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LIPÍDEOS LIPÍDEOS Biomolécula insolúvel na água que possui características oleosas ou gordurosas Consiste em um amplo grupo de compostos, em geral, solúveis em solventes orgânicos e não solúveis em água Lipídios são considerados como fonte de energia de reserva (1 g = 9,2 Kcal), constituem inúmeros hormônios animais, vitaminas (A,D, E e K). Fazem parte da membrana celular. 3 Lipídeos • Maior quantidade de reserva energética. • A quantidade calórica por molécula de lipídeo é maior que nos carboidratos. • São constituintes de membranas. • Conferem proteção termo-mecânica. • Precursores de vitaminas e hormônios. 4 Lipídeos • Lipídeos: classe heterogênea de compostos orgânicos, agrupados em função de sua solubilidade. – Insolúveis em água, mas solúveis em solventes orgânicos, apresentando anfipatia. – Incluem-se neste grupo: • Ácidos graxos • Acilgliceróis • Fosfoacilgliceróis • Esfingolipídeos • Ceras • Vitaminas lipossolúveis • Esteróides • Icosanóides (Eicosanóides) Os ácidos graxos são ácidos carboxílicos com cadeias hidrocarbonatadas de comprimento entre 4 e 36 carbonos Ácido carboxílico polar Cadeia hidrocarbônica apolar 6 Ácidos Graxos • Ácidos carboxílicos de cadeia longa (~12 C). A numeração oficial dos C inicia-se a partir do C carboxílico (já na nomenclatura ômega, ocorre o inverso). • Propriedades: – Quanto maior número de insaturações, menor será o P.F. • Ác. Esteárico (18C) = 70 ºC • Ác. Oléico (18:1; ∆9) = 16 ºC. – O número de carbonos, na cadeia do ácido graxo, também influencia no ponto de fusão do mesmo (quanto menor a cadeia, mais baixo o ponto de fusão). • Os lipídeos vegetais têm grande quantidade de ác. graxos insaturados. (Líquidos = óleos). • Os lipídeos animais têm menor quantidade de ác. graxos insaturados na sua constituição. (Sólidos = gorduras) NOTAÇÃO DO ÁCIDO GRAXO: EX: Ácido Octadecanóico (18 : 0) INDICA O NÚMERO DE CARBONO DA MOLÉCULA INDICA O NÚMERO DE DUPLAS LIGAÇÕES CONTIDAS Ácidos graxos saturados agrupam-se de forma compacta , portanto precisam de mais energia para se separar. Ácidos graxos Insaturados uma dupla ligação provoca curvatura na cadeia de hidrocarboneto. AS DIFERENÇAS NOS PONTO DE FUSÃO SÃO DEVIDO A DIFERENTES GRAUS DE EMPACOTAMENTO DAS MOLÉCULAS DE ÁCIDOS GRAXOS. SEM DUPLAS LIGAÇÕES PODE EMPACOTAR, NÃO HAVENDO DESDOBRAMENTO. POR FICAREM MAIS PRÓXIMOS, HÁ INTERAÇÃO – MAIS ENERGIA PRA ROMPER AS LIGAÇÕES. ÁTOMOS DE CARBONO ÁCIDO PONTO DE FUSÃO (ºC) OCORRÊNCIA ÁCIDOS GRAXOS SATURADOS 8 caprílico 16 manteiga, óleos de coco e babaçu e semente de uva 10 cáprico 32 manteiga, óleo de coco 12 láurico 44,2 louro, manteiga, óleo de coco 14 mirístico 53,9 manteiga, óleo de coco e óleo de noz moscada 16 palmítico 63,1 óleos de sementes de soja, algodão, oliva, abacate, amendoim, milho, manteiga de cacau e toucinho 18 esteárico 69,6 gordura animal, plantas tropicais 20 araquidíco 76,5 óleo de amendoim 24 lignocérico 86,0 óleos de amendoim, mostarda, gergelim, colza e girassol ÁTOMOS DE CARBONO ÁCIDO PONTO DE FUSÃO (ºC) OCORRÊNCIA ÁCIDOS GRAXOS INSATURADOS 18:1(Δ)9 oléico 13,4 gordura animal e plantas (azeite) 18:2(Δ)9,12 linoléico -5 óleos vegetais (linhaça) 18:3(Δ)9,12,15 linolênico -11 óleos de soja, gérmen de trigo e linhaça 18:4(Δ)5,8,11,14 araquidônico -49,5 tecidos nervosos TABELA 1: Quantidade (%) de lipídios em alguns alimentos