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OAB Processo Penal Aula 01 Princípios de Direito Processual Penal

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DIREITO PROCESSUAL PENAL
Aula 1
Princípios de Direito Processual Penal
Profª. Karem Ferreira
Princípios do Direito Processual Penal
1.1 Devido Processo Legal – Art. 5º, LIV, CF
a) Conceito: Ninguém será privado da liberdade ou de seus bens, sem o devido processo legal.
b) Princípios Correlatos: Ampla defesa, contraditório, juiz natural entre outros. 
b) O princípio da presunção de inocência e a prisão antes do transito em julgado: 
É importante destacar que apesar da aplicação do princípio em questão, não há que se falar em inconstitucionalidade da prisão antes da sentença condenatória.
1.2. Presunção de Inocência – Art. 5º, LVII, CF
a) Conceito: Ninguém será considerado culpado até o transito em julgado de sentença penal condenatória
1.3. Direito ao Silêncio e a não autoincriminação – Art. 5º, LXIII, CF
a) Conceito: O preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência da família e de advogado
b) Desdobramentos: O direito ao silêncio, se desdobra nos remetendo a outro princípio, o da vedação da autoincriminação. Neste caso, tem o direito não só de permanecer calado, mas sim inerte à qualquer situação que possa vir a prejudicar sua defesa, ou ainda que produza, por
exemplo, qualquer prova contrária a seus interesses.
1.4. Contraditório – Art. 5º, LV, CF
a) Conceito:  Aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes.
b) Aplicação prática: A partir da observância deste princípio, em toda relação processual, 
sempre que uma parte apresentar qualquer alegação, surgirá à parte contrária, o direito de 
manifestação acerca da alegação apresentada.
1.5. Ampla Defesa – Art. 5º, LV, CF
a) Conceito: Aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes.
A ampla defesa se subdivide em:
- Defesa Técnica: A defesa técnica será exercida sempre por profissional habilitado – o
advogado – e é indisponível
- Autodefesa: A autodefesa será exercida pelo acusado e é dispensável.
1.6. Verdade “real” – Princípio implícito
Conceito: O processo penal trabalha em busca da realidade dos fatos, de modo que o juiz tem o dever de buscar o que efetivamente ocorreu.
1.7. Juiz Natural – Art. 5º, LIII, CF
Conceito: Ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente;
Importante: No Brasil, é vedado o Tribunal de Exceção.
1.8. Publicidade – Art. 5º, XXXIII e LX, CF
Conceito: Todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena
de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado.
Audiências, sessões, atos processuais, em regra são publicos – art. 792, CPP
Exceção: A lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem
No caso, os Processos que seguem em segredo de justiça.
1.9. Duração Razoável do processo – Art. 5º, LXXVIII, CF
  
Conceito: A todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação
1.10. Obrigatoriedade de motivação das decisões judiciais – Art. 93, IX, CF e Art. 381, III, CPP
a) Conceito: Todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do interessado
no sigilo não prejudique o interesse público à informação
1.11. Promotor Natural – Art. 5º, LIII, CF
Conceito: Ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente.
1.12. “Favor Rei” / In dubio pro reo - Princípio implícito
Conceito: Nos casos em que as provas forem dúbias, o acusado deverá ser favorecido.
1.13. Iniciativa das Partes – Arts. 24, 29 e 30. CPP
Conceito: A ação penal deve ser intentada por aquele que tem legitimidade para promovê-la. O MP ou o ofendido.
Consequência: O juiz estará limitado ao pedido promovido pelo autor da ação penal e a sentença estará limitada à acusação. 
Exceção: Arts. 383 e 384, CPP: Institutos da Mutatio e Emendatio Libelli – serão estudados em momento oportuno.
1. Relativamente ao princípio de vedação de autoincriminação, analise as afirmativas a seguir:
I. O direito ao silêncio aplica-se a qualquer pessoa (acusado, indiciado, testemunha, etc.), diante de qualquer indagação por autoridade pública de cuja resposta possa advir imputação da prática de crime ao declarante. 
II. O indiciado em inquérito policial ou acusado em processo criminal pode ser instado pela autoridade a fornecer padrões vocais para realização de perícia sob pena de responder por crime de desobediência
III. O acusado em processo criminal tem o direito de permanecer em silêncio, sendo certo que o silêncio não importará em confissão, mas poderá ser valorado pelo juiz de forma desfavorável ao réu.
IV. O Supremo Tribunal Federal já pacificou entendimento de que não é lícito ao juiz aumentar a pena do condenado utilizando como justificativa o fato do réu ter mentido em juízo.
Com base nas Afirmativas acima, assinale a alternativa correta:
(A) Se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.
(B) Se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.
(C) Se apenas as afirmativas I e IV estiverem corretas.
(D) Se apenas as afirmativas I, II e IV estiverem corretas.
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