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* * * 8. Desgaste e vida da ferramenta 8.1. Introdução Vida de uma ferramenta de corte é definida como o tempo que ela trabalha efetivamente, ou seja, período no qual uma ferramenta pode ser mantida usinando de forma econômica. O critério econômico previamente definido, pode ser relacionado principalmente com: tolerâncias dimensionais; tolerâncias geométricas; qualidade superficial da peça; nível de vibrações no processo; nível de esforços no processo; possibilidade de reafiação da ferramenta; outros. * * * Após atingir o tempo que interfira num dos critérios escolhidos acima, a ferramenta deve ser reafiada ou substituída. O percurso de corte (Lc) e o percurso de avanço (Lf) para uma vida T minutos, são dados por: Lc e Lf também podem ser utilizados para expressar a vida de uma ferramenta. * * * Principais critérios de fim de vida: ➔ Falha completa da ferramenta; ➔ Falha preliminar da ferramenta; ➔ Desgaste de flanco (VB) ou de cratera (KT); ➔ Vibrações (monitoramento); ➔ Acabamento superficial ruim; ➔ Rebarbas; ➔ Alterações nos cavacos; ➔ Alterações nas dimensões de corte; ➔ Alterações nas forças de usinagem (monitoramento); ➔ Aumento nas temperaturas. * * * São vários os fatores que determinam a fixação de um determinado valor-limite de desgaste para o fim da vida de uma ferramenta. A ferramenta deve ser substituída quando: Os desgastes atingem níveis tão elevados que se receia a quebra da ferramenta – crítico em operações de desbaste; Devido ao desgaste da superfície de folga da ferramenta não é mais possível a obtenção de tolerâncias apertadas e bons acabamentos – crítico em operações de acabamento; * * * iii. Os desgastes crescem muito, fazendo com que a temperatura da aresta de corte aumente muito e ultrapasse a temperatura na qual a ferramenta perde sua dureza a quente; iv. O aumento da força de usinagem, resultante dos desgastes da ferramenta, interferem no funcionamento da máquina-ferramenta. * * * Os itens i e ii observados acima, sãos os fatores mais freqüentes para o fim de vida da ferramenta, porém são difíceis de serem detectados no meio industrial, onde, geralmente, o estabelecimento do fim de vida da ferramenta fica sob a responsabilidade do operador. No desbaste, onde se tolera níveis altos de desgaste, o operador por temer a quebra da ferramenta com seus efeitos danosos, costuma trocar a ferramenta bem antes, criando um desperdício de ferramentas. No acabamento, é mais fácil detectar quando as dimensões da peça, devido ao desgaste da ferramenta, saem das faixas de tolerâncias projetadas. Seria importante que o operador tivesse uma idéia da rugosidade superficial da peça. * * * Os critérios mais adotado para avaliar o fim da vida de uma ferramenta de corte consiste no monitoramento indireto do desgaste da ferramenta usando: Sensores de vibração; Sensores de emissão acústica; Sensores de parâmetros elétricos da máquina-ferramenta; Sensores de força de usinagem; Treinamento do operador. * * * 8.2. Fatores de influência no desgaste e vida da ferramenta Condições de corte A progressão do desgaste numa ferramenta de corte é influenciada: principalmente pela velocidade de corte – o aumento de Vc aumenta a energia (calor) do processo sem aumentar a área de contato ferramenta-peça; depois pelo avanço - o aumento de f, também aumenta a energia (calor) do processo, mas aumentar a área de contato ferramenta-peça que vai receber esse calor; * * * e por último pela profundidade de usinagem – um aumento de ap não mexe com a energia destinada ao corte por unidade de área, nem com a velocidade de retirada do cavaco, mas faz apenas com que um volume maior de cavaco seja removido. A tabela a seguir mostra a influência do avanço e da velocidade de corte da ferramenta. O critério para fim de vida da ferramenta foi a elevação da rugosidade superficial. Dados: ap = 1 mm; material da peça: aço SAE 4340; ferramenta de metal duro recoberto classe P35. * * * 25% 20% 1,3% 5,5% 16% 20% 135% 59% * * * b. Geometria da ferramenta Uma diminuição do ângulo de posição aumenta a vida da ferramenta. O ângulo de ponta (r) deve ser o maior possível para evitar o enfraqueciemnto da ponta da ferramenta. Um aumento no ângulo de saída aumenta a vida da ferramenta. O aumento do ângulo de folga aumenta a vida da ferramenta. Recomenda-se usa = 5º. * * * 8.3. Fatores de influência na rugosidade da peça O aumento do raio de ponta (r) torna a ponta da ferramenta mais resistente, mas também causa vibração da ferramenta devido ao aumento do atrito, no entanto o seu aumento diminui a rugosidade da peça pela contribuição geométrica. O acabamento superficial depende muito da relação avanço (f) e raio de ponta (r). O par f-r tem uma contribuição geométrica à rugosidade da peça dada pela equação: * * * * * * A influência da velocidade de corte sobre a rugosidade da peça é mostrado na figura abaixo: * * * A influência da profundidade de usinagem sobre a rugosidade da peça é mostrado na figura abaixo: * * * A influência do avanço (f) sobre a rugosidade da peça é mostrado na figura abaixo: * * * A influência do avanço (f) sobre a rugosidade da peça é mostrado na figura abaixo: * * * 8.3. Curva de vida da ferramenta A curva de vida da ferramenta é um ábaco que fornece a vida da ferramenta em função da velocidade. Para construir essa curva deve-se geralmente construir inicialmente gráficos auxiliares que forneçam o critério usado para fim da vida útil da ferramenta para diferentes valores de velocidade de corte e tempo de trabalho, em determinadas condições de usinagem do par ferramenta-peça (f; ap; geometria da ferramenta). * * * O gráfico abaixo mostra um conjunto de curvas com o comportamento do desgaste de flanco para diversos valores de Vc e tempo de usinagem: * * * O gráfico abaixo mostra a curva T (vida da ferramenta em minutos) x Velocidades de corte, tendo como critério de fim de vida um desgaste de 0,8 (m). * * * O gráfico abaixo mostra o desgaste da ferramenta em função da velocidade de corte para um determinado tempo de usinagem. Observa-se que esta curva esta dividida em 3 diferentes regiões. Análise????????? * * * A equação da curva (T = f (Vc)) de vida da ferramenta para o trecho “c” da curva é proposta por Taylor: A equação de Taylor pode ser encontrada na literatura sob a forma: As parâmetros x e K (ou y e C) são constantes do material que variam com os materiais da peça e da ferramenta, área e forma da seção de corte, condições de usinagem, geometria da ferramenta, fluidos de corte e critério de fim de vida de uma ferramenta. * * * 8.4 Escolha do avanço (f), da profundidade de usinagem (ap) e da velocidade de corte (vc) na operações de usinagem. Para uma mesma seção de cavaco. f e ap Pc, Fc, desgaste da ferramenta e acabamento superficial da peça. f e Vc Pc, Fc, desgaste da ferramenta e acabamento superficial da peça. CONCLUSÕES
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