ALIMENTOS FRAÇÃO LIPÍDICA (%) CEREAIS: Arroz Trigo Milho 0,6 1,8 4,5 LEGUMINOSAS: Feijão Soja Amendoim 1,3 18,0 48,0 FRUTAS E LEGUMES: Abacate Maçã Cenoura Abóbora 16,0 0,5 0,3 0,3 LÁCTEOS: Leite 3,0 CARNES: Suíno Bovina magra Frango grelhado Peixe 33,0 20,0 7,2 1,3 OVOS: 11,3 15 Ácidos Graxos 20:4 18:3 18:2 18:1 16:1 20:0 18:0 16:0 14:0 12:0 Átomos de C: Duplas pf (°C) Nome Comum (Ácido...) - 49 - 11 - 5 16 - 0,5 77 71 63 58 44 araquidônico linolênico linolêico oléico palmitoleico araquídico esteárico palmítico mirístico láurico S a tu ra d o s In s a tu ra d o s 16 Ácidos Graxos • Ácidos Graxos essenciais: Não são biossintetizados pelo organismo humano. Devem, portanto, ser obtidos da dieta. – Dietenóide = ác. Linoléico (-6) – (18:2; 9,12) – Trietenóide = ác. Linolênico (-3) – (18:3; 9,12,15) – Tetraetenóide = ác. Araquidônico (-6) – (20:4; 5,8,11,14) 912 CH 3 O OH 91215 CH 3 O OH 581114 CH 3 O OH Linoléico Linolênico Araquidônico 17 Acilgliceróis • Características: – Esterificação do glicerol com 1 ácido graxo (monoacilglicerol), 2 ác. graxos (diacilglicerol) ou 3 ác. graxos (triacilglicerol - TAG). – Principal reserva energética (TAG, no tecido adiposo) – Lipídeos neutros e hidrofóbicos. – TAG podem ser simples (mesmo Ác. Graxo) ou mistos (diferentes Ác. Graxos) C H 2 O H C H 2 O H 1,2,3-Propanotriol (Glicerol, glicerina) + R C O OH Ácidos Graxos H O C H R ' C O OH R ' ' C O OH Triacilglicerol Diacilglicerol Monoacilglicerol 18 Acilgliceróis – Propriedades • Hidrólise – Enzimática: libera glicerol + AG – Ácida: semelhante à enzimática – Alcalina: • Reação de saponificação (TAG + Base) • Sabões: sais de AG – Alcalinos = solúveis – Alcalino-terrosos = insolúveis TAG C H 2 O - C R O O O C H 2 O - C R ' ' C H 2 O H C H 2 O H 1,2,3-Propanotriol (Glicerol, glicerina) + R C O O - N a + Sabão H O C H R ' C O - C H R ' C O O - N a + R ' ' C O O - N a + NaOH 19 Acilgliceróis – Propriedades • Sabões: Solubilidade • Sabões solúveis – formação de micelas – As micelas são moléculas anfipáticas agregadas. No caso dos sabões ou detergentes, elas emulsificam lipídeos. + + Sabão de Sódio (forma micelas em água) Sabão de Cálcio (insolúvel em água – água dura) 2 C H 3 ( C H 2 ) 1 4 C O O - N a + C a 2 + [ C H 3 ( C H 2 ) 1 4 C O O - ] 2 C a 2 + 2 N a + Micela Bicamada Lipossoma Unidades individuais em forma de cone Unidades individuais em forma de cilindro Cavidade aquosa Polar Apolar 20 Acilgliceróis - Propriedades • Hidrogenação • Rancificação – Hidrolítica: enzimática ou ácida • Alterações de ador e aroma em alimentos – Liberação de AGS como: » Butanóico » Hexanóico (‘capróico’) » Octanóico (‘caprílico’) » Decanóico (‘cáprico’) • Formação de acroleína (aquecimento) CH 2 CH C H 2 OH OH OH CH CH CH 2 OKHSO 4 Glicerol Acroleína + 2 H2O 21 Acilgliceróis - Propriedades – Rancificação Oxidativa • Ocorre em AGMI ou AGPI presentes em TAG, devido à ação do O2 • A reação ocorre preferencialmente no C adjacente ao C insaturado. • Alteram aroma e sabor em alimentos 22 Fosfoacilgliceróis (FAG) • Características – Sinônimos: fosfolipídeos, fosfoglicerídeos, glicerofosfolipídeos, glicerofosfatídeos. – Um dos mais abundantes grupos de lipídeos na natureza. – Álcool = Glicerol-3-fosfato– Compõem membranas celulares (40%-50% fosfoacilgliceróis e 50%-60% proteínas). – A maioria deriva-se do Ác. Fosfatídico. – Os AG mais freqüentes na estrutura dos FAG são o