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APOSTILA TEORICA DE HISTOLOGIA GERAL E SISTEMICA

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TECIDO EPITELIAL DE REVESTIMENTO
O tecido epitelial de revestimento reveste toda a superfície externa do corpo (epiderme) e as cavidades corporais internas. Caracteriza-se por ser um tecido avascular, ou seja, sem a presença de vasos sanguíneos e por possuir um aglomerado de células epiteliais poliédricas e justapostas, com o mínimo ou nenhum espaço/matriz extracelular entre elas.
Estas células encontradas no tecido epitelial que estão em constante processo de renovação variam em uma ou mais camadas e possuem formatos diversificados. Podem ser pavimentosas (Células achatadas com forma poligonal), cúbicas (Formato de cubo) e cilíndricas (Formato cilíndrico. São mais altas que largas).
O tecido epitelial de revestimento é separado do tecido subjacente (tecido conjuntivo) por uma fina camada de fibras, denominada membrana basal, que é formada basicamente por colágeno tipo IV, laminina e proteoglicanas, que são produzidos em parte pelas próprias células epiteliais e em parte pelas células do tecido conjuntivo, especificamente células denominadas fibroblastos. Pelo fato do tecido epitelial ser desprovido de vasos sanguíneos, a sua nutrição depende da difusão de oxigênio e de metabólitos a partir dos tecidos subjacentes.
Uma das principais funções do tecido epitelial de revestimento é a de proteção. Ele funciona como uma verdadeira armadura para o corpo.
Podemos classificar o tecido epitelial de revestimento de acordo com as camadas de células que o constitui em:
1) Simples, Uniestratificado ou Monoestratificado: Possui apenas uma camada de células. Neste tecido a base de cada célula é anexada a uma base da membrana basal, enquanto a extremidade apical está voltada para superfície livre.
O tecido epitelial de revestimento simples pode ser dividido em:
Epitélio simples pavimentoso: Reveste a Cápsula de Bowman, localizada no rim, como também reveste os vasos (endotélio).
Epitélio simples cúbico: Este tipo de epitélio é encontrado na parede dos folículos da tireóide, como também nos túbulos contorcidos do rim.
Epitélio simples cilíndrico: Encontrado em grande parte no aparelho digestivo, revestindo oestômago, intestino delgado e intestino grosso, como também reveste outros órgãos como a vesícula biliar, etc.
2) Estratificado ou Pluriestratificado: Neste tecido existem duas ou mais camadas de células, sendo que algumas estão fixas a membrana basal e as outras estão sobrepostas umas ás outras, formando vários extratos.
O tecido epitelial de revestimento estratificado pode se subdividir em:
Epitélio pavimentoso estratificado: Neste tecido existe uma camada superficial de queratina, como é o caso da pele. No entanto reveste outras áreas, porém sem queratina, como no caso do esôfago que é revestido por epitélio pavimentoso estratificado não queratinizado.
Epitélio cúbico estratificado: Possui células epiteliais com formato cúbico em diversas camadas.
Epitélio estratificado de transição: Este tipo de epitélio caracteriza-se por ter as células mais superficiais com formatos diversificados. É encontrado na bexiga e no ureter.
3) Pseudo-estratificado: As células presentes neste tipo de tecido parecem dispor-se em camadas, dando a falsa impressão de se tratar de um tecido estratificado. No entanto é constituído por somente uma camada de células que se prendem à membrana basal, porém com tamanhos diferenciados. Este tipo de epitélio é encontrado na traquéia, fossas nasais e brônquios, e as células possuem cílios bem desenvolvidos, que tem a função de remoção de partículas estranhas oriundas do ar. Em indivíduos fumantes estes cílios perdem sua capacidade de funcionar corretamente. 
TECIDO EPIDELIAL GLANDULAR
O tecido epitelial glandular ou secretor é constituído por várias células epiteliais glandulares que possuem como principal função produzir e liberar secreções tanto para o meio interno quanto para o meio externo. Estas secreções podem ser viscosas e escorregadias (mucosas), aquosas e límpidas (serosas), como também podem ser a mistura de secreções mucosas e serosas (mista).
Quando agrupadas em grande número as células epiteliais glandulares formam estruturas denominadas glândulas. Alojadas no interior das glândulas as células epitelias glandulares podem sintetizar, armazenar e secretar várias substâncias tais como proteínas (pâncreas), lipídios (adrenal eglândulas sebáceas) ou complexos de carboidratos e proteínas (glândulas salivares). As glândulas mamárias merecem destaque por conseguirem sintetizar todas as três substâncias (proteínas, lipídios e carboidratos).
Podemos classificar as glândulas, quanto ao número de células, em unicelular (a secreção é produzida por células especializadas ocasionais, como as células caliciformes muco-secretoras) ou multicelular (a secreção é elaborada por agrupamentos de células). As secreções produzidas pelas glândulas podem ser expelidas tanto para o meio externo, quanto para o meio interno. Portanto, elas são classificadas em glândulas exócrinas e glândulas endócrinas respectivamente. A principal diferença entre estes dois tipos de glândulas é que as glândulas endócrinas não possuem ductos (tubos), ao contrário das glândulas exócrinas, que os têm, e os utilizam para transportar suas secreções para locais específicos.
As glândulas endócrinas também referidas como glândulas de secreção interna, eliminam suas secreções (hormônios) diretamente na corrente sanguínea. Como exemplo pode-se citar as glândulas da tireóide, glândulas adrenais e hipófise.
As glândulas endócrinas podem ser de dois tipos: Glândula endócrina do tipo cordonal (As células deste tipo de glândula organizam-se formando cordões maciços. Exemplo: hipófise e paratireóide) e Glândula endócrina do tipo folicular ou vesicular (As células deste tipo de glândula organizam-se formando vesículas. Exemplo: Tireóide).
Já as glândulas exócrinas também referidas como glândulas de secreção externa, eliminam suas secreções na superfície do corpo (glândulas sudoríparas, lacrimais, mamárias e sebáceas) ou na superfície de revestimento de órgãos que se comunicam com o meio externo como a boca (glândulas salivares). Quando a glândula exócrina possui apenas um ducto (tubo) ela é chamada de glândula exócrina simples. Caso tenha dois ou mais ductos é chamada de glândula exócrina composta.
Quanto ao formato das células, as glândulas exócrinas se subdividem em: Glândula tubulosa (Contém células epiteliais glandulares em forma de túbulo), Glândula arredondada (Possui células epiteliais glandulares com porção secretora arredondada) e Glândula alveolar (Células epiteliais glandulares com porção secretora com formato semelhante a um triângulo).
As glândulas exócrinas também podem ser classificadas quanto a sua porção secretora em: Glândula holócrina (junto com a secreção saem também às células que a produziram), Glândula merócrina (apenas lança o produto de secreção) e Glândula apócrina (juntamente com a secreção sai o ápice das células que compõem a glândula).
Ambas as glândulas (endócrina e exócrina) são oriundas do epitélio de revestimento, durante o desenvolvimento embrionário. A glândula exócrina por conter os ductos (tubos) mantém comunicação com seu epitélio de origem. Já a glândula endócrina não mantém comunicação com o epitélio de origem.
TECIDO CONJUNTIVO
Os tecidos conjuntivos são os responsáveis pelo estabelecimento e manutenção da forma do corpo, fazendo a ligação entre as diferentes células e órgãos, mantendo-os unidos e dando suporte mecânico. Em uma analogia simples, em que os órgãos e células seriam os tijolos de uma parede, o tecido conjuntivo seria como o cimento que os une.
1- Epitélio Pavimentoso Estratificado Queratinizado, 2- Tecido Conjuntivo Frouxo, 3- Tecido Conjuntivo Denso
Estruturalmente o tecido conjuntivo possui três componentes: células, fibras e substância fundamental. A variação na qualidade e quantidade destes componentes define os diferentes tipos de tecido conjuntivo. Enquanto os demais tecidos (epitelial, muscular e nervoso) têm como constituintes principaisas células, no tecido conjuntivo predomina a matriz extracelular, formada pela substância fundamental e pelas fibras.
A matriz extracelular é uma combinação variada de diversas proteínas fibrosas com a substância fundamental. As fibras podem ser colágenas, reticulares ou elásticas, dependendo da composição das proteínas, que por sua vez definirá suas propriedades e funções.
A substância fundamental é um complexo viscoso e altamente hidrofílico, ou seja, que possui grande afinidade pela água (hidro= água / filia= afinidade por), portanto solúvel. É composto principalmente de macromoléculas aniônicas (como glicosaminoglicanos e proteoglicanos) e glicoproteínas multiadesivas (como a lamina, a fibronectina, entre outras). Estas macromoléculas se ligam a receptores específicos na superfície das células, promovendo assim a união do tecido, conferindo força tênsil e rigidez à matriz.
As principais células do tecido conjuntivo são os fibroblastos, os leucócitos e as células adiposas.
Os fibroblastos produzem as fibras e a substância fundamental, além de estarem envolvidos na produção de fatores de crescimento, que controlam o crescimento e a diferenciação celular. Quando os fibroblastos tornam-se metabolicamente quiescentes (pouco ativos) passam a ser chamados de fibrócitos. Os leucócitos são as células de defesa, eles produzem anticorpos, fagocitam corpos estranhos (bactérias ou partículas) e modulam reações alérgicas e inflamatórias. As células adiposas estocam gordura, que serve de reserva energética e produção de calor.
O tecido conjuntivo está presente nos tendões e ligamentos, aponeuroses, cápsulas envolvendo órgãos, membranas orgânicas e constituindo o estroma (tecido de sustentação) dos órgãos.
