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Higiene Pessoal e do
Ambiente Profissional
HIGIENE PESSOAL E DO
AMBIENTE DE
TRABALHO
Módulos III e IV – Estética facial e corporal
Publicação editada e distribuída pela Administração Regional do SENAC
no Estado de São Paulo
Coordenação técnica
Vera-Lúcia Marques
Marielza Gallucci de Almeida
Elaboração
Janete Chinico Romano
Teresa S. S. Rebello
Projeto gráfico e editoração
Lettera Editorial
© SENAC-SP 2001
É vedada a reprodução total ou parcial desta obra sem autorização expressa
do SENAC-SP.
SUMÁRIO
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8.CONCEITOS DE BIOSSEGURANÇA ...................................... 5
Saúde, higiene e biossegurança .............................................. 7
Biossegurança e higiene pessoal ............................................. 9
Biossegurança e o ambiente de trabalho ................................. 13
HIGIENE DO AMBIENTE PROFISSIONAL........................... 16
Desinfecção de áreas e superfícies ........................................... 18
Higiene dos artigos e materiais .............................................. 20
A água .................................................................................. 27
ÍNDICE ANALÍTICO................................................................ 28
BIBLIOGRAFIA ......................................................................... 29
Higiene Pessoal e do Ambiente Profissional
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 Senac de São Paulo 5
Biossegurança e
higiene pessoal
Biossegurança e o
ambiente de
trabalho
Saúde, higiene e
biossegurança
Pele
Mãos e antebraços
Luvas
Máscara descartável
Cabelos
Óculos de proteção
Roupas
Anti-sepsia
Assepsia
Desinfecção
Esterilização
Germicidas
Limpeza
Agentes
infectantes
CONCEITOS DE
BIOSSEGURANÇA
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Higiene Pessoal e do Ambiente Profissional – Conceitos de biossegurança
Muito se ouve falar de meio ambiente, qualidade de vida etc., e decomo tudo isso pode influenciar a saúde de uma pessoa.
Os cuidados com a saúde do ser humano devem ser abrangentes e atingir
todas as suas dimensões: social, biológica, psicológica, espiritual e
ecológica.
Somente por intermédio de atitudes concretas, podemos contribuir para o
equilíbrio do meio ambiente e usufruir os benefícios da melhor qualidade
de vida, agindo em favor da manutenção da saúde e bem-estar.
O homem descobriu o poder da cura, mas descobriu também que pode
ser um dos principais vetores de doenças infecto-contagiosas.
Por essa razão, cabe aos profissionais da Área da Saúde a responsabilidade
de manter a total qualidade do seu ambiente de trabalho.
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Higiene Pessoal e do Ambiente Profissional – Conceitos de biossegurança
Para a manutenção da saúde, é importante adotar medidas preventivas. Aí
entra a higiene, pois sem ela é praticamente impossível ser saudável.
Existem dois setores distintos de higiene:
• Higiene pública: cuida do saneamento do meio ambiente e da coletivi-
dade, prevenindo, controlando e combatendo doenças, epidemias e
endemias, bem como a poluição ambiental etc.
• Higiene individual: voltada para o organismo do indivíduo, na forma
da higiene pessoal, incluindo cuidados para o seu desenvolvimento
integral desde a infância até a idade adulta, nas diferentes fases da vida,
com vistas à manutenção da saúde.
SAÚDE, HIGIENE E BIOSSEGURANÇA
De acordo com os conceitos da Organização Mundial de Saúde (OMS),
saúde é o completo bem-estar físico, mental e social.
Biossegurança é o conjunto de normas e procedimentos considerados
seguros e adequados à manutenção da saúde em atividades nas quais existe
risco de aquisição de doenças profissionais.
As normas de biossegurança são hoje motivo de preocupação tanto por
parte dos Serviços e Comissões de Controle de Infecções Hospitalares
(SCIH e CCIH) quanto pelos Serviços Especializados em Segurança e
Medicina do Trabalho (SESMT). Essas normas têm sido cada vez mais
estudadas e aperfeiçoadas por serem uma das principais armas no combate
à transmissão das infecções.
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Higiene Pessoal e do Ambiente Profissional – Conceitos de biossegurança
AGENTES INFECTANTES
Conhecer as vias de transmissão de agentes biológicos é de grande
importância para prevenir a sua disseminação, bem como eliminar crenças
infundadas e profundamente arraigadas nos profissionais da saúde, as quais
dificultam ainda mais a utilização das normas de biossegurança.
Materiais biológicos que contêm agentes potencialmente infectantes
(excreções, secreções, enfim qualquer tipo de matéria orgânica úmida
proveniente do corpo humano) em geral são potencialmente infectantes,
embora escamas secas de pele também possam transmitir
microorganismos.
A flora de microorganismos normal difere da que poderia ser chamada de
doente, principalmente porque, na maioria das vezes, esta última é
acompanhada de leucócitos mortos, que caracterizam a formação de pus.