palmítico (16:0), esteárico (18:0) e oléico (18:1, 9) 23 Fosfoacilgliceróis – Desencadeiam informação celular – Sofrem ação de fosfolipases, liberando precursores de eicosanóides • Subclasses – Formação de éster fosfórico • Lecitinas • Cefalinas – Formação de éter (C1) • Plasmalógenos (50% do tecido cardíaco) • Fator ativador de Plaquetas 24 Fosfoacilgliceróis – Estrutura (s) • Ácido fosfatídico – Esterificações posteriores na OH do grupo fosfato geram diversas classes de FAG. – O grupo fosfato é muito polar, enquanto o restante da cadeia exibe apolaridade. C H 2 C H C H 2 - O - P - O - O O O O Glicerol Ác. Palmítico Ác. Esteárico O O - Fosfato ESTERIFICAÇÃO 25 Fosfoacilgliceróis – Estruturas Continua Fosfoacilgliceróis derivados da esterificação do ácido Fosfatídico Nome e fórmula do ligante Fosfoacilglicerol Etanolamina + Colina Fosfatidilcolina (lecitina) Fosfatidiletanolamina (cefalina) Serina Fosfatidilserina N H 3 + H O C H 2 C H C O O - H O C H 2 C H 2 N ( C H 3 ) 3 H O C H 2 C H 2 N H 2 (cefalina) 26 Fosfoacilgliceróis – Estruturas (cont.) Inositol Fosfatidilinositol H O H O O H O H O H O H H O C H 2 C H C H 2 O H Glicerol Fosfatidilglicerol O H Fosfatidilglicerol H O C H 2 C H C H 2 O P O C H 2 C H O C R 3 O H O - O C H 2 O C R 4 O O Difosfatidilglicerol (cardiolipina) 27 Esfingolipídeos • Características – Componentes de membrana – Álcool = esfingosina (4-esfingenina) – Derivados da ceramida (amida de AG + NH2 do C2 da esfingosina) – Caracterizam tecidos em um indivíduo • Classes – Esfingomielinas – Glicoesfingolipídeos – Gangliosídeos 28 Esfingolipídeos - Estruturas O H ( C H 2 ) 1 2 C H 3 H O N H 2 Esfingosina O H ( C H 2 ) 1 2 C H 3 H O N H C R Ceramida (N-acilesfingosina) O 1 2 3 1 2 3 29 Esfingolipídeos • Esfingomielinas – Podem conter fosfocolina ou fosfoetanolamina em C1 (grupo cabeça) – Semelhantes às fosfatidilcolinas – Compõem bainha de mielina ( C H 2 ) 1 2 C H 3 H O N H C R Esfingomielina O O - + O 1 2 3 O P O CH2CH2N(CH3)3 30 Esfingolipídeos • Glicoesfingolipídeos – Apresentam um ou mais carboidratos (mono ou oligossacarídeos) ligados à OH do C1 – Não contêm fosfato – Reconhecimento celular – Esfingolipídeos Neutros – Subdivididos em: • Cerebrosídeos: um monossacarídeo ligado – Galactose: membranas do SNC – Glicose ou outro: membranas fora do SNC • Globosídeos: dois ou mais monossacarídeos CERAS 1 ácido graxo de cadeia longa (14 a 36 carbonos) + 1 álcool de cadeia longa (16 a 22 carbonos) NOME FONTE USO cera de abelha colméias moldes dentários cera de carnaúba folhas de palma cera para assoalho, polidor de mobília cerume cera de ouvido protege o ouvido internamente lanolina lã (carneiro) base para pomadas, xampus e cremes CERAS NATURAIS COMUNS 33 Ceras – Ésteres de AG de cadeia longa e álcool de cadeia longa – Combustível metabólico para o plancton – Muito hidrofóbicas – Conferem proteção – Usos industriais • Cera de abelha • Cera de carnaúba • Lanolina C H 3 ( C H 2 ) 1 4 C O ( C H 2 ) 2 9 C H 3 O Triacontanoilpalmitato (cera de abelha) C H 3 ( C H 2 ) 3 0 C O ( C H 2 ) 3 3 C H 3 O Cera de Carnaúba 34 Esteróides • Características – Núcleo = ciclopentanoperidrofenentreno – Funções: • Lipídeos estruturais (membrana) • Precursores metabólicos – Colesterol – Ácidos e Sais biliares – Vitamina D – Hormônios H CH3 H H CH3 H 1 2 3 4 10 5 6 7 9 8 12 11 13 14 15 16 17 A B C D 35 Esteróides • Esteróis – Esteróides