Os tecidos conjuntivos são divididos em:
Tecido conjuntivo propriamente dito – É o tecido conjuntivo que faz a estruturação e o suporte. Pode ser do tipo frouxo ou denso. O frouxo suporta estruturas que estão sujeitas a pequenos atritos e pressão, sendo encontrado preenchendo espaços entre células, suportando células epiteliais e em torno dos vasos sanguíneos e nas membranas serosas. O denso tem a mesma composição que o frouxo, porém possui menor quantidade de células e abundantes fibras colágenas, oferecendo assim resistência e proteção ao tecido. Ele é também menos flexível e mais resistente à tensão.
Tecido Adiposo – Constituído por células adiposas, chamadas adipócitos. Ele é o maior depósito corporal de energia, armazenada em forma de lipídios (a gordura). Ele também serve para modelar a superfície do corpo, sendo responsável pelas diferenças da silhueta masculina e feminina. Ele também forma coxins sobre a pele, oferecendo importante proteção contra choques mecânicos, por exemplo, na planta dos pés, na palma das mãos e nas nádegas. E como a gordura não é bom condutor de calor, o tecido adiposo constitui ainda um isolante térmico para o corpo.
Tecido Cartilaginoso – Possui consistência rígida, oferecendo suporte para os tecidos moles. Reveste também as superfícies articulares, absorvendo choques e facilitando o deslizamento dos ossos nas articulações. Ele é também o principal constituinte dos ossos no feto e no recém-nascido, diferenciando-se em tecido ósseo e promovendo o crescimento da criança.
Tecido Ósseo - Forma os ossos, o principal constituinte do esqueleto. Dá suporte ao corpo e protege órgãos vitais, como o cérebro na caixa craniana e os pulmões e o coração dentro da caixa torácica. Serve de apoio aos músculos esqueléticos, proporcionando movimentos úteis aos membros. Ele também protege e aloja a medula óssea, formadora das células sanguíneas. Serve ainda de depósito de cálcio, fosfato e outros íons, possibilitando regular a liberação destes no sangue quando necessário.
CONJUNTIVO DENSO
O tecido conjuntivo denso também referido como tecido conjuntivo fibroso possui como principal constituinte fibras colágenas, que são caracteristicamente brancas (a fresco) e formadas pela proteína colágeno, principalmente colágeno tipo I que as tornam-na muito resistentes.
Estruturas das fibras e feixes colágenos
Essas fibras são produzidas por células jovens e fusiformes denominadas fibroblastos, que são as células mais frequentes encontradas neste tipo de tecido e cuja função é a de sintetizar colágeno, proteoglicano e elastina.
Fibroblastos
Para que os fibroblastos possam sintetizar o colágeno, que é um componente importantíssimo do tecido conjuntivo, é necessário, a presença de algumas substâncias, como a vitamina C (ácido ascórbico). A falta de vitamina C no corpo humano leva ao impedimento da síntese de colágeno e ao aparecimento de doenças que prejudicam o tecido conjuntivo denso e outros tecidos conjuntivos, como o escorbuto. Além disso, a deficiência dietética de vitamina C pode levar a anemia, gerar feridas na pele, gengivas ulceradas, dentes soltos, etc.
Por isso é importante uma alimentação balanceada para que os tecidos conjuntivos possam cumprir suas funções devidamente, pois os seres humanos são incapazes de sintetizar a vitamina C que é necessária não somente para a produção de colágeno, como também contribui na absorção de ferro. O consumo de frutas cítricas diariamente é fundamental e ajuda os fibroblastos trabalharem normalmente sintetizando o colágeno.
Por ser pobre em substância intercelular e amorfa, e rico em fibras principalmente as colágenas, o tecido conjuntivo denso possui como função fornecer resistência à tração e suporte.
Podemos classificar o tecido conjuntivo denso, de acordo com a organização das fibras de colágeno, em:
Tecido conjuntivo denso não modelado (fibroso): Esse tecido contém feixes de fibras colágenas distribuídas de maneira difusa, ou seja, não ordenadas. Os feixes de fibras também estão entrelaçados, conferindo-lhes grande resistência e elasticidade. Caracteriza-se por ser um tecido resistente a trações exercidas em várias direções. O T.C.D não modelado é encontrado na derme e em cápsulas envoltórias de vários órgãos tais como o fígado, rins, baço e testículos.
Tecido Conjuntivo Denso Não Modelado / Tecido Conjuntivo Denso Modelado
Tecido conjuntivo denso modelado (tendinoso): Nesse tecido os feixes de fibras colágenas estão organizados paralelamente entre si, dando-lhe enorme resistência e pouca elasticidade ao tecido. Caracteriza-se por ser resistente a trações exercidas numa só direção. O T.C.D. modelado forma ostendões, que unem os músculos aos ossos do esqueleto; e os ligamentos, que são feixes de fibras contendo fibras colágenas e elásticas que conectam um osso ao outro.
TECIDO ADIPOSO
O tecido adiposo é um tipo de tecido conjuntivo especializado no armazenamento de gordura no interior de células diferenciadas denominadas de adipócitos, servindo como:
- Reserva energética durante os períodos prolongados de dieta, na falta de alimentos e após a consumação do glicogênio estocado no fígado e músculos;
- Auxílio na regulação térmica, atuando como proteção contra o frio, em virtude de sua localização sob a pele;
- Envolvendo órgãos, como por exemplo, o coração, proporcionando acomodação ao movimento de sístole e diástole, além de protegê-lo contra traumas mecânicos.
Pode ser subdividido em dois tipos:
Tecido adiposo Unilocular - com células, apresentam forma de esfera, tendo em seu interior uma grande quantidade de lipídios, em uma "gota", tanto que o núcleo achatado e o citoplasma são deslocados do centro. A quantidade de substâncias fundamentais é menor que em outros tecidos.
Tecido Adiposo Multilocular – com células menores que as do unilocular, pois ao invés de uma grande "gota" de gordura, é constituída por diversas gotículas (vacúolos) que se espalham por todo o citoplasma.
Adipócitos são células armazenadoras de gordura (lipídios), possuem a forma arredondada e são encontradas no Tecido Adiposo. São originadas de uma célula mesenquimatosa pluripotente ou multipotente (célula-tronco que pode dar origem a qualquer tipo de célula fetal ou adulta, ou seja, cada conjunto de células forma um tipo de tecido).  Estas célulassão sustentadas por uma trama de fibras reticulares e são envolvidos por uma rede vascular desenvolvida.
O reservatório de gordura ocupa quase todo o citoplasma do adipócito. 
O peso dessa célula é representado por 95% de lipídios. Cada célula é responsável por armazenar uma determinada quantidade de gordura, podendo armazenar até dez vezes o seu tamanho. Isso colabora para regulação da temperatura corporal.
Os adipócitos possuem uma espécie de ciclo: pré-adipócito, que possuem a capacidade de proliferar; o adipócito jovem, que é encontrado no tecido adiposo multilocular e o adipócito maduro que é encontrado no tecido adiposo unilocular.
Quando atinge sua capacidade de armazenamento máximo, um novo adipócito é formado para que armazenem mais gordura. A gordura armazenada no adipócito está sob a forma de triglicerídeos (três ácidos graxos ligado a uma molécula de glicerol). A mitose dos adipócitos é bem mais intensa na sua "infância".
Existem diversas classificações dos adipócitos, podendo ser classificados em:
Adipócitos brancos – São quando os adipócitos estão totalmente desenvolvidos, ou seja, armazenam a gordura dentro de uma única gota lipídica, que ocupa todo o centro da célula, fazendo com que ocitoplasma, o núcleo e as demais organelas se desloquem para a periferia celular. Sua distribuição é quase que generalizada pelo organismo, envolve ou mesmo se infiltra em toda região subcutânea. Encontra-se também espalhados por todas as vísceras, espaços da cavidade abdominal e por diversos grupamentos musculares. Estes adipócitos são encontrados no tecido adiposo unilocular, quando o adipócito é maduro.  Os adipócitos brancos também possuem a função de atuarem como isolantes térmicos e proteção mecânica, suavizando assim o impacto de choques.
Adipócitos castanhos (marrons) – Ao contrário do adipócito branco, o adipócito castanho ou marrom é menor, e possui várias gotículas de triglicerídeos de diferentes tamanhos. O citoplasma é abundante e possui numerosas mitocôndrias. Estes adipócitos são encontrados no tecido adiposo multilocular quando o adipócito ainda é jovem.  A função principal deste adipócito é a regulagem da produção de calor (termogênico), resultando no controle da temperatura corporal.
OBESIDADE
A obesidade pode ser classificada fisiologicamente, em hipertrófica, hiperplásica e hipertrófica/hiperplásica. A obesidade hipertrófica está relacionada ao aumento no tamanho das células de gordura (adipócitos), e ocorre freqüentemente em adultos. A obesidade hiperplásica representa o aumento no número de adipócitos, ocorrendo principalmente nos primeiros anos de vida, na adolescência e em períodos de gravidez (último trimestre da gravidez). A obesidade hipertrófica/hiperplásica relaciona-se ao aumento tanto no número quanto no tamanho das células de adipócitos, e ocorre em períodos similares a hiperplásica. As pessoas obesas são mais propensas a doenças articulares, hipertensão arterial, diabete, aterosclerose, enfarte do miocárdio e isquemia cerebral, sendo assim um distúrbio altamente prejudicial ao organismo em geral fazendo com que haja o encurtamento da vida e sendo muito prejudicial à qualidade de vida. 
TECIDO CARTILAGINOSO
O tecido conjuntivo cartilaginoso também chamado apenas de cartilagem, é muito flexível, porém de consistência rígida e é encontrado no nariz, nos anéis da traquéia e dos brônquios, na parte externa da orelha, em algumas partes da laringe e na epiglote. Este tecido não possui vasos sanguíneos, nervos e vasos linfáticos, ele pode ser nutrido de duas formas: através dos capilares do conjuntivo que o envolve (pericôndrio) ou através do liquido sinovial (líquido transparente e viscoso das cavidades articulares e bainhas dos tendões) das articulações. Ele se adere as surpefícies das articulações ósseas de nosso corpo. Este é indispensável na formação de ossos longos, e também tem a função de suporte dos tecidos moles (tecido de sustentação).