As vias de eliminação dos microorganismos da microbiota normal são
basicamente todos os orifícios naturais do corpo humano.
Quem elimina estes materiais infectantes? Todas as pessoas sadias eliminam
os agentes da microbiota normal.
A principal forma de transmissão dos agentes infectantes se dá através do
contato direto com materiais sujos e com as eliminações de pacientes ou de
outras pessoas que possam ter agido inadequadamente após tocar no
próprio material biológico. Um simples aperto de mão pode levar à
transmissão de conjuntivite, por exemplo, de um colega para outro.
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Higiene Pessoal e do Ambiente Profissional – Conceitos de biossegurança
A saúde não consiste apenas na ausência de doenças, mas representa um
estado de completo bem-estar físico, mental e social. O asseio corporal, o
combate ao sedentarismo e a alimentação adequada são elementos
importantes que compõem a higiene pessoal.
É óbvia a conclusão sobre a necessidade da higiene pessoal de qualquer
profissional para a manutenção da boa saúde. A higiene pessoal inicia-se
com o banho, que deve ser diário.
BIOSSEGURANÇA E HIGIENE PESSOAL
Pele
A pele é o nosso invólucro e cumpre múltiplas e importantes funções. Por
isso a higiene da pele é um dos pontos mais importantes do asseio corporal.
Estandolimpa, a pele pode desempenhar com maior eficiência as funções
que lhe são próprias (termorregulação, excreção de catabólicos, barreira aos
microorganismos).
Embora também possua colonização, em comparação às secreções e
excreções, é o material biológico que possui menor número de
microorganismos. A pele representa importante papel na transmissão de
agentes infectantes, menos pela descamação acompanhada de
microorganismos colonizantes do que pelas próprias mãos não-lavadas ou
lavadas de forma inadequada.
A higiene pessoal
para manutenção
da boa saúde
remonta à época
dos faraós, e o
Livro dos Levíticos
da Lei Mosaica
constitui excelente
código sanitário,
com instruções
sobre higiene
alimentar e de
objetos e sobre
como evitar
doenças.
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Higiene Pessoal e do Ambiente Profissional – Conceitos de biossegurança
Podemos evitar a transmissão de muitas infecções lavando as mãos com
água e sabão, principalmente antes das refeições e depois de utilizar os
sanitários.
Embora a lavagem das mãos mereça atenção das publicações mais
importantes sobre infecções, parece inacreditável que ainda não haja
conscientização entre os profissionais sobre a importância desse ato, que
vem sendo comprovado e recomprovado como fundamental para o
controle das infecções.
A anti-sepsia das mãos e dos antebraços é o passo inicial e de importância
crítica para o bloqueio da rota da infecção cruzada. Mesmo que repetido
diversas vezes ao dia, o procedimento deve ser efetuado com especial
atenção e durante o tempo necessário para sua efetividade.
Mãos e antebraços
São muitos os
estudos que
enfatizam que o uso
de luvas não supera
a lavagem das mãos
no controle da
higiene, mesmo
quando observados
todos os cuidados
relacionados.
Antes do primeiro atendimento do dia, as mãos devem ser lavadas
cuidadosamente com escova e sabão anti-séptico, e então enxaguadas e
secas com papel toalha descartável, já que toalhas de tecido têm a
capacidade de reter microorganismos. A torneira sempre deve ser fechada
com papel toalha ou com a ajuda de um auxiliar. Após a lavagem, a
torneira não deve ser tocada.
As unhas precisam estar sempre curtas e ser limpas com uma escova de
cerdas firmes. Anéis, relógios, pulseiras e outros acessórios não devem ser
usados durante o trabalho. Eventuais ferimentos na pele das mãos devem
estar protegidos com esparadrapos impermeáveis.
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Higiene Pessoal e do Ambiente Profissional – Conceitos de biossegurança
As mãos precisam ser lavadas novamente:
• imediatamente após o término de um atendimento;
• antes do início de novo atendimento;
• cada vez que for necessária a remoção das luvas; e
• em caso de contaminação acidental.
Na anti-sepsia, podemos utilizar álcool etílico a 70%, com 5% de propi-
lenoglicol, ou glicerina 2%. Para uma anti-sepsia mais rigorosa, podemos
usar PVP-I ou mesmo a solução degermante de clorexidina a 2% ou 4%.
Deve-se adotar o uso de luvas descartáveis, de látex, de uso único nos
seguintes casos:
• no contato com secreções, ou seja, durante a etapa de extrações na
limpeza de pele;
• desde o início dos procedimentos de peles com acne;
• em procedimentos mais invasivos (eletrolifting / eletrocoagulação).
 As luvas de procedimento não-estéreis são suficientes para esse fim.
Luvas
O uso de luvas
não dispensa a
lavagem das mãos.