hidroxilados na posição 3 e com cadeia lateral em C17 – Anfipáticos – Exemplos: • Lanosterol • Estigmasterol • Colesterol • Ácidos e Sais biliares • Vitamina D 36 Esteróides • Colesterol – Origem: • Alimentos (animal) – Componente de membrana (rigidez) – Precursor de sais biliares, hormônios e vit. D – Compõe lipoproteínas • VLDL • LDL • HDL OH 1 2 3 4 10 5 6 7 9 8 12 11 13 14 15 16 17 A B C D Colesterol 37 Esteróides - Colesterol – Esterificação eleva hidrofobicidade (armazenamento e transporte) 38 Esteróides - Colesterol 39 Esteróides - Transporte de lipídeos São lipídios estruturais presentes na membrana da maioria das células eucarióticas. É composto por um núcleo esteróide caracterizado por quatro anéis carbônicos fundidos. Eles atuam também como Hormônios sexuais e, nos humanos, são secretados pelas gônadas, córtex adrenal e pela placenta. Esteróides Progesterona Testosterona O H OH H H O H H H O Esteróides Um dos esteróides mais importantes o colesterol. Está presente nos tecidos de todos os animais. Além de outras funções, faz parte da estrutura das membranas celulares. HO H H H H H Colesterol Arteriosclerose 1- ESTERÓIDES Lipídios derivados do hidrocarboneto tetracíclico ciclopentano peridrofenantreno. Não possuem ácido graxo e nem glicerol. COLESTEROL, VITAMINA D e HORMÔNIOS ESTROGÊNICOS Classes de lipoproteínas: Quilomicrons (QM) Mais volumosas. Formadas por triglicerídeos da dieta, que são transportados desde o intestino delgado até a circulação geral Lipoproteínas de Baixa Densidade (LDL) Transportam o colesterol que será empregado pelas células do organismo. Acumulam-se nas paredes dos vasos sanguíneos lesões endoteliais Lipoproteínas de Muito Baixa Densidade (VLDL) Similares aos QM, porém de menor volume. São produzidas no fígado e, em menor quantidade, no intestino.Removem os triglicerídeos endógenos do fígado, evitando assim sua acumulação Lipoproteínas de Alta Densidade (HDL) Fator de proteção aterogênico, já que eliminam o colesterol plasmático excedente. Níveis elevados são benéficos ao organismo Lipoproteínas de Densidade Intermediária (IDL) São resíduos de VLDL. Se originam na conversão: VLDL LDL, mediada pela enzima lipoproteína lipase, que remove triglicerídeos Esteróides – Sais Biliares – Síntese: • No fígado: Colesterol ··> Ácidos biliares • Na vesícula biliar: Ácidos biliares ··> Sais – Função: • Emulsificação de lipídeos (detergentes) • Favorece absorção • Favorece ação de lipases – Cálculo biliar: Sais + Ca2+ Esteróides – Sais Biliares Ácido cólico Ácido desoxicólico C O N H C H 2 C H 2 SO 3 OH OHOH - Ácido taurocólico C O OH OH Ácido litocólico Ácidos Biliares Esteróides – Vitamina D – Vitamina D (ativa; 1,25-diidroxicolecalciferol ou calcitriol) – Colecalciferol (Vitamina D3) – Ergosterol ··> Ergocalciferol (Pró-vitamina D2) – Função hormonal (regulação Ca2+ e PO4 3-) • Efeito primário: captação de Ca2+ (intestino) • Efeito secundário: remoção de Ca2+ (ossos) – Carência ··> Raquitismo– Hipervitaminose ··> má formação óssea – Radiação UV participa da síntese 52 Esteróides – Síntese de Vitamina D Colecalciferol (Vitamina D3) Colesterol H O 7-Desidrocolesterol H O UV oxidação H O (Continua) 53 Esteróides – Síntese de Vitamina D Colecalciferol (Vitamina D3) 25-Hidroxi- colecalciferol O H O H 1, 25-Dihidroxi- colecalciferol (Calcitriol) Fígado Rins O 2 O 2 H O H O O H H O 1 25 Esteróides – Hormônios • Derivados oxidados dos esteróis – Não há cadeia alquila em C17 – Carbonila em C3 • Altamente específicos • Regulam expressão gênica • Principais: – Sexuais – Córtex da supra-renal Esteróides – Hormônios • Andrógenos – Hormônios sexuais masculinos – Sintetizados nos testículos – Desenvolvimento de caracteres sexuais secundários masculinos Androsterona Testosterona O H OH H H 3 C H H H 3 C H 3 C H H H 3 C H O HO Esteróides – Hormônios • Estrógenos – Hormônios sexuais femininos – Sintetizados nos ovários e placenta – Desenvolvimento de caracteres sexuais secundários femininos e regulação do ciclo menstrual – Análogos sintéticos de progesterona são utilizados como anticoncepcionais e indutores de ovulação Progesterona -Estradiol H 3 C H H H 3 C H C = O H O C H 3 O H H O H H H H 3 C Esteróides – Hormônios • Adrenocorticotrópicos – Mineralocorticóides • Aldosterona (SRAA) --> excreção de Na – Glicocorticóides • Cortisol • Corticosterona Regulam metabolismo de glicose, atuam como antiinflamatórios e antialérgicos O CH 3 OH C O H C O CH 2 OH Aldosterona O CH 3 OH CH 3 C O CH 2 OH OH Cortisol 58 Terpenos • Grupo de substâncias que têm como precursor comum o isopreno • Monoterpeno: constitui-se de 2 unidades de isopreno (ex.: citronelol, limoneno) • Esqualeno = triterpeno (6 unidades isoprênicas) • Vitaminas A, E e K • Ubiquinona Terpenóides CH 2 C C H CH 2 CH 3 Isopreno (2-metil-buta-1,3-dieno) CH 3 CH 3 CH 3 CH 3 CH 3 CH 3 CH 3 CH 3 Esqualeno 59 Vitaminas • Quanto à solubilidade: – Lipossolúveis: funções variadas – Hidrossolúveis: coenzimas A (Retinol) D (Calcitriol) E (α-Tocoferol) K (Menadiona) B1 (Tiamina) B2 (Riboflavina) B3 (Niacina) B5 (Ác. Pantotênico) B6 (Piridoxina) B9 (Ácido fólico) B12 (Cobalamina) H (Biotina) C (Ác. Ascórbico) 60 Vitamina A • O retinol é formado em tecidos animais • Nos vegetais há pró-vitaminas A, derivadas dos carotenos • A clivagem enzimática do -caroteno, seguida de redução, gera duas moléculas de Retinol CH3 CH3 CH3 CH3CH3 CH2 OH Retinol (Vit. A ativa) 61 Vitamina A Sítio de clivagem - Caroteno Clivagem enzimática (intestino e fígado) e redução (fígado) C H 3 C H 3 C H 3 C H 3 C H 3 C H 3 C H 3 C H 3 C H 3 H 3 C H 3 C C H 3 C H 3 C H 3 C H 3 C H 2 O H Vitamina A 2 62 Vitamina A • Participa da formação da visão nos bastonetes da retina (claro e escuro) – Neste caso, a forma ativa é o retinal (aldeído) – Retinal forma uma imina com um grupo NH2 da proteína opsina --> rodopsina – O primeiro evento da visão nos bastonetes é a formação do isômero 11-trans a partir o 11-cis na rodopsina, evento catalisado pela luz. • O ácido retinóico (todo-trans e 9-cis) está relacionado com a transcrição de genes • Retinol e Ác. Retinóico estão associados ao crescimento e imunidade 63 Vitamina A - Rodopsina C H 3 C H 3 C H 3 C H 3 C H 3 C H = N 11 12 C H 3 C H 3 C H 3 H 3 C C H 3 C H = N - Opsina 11 12 11-cis-Retinal Luz Todo-trans-Retinal - Opsina 64 Vitamina A • Carência – Xeroftalmia – Deficiência no crescimento • Hipervitaminose – Formas ativas da vitamina – Gestacional --> teratogenia – Derivados sintéticos (isotretinoína) devem ser evitados durante a gravidez • Fontes – Óleo de fígado de bacalhau (1350 mcg/colher de chá); manteiga (95 mcg/colher de mesa); ovo (89 mcg) – Espinafre (472 mcg ERA/50g) – IDR: 900 mcg/dia (3000 UI) para homens e 700 mcg (2333 UI) para mulheres (adultos). 