É formado por células denominadas condrócitos, células mais velhas que secretam matriz extracelular, que por sua vez tem origem em células embrionárias chamadas condroblastos (pequenas lacunas na substância intracelular).
Normalmente um condroblasto pode conter de dois a oito condrócitos, formando uma espécie de ninho de células envolto por uma fina cápsula, eles produzem grandes quantidades de fibras protéicas, a medida que sua atividade metabólica vai moderando passam a se chamar condrócitos. A matriz extracelular serve de ponte para a difusão dos condrócitos para os vasos sanguíneos do tecido conjuntivo circundante.
O papel fisiológico deste tecido está relacionado à suas propriedades que dependem da estrutura da matriz que pode ser colágeno ou colágeno+eslastina+proteoglicanas (proteína + glicosaminoglicanas), e é por causa desta ligação que este tecido tem tal elasticidade.
As cartilagens são envolvidas por uma bainha conjuntiva (exceto as cartilagens das articulações) que recebe o nome de pericôndrio (do grego Peri = em torno).  Encontramos em certos vertebrados como os peixes cartilaginosos (o tubarão e a arraia, por exemplo), estes possuem esqueleto cartilaginoso exclusivamente. Em outros vertebrados este tecido é substituído pelo ósseo, que possui consistência mais rígida.
Podemos dividir este tecido em três grupos diferentes:
Cartilagem Hialina
A mais comum encontrada na laringe, traquéia, nos brônquios e nas articulações. Esta cartilagem apresenta uma matriz mais homogênea e possui poucas fibras colágenas. Esta cartilagem é a que forma o primeiro esqueleto de um embrião, que logo após é substituída por osso. É a mais abundante na anatomia humana.
Se esta cartilagem sofrer uma lesão se regenerará com mais dificuldade e provavelmente não completamente, com exceção em crianças com pouca idade. Em adultos esta regeneração é feita pelo pericôndrio, que células originadas por ele, invadem a área fraturada dando origem ao um novo tecido cartilaginoso.
Cartilagem Elástica
Semelhante à hialina, a cartilagem elástica possui pequenas porções de colágeno, além de fibras elásticas entrelaçadas, materiais de lâminas de elástico. Este material é responsável pela maior elasticidade desta cartilagem. Possui também uma exuberante rede de fibras elásticas finas, que se unem ao pericôndrio. Devido à presença de elastina esta cartilagem possui uma coloração amarelada. As células presentes do interior desta cartilagem mantêm a matriz. Este tipo de cartilagem é encontrada na orelha, no septo nasal e na epiglote.
	
	1- matriz territorial;
2- fibras elásticas;
3- condrócitos;
4- matriz interterritorial
Cartilagem Fibrosa
 A cartilagem fibrosa também pode ser chamada de fibrocartilagem. Esta cartilagem apresenta grande quantidade de fibras colágenas, fazendo assim com que se torne a mais resistente de todas as três. Nesta cartilagem não há presença de pericôndrio e está diretamente associada ao tecido conjuntivo denso. Ela tem a função de cartilagem intervertebral, separando uma vértebra de outra, evitando assim o atrito entre elas e amortecendo choques que podem ser transmitidos á coluna através de atividades físicas. Esta cartilagem está presente entre as vértebras e no osso púbis da bacia.
TECIDO ÓSSEO
O tecido ósseo é altamente rígido e resistente e suas funções estão relacionadas à sustentação e proteção de órgãos vitais do organismo. Proporciona apoio aos músculos esqueléticos, traduzindo suas contrações em movimentos, além de ser um depósito de cálcio, fosfato e mais alguns íons, liberando-os no organismo de forma controlada.
Este tecido é formado por células e material extracelular calcificado, chamado de matriz óssea. A nutrição de uma das células formadoras do tecido ósseo (osteócitos) depende dos canalículos presentes na matriz, que possibilitam as trocas de íons e moléculas entre os capilares e estas células ósseas. Os ossos são recobertos na sua face interna (endósteo) e externa (periósteo) por uma camada de tecido que possui células osteogênicas.
As células que compõe o tecidoósseo são:
Osteócitos
Ficam localizados em cavidades na matriz óssea, chamadas de lacunas, sendo que cada uma abriga apenas um osteócito. Por entre os canalículos estas células se comunicam e trocam moléculas e íons pelas junções gap (junções celulares). Possuem um formato achatado, semelhantes a amêndoas, possuem certa quantidade de retículo endoplasmático rugoso, complexo de Golgi pequeno e núcleo com cromatina condensada. São células de extrema importância na manutenção da matriz óssea.
Osteoblasto
Estas células produzem a parte orgânica da matriz óssea. Possuem a capacidade de armazenar fosfato de cálcio, participando na mineralização da matriz. Encontram-se dispostas lado a lado na superfície óssea e, quando estão em alta atividade de síntese apresentam formato cubóide, comcitoplasma basófilo; quando em estado de pouca atividade, tornam-se achatados e o citoplasma se torna menos basófilo. Quando esta célula passa a ficar aprisionada na matriz óssea, torna-se um osteócito.
Osteoclasto
São células gigantes, móveis, muito ramificadas, contendo inúmeros núcleos, com citoplasma granuloso, certas vezes com vacúolos, pouco basófilos nas células jovens e acidófilos nas células mais velhas. As lacunas cavadas na matriz óssea, pelos osteoclastos, recebem o nome de lacunas de Howship. Os osteoclástos apresentam prolongamentos vilosos, ao redor desta área de prolongamento existe uma zona citoplasmática, chamada zona clara que é pobre em organelas, porém rica em filamentos de actina. Esta zona é um local de adesão do osteoclasto com a matriz óssea e cria um ambiente fechado, onde ocorre a reabsorção óssea.
Principais estruturas do tecido ósseo
O tecido ósseo divide-se em dois tipos:
Osso compacto
Não possui espaço medular, mas possui canais que abrigam nervos e vasos sanguíneos, conhecidos como canais de Volkmann e canais de Havers. Presente, quase que na totalidade da diáfise de ossos longos, na periferia de ossos curtos, nos ossos chatos formando duas camadas que recebem o nome de tábuas interna e externa.
Osso esponjoso
Apresenta amplos espaços medulares, formados por diversas trabéculas, conferindo ao osso, um aspecto poroso, abrigando a medula óssea. É encontrado na parte mais profunda da diáfise de ossos longos, no centro de ossos curtos e separando as tábuas interna e externa dos ossos chatos.
Existe outra classificação dos ossos:
Tecido ósseo primário ou imaturo
É o primeiro tecido ósseo que aparece no osso, sendo substituído aos poucos por tecido ósseo lamelar. Em adultos, persiste apenas perto das suturas dos ósseos do crânio, nos alvéolos dentários e em algumas regiões de inserção dos tendões.
Tecido ósseo secundário ou lamelar
Geralmente é encontrado nos adultos, sendo que sua característica principal reside no fato de possui fibras colágenas organizadas em lamelas, paralelas, ou dispostas de forma concêntrica ao redor dos canais e vasos, dando origem aos sistemas de Havers.
TECIDO MUSCULAR ESTRIADO ESQUELETICO
O tecido muscular estriado esquelético é formado por feixes de fibras cilíndricas muito longas e multinucleadas, conhecidas por fibras musculares estriadas esqueléticas. Esses feixes são envolvidos pelo epimísio, uma membrana externa de tecido conjuntivo denso. Destas membranas partem septos de tecido conjuntivo muito fino, chamados perimísios, por onde os vasos sanguíneos entram nos músculos. São músculos de movimentos voluntários.
Cada fibra, por sua vez, é envolvida por uma camada delgada de fibras reticulares que dá origem aoendomísio.
Músculo estriado esquelético. 
A união das fibras musculares é feita pelo tecido conjuntivo, o que permite a atuação da força de concentração gerada por cada fibra sobre o músculo inteiro chegando a outras estruturas como tendões, ligamentos, aponeuroses e ossos.
As fibras musculares são delimitadas pelo sarcolema, e seu sarcoplasma encontra-se preenchido por fibrilas paralelas chamadas miofibrilas, constituídas por quatro proteínas:
Actina – sob forma de estruturas longas e fibrosas (actina F), é formada por duas cadeias de monômeros globulares (actina G) enroladas em hélice dupla.
Tropomiosina – moléculas longas e finas unidas pelas extremidades, formando filamentos longos localizados sobre a actina.
Troponina – um conjunto de três subunidades preso à uma molécula de tropomiosina:
TnT – ligada fortemente à tropomiosina.;
TnC – possui grande afinidade pelos íons cálcio;
TnI – inibe a interação entre a actina e a miosina;
Miosina – grande, complexa e de alto peso molecular, em forma de bastão, sendo que uma das extremidades apresenta uma saliência globular, com locais específicos para combinação com ATP. Dotada de atividade ATPásica, transformando o ATP em ADP, o que libera energia às reações de contração muscular.
A miosina é formada por duas subunidades, a meromiosina leve e a meromiosina pesada. A meromiosina leve corresponde a maior porção do bastão, enquanto que a meromiosina pesada é composta pela menor parte do bastão junto à saliência globular.
O sarcolema consiste em uma membrana celular, chamada membrana plasmática, e um revestimento de uma fina camada de material polissacarídeo, com muitas fibrilas colágenas delgadas.
TECIDO MUSCULAR CARDIACO
O músculo estriado cardíaco é responsável por formar a camada muscular do coração, chamadamiocárdio. Existem três tipos de músculo cardíaco:
Músculo atrial: contrai de forma semelhante às fibras musculares esqueléticas, embora mais lentamente;
Músculo ventricular: assim como o músculo atrial, contrai de forma semelhante às fibras musculares esqueléticas, de forma mais lenta;
Fibras musculares excitatórias e condutoras: contraem-se muito fracamente, pois apresentam poucas fibras contráteis. No entanto, apresentam ritmicidade e velocidade de conduções que variam, gerando um sistema excitatório para o coração.