O profissional deve iniciar suas atividades usando máscara, que precisa
ser desprezada ao final de cada atendimento, ou quando necessário (no
caso de estarem úmidas ou terem sofrido respingo de secreção).
Máscara descartável
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Higiene Pessoal e do Ambiente Profissional – Conceitos de biossegurança
Devem ser brancas e perfeitamente limpas. O mesmo se aplica a
complementos, como calçados, lenços e cintos. O uso de roupas e
calçados confortáveis favorece o desempenho profissional.
Cabelos
Além de estarem sempre limpos, os cabelos devem estar devidamente
presos, se forem longos ou volumosos. Aconselha-se a adoção de presilhas
nas mechas que insistem em cair sobre os olhos. Principalmente durante o
procedimento de limpeza de pele, é aconselhável proteger os cabelos com
touca descartável.
Óculos de proteção
Roupas
No momento da extração, os óculos protegem o globo ocular de possíveis
respingos de secreção, os quais podem gerar algum tipo de contaminação
no olho atingido. O uso de óculos de proteção é opcional para quem
utiliza a lupa na extração, já que o equipamento também funciona como
barreira de proteção.
Há uma série de critérios envolvendo a imunização de profissionais da área
da saúde em atividade hospitalares, os quais conferem proteção indireta
aos pacientes e aos próprios profissionais. Como profilaxia, aconselha-se
aos profissionais da área de estética a vacinação contra a hepatite B e
contra o tétano, esta última extensiva a toda a população.
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Higiene Pessoal e do Ambiente Profissional – Conceitos de biossegurança
BIOSSEGURANÇA E O AMBIENTE DE
TRABALHO
Para que possamos controlar a proliferação de microorganismos no
ambiente de trabalho, devemos ter em mente alguns conceitos.
Anti-sepsia
A descontaminação de tecidos vivos vem ganhando importância notória,
principalmente pela conscientização dos profissionais de saúde. A
descontaminação depende da associação de dois procedimentos: a
degermação e a anti-sepsia.
• A degermação compreende a remoção de detritos e impurezas que se
encontram na superfície da pele, sendo utilizados para esse procedi-
mento sabões e detergentes sintéticos.
• Denomina-se anti-sepsia o conjunto de medidas propostas para inibir
o crescimento ou destruir os microorganismos existentes nas camadas
superficiais ou profundas da pele ou das mucosas, através da aplicação
de um germicida classificado como anti-séptico.
Conjunto de medidas que visam impedir a contaminação por germes
patogênicos. Exemplo: utilização de material estéril.
Assepsia
À enfermeira Florence Nightingale, que se
consagrou pela dedicação aos doentes na
Guerra da Criméia (região da Ucrânia),
no século XIX, foram atribuídos os
conceitos de higiene ambiental. Através
de seus registros, ela observou que os
pacientes evoluíam melhor quando
separados de acordo com o tipo de doença
e tratados em ambientes limpos, arejados,
sobre os quais incidisse a luz solar.
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Higiene Pessoal e do Ambiente Profissional – Conceitos de biossegurançaProcesso pelo qual são destruídos os microorganismos patogênicos ou não,
em sua forma vegetativa (não-esporulada), sendo utilizado no tratamento
de artigos semicríticos e contaminados. Neste processo empregam-se
agentes químicos e físicos.
Os desinfetantes podem ser definidos como substâncias químicas capazes
de destruir todas as formas vegetativas de bactérias, fungos e vírus em
artigos.
No Manual de Lavagem das Mãos e Controle do Ambiente Hospitalar
(Guide for Handwashing and Hospital Environmental Control ) do Centro
de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), a desinfecção é definida em
três níveis de atividade:
• desinfecção de alto nível: destruição de todos os microorganismos com
exceção de numerosos esporos bacterianos.
• desinfecção de nível intermediário: inativa bactérias vegetativas, a
maioria dos vírus e fungos e microbactérias da tuberculose.
• desinfecção de baixo nível: elimina a maioria das bactérias, alguns vírus
e fungos, mas não inativa microorganismos resistentes como
microbactérias ou esporos bacterianos.
Desinfecção
Ver sobre a
classificação dos
artigos por risco de
contaminação na
pag. 20, a seguir.
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Higiene Pessoal e do Ambiente Profissional – Conceitos de biossegurança
Substâncias ou produtos capazes de destruir, indiscriminada ou
seletivamente, microorganismos à temperatura ambiente, podendo ou
não extinguir esporos. São classificados em esterilizantes, desinfetantes e
anti-sépticos.
Germicidas
Limpeza
É a operação pela qual se realiza a remoção física de sujidades, através de
ação mecânica.
A presença de matéria orgânica dificulta a ação dos produtos químicos nos
processos de desinfecção e esterilização. Assim sendo, os artigos devem estar
limpos e secos antes de serem submetidos ao processo de desinfecção ou
esterilização.
