Buscar

5. Controle da Administração Pública

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
1. INTRODUÇÃO
O controle da Administração Pública corresponde a um poder de fiscalização e correção que sobre ela exercem os órgãos dos poderes Judiciário, Legislativo, Executivo e os cidadãos, com o objetivo de garantir a conformidade de sua atuação com os princípios que lhe são impostos pelo ordenamento jurídico.
Constitui poder-dever dos órgãos aos quais a lei atribui essa função, não podendo, desta forma, ser renunciado nem protelado, sob pena de responsabilização do omitente. Os mecanismos de controle sobre a Administração Pública têm como objetivos fundamentais garantir o respeito aos direitos subjetivos dos usuários e assegurar a observância das diretrizes constitucionais da Administração.
2. CONTROLE INTERNO
É aquele executado pelos órgãos da Administração Pública, no exercício do poder hierárquico e nos termos definidos na Lei. São mecanismos de controle interno:
- autocontrole;
- pedido de reconsideração;
- recurso administrativo;
- controle hierárquico.
a) Autocontrole – também chamado de autotutela, cuida das hipóteses de revisão dos próprios atos quando ilegais, inoportunos ou inconvenientes. Esta espécie de controle foi firmada pela jurisprudência com a edição da Súmula 473 do STF.
b) Pedido de reconsideração – fundamenta-se nos princípios da Administração Pública, principalmente no princípio da legalidade e no princípio da supremacia do interesse público. A reconsideração poderá ser exercida pela Administração, ex officio ou a pedido de particular, observados os prazos de prescrição.
c) Recurso administrativo – a possibilidade de revisão das decisões administrativas viabiliza esta espécie de controle, que tem fundamento no art. 5º da Constituição Federal. Constitui forma de controle provocado por particular e efetivado pela própria Administração Pública, sendo por isso considerado um dos mecanismos de controle interno.
d) Controle hierárquico – ocorre em razão da natural fiscalização que os agentes ocupantes de cargos superiores exercem sobre os atos de seus subordinados.
3. CONTROLE EXTERNO
É o controle exercido por órgão fiscalizador situado fora do âmbito da Administração. Compreende o controle político, o jurisdicional e o social.
3.1. Controle político
É exercido por parlamentares e é obrigatório. Os mecanismos de controle têm como balizamento a previsão constitucional, sob pena de afronta ao princípio de tripartição dos poderes, e basicamente são:
a) sustação de atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa (art. 49, V);
b) convocação de Ministro de Estado ou quaisquer titulares de órgãos diretamente subordinados à Presidência da República para prestarem informações (art. 50);
c) comissões parlamentares de inquérito – com poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, sendo suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério Público, para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores (art. 58, § 3º);
d) autorização ou aprovação necessárias do Congresso para atos concretos do executivo (art. 49);
e) poderes controladores privativos do Senado (art. 52);
f) julgamento das contas do executivo;
g) suspensão ou destituição (impeachment) do Presidente da República e de Ministros de Estado (arts. 85 e 86 c/c Lei 1.079/50);
h) controle financeiro – exercido pelo Tribunal de Contas, órgão auxiliar do Poder Legislativo com competência funcional própria, que exerce papel de instituição constitucional autônoma (arts. 71 a 75).
3.1.1. Tribunal de Contas
No que se refere ao controle financeiro, exercido pelo TC, de acordo com a disciplina constitucional tem-se que as contas do administrador lhe são enviadas para a emissão de um parecer prévio, o qual será submetido ao Parlamento. É o Parlamento quem profere o julgamento final, extraindo uma certidão de quitação ao cidadão ocupante de cargo público ou ordenador da despesa, quando as contas são aprovadas. Caso as mesmas não sejam aprovadas, o cidadão responde com seu patrimônio pessoal pelos atos praticados e pelos danos causados ao patrimônio público.
São atividades do Tribunal de Contas:
- fiscalização financeira;
- consulta;
- informação;
- julgamento (julga as contas dos administradores);
- sancionatória;
- corretiva;
- ouvidoria (art. 74, §§ 1º e 2º da CR).
a) Atividade controlada – fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial.
b) Aspectos controlados – legalidade, legitimidade, economicidade, fidelidade, higidez funcional e controle do cumprimento de metas e programas de trabalho.
c) Pessoas controladas – União, Estados, Municípios, Distrito Federal e entidades da administração direta e indireta, bem como responsáveis por dinheiro, bens e valores públicos, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público.
3.2. Controle jurisdicional
A Constituição de 1988, em seu artigo 5º, inciso XXXV, estabeleceu o princípio da inafastabilidade do Poder Judiciário, não excluindo de sua apreciação lesão ou ameaça a direito. As principais medidas de exercício de controle do Poder Judiciário sobre a atividade administrativa, de acordo com o texto constitucional, são:
a) habeas corpus;
b) mandado de segurança;
c) habeas data;
d) mandado de injunção;
e) ação popular;
f) ação civil pública;
g) ação direta de inconstitucionalidade.
3.3. Controle social
É composto de mecanismos postos à disposição do cidadão para permitir a sua atuação fiscalizadora da Administração Pública. No quadro constitucional, identificamos alguns desses mecanismos que viabilizam o controle social:
a) direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder (art. 5º, XXXIV);
b) direito às reclamações relativas à prestação dos serviços públicos em geral (art. 37, § 3º, I).

Outros materiais