As células que constituem este músculo são alongadas, e se prendem por meio de junções intercalares complexas, conhecidos como discos intercalares. Por serem junções comunicantes entre fibras musculares cardíacas contínuas, acabam por permitir uma difusão quase que totalmente livre de íons. Sendo assim, este músculo pode ser considerado um grande sincício, promovendo a propagação do potencial de ação devido às interconexões existentes.
No coração são encontrados dois sincícios: o atrial e o ventricular. É dividido desta maneira, pois entre o compartimento atrial e o ventricular existe um tecido fibroso que circunda as aberturas dasválvulas atrioventriculares (A-V). O sistema especializado na condução átrio-ventricular é chamado de feixe A-V.
Diferentemente das fibras musculares esqueléticas que possuem apenas canais rápidos de sódio, as fibras musculares cardíacas possuem dois tipos de canais: os canais rápidos de sódios e os canais lentos de cálcio, sendo este último, responsável pela manutenção do longo período de despolarização, fator determinante do platô.
Outra diferença funcional entre estes dois tipos de fibras é que, imediatamente após o início do potencial de ação nas fibras musculares cardíacas, há uma redução da permeabilidade da membrana aos íons potássio em aproximadamente cinco vezes, o que não acontece nas fibras musculares esqueléticas. Este mecanismo impede o retorno precoce da voltagem do potencial de ação para o seu valor de repouso.
TECIDO MUSCULAR LISO
O músculo liso é formado por células longas e fusiformes com um único núcleo central. Estas fibras musculares estão dispostas em camadas na parede do tubo digestivo, vasos sanguíneos, útero, etc, sendo revestidas e unidas por uma rede delicada de fibras reticulares.
Músculo liso 
Apresenta externamente uma camada de glicocálix. Seu sarcolema tem um grande número de vesículas de pinocitose, enquanto que no sarcoplasma encontram-semitocôndrias, retículo endoplasmático rugoso (RER), grânulos de glicogênio e aparelho de Golgi pouco desenvolvido, além da presença de miofilamentos deactina e miosina, dispostos em uma trama tridimensional e não organizados como nas fibras muscularesestriadas.
O músculo liso pode ser dividido em dois grandes tipos:
Músculo Liso Multiunitário: é composto por fibras musculares separadas e discretas, que se contraem independentemente das outras, alguns exemplos desses músculos são o músculo ciliar do olho, o músculo da íris e o músculo piloeretores que causam a ereção dos pêlos quando estimulados pelo sistema nervoso simpático.
Músculo Liso Unitário: milhares de fibras musculares lisas que se contraem juntas, que são ligadas por muitas junções comunicantes, das quais os íons fluem livremente de uma célula para outra, de forma que os potenciais de ação, ou o simples fluxo de íons, podem passar de uma fibra para a seguinte e fazer com que se contraiam em conjunto, esse tipo de músculo pode ser encontrado nas paredes da maioria das vísceras do corpo, incluindo o intestino, os ductos biliares, os ureteres, o útero e muitos vasos sanguíneos.
O mecanismo de contração da fibra muscular lisa se dá através de deslizamentos dos miofilamentos. Sem túbulos T e com o retículo sarcoplasmático (RS) extremamente reduzido, essas fibras têm as numerosas vesículas de pinocitose desempenhando um papel importante na entrada e saída do íoncálcio.
A fibra muscular lisa, além da capacidade contrátil, pode sintetizar fibras colágenas, elásticas e proteoglicanas, neste caso seu reticulo endoplasmático rugoso é bastante desenvolvido.
O músculo liso recebe terminações nervosas do sistema nervoso autônomo simpático e parassimpático, e não possui placas motoras. Frequentemente, os axônios terminam formando dilatações no tecido conjuntivo localizado entre as fibras musculares lisas.
O músculo liso é responsável por movimentos peristálticos que são contrações lentas e involuntárias em ondas que deslocam o alimento pelo sistema digestório.
No indivíduo adulto, as células musculares lisas mantém a capacidade de se dividir o que permite a regeneração do músculo lesionado.
TECIDO NERVOSO
CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS
A principal característica do tecido nervoso é a presença de células denominadas neurônios. Os neurônios são células com prolongamentos e que têm a capacidade de serem estimuladas por substâncias químicas ou estímulos elétricos geralmente originados em outras células e, por sua vez, gerar um potencial de ação ("impulso nervoso") que é transmitido ao longo da membrana plasmática que recobre seus prolongamentos.
Células do sistema nervoso
1- Neurônios. Os neurônios são constituídos por um corpo celular, também chamado pericário, e por prolongamentos. No corpo celular se situa o núcleo e uma grande porção de citoplasma que o envolve. 
Há dois tipos de prolongamentos nos neurônios. Os dendritos geralmente são curtos e bastante ramificados e sua espessura diminui à medida que o dendrito se afasta do corpo celular. O axônio, geralmente único, tem espessura constante e somente se ramifica na sua extremidade, local onde pode estabelecer sinapses. 
As sinapses são locais de grande proximidade entre o axônio e a superfície de outra célula. Nas sinapses um potencial de ação pode desencadear a liberação de mediadores químicos e estimular a outra célula - uma outra célula nervosa ou uma célula de outro tecido (como por exemplo, uma célula muscular ou uma célula secretora).
2- Células da neuróglia. Além dos neurônios, o tecido nervoso possui uma outra população de células, denominadas células da glia ou células da neuróglia. Há vários tipos de células da neuróglia, que exercem funções importantes no tecido nervoso, tais como suporte e nutrição de neurônios, isolamento dos neurônios, fagocitose e reparação no tecido nervoso.
Fibras nervosas
Os axônios são sempre envolvidos por outras células. Como os axônios são geralmente bastante compridos, há sempre necessidade de muitas células para revestir toda sua extensão.
No sistema nervoso central o revestimento é feito por um tipo de célula da neuróglia intitulado oligodendrócito. No sistema nervoso periférico exercem esta função as células denominadas células de Schwann. Ao conjunto de axônio + célula de revestimento se dá o nome de fibra nervosa. As células que envolvem os axônios podem produzir um material composto de várias moléculas de lipídeos complexos, denominado mielina. As fibras nervosas cujas células de revestimento contêm mielina são chamadas fibras nervosas mielínicas ou mielinizadas, ao contrário das fibras nervosas não-mielinizadas ou amielínicas cujas células de revestimento não contêm mielina.
Localização do sistema nervoso
Quanto à sua localização o tecido nervoso pode ser classificado em:
1 - sistema nervoso central, formado por duas porções contínuas, uma situada no interior da caixa craniana, oencéfalo, e a outra constituindo a medula espinal. No sistema nervoso central há corpos celulares e prolongamentos de neurônios além de muitas células da neuróglia. Os neurônios do cérebro estão concentrados no córtex e em agrupamentos de tamanhos variados denominados núcleos.
2 - sistema nervoso periférico, é distribuído pelo corpo sob forma de:
-nervos, que são formados por fibras nervosas 
- gânglios nervosos que são acúmulos de corpos celulares de neurônios situados fora do sistema nervoso central.
Os órgãos do sistema nervoso central são revestidos por membranas de tecido conjuntivo denominadas meninges. Não há praticamente tecido conjuntivo no interior do sistema nervoso central. Os órgãos e estruturas do sistema nervoso periférico são revestidos por tecido conjuntivo. 
Organização do tecido nervoso no sistema nervoso central: substância branca e cinzenta 
No sistema nervoso central o tecido nervoso está organizado de tal maneira que os corpos celulares dos neurônios ficam agrupados em várias regiões, estas regiões constituindo a substância cinzenta do sistema nervoso central.
Os prolongamentos dos neurônios (principalmente seus axônios) também se organizam constituindo regiões denominadas de substância branca. Na substância branca os axônios formam feixes de diferentes calibres.
Tipos de neurônios
Quanto à sua estrutura e à organização de seus prolongamentos os neurônios podem ser classificados em:
Neurônios unipolares - possuem um corpo celular e um axônio. Não são muito frequentes e constituem, por exemplo, as células sensoriais da retina e mucosa olfatória.
Neurônios bipolares - possuem um dendrito, um corpo celular e um axônio. São frequentes nas estruturas sensoriais (retina, mucosa olfatória).
Neurônios pseudounipolares - possuem um corpo celular e somente um prolongamento, que se comporta como dendrito em uma de suas porções e como axônio na outra porção. Um exemplo típico deste tipo é representado pelos neurônios sensitivos dos gânglios sensitivos da medula espinal, responsáveis pela condução de impulsos nervosos de teto, pressão, calor frio etc.
Neurônios multipolares - possuem um corpo celular, vários dendritos e um axônio. Constituem a maioria dos neurônios do tecido nervoso.
CÉLULAS DO TECIDO NERVOSO - NEURÓGLIA
 
 Uma grande população de células do tecido nervoso é constituida pelas células da neuróglia ou simplesmentecélulas da glia. Estas células não têm as propriedades dos neurônios: não são estimuladas por estímulos elétricos ou químicos e não transmitem estímulos ao longo de seus prolongamentos.
 As células da glia exercem importantes funções na nutrição e trofismo dos neurônios, sustentação do tecido nervoso e uma população especial de células da glia age como macrófagos dentro do tecido nervoso.
 As células da neuróglia estão presentes no sistema nervoso central. No sistema nervoso periférico há células equivalentes, que alguns autores incluem na classificação de células da neuróglia e outros consideram como uma categoria separada. Há várias populações de células da neuróglia no sistema nervoso central:
Astróglia - é constituída por células denominadas astrócitos. São encarregados de sustentação e nutrição dos neurônios. Há dois tipos principais, chamados astrócitos protoplasmáticos e astrócitos fibrosos. Os astrócitos protoplasmáticosresidem principalmente na substância cinzenta do sistema nervoso central enquanto que os astrócitos fibrosos estão presentes principalmente na substância branca.