Os produtos químicos utilizados na limpeza são os detergentes, agentes
tensoativos, classificados em compostos aniônicos, catiônicos e enzimáticos.
Procedimento aplicado para a destruição completa de formas de vida
microbiana, sejam elas vegetativas ou esporos, com o objetivo de evitar
infecções e contaminações. A esterilização é usada no tratamento de artigos
críticos, mediante aplicação de agentes químicos ou físicos.
Esterilização
Higiene Pessoal e do Ambiente Profissional
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A água
HIGIENE DO AMBIENTE
PROFISSIONAL
Higiene dos artigos
e materiais
Desinfecção de
áreas e superfícies
Classificação
dos artigos
Esterilização e
desinfecção
Descarte do
material
Algodão, gaze, luvas
Lixo administrativo
Manuseio de
prod. cosméticos
Agulhas / perfuroc.
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Higiene Pessoal e do Ambiente Profissional – Higiene do ambiente profissional
Algumas técnicas básicas devem ser seguidas por qualquer pessoa que
desenvolva ações de limpeza; caso contrário, todo o processo de limpeza é
comprometido.
1. Proceder a limpeza partindo sempre:
• da área mais limpa (menos contaminada) para a área mais suja
(mais contaminada);
• de cima para baixo.
2. Remover as sujidades sempre num mesmo sentido e numa única direção.
Não usar pano seco ou vassoura, que provocam a suspensão de pó
contaminado com microorganismos do meio ambiente.
Para a limpeza do ambiente, observar as seguintes rotinas:
• Limpeza concorrente: realizada diariamente, antes do início ou após o
término das atividades, nos móveis, focos e piso, pela limpeza mecânica
com água e sabão ou quaternário de amônio. Nas instalações sanitárias,
fazer a desinfecção, seguida da limpeza com água e sabão. Em geral, usa-
se o hipoclorito de sódio a 1% como agente.
• Limpeza terminal: realizada mensalmente, ou com mais freqüência, se
necessário (diante de procedimentos contaminados). Lavar paredes,
pisos, portas, janelas e móveis, pela limpeza mecânica com água e sabão
ou quaternário de amônio.
Todas as ações de
limpeza devem ser
feitas com o uso de
luvas de borracha
apropriadas.
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Higiene Pessoal e do Ambiente Profissional – Higiene do ambiente profissional
DESINFECÇÃO DE ÁREAS E
SUPERFÍCIES
Quando da desinfecção de áreas ou superfícies contaminadas:
• Aplicar o produto sobre a matéria orgânica, aguardando 10 minutos.
• Retirar, com material descartável, a matéria orgânica envolvida no produ-
to e desprezá-la em recipiente apropriado.
• Limpar o local novamente com o produto químico e deixá-lo em contato
com a superfície por 10 minutos.
Com agente químico que contém detergente:
• Limpar a superfície com o produto químico para retirar a sujidade,
utilizando inclusive ação mecânica.
• Passar novamente o produto, deixando-o em contato com a superfície
por 10 minutos.
Com agente químico que NÃO contém detergente:
• Limpar a superfície com água e sabão ou detergente para retirar a sujida-
de, utilizando inclusive ação mecânica.
• Enxaguar abundantemente.
• Passar o produto químico, deixando-o em contato com a superfície por
10 minutos.
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Higiene Pessoal e do Ambiente Profissional – Higiene do ambiente profissional
Observações:
• As superfícies fixas (pisos, paredes, tetos, portas, mobiliários,
equipamentos e demais instalações) não representam risco significativo
de transmissão de infecção. Portanto, sua desinfecção é desnecessária, a
menos que haja respingos ou depósito de matéria orgânica. Nesses casos,
recomenda-se a desinfecção ou descontaminação localizada e,
posteriormente, a limpeza com água e sabão em toda a superfície.
• Usa-se descontaminação de superfície quando se quer eliminar total
ou parcialmente a carga bacteriana, deixando as superfícies seguras para o
manuseio.
• Usa-se a desinfecção de superfície após a retirada do excesso de matéria
orgânica.
Principais agentes para a desinfecção de áreas e superfícies:
• Compostos clorados (hipoclorito de sódio a 1%)
• Quaternário de amônio
• Clorexidina
• Alcoóis e glicóis
• PVP-I em veículo alcoólico
• Compostos fenólicos
Cuidados a serem observados durante o processo:
• Verificar incompatibilidade entre o sabão e o produto químico.
• Verificar o tempo de contato do produto com a superfície.
• Usar obrigatoriamente Equipamento de Proteção Individual – EPI.
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Para definir o processo a ser aplicado – desinfecção ou esterilização – ,
classificamos os artigos em críticos, semicríticos e não-críticos.
CLASSIFICAÇÃO DOS ARTIGOS POR
RISCO DE CONTAMINAÇÃO
ARTIGOS SEMICRÍTICOS: Entram em contato com
a pele não-íntegra ou com mucosas íntegras geralmente
resistentes à infecção com esporos bacterianos, mas
suscetíveis a outros microorganismos.