65 Vitamina E • O termo engloba diversas estruturas semelhantes: tocoferóis e tocotrienóis • O mais ativo é o -tocoferol • Funções: – Atua como antioxidante, impedindo a formação seqüencial de ERO e ERN (radicais livres) – Associada à formação de células sexuais masculinas – Favorece a ação da vitamina A 4 unidades isoprênicas até o anel H 3 C H 3 C H 3 C C H 3 O H O C H 3 C H 3 C H 3 C H 3 Vitamina E (α-tocoferol) 66 Vitamina E • Carência – Rara, podendo levar a distúrbios neuromusculares – “Infertilidade” • Hipervitaminose – “Hemorragias” • Fontes – Óleos vegetais em geral: girassol (5,6 mg/colher de sopa), azeite e milho (1,9 mg/cs), soja (1,2 mg/cs) – Amendoim (2,9 mg/30g) – Gérmen de trigo – IDR: 15 mg (22,5 UI) para adultos. 67 Vitamina K • Várias estruturas – Vitamina K1 (filoquinona): vegetais – Vitamina K2 (Menaquinona): microbiota TGI – Vitamina K3 (Menadiona): sintética (pode ser convertida em K2 no TGI) • Função: participa da cascata da coagulação O O C H 3 Unidades de isopreno 2 Vitamina K1 (filoquinona) O O C H 3 Vitamina K3 (Menadiona) O O CH3 6 a 10 Vitamina K2 (Menaquinona) 68 Vitamina K C H 2 - C H C O O - Vitamina K C O 2 H C H 2 - C H C O O - C O O - Cadeia lateral de Glu na estrutura da Protrombina Carboxilação da cadeia lateral do Glu C a 2 + C H 2 - C H C C O O C a O O Ligação do Ca2+ ao Glu, iniciando a cascata de coagulação 69 Vitamina K • Carência – Rara (associada ao uso de antibióticos e má nutrição) – Dificuldade na coagulação e hemorragias • Hipervitaminose – Injetável: lesão hepática e anemia hemolítica. • Fontes – Vegetais verdes: brócolis (420 mcg/50g), salsinha (325 mcg/50g), acelga (300 mcg/50g), alface (120 mcg/50g) – IDR: 120 mcg (homens) e 90 mcg (mulheres). 70 Icosanóides (Eicosanóides) • Derivados do ác. Araquidônico (20:4, 5,8,11,14), que gera o Ác. Prostanóico. • Hormônios parácrinos. • Funções gerais: – Reprodução – Inflamação e dor – Secreção de suco gástrico... • Classes: – Prostaglandinas – Tromboxanos – Leucotrienos Ácido Prostanóico 19 20 18 17 16 15 14 13 7 8 9 10 11 12 6 5 4 3 2 1 C O O H 8 11 5 14 CH 3 20 COOH Ácido Araquidônico 71 Icosanóides (Eicosanóides) 72 Prostaglandinas (PG) • Não são armazenadas no tecido na forma funcional. • São sintetizadas a partir de ác. Graxos poliinsaturados localizados na membrana como resposta fisiológica. 8 11 5 14 CH 3 20 COOH Ácido Araquidônico 73 Prostaglandinas (PG) – Algumas PGs derivadas do ácido araquidônico: 8 11 5 14 CH 3 20 COOH Ácido AraquidônicoÁcido Prostanóico 19 20 18 17 16 15 14 13 7 8 9 10 11 12 6 5 4 3 2 1 C O O H H O C O O H H O O PGE 2 PGF 2 H O C O O H H OH O 74 Prostaglandinas (PG) – Misoprostol: análogo da PGE1 empregado na prevenção de ulcerações causadas por AINES. Misoprostol COOCH3 HO O HO CH3 HO HHO O COOH PGE1 15 16 16 15 75 Leucotrienos – Derivados do ácido arquidônico. – Encontrados nos leucócitos. – Atuam na constrição de músculos lisos (em especial nos pulmões). – Prednisona (antiasmático): inibe a síntese de leucotrienos. L-cysteine Leucotrieno C (Sintetizado em processos alérgicos) N H 3 + H S H O H C O O H C H 2 C H 2 C O O - 76 Tromboxanos – Derivados do ácido arquidônico – Sntetizados na plaquetas (trombócitos) – Contêm anel de 6 membros no qual há um grupo éter de 4 membros. – Induzem a agregação plaquetária e contração de músculos lisos. Tromboxano A 2 C O O H O O H O H H
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