Oligodendróglia - suas células, são os oligodendrócitos presentes na substância cinzenta e em muito maior quantidade na substância branca do sistema nervoso central. Sua função principal é envolver os axônios dos neurônios de maneira a isolá-los do microambiente do tecido nervoso.
Micróglia - é constituída por células que agem como macrófagos, participando, portanto, da defesa do tecido nervoso. Estas células são de difícil observação por colorações rotineiras e por esta razão foram desenvolvidas várias técnicas para demonstrar estas células, que são baseadas em precipitação de metais sobre as mesmas.
CÉLULAS DO TN - NEURÓGLIA
ASTRÓCITOS PROTOPLASMÁTICOS
São células com muitos prolongamentos ramificados e que ocupam um grande volume do espaço extracelular
ASTRÓCITOS FIBROSOS 
 
Os astrócitos fibrosos têm quantidade muito menor de prolongamentos que os astrócitos protoplasmáticos. Seus prolongamentos são longos e ramificados.
Os astrócitos fibrosos são encontrados com maior frequência na substância branca do sistema nervoso central enquanto que os astrócitos protoplasmáticos são mais frequentes na substância cinzenta.
Os astrócitos fibrosos têm uma característica muito importante: eles frequentemente possuem prolongamentos que se apoiam em capilares sanguíneos, prolongamentos chamados de pés vasculares.
 
OLIGODENDRÓGLIA
 
Os oligodendrócitos, como seu nome indica, têm poucos prolongamentos.
A menor quantidade de prolongamentos é uma maneira de diferenciá-los dos astrócitos fibrosos, com os quais têm alguma semelhança.
Outra diferença entre os dois tipos de células reside no fato de que a técnica para demonstrar os astrócitos não é a mesma usada para demonstrar os oligodendrócitos.
Por esta diferença de técnica, as preparações de astrócitos fibrosos costumam ter um fundo amarelo/dourado e no caso dos oligodendrócitos é azulado/arroxeado.
 	Assim como as outras células da glia, estas células exercem funções muito importantes para o funcionamento do tecido nervoso.
Praticamente todas porções dos neurônios são revestidos por células da glia no sistema nervoso central ou por seus equivalentes no sistema nervoso periférico. Tanto o corpo celular como os prolongamentos dos neurônios estão em contacto com as células da glia ou seus equivalentes.
Os prolongamentos dos oligodendrócitos exercem a importante tarefa de revestir os axônios dos neurônios do sistema nervoso central.
MICROGLIA
As células da micróglia são as menores células da glia. Seu corpo celular emite poucos prolongamentos que saem de polos opostos das células. Estes prolongamentos são geralmente ramificados.
ORGANIZAÇÃO DO TECIDO NERVOSO NO SISTEMA NERVOSO CENTRAL
Substância branca e substância cinzenta
Quando o sistema nervoso central (encéfalo e medula espinal) se forma durante o desenvolvimento embrionário, as porções que contêm os corpos celulares dos neurônios ficam concentradas e separadas topograficamente de regiões formadas basicamente por axônios. No sistema nervoso central há, portanto, regiões com alta concentração de corpos celulares de neurônios. Estas regiões, quando observadas em fatias de um tecido fresco, recém retirado de um animal, têm coloração acinzentada, sendo por isso denominadas de substância cinzenta do sistema nervoso central. Por outro lado, há regiões com uma grande quantidade de prolongamentos de neurônios, principalmente, de axônios. Estes axônios são envolvidos por oligodendrócitos, constituindo as fibras nervosas. Em orgãos frescos estas regiões têm coloração esbranquiçada e em conjunto formam a substância branca do sistema nervoso central. Sua cor é devida à grande quantidade de mielina nela presente. A mielina faz parte do citoplasma dos oligodendrócitos. Enquanto que a substância cinzenta é o local de recepção e de integração de informações e resposta, a substância branca constitui as vias de comunição entre o sistema nervoso central e os locais externos ao sistema nervoso central assim como as vias de comunicação entre diferentes regiões do sistema nervoso central.
 
Localização da substância branca e cinzenta:
No cérebro a substância cinzenta está presente em dois locais:
- na periferia do órgão, logo abaixo de sua superfície, no córtex cerebral;
- no interior do cérebro, em aglomerados de diferentes tamanhos denominados núcleos.
 No cérebro, a substância branca ocupa o interior do órgão, abaixo do córtex e em torno dos núcleos.
Cérebro 
 O córtex cerebral, formado por substância cinzenta, quando observado em aumento pequeno exibe uma grande quantidade de núcleos, de neurônios e de células da glia.
 A substância branca tem menor quantidade de núcleos (são de células da glia) e exibe claramente um aspecto fibrilar, devido à grande quantidade de axônios que se dispõem organizadamente na substância branca.
Cerebelo
 O cerebelo é formado por um grande número de folhas constituídas de tecido nervoso.
Passe o cursor sobre a imagem para identificar uma folha.
Cada uma das folhas tem pequenas ramificações.
O cerebelo é revestido por meninges na sua porção livre (não presa ao cérebro).
 A distribuição das substâncias branca e cinzenta no cerebelo é semelhante à do cérebro. No entanto, esta distribuição se refere a cada uma das folhas:
- a substância cinzenta se situa na periferia das folhas;
- a substância branca se situa no centro das folhas e no centro de cada ramificação das folhas.
Em cada folha, portanto, a substância branca forma um eixo interno e a substância cinzenta se situa em torno deste eixo.
Além disto, a substância branca preenche a região central do cerebelo.
Plexo corióide
 
O plexo corióide é uma estrutura existente no encéfalo, responsável pela secreção do líquido céfalo raquidiano, também chamado líquor. Este líquido está presente no interior de cavidades existentes no sistema nervoso central (por exemplo: os ventrículos, o canal central da medula espinhal) e também está presente em torno das estruturas que compõem o sistema nervoso central.
O plexo corióide possui muitas pequenas dobras e é revestido por um epitélio cúbico simples o qual é responsável pela produção do líquido.
Medula espinal
 A medula espinal ou espinhal é uma porção alongada do sistema nervoso central que se continua com o tronco cerebral. Inicia-se na altura na primeira vértebra cervical e termina na altura das primeiras vértebras lombares. Na figura superior veja o canal vertebral, local onde a medula está colocada de maneira bastante protegida.
 Na medula espinal, a distribuição da substância branca e cinzenta é inversa à distribuição no cérebro e cerebelo, anteriormente estudados. A substância branca se situa na periferia e a substância cinzenta no centro. 
Cortes transversais da medula espinal revelam que os detalhes da sua anatomia variam de acordo com a altura em que são cortados. No entanto, de modo geral, a substância cinzenta tem um aspecto semelhante ao de uma borboleta com suas asas abertas.
 A medula espinal é um importante órgão de comunicação entre o organismo e o o encéfalo. Pela substância branca da medula passam importantes conjuntos de feixes de axônios transmitindo:
1- informações do organismo para o encéfalo
2- informações do encéfalo para neurônios (neurônios motores) situados na própria medula e situados fora da medula.
 
Estes neurônios motores comandam funções importante do corpo, tais como contração de músculos, secreção de glândulas. Eles recebem informações dos centros superiores através de axônios que chegam pela substância branca da medula.
Muitos destes neurônios motores estão na porção ventral da medula espinal e controlam a contração de músculos dos vários segmentos do corpo. Os axônios destes neurônios saem da medula na sua porção ventral contribuindo para a constituição dos nervos raquidianos que se dirigem aos músculos esqueléticos.
Neurônios motores damedula também podem controlar a atividade de glândulas, músculo liso e músculo cardíaco. Estas atividades são realizadas após seus axônios estabelecerem sinapses em neurônios de gânglios do sistema nervoso vegetativo. Estes neurônios emitem axônios que irão inervar as estruturas citadas acima.
 Pelos mesmos nervos raquidianos chegam axônios de vários locais do corpo trazendo informações sensitivas. Este axônios se dirigem aos gânglios sensitivos situados ao lado da medula formando duas cadeias de gânglios (uma de cada lado) ao longo de toda medula.
Estes gânglios contêm neurônios pseudounipolares dos quais saem os axônios que acabaram trazem informação sensorial do corpo. Estes axônios continuam seu trajeto, saem do gânglio e entram da medula espinal por sua face dorsal. Ali estabelecem sinapses com outros neurônios e a informação é enviada para os centros superiores ou para os neurônios motores próximos formando um arco reflexo.
A medula é revestida pelas meninges. No entanto, na dissecção dos órgãos do sistema nervoso central, as meninges costumam ficar aderidas às superfícies ósseas que envolvem os órgãos (ossos do crânio, canal vertebral) e sua estrutura total é raramente vista em cortes histológicos.
A substância branca ocupa a periferia da medula.
No centro da medula há um canal denominado canal central da medulaou canal ependimário, que contém líquido céfalo-raquidiano. A cavidade do canal ependimário se continua com a cavidade de quarto ventrículo.
Este canal é um remanescente da cavidade do tubo neural formada durante o período embrionário e é revestida por um epitélio cilíndrico ou cúbico simples ciliado (veja a figura inferior).
 A substância branca tem aspecto rendilhado. Isto é devido à ausência da mielina que foi dissolvida durante a feitura deste preparado histológico. As fibras nervosas existentes na substância branca estão, em sua maioria, seccionadas transversalmente
SISTEMA NERVOSO PERIFERICO
 O sistema nervoso periférico (SNP) está distribuído por todo o corpo e está intimamente ligado ao sistema nervoso central por meio de prolongamentos de neurônios.
O SNP é constituído de nervos e de gânglios nervosos.
Os nervos são feixes de fibras nervosas, isto é, de axônios e suas células envoltoras. O número de fibras nervosas de um nervo varia muito, desde algumas dezenas até milhares. Os nervos mais calibrosos são constituídos de vários fascículos, isto é, de vários subconjuntos de fibras; na verdade é como se os nervos muito calibrosos fossem constituídos de vários nervos de menor calibre.