ARTIGOS NÃO-CRÍTICOS: Entram em
contato apenas com a pele íntegra do paciente.
A pele integra funciona como barreira efetiva
contra alguns microorganismos.
ARTIGOS CRÍTICOS: Penetram na pele e mucosa,
atingindo os tecidos subepiteliais e o sistema vascular,
bem como todos os tecidos diretamente conectados a este
sistema. Nesta categoria incluem-se os extratores de
comedões, curetas, agulhas de eletrolifting e de eletrocoagulação (os dois
últimos são descartáveis, mas podem ser reutilizados no mesmo cliente).
Requerem
desinfecção de
alto nível.
HIGIENE DOS ARTIGOS E MATERIAIS
Requerem desinfecção de
baixo nível ou apenas
limpeza mecânica com
água e sabão.
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ão
Devem
necessariamente
ser esterilizados.
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É importante salientar que, para a máxima remoção de resíduos
orgânicos, todos os materiais devem ser lavados com água e sabão logo
após o uso muito bem enxaguados e enxugados, possibilitando efetiva
esterilização ou desinfecção.
Segue uma tabela resumida com a classificação dos artigos, processos e
métodos.
Classificação
dos artigos
Processamento
Críticos
Método
Físico Químico
Tempo de exposição
Físico Químico
Semicríticos
Não-críticos
Esterilização
Desinfecção
de alto nível
Desinfecção de
nível
intermediário
Desinfecção de
baixo nível
Estufa 170o
Autoclave 121o
Estufa 75/100o
Água fervente
Compostos
clorados
Alcóois (fricção)
Fenólicos
Glutaraldeído
Formaldeído
Glutaraldeído
Per. hidrogênio
Formaldeído
Quaternário de
amônio, iodados e
alguns fenólicos
120 min
15/30 min
20/60 min
10 min
20/30 min
60 min
30 min
10 horas
18 horas
20/30 min
30 min
30 min
30 min
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Higiene Pessoal e do Ambiente Profissional – Higiene do ambiente profissional
ESTERILIZAÇÃO E DESINFECÇÃO DE
ARTIGOS E MATERIAIS
TECIDOS: Lençóis, toalhas etc., devem ser lavados normalmente, com
água, sabão e hipoclorito de sódio.
MATERIAIS METÁLICOS: Na esterilização de curetas, extratores de
comedões etc., podem-se aplicar métodos físicos, por calor seco ou
úmido. Na impossibilidade desses métodos, utilizar imersão do artigo em
solução de glutaraldeído a 2%, por 10 horas.
MATERIAIS PLÁSTICOS: Na esterilização de espátulas, curetas, escovas
e pincéis, imergir na solução glutaraldeído a 2%, por 10 horas. Na
desinfecção, utilizar a mesma substância, mantendo a imersão por um
intervalo de 30 minutos.
ESPONJAS VEGETAIS FACIAIS OU CORPORAIS: Devem ser
mergulhadas em água fervente por 15 minutos, observando-se que esse
período deve ser contado a partir do artigo já imerso em fervura.
EQUIPAMENTOS: Para materiais de vidro, lupa, lupa de pala, lâmpadas
de Wood etc., aplicar por fricção de álcool etílico 70% e compostos de
amônio quaternário. Para equipamentos diversos, não usar substâncias
corrosivas (por exemplo, hipoclorito de sódio) nas superfícies metálicas e
sempre seguir as instruções do fabricante. Em geral, álcool etílico 70% é o
mais indicado.
Não misturar artigos
de metais diferentes
na imersão em
glutaraldeído, pois
pode haver corrosão
eletrolítica.
Devido à sua
porosidade, os
materiais plásticos
podem reter o
glutaraldeído,
portanto o enxágüe
deve ser rigoroso.
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Higiene Pessoal e do Ambiente Profissional – Higiene do ambiente profissional
DESCARTE DO MATERIAL UTILIZADO
Todo o material
descartável deve ser
desprezado após o
uso em cada
paciente.
Deve existir um recipiente próprio, sem tampa, para descartar o material
provido de secreções.
Ao final de cada atendimento, esse material deve ser desprezado em sacos
de lixo plásticos especiais, de cor branca leitosa, não-transparente e
etiquetados com a expressão LIXO CONTAMINADO.
Aqueles que dispuserem de um aparelho para destruição de agulhas devem
utilizá-lo logo após o término do procedimento. Na ausência do aparelho,
as agulhas devem ser desprezadas em recipiente próprio com paredes
resistentes, devendo ser padronizado o uso de caixas de papelão rígido.
Não deve ser utilizada a capacidade total do recipiente, de modo que seja
possível um fechamento perfeito e sem riscos. Nesse recipiente só devem
ser desprezadas: agulhas, seringas com agulhas, escalpes, lâminas de bisturi.
