrativa;
- legalidade;
b) prerrogativas:
- auto executoriedade;
- poder de expropriar;
- poder para alterar ou rescindir contratos de forma unilateral;
- imunidade tributária;
- prazo dilatado em juízo (art. 188, CPC);
- processo especial de execução (Lei nº 6.830/80).
5. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA: SENTIDOS
5.1. Sentido objetivo
O verbo administrar indica gerir, zelar. O adjetivo pública pode significar não só algo ligado ao Poder Público, como também à coletividade ou ao público em geral.
O sentido objetivo, pois, da expressão (grafada com iniciais minúsculas) deve consistir na própria atividade administrativa exercida pelo Estado por seus órgãos e agentes, caracterizando, enfim, a função administrativa.
5.2. Sentido subjetivo
A expressão pode também significar o conjunto de agentes, órgãos e pessoas jurídicas que tenham a incumbência de executar as atividades administrativas. Toma-se aqui em consideração o sujeito da função administrativa, ou seja, quem a exerce de fato. Para diferenciar esse sentido da noção anterior, deve a expressão conter as iniciais maiúsculas: Administração Pública.

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