Os axônios presentes nos nervos podem ser de três tipos:
1 - axônios de neurônios multipolares situados na medula espinal, que irão inervar fibras musculares esqueléticas.
2 - axônios sensitivos de neurônios pseudounipolares que trazem informação da periferia para a medula espinhal, dirigindo-se aos gânglios sensitivos.
3 - axônios do sistema nervoso autônomo (veja mais abaixo) que se dirigem a um gânglio nervoso do sistema autônomo.
Há várias diferenças entre as fibras nervosas do sistema nervoso central (SNC) e as do SNP:
1 - as células que envolvem os axônios no SNC são oligodendrócitos, enquanto que no SNP são células chamadas células de Schwann. Cada célula de Schwann envolve um pequeno trecho de um axônio de modo que cada axônio é envolvido por uma longa fileira de células de Schwann.
2 - no SNC os oligodendrócitos revestem continuadamente os axônios, enquanto que no SNP há um pequeno espaço entre uma célula de Schwann e a seguinte. Este pequeno espaço, de grande significado fisiológico, se denomina nó de Ranvier.
3 - os nervos são revestidos por tecido conjuntivo e existe tecido conjuntivo no interior dos nervos.
Da mesma forma como no SNC, as células envoltoras dos axônios do SNP podem ou não produzir mielina. Desta maneira, existem tanto no SNC como no SNP fibras nervosas mielínicas e amielínicas. 
Em consequência deste fato, os nervos podem ser constituídos de misturas de fibras mielínicas e amielínicas, do amplo predomínio de um destes tipos ou somente de um dos tipos.
Os gânglios nervosos são acúmulos de corpos celulares de neurônios situados fora do sistema nervoso central. Existem muitos gânglios nervosos espalhados pelo corpo e eles funcionam como estações de interligação entre neurônios e estruturas do organismo assim com estações de interligação entre partes do SNC com vários tipos de estruturas e órgãos.
O SNP está organizado em dois sistemas: sistema nervoso somático e sistema nervoso autônomo.
O sistema nervoso somático controla fundamentalmente a musculatura esquelética, de contração voluntária. Seus neurônios se localizam na medula espinal e seus axônios saem da medula, constituem nervos e inervam diretamente os músculos do corpo.
O sistema nervoso autônomo exerce controle de funções geralmente independentes da vontade, como por exemplo secreção de glândulas e contração de musculatura lisa e cardíaca. Seus neurônios também estão na medula espinal, porém em locais diferente dos neurônios do sistema nervoso somático. Diferentemente do sistema somático, os axônios destes neurônios não inervam diretamente músculo ou glândulas. Seus axônios se dirigem inicialmente a gânglios nervosos onde estabelecem sinapses com neurônios existentes nos gânglios. Estes segundos neurônios é que emitem axônios que irão inervar músculo liso e glândulas. Desta maneira, no sistema nervoso autônomo existe sempre uma cadeia de dois neurônios (um na medula e outro fora) que irão inervar as estruturas efetoras, enquanto que no sistema somático o neurônio que está na medula inerva diretamente um músculo.
O sistema nervoso autônomo tem duas divisões: sistema nervoso autônomo simpático e sistema nervoso autônomo parasimpático. 
Uma das grandes diferenças anatômicas entre ambos é a seguinte: os gânglios nervosos do sistema nervoso simpático se distribuem pelas grandes cavidades do corpo, principalmente cavidade torácica e abdominal. Os gânglios do sistema nervoso parasimpático se situam geralmente no interior dos órgãos a serem inervados e por esta razão estes gânglios são também denominados gânglios intramurais.
ORGANIZAÇÃO DO TECIDO NERVOSO NO SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO
NERVO 
 
Os nervos são constituídos por feixes de fibras nervosas. Nos nervos delgados pode haver apenas um feixe enquanto que nos nervos mais calibrosos pode haver vários feixes, como no caso da figura ao lado, cujo nervo tem três fascículos.
 O nervo desta figura foi formado por axônios originados da medula espinhal e axônios originados de um gânglio sensitivo. Trata-se, portanto, de um nervo misto sensitivo e motor.
Os nervos podem ainda conter fibras do sistema nervoso autônomo. Estas, ao deixarem a medula podem sair junto com as fibras do sistema somático, mas depois se dirigem a um gânglio do sistema autônomo para estabelecerem uma sinapse com um neurônio deste gânglio para em seguida inervar alguma estrutura. 
Com exceção dos nervos mais delgados e mais delicados, eles em geral têm uma organização característica de seu tecido conjuntivo.
Externamente aos nervos há uma capa de tecido conjuntivo própriamente dito, do tipo denso não modelado. Esta camada é denominada epineuro.
Se este nervo percorre seu trajeto "solto", isto é, isolado em uma cavidade, o epineuro é mais espesso e se assemelha à cápsula de um órgão.
Em nervos calibrosos, formado por muitos fascículos (como o da figura), o epineuro pode avançar para o interior do nervo e envolver cada fascículo.
Se o nervo corre no interior de tecido conjuntivo ou dentro de um órgão ou estrutura, esta camada de epineuro é menos organizada e se mistura com o tecido conjuntivo que está em sua volta. Neste caso o epineuro nem sempre pode ser bem delimitado. Envolvendo cada feixe de fibras nervosas existe uma camada de tecido conjuntivo denominada perineuro. O perineuro é uma camada bastante compacta de células dispostas em camadas. No interior dos fascículos existe um delicado tecido conjuntivo frouxo que contém capilares sanguíneos denominadoendoneuro. O endoneuro envolve cada fibra nervosa, mas frequentemente está em quantidade tão pequena que não é percebido nos preparados histológicos.
 
Gânglio nervoso 
 
Os gânglios nervosos são acúmulos de corpos celulares de neurônios situados fora do sistema nervoso central. Um tipo desses gânglios já foi visto anteriormente: o gânglio sensitivo que faz parte da cadeia de gânglios que fica a cada lado da medula espinal. Seus neurônios são pseudounipolares.
Uma característica importante dos neurônios ganglionares é a presença em sua volta de pequenas células que recobrem os neurônios. São denominadas células satélites de neurônios ou células satélites gliais. Além dos gânglios sensitivos, um outro tipo de gânglio nervoso é constituído pelos gânglios do sistema nervoso autônomo. Eles podem ser gânglios simpáticos ou gânglios parasimpáticos. Os gânglios simpáticos se localizam principalmente na cavidade torácica e cavidade abdominal, principalmente próximo aos grandes vasos que percorrem estas cavidades. Os gânglios parasimpáticos se localizam principalmente no interior de órgãos. Por esta razão são também denominados gânglios intramurais.
SISTEMA CIRCULATORIO
O sistema cardiovascular é um monte de tubos endoteliais contínuos. Nos seres humanos, que é o que interessa para a medicina, esse sistema é fechado, isto é, em nenhum momento do circuito o sangue será despejado em uma cavidade, já que ele percorre todo o trajeto dentro desses tubos endoteliais contínuos. Esse sistema é o responsável pela distribuição de nutrientes e oxigênio por todo o corpo, e pela coleta das excretas e do gás carbônico. O sangue consegue percorrer por esses vasos, porque ele é ejetado com uma pressão hidrostática feita pelo bombeamento sanguíneo do coração.
Os tubos que compõem o sistema são as artérias, veias e capilares. Cada um deles tem um formato diferente, pois a pressão com que recebem o sangue é diferente de um pra outro, e a forma com que esse sangue é distribuído por cada um também é diferente! As artérias têm que transportar o sangue em uma pressão muito alta, então suas paredes musculares são espessas. Já as veias devem transportar o sangue de volta ao coração, então a pressão do sangue dentro delas é menor, por isso as suas paredes são mais finas.
A circulação dentro do organismo pode ser dividida em duas: circulação sistêmica ou periférica (grande circulação) e circulação pulmonar (pequena circulação). A pressão exercida pelo bombeamento do coração faz com que em cada parte do sistema cardiovascular haja uma pressão distinta. Por exemplo, a pressão na aorta é muito alta, pois ela recebe o sangue diretamente do coração. Daí, conforme o sangue vai circulando, essa pressão vai diminuindo e chega a ser 0 mmHg quando ele retorna ao coração pela veia cava inferior.
Não podemos esquecer que o sistema cardiovascular não é composto só pelas veias, artérias, coração, sangue e capilares. Há também o sistema linfático, que possui características próprias, mas assemelha – se ao sanguíneo, na medida que também é composto por tubos. Ele será melhor explicado depois.
Vamos falar de cada componente do Sistema Cardiovascular (SCv)
Coração
Como já foi dito, o sistema cardiovascular é composto por TUBOS. O coração não seria diferente! Ele é um tubo endotelial dobrado!
Esse órgão é quem bombeia o sangue para o resto do corpo. Por causa disso, a parede muscular desse órgão é muito espessa. Ela é dividida em:
Endocárdio e Miocárdio. Também é possível observar a camada de tecido conjuntivo subendocárdico (fica abaixo do endocárdio!) e também as fibras de Purkinje (jajá serão explicadas)
Endocárdio: composto por um revestimento endotelial e um tecido conjuntivo subendotelial, sobre o qual ele fica apoiado. Esse tecido conjuntivo subendotelial (tecido conjuntivo subendocárdico) é composto por fibras colágenas e elásticas, sintetizadas por fibroblastos. Nessa camada de tecido conjuntivo ficam pequenos vasos sanguíneos, nervos e as fibras de Purkinje. O endocárdio é homólogo à túnica íntima dos vasos sanguíneos.