Os invólucros, ampolas e frasco-ampolas devem ser desprezados no saco
de lixo hospitalar. O manuseio desnecessário de agulhas também deve ser
evitado.
Lixo infectante: algodão, gaze, luvas
Lixo infectante: agulhas e outros artigos
perfurocortantes
Recomenda-se evitar
o recapeamento das
agulhas, evitando-se
assim acidentes
profissionais.
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Higiene Pessoal e do Ambiente Profissional – Higiene do ambiente profissional
Pode ser coletado em sacos de lixo comuns e deve ser colocado em local
diferente do lixo infectante. A coleta do lixo comum pode ser feita por
veículo coletor comum.
Os sacos plásticos devem ser preenchidos, no máximo, até 2/3 de sua
capacidade máxima, para possibilitar o fechamento e impedir o
rompimento ou derramamento do seu conteúdo. O cesto de lixo deve ser
lavado com água e sabão, no mínimo, uma vez ao dia.
Lixo da área administrativa
O lixo sempre deve ser manuseado com luvas de borracha, as quais
devem ser mantidas limpas e desinfectadas.
A coleta de lixo infectante é realizada por veículo específico só para essa
finalidade, e os intervalos entre as coletas não devem ultrapassar 24 horas.
Todo o lixo infectante deverá ficar em abrigo de alvenaria, fechado com
pequenas aberturas e com revestimento de paredes brancas laváveis, até a
hora de ser coletado.
O abrigo onde o lixo for depositado deve ser lavado com água e sabão após
cada coleta.
Os estabelecimentos de saúde devem promover seu cadastramento prévio
no Departamento de Limpeza Urbana para a efetivação dos serviços de
coleta especial.
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Higiene Pessoal e do Ambiente Profissional – Higiene do ambiente profissional
A indústria de produtos cosméticos é regida pelo Ministério da Saúde
através de rigorosa legislação, que estabelece normas de produção, controle
de qualidade, apresentação, embalagem etc.
Ao adquirir produtos cosméticos, o profissional deve estar ciente da
necessidade de atender aos padrões estabelecidos por lei e assegurar-se de
que eles contêm substâncias permitidas ao uso do esteticista.
Antes de adquirir produtos cosméticos para uso profissional, deve-se
observar em sua embalagem:
• número do registro no Ministério da Saúde
• data de fabricação e o prazo de validade
• composição (princípios ativos com % de concentração, veículo,
conservantes etc.)
• pH do produto
• lacre de proteção
• orientação de uso
• telefone do Departamento de Atendimento ao Consumidor
• nome do responsável técnico (químico ou farmacêutico)
• se importado, tradução dos dados acima, procedência e responsável pela
distribuição no país
MANUSEIO E USO DE PRODUTOS
COSMÉTICOS
Evitar produtos
caseiros ou cuja
procedência não
esteja evidenciada.
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Higiene Pessoal e do Ambiente Profissional – Higiene do ambiente profissional
Para que os produtos cosméticos mantenham os mesmos padrões, após a
aquisição, devemos seguir algumas orientações.
• Armazenar os produtos em local seco, arejado, ao abrigo da luz e do
calor do sol.
• Verificar sempre o prazo de validade, que é garantido apenas enquanto a
embalagem estiver lacrada e em condições favoráveis de estocagem.
• Utilizar sempre espátulas limpas, ou mesmo descartáveis, para retirar o
produto da embalagem. Nunca colocar as mãos no produto dentro da
embalagem, nem retirar o produto com espátulas que já tiveram
contato com suas mãos ou com a pele do cliente. Uma vez retirado, o
produto jamais deve ser devolvido à embalagem.
• Conservar as embalagens íntegras, limpas, bem fechadas, inclusive com
a manutenção do batoque até a utilização total do produto.
• Observar possíveis alterações no produto durante o uso, como
mudanças de cor, textura e aroma. Caso elas ocorram, descartar o
restante do produto ou entrar em contato com o Serviço de
Atendimento ao Consumidor do fabricante.
• Se o produto for comercializado em embalagem de tamanho muito
superior à quantidade consumida em pouco tempo de prática
profissional, adquirir embalagens menores, evitando a contaminação do
conteúdo.
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Higiene Pessoal e do Ambiente Profissional – Higiene do ambiente profissional
O controle da qualidade da água é de vital importância para todos os
segmentos da área da saúde. Para os profissionais técnicos da área de
estética, é importante adotar os cuidados descritos a seguir.
A caixa d’água deve estar sempre bem tampada, para evitar entrada de
sujeira, insetos e outros animais. Deve ser lavada, pelo menos, duas vezes
por ano. Caso o estabelecimento esteja lotado em edifícios ou
condomínios, verificar se este controle está sendo realizado com
freqüência.
A água utilizada nos procedimentos deve ser, pelo menos, tratada com os
filtros disponíveis no mercado, com garantia de controle de qualidade de
sua utilização. Caso seja necessária a esterilização, pode-se recorrer à fervura
da água previamente filtrada.
Observações:
• Renovar freqüentemente a água utilizada durante os procedimentos.
• Descartar a água utilizada logo após o término do procedimento, e
providenciar a renovação para o próximo atendimento.
• Após o último atendimento, esvaziar todos os recipientes, evitando
deixar água parada de um dia para o outro.
A ÁGUA
ÍNDICE ANALÍTICO
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Agentes infectantes, 8
Água, controle de qualidade,
27
Agulhas, descarte de, 23
Anti-sepsia, 13
Artigos
classificação por risco de
contaminação, 20
críticos, 15, 20, 21
higiene dos, 20-26
não-críticos, 20, 21
semicríticos, 14, 20, 21
Assepsia, 13
Biossegurança, 7
Cabelos, higiene dos, 12
Degermação, 13
Descarte de materiais, 23
Desinfecção, 14, 18-19, 20,
21, 22
EPI. Ver Equipamento de
Proteção Individual
Equipamento de Proteção
Individual (EPI), 19
Equipamentos, limpeza de, 22
Esponjas vegetais, limpeza de, 22
Esterilização, 15, 20, 21, 22
da água, 27
Germicidas, 15
Higiene
individual, 7, 9-12
pública, 7
Imunização de profissionais de saúde,
12
Limpeza, 15, 17
Lixo
administrativo, descarte de, 24
infectante, descarte de, 23-24
Lupa, 12
Luvas, 10, 11, 17, 24
Mãos e antebraços, higiene das, 10-
11
Máscara descartável, 11
Materiais, higiene dos, 20-26
Metais, limpeza de, 22
Óculos de proteção, 12
Pele, higiene da, 9
Plásticos, limpeza de, 22
Produtos cosméticos, manuseio, 25-
26
Risco de contaminação, classificação
dos artigos por, 20
Roupas, 12
Tecidos, limpeza de, 22
Touca descartável, 12
Unhas, higiene das, 10
BEZERRA, Sandra Vasconcelos e REBELLO, Teresa.
Guia de produtos cosméticos. São Paulo, Editora Senac,
1996.
BIER, Otto. Microbiologia e imunologia. São Paulo,
Melhoramentos, 1994.
Centro de Epidemiologia, Pesquisa e Informação,
Secretaria Municipal de Saúde – Prefeitura Municipal
de São Paulo. Manual de orientação e procedimentos
para áreas e artigos hospitalares, 1995.
GAMA, Vânia. Apostila de Vigilância Sanitária. São
Paulo, Centro de Tecnologia em Beleza, SENAC-SP,
1998.
Grande Enciclopédia Larousse Cultural. São Paulo,
Nova Cultural, 1998.
LEITE, Rosângela. Apostila do curso “Biossegurança,
Esterilização e Desinfecção”, s/d.
MARTONELLI, Zarif. Apostila de Higiene e Saúde Pública
– SENAC-SP - Unidade Santana.
MOURA, Maria Lucia Pimentel de Assis. Enfermagem em
centro de material e esterilização. São Paulo, Editora Senac,
1996.
REBELLO, Teresa. Apostila de Noções de Higiene Corporal e
do Ambiente de Trabalho. São Paulo, Centro de Tecnologia
em Beleza, SENAC-SP, 1993.
RODRIGUES, Edwal A. C.; MENDONÇA, João S. de;
AMARANTE, Jorge M. B.; ALVES FILHO, Mozart B.;
GRINBAUM, Renato S. e RICHTMANN, Rosana.
Infecções hospitalares - prevenção e controle. São Paulo,
Sarvier Editora de Livros Médicos, 1997.
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BIBLIOGRAFIA
Nutrição em Estética
NUTRIÇÃO EM
ESTÉTICA
Módulos III e IV– Estética Facial e Corporal
Publicação editada e distribuída pela Administração Regional do SENAC
no Estado de São Paulo
Coordenação técnica
Vera-Lúcia Marques
Marielza Gallucci de Almeida
Elaboração
Tania Collino
Ilustrações
Naomy Kuroda Makiyama
Projeto gráfico e editoração
Lettera Editorial
© SENAC-SP 2001
É vedada a reprodução total ou parcial desta obra sem autorização expressa
do SENAC-SP.