Miocárdio: é um sincício (lembra de embrio! qualquer coisa chamada sincicio quer dizer: conjunto de células que se fundem, perdem suas membranas e formam uma única massa multinuclear) formado por fibras musculares estriadas cardíacas. Ele é composto por três tipos de músculo: músculo atrial, músculo ventricular e fibras musculares especializadas na excitação e condução de impulsos cardíacos. Ele é contínuo com a túnica média dos vasos sanguíneos.
Epicárdio: superfície de baixo atrito revestida por um mesotélio em contato com o espaço pericárdico seroso. Ele é semelhante à túnica adventícia dos vasos sanguíneos.
O miocárdio é composto por três tipos de células: cardiócitos contráteis (que são os que se contraem para bombear o sangue), cardiócitos mioendócritos (produzem FNA) e cardiócitos nodais (especializados no controle da contração rítmica do coração. São células localizadas no nodo sinoatrial – junção da veia cava superior com o átrio direito – e no nodo atrioventricular – presente sob o endocárdio dos septos interatrial e interventricular.
O coração é composto de dois sincícios de fibras musculares:
Sincício atrial: forma a parede dos dois átrios
Sincício ventricular: forma a parede dos dois ventrículos
Ao redor das aberturas valvares entre os átrios e os ventrículos, há um tecido conjuntivo fibroso que separam os átrios e os ventrículos.
Sistema Condutor do Coração
O coração possui dois sistemas condutores especializados, os quais geram estímulos próprios e transmitem a excitação produzida. Um deles é o nodo (ou nó) sinusal (ou sinoatrial, S-A). Ele gera impulsos que causam contrações rítmicas do músculo cardíaco. O coração também tem um sistema condutor especializado, constituído pela via internodal, que induz o impulso do nodo sinoatrial para o nó atrioventricular, chamado também de nodo A – V. O nodo AV, no qual o impulso atrial é retardado antes de chegar aos ventrículos; o feixe atrioventricular, que conduz o impulso dos átrios para os ventrículos; e os feixes esquerdo e direito de fibras de Purkinje, que conduzem o impulso a todas as partes dos ventrículos. (Kierszenbaum; p. 356)
Resumindo: ocorre uma despolarização do nodo sinoatrial. Essa despolarização vai se propagando pela musculatura até alcançar o nodo atrioventricular. De lá, ela parte para os ventrículos, através dos feixes (fibras de Purkinje e feixe atrioventricular)
Nodos e Feixes
Outra característica do sistema condutor do coração é a excreção do fator natriurético atrial (FNA) pelas células musculares cardíacas do átrio. Esse FNA aumenta a quantidade de xixi estimula a diurese e também a excreção de sódio pela urina. Quando acontece isso, o volume de sangue diminui. Essa secreção de FNA pelas células citadas acontece quando elas estão distentidas, depois que o FNA é secretado por elas e o volume de sangue diminui, daí essas células conseguem se relaxar, e a distenção é aliviada. O FNA evita que a reabsorção de sódio e água cause hipervolemia (aumento anormal no volume de líquido circulante no corpo) e hipertensão, que pode resultar em insuficiência cardíaca.
É importante lembrar que o tecido muscular estriado cardíaco possui aqueles discos intercalares onde ficam as junções comunicantes, importantes para a distribuição sincronizada de íons e a rápida disseminação do potencial de ação, para que a contração do coração seja feita de forma rítmica!
Fibras de Purkinje
Os feixe formados pelas fibras de Purkinje são responsáveis por conduzir o impulso a todas as partes dos ventrículos. Elas ficam sob o endocárdio (ver a foto lá em cima! onde é citado sobre essas fibras). Diferentemente das fibras musculares cardíacas, elas possuem um diâmetro maior e porque tem um número reduzido de microfibrilas localizadas na periferia da fibra. Elas contêm muiiiiiito glicogênio, daí elas aparecem mais clarinhas nas lâminas, enquanto as fibras do músculo cardíaco aparecem mais escuras. A semelhança entre elas e as fibras musculares cardíacas,é que ambas são estriadas e unidas entre si por discos intercalares.
Fibras de Purkinje
Válvulas Cardíacas
As válvulas cardíacas são constituídas por uma porção central de tecido conjuntivo denso contendo fibras colágenas e elásticas, revestida nas suas duas faces por uma camada endotelial.
Artérias
A função das artérias é levar o sangue do coração ao resto do corpo, através dos capilares. Na diástole, quando o coração relaxa, ela armazena um pouco de sangue, senão o fluxo sanguíneo fica comprometido. Assim, quando o coração contrai (sístole) o sangue é ejetado, daí, obviamente, a artéria fica cheia de sangue. Mas dai, quando ele relaxa (diástole), ele se enche de sangue, e não bombeia. Pra que o fluxo seja mantido, então, a artéria armazena um pouco de sangue bombeado.
Como elas recebem um sangue vindo em alta pressão, elas devem ser mais grossas do que as veias, e mais firmes. Elas são divididas em três túnicas:
1. Túnica íntima: é a camada mais interna da artéria. Ela é constituída por:
– revestimento endotelial contínuo com o endocárdio
– camada intermediária de tecido conjuntivo frouxo (subendotélio)
– lâmina elástica interna, feita por elastina
2. Túnica média: é a camada intermediária da artéria. Ela é constituída por:
– células musculares lisas cercadas por uma quantidade variável de componentes da MEC (fibras colágenas e lâminas elásticas, com espaços irregulares – membranas elásticas fenestradas). O colágeno serve pra dar sustentabilidade pra artéria e também limitam a distensibilidade da parede do vaso. Tem mais colágeno nas veias do que nas artérias.
3. Túnica Adventícia (externa): é a camada mais externa da artéria. Ela é constituída por tecido conjuntivo! Algumas artérias e veias possuem pequenos vasos que as penetram pela túnica média e fornecem oxigênio aos vasos. Esses pequenos vasos são chamados de vasa vasorum.
O que separa a túnica externa e a média é uma camada de lâmina elástica.
As artérias podem ser classificadas, em ordem decrescente de tamanho (espessura): artérias elásticas de grande calibre, artérias musculares de médio calibre e as pequenas artérias e arteríolas.
As artérias elásticas de grande calibre têm como função levar o sangue do coração para as artérias distribuidoras de calibre médio. Essas artérias de grande calibre são aorta e os ramos principais: braquiocefálica, carótida comum, subclávia e ilíaca comum. As principais características delas são: receber sangue do coração com alta pressão e manter o sangue circulando continuamente, enquanto o coração está bombeando intermitentemente. A túnica íntima, a dessas artérias é composta pelo endotélio e pelo tecido conjuntivo subendotelial. Na túnica média dessas artérias, há lâminas elásticas fenestradas. Já na adventícia, a principal característica é possui as fibras colágenas. O tecido muscular liso é capaz de sintetizar fibras elásticas e colágenas. O vasa vasorum, nervi vasorum e vasos linfáticos ficam na túnica adventícia das grandes artérias elásticas.
Artérias musculares de calibre médio são vaso distribuidores, pois elas distribuem a quantidade necessária de sangue a cada órgão, dependendo da sua demanda. Elas são as artérias radial, tibial, poplítea, axilar, esplênica, mesentéria e intercostal. A túnica íntima das artérias musculares de calibre médio são compostas pelo endotélio, subendotélio e por uma lâmina elástica interna. Diferente da túnica média da artéria elástica de grande calibre, a das de calibre médio tem uma diminuição da quantidade de componentes elásticos e aumento da quantidade de fibras musculares lisas.
Arteríolas são os ramos finais do sistema arterial. Elas controlam a distribuição do sangue para os capilares por meio de vasoconstrição e vasodilatação. As arteríolas podem ficar vasoconstringindo e vasodilatando, porque ela foi feita pra isso! Isto é, as paredes delas contêm fibras musculares lisas que possibilitam esses fenômenos. Elas são consideradas vasos de resistência e são os principais determinantes da pressão sanguínea sistêmica. Como esses vasos têm um diâmetro muiito pequeno, pode acontecer delas serem fechadas, e isso aumenta a resistência ao fluxo sanguíneo, por isso ela ser conhecida como um vaso de resistência! A túnica íntima delas é composto pelo endotélio, subendotélio e lâmina elástica interna. A túnica média é feita por camadas concêntricas de células musculares lisas. A adventícia contém pouca quantidade de tecido conjuntivo frouxo.
	
	Túnica Íntima
	Túnica Média
	Túnica Adventícia
	Quais são?
	Artéria Elástica de Grande Calibre
	Endotélio; tecido conjuntivo subendotelial
	Lâminas elásticas fenestradas
	Fibras colágenas; vasa vasorum, nervi vasorum e vasos linfáticos
	aorta e os ramos principais: braquiocefálica, carótida comum, subclávia e ilíaca comum
	Artéria Muscular de Médio Calibre
	endotélio, subendotélio e lâmina elástica interna
	diminuição da quantidade de componentes elásticos e aumento da quantidade de fibras musculares lisas
	Lâmina elástica externa fenestrada na junção da túnca média com a adventícia – só em vasos maiores
	artérias radial, tibial, poplítea, axilar, esplênica, mesentéria e intercostal
	Arteríola
	endotélio, subendotélio e lâmina elástica interna
	camadas concêntricas de células musculares lisas
	pouca quantidade de tecido conjuntivo frouxo
	ramos finais do sistema arterial
O segmento depois da arteríola propriamente dita é chamado de metarteríola, que é o ramo terminal do sistema arterial. Ela é constituída por uma camada de células musculares, geralmente descontínua, e representa um importante regulador local do fluxo sanguíneo.
Veias
O sistema nervoso inicia – se com as vênulas pós-capilares. Essas vênulas são tubos de células endoteliais sustentados por uma lâmina basal e uma adventícia de fibras colágenas e fibroblastos.
A circulação venosa inicia – se com as vênulas pós capilares (que é principalmente onde ocorre a diapedese dos leucócitos), depois as vênulas musculares, vênulas coletoras até que se juntam e formam as veias. É importante lembrar que, as vênulas pós – capilares são, estruturalmente, semelhantes aos capilares contínuos, só que têm lúmen maior. São ainda túbulos de células endoteliais que são sustentados por uma lâmina basal e uma adventícia de fibras colágenas e fibroblastos.
túnicas das veias: não há uma distinção clara entre a túnica média e a túnica adventícia. Já o lúmen é revestido por um endotélio e uma lâmina basal subjacente. Não há lâmina elástica interna distinta.
túnica média muscular: é mais fina do que nas artérias, e as células musculares lisas têm uma orientação irregular, aproximadamente circular.
túnica adventícia: fibras colágenas e fibroblastos e poucas fibras nervosos. Os vasa vasorum, nas grandes veias, penetram na parede.
Uma característica específica das veias é a presença das valvas (estruturas que, junto com a contração do músculo estriado esquelético, auxiliam na volta do sangue para o coração, evitando o fluxo de sangue). A valva é uma projeção da túnica íntima para o lúmen, e é coberta por células endoteliais e reforçadas por fibras elásticas e colágenas. Além disso, as veias têm uma parede mais fina do que as artérias do mesmo calibre. Elas possuem uma alta capacitância porque sua parede tem propriedade de distensibilidade. Por isso que o conteúdo de sangue é grande, em relação ao volume das veias.
Capilares
Os capilares são vasos que realizam as trocas metabólicas. Eles são tubos muiiiiito finos e formados apenas por uma camada única de células endoteliais, que são altamente permeáveis, e circundadas por lâmina basal. Eles possuem tamanho suficiente pra caber uma hemácia, mas bastante finos para que ocorram as trocas gasosas.
O leito microvascular, o sítio da microcirculação, é composto por uma arteríola terminal (e metarteríola), pelo leito capilar, e por vênulas pós-capilars. O leito capilar é formado por capilares ligeiramente grandes (denominados canais preferenciais ou de comunicação), onde o fluxo sanguíneoé contínuo, e pequenos capilares, denominados capilares verdadeiros, onde o fluxo sanguíneo é intermitente. (Kierszenbaum)
Há três tipos de capilares. Os contínuos são aqueles completamente revestidos por endotélio (e seempre tem a lâmina basal). Entre a lâmina basal e esse endotélio podem existir umas células chamadas de pericitos. Elas são células indiferenciadas que parecem com células musculares lisas modificadas. Os líquidos e solutos, por meio de cavéolas ou vesículas de transcitose, são transportados por células endoteliais unidas por junções celulares. O outro tipo de capilar é o fenestrado, em que há poros (ou fenestras) podendo, ou não, possuir diafragma. (ver foto logo embaixo). O último tipo é o descontínuo (ou também chamado de sinusóide), em que o revestimento endotelial e a lâmina basal é incompleto, então há buracos e espaços nesses capilares. Eles são necessários em locais em que precisa de uma relação íntima entre o sangue e o parênquima.
ELEMENTOS DO SANGUE
O que é?
 O Tecido conjuntivo sanguíneo é formado por duas partes: Primeiro a parte sólida formada pelas células sanguíneas que compõe os elementos figurados, onde podemos encontrar os glóbulos vermelhos, osglóbulos brancos e as Plaquetas (Fragmento de células). Segundo por uma parte líquida na qual tais células estão dispersas, chamado Plasma. Todas as células do sangue são originadas na medula óssea vermelha a partir das células indiferenciadas pluripotentes (células-tronco). Como counsequência do processo de diferenciação celular, as células-filhas indiferenciadas assumem formas e funções especializadas.
Conceitos:
Parte Liquida:
Plasma: é formado por 90% de água e 10% por substancias inorgânicas (ex. potássio, cálcio, ferro, sódio...) que são transportadas através dos vasos do corpo.
 Parte sólida (elementos figurados):
Plaquetas: São fragmentos das células gigantes da medula ósseas conhecidas como megacariócitos.Possuem substancias que atuam na coagulação sanguínea ajudando a impedir as hemorragias.
Hemácias, Glóbulos vermelhos ou eritrócitos: São células anucleadas, possuem aspecto de disco bicôncavo. A sua principal função é o transporte de oxigênio, por serem ricos em hemoglobina. Qualquer condição passível de comprometer a produção ou de aumentar a taxa de destruição ou de perda dos glóbulos vermelhos pode resultar em anemia, se a medula óssea não conseguir compensar a perda dos glóbulos vermelhos, ou mesmo um aumento das necessidades de ferro.
Leucócitos ou Glóbulos brancos: Atuam na defesa do nosso organismo, combatendo vírus, bactérias e outros agentes invasores que penetram no corpo. Os leucócitos também são produzidos na medula óssea
Classificação dos leucócitos
Granulócitos (apresentam grânulos no citoplasma) 
Seus núcleos têm cromatina densa e são divididos em pequenas porções unidas por filamejntos delgados de cromatina. O número destas porções pode variar e por esta razão são denominados polimorfonucleares. O citoplasma das células deste grupo possui grânulos de diferente composição química, coloração e funções, denominados grânulos específicos. De acordo com suas várias características os leucócitos granulócitos podem ser:
Neutrófilo
Característica geral
Núcleo geralmente trilobulado.  seus núcleos tem cromatina densa, de coloração escura. Quando jovens seus núcleos têm a forma de um bastão em forma da letra C ou U. Esta forma de neutrófilo também é denominadabastonete. Quando maduros seus núcleos são subdivididos em várias porções (geralmente de três a cinco) unidas por filamentos de cromatina. Esta forma de neutrófilo também é denominada de segmentado. Seu citoplasma contém grânulos muito pequenos que se coram mal pelos vários corantes e assumem uma coloração cor de rosa clara.
 Função
Fagocitar elementos estranhos ao organismo
Nº aproximado em cada mm3
 4.800
Eosinófilo
Característica geral
Núcleo bilobulado. Seus núcleos costumam ter dois segmentos, porém é possível encontrar eosinófilos com mais de três segmentos. A grande característica dos eosinófilos está no seu citoplasma: possui um grande número de grânulos grandes corados em laranja ou cor de rosa. Esta coloração é dada pela eosina, daí o nome desta célula.
Função
Fagocitar apenas determinados elementos. Em doenças alérgicas ou provocadas por parasitas intestinais há aumento do número dessas células
Nº aproximado em cada mm3
240
Basófilo
Característica geral
Grânulos citoplasmáticos muito grandes, chegando a mascarar o núcleo. Seus núcleos quase nunca são segmentados, sendo esféricos ou ovais e ocupam a maior parte do citoplasma. Os núcleos são frequentemente obscurecidos por pequenos grãos azuis e púrpura. São as células mais infrequentes dentre os leucócitos e as mais raras de serem encontradas em esfregaços.
Função
 Liberar heparina (anticoagulante) e histamina (substância vasodilatadora liberada em processos alérgicos)
Nº aproximado em cada mm3
80
Agranulócitos (não apresentam grânulos no citoplasma) 
Estas células tem núcleos esféricos, ovais ou indentados (em forma da letra C ou U), portanto seus núcleos não são segmentados. Seu citoplasma não possui grânulos específicos (daí o nome agranulócitos), porém podem possuir grânulos inespecíficos denominados azurófilos, que podem também estar presentes nos granulócitos. Estes grânulos são muito pequenos, parecendo pequenos pontos no citoplasma, e se coram em azul. Há dois tipos de agranulócitos:
Linfócito
Característica geral
Núcleo muito condensado, ocupando quase toda a célula. São células geralmente pequenas, um pouco maiores que as hemácias. Seu núcleo esférico tem cromatina densa. O citoplasma se resume a uma delgada camada levemente basófila ao redor do núcleo.
Função
Linfócitos T auxiliares ou células de “memória imunológica” orientam os linfócitos B na produção de anticorpos; linfócitos T supressores determinam o momento de parar a produção dos anticorpos; linfócitos T citotóxicos que produzem substâncias que mudam a permeabilidade das células invasoras (bactérias) ou de células cancerosas, provocando sua morte.
Linfócitos  B, que formarão os plasmócitos do tecido conjuntivo, são os responsáveis pela produção de anticorpos específicos no combate imunológico aos antígenos invasores.
Nº aproximado em cada mm3
2.400
Monócito
Característica geral
Núcleo em forma de rim ou ferradura. são células grandes, as maiores do grupo dos leucócitos. Seu núcleo, de cromatina frouxa, é indentado e excêntrico (se situa fora do centro da célula). Possui bastante citoplasma, levemente basófilo.
 Função
Fagocitar bactérias, vírus e fungos
Nº aproximado em cada mm3
480
ORGÃOS LINFOIDES
TIMO
A imunidade é a capacidade que o corpo tem em resistir contra quase todos os tipos de microrganismos ou toxinas. A imunidade adquirida só se desenvolve depois que o organismo for atacado por bactérias, vírus ou toxinas.
A pessoa que não consegue desenvolver a imunidade adquirida devido à ausência genética de linfócitos ou cujos linfócitos foram destruídos pela radiação ou por produtos químicos, não consegue sobreviver, pois fica exposta à infecções bacterianas fulminantes.
Os linfócitos ficam na maior parte localizados nos linfonodos, mas também podem ser encontrados em tecidos linfóides especiais como no baço, nas áreas submucosas do trato gastrintestinal, no timo e na medula óssea.
O tecido linfóide do baço, timo e medula óssea tem a participação específica na interceptação dos agentes antigênicos que possam alcançar ao sangue circulante.
Os linfócitos T são responsáveis pela imunidade mediada por célula, e tem esse nome por migrarem primeiro para o Timo e lá serem pré-processados.
O linfócito tímico desenvolve reatividade específica contra um antígeno. O linfócito seguinte desenvolve especificamente contra outro antígeno e esse processo segue até que existam milhares de linfócitos tímicos com reatividades específicas contra vários antígenos. Esses linfócitos T deixam o Timo através do sangue e se alojam nos tecidos linfóides localizados pelo

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