SUMÁRIO
ALIMENTAÇÃO EQUILIBRADA ...............................................5
Nutrientes ........................................................................................ 11
Proteínas ................................................................................ 13
Gorduras ............................................................................... 13
Carboidratos .......................................................................... 14
Vitaminas .............................................................................. 15
Minerais ................................................................................ 18
Alívio de dor através dos alimentos ................................................. 22
A NUTRIÇÃO COMO COADJUVANTE NOS
TRATAMENTOS ESTÉTICOS ................................................... 26
Corpo feminino – fases e alterações ................................................. 30
Infância ................................................................................. 30
Adolescência .......................................................................... 30
Acne ...................................................................................... 31
Tensão pré-menstrual ............................................................ 32
Gestação ................................................................................ 34
Lipodistrofia ginóide ............................................................. 37
Estrias .................................................................................... 40
Obesidade ............................................................................. 40
Gordura localizada ................................................................ 41
Climatério ............................................................................. 43
Osteoporose .......................................................................... 46
Envelhecimento .................................................................... 49
Envelhecimento cutâneo ....................................................... 55
ÍNDICE ANALÍTICO .................................................................. 59
BIBLIOGRAFIA ............................................................................ 62
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Nutrientes
Proteínas
ALIMENTAÇÃO
EQUILIBRADA
Alívio e dor através
dos alimentos
Gorduras
Carboidratos
Vitaminas
Minerais
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Nutrição em Estética – Alimentação Equilibrada
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Nutrição:
combinação de
processos pelos
quais o organismo
recebe e utiliza
material necessário
para obter energia,
manter suas
funções e formar e
regenerar tecidos.
A alimentação exerce grande influência sobre o indivíduo, principal- mente sobre sua saúde, sua capacidade de trabalhar, estudar e divertir-
se, sua aparência e sua longevidade.
As bases para uma alimentação adequada são sempre as mesmas, mas cada
fase da vida merece cuidados especiais, devendo ser direcionada em função
de alterações que ocorrem no organismo, e de mudanças no estilo de vida.
O propósito deste material é levantar as questões envolvidas na relação
entre nutrição (cuidados com a alimentação) e estética (cuidados com a
beleza e a aparência).
Por exemplo, de que maneira o excesso ou a carência de nutrientes afeta a
aparência da pele?
A celulite é agravada por uma dieta alimentar adequada?
A aplicação de técnicas profissionais de estética deve ser acompanhada por
uma orientação nutricional?
Alimentação:
processo voluntário
e consciente no
qual o indivíduo
obtém produtos
para o seu
consumo.
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A alimentação equilibrada é o principal pilar de uma boa saúde física e
mental.
Para os seres humanos, os alimentos representam prazer, saúde, beleza e
longevidade. Ao mesmo tempo, a ausência ou o excesso de alimentos afeta
negativamente corpo e mente, podendo comprometer nossa qualidade de
vida.
Alimentos:
 todas as matérias
sólidas e líquidas
que, levadas ao
trato digestivo, são
utilizadas para
manter e formar os
tecidos do corpo,
regular processos
corporais e fornecer
calor, mantendo a
vida.
ALIMENTAÇÃO
EQUILIBRADA
SUBNUTRIÇÃO
(deficiência
nutricional)
Raquitismo
Anemia
Osteoporose
 
EXCESSOS
ALIMENTARES
(desequilíbrio quantita-
tivo / qualitativo)
Obesidade
Doenças cardiovasculares
Câncer
 
 
Uma forma de sabermos como equilibrar os alimentos que devem compor
uma dieta saudável é utilizar pirâmide alimentar como guia.
Saúde
Beleza
Prazer
Longevidade
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Nutrição em Estética – Alimentação Equilibrada
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A pirâmide alimentar separa os alimentos em energéticos, reguladores e
construtores. Devemos consumir esses alimentos em ordem decrescente,
ou seja, em maior quantidade os alimentos energéticos, seguidos dos
reguladores e dos construtores.
Alimentos construtores: responsáveis
pela construção dos novos tecidos,
pelo crescimento e pela reparação
do desgaste natural dos tecidos.
Ricos em proteínas, compreen-
dem: leite, iogurte, queijos,
carnes, peixes, ovos.
Alimentos reguladores: mantêm o
organismo funcionando como um
relógio, pois regulam as funções
 vitais e auxiliam os órgãos a fazer
 o seu trabalho. As verduras e
 frutas, por exemplo, são ricas
 em fibras, que ajudam o
 estômago e o intestino a
 funcionar melhor.
Alimentos energéticos: ricos em
carboidratos ou gorduras, são respon-
sáveis por gerar energia (combustível)
para que nosso organismo possa
realizar suas funções normais.
Incluem os farináceos, como
massas em geral, as diferentes
formas de cereais, açúcares
refinados e alimentos
gordurosos (margarina,
manteiga etc).
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Nutrição em Estética – Alimentação Equilibrada
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Qual deve ser então um cardápio equilibrado? Para atender a todas as
recomendações nutricionais, é importante variar os alimentos diariamente.
A quantidade de alimentos ingeridos varia de indivíduo para indivíduo,
pois cada um tem necessidades específicas. É o profissional nutricionista
que pode orientar na adaptação da dieta às necessidades de cada indivíduo.
Alimentos ingeridosSubstitui ı es
Desjejum
Leite integral Desnatado, queijos (brancos), coalhada,
iogurte (integral ou desnatado)
CafØ ChÆ
Pªo de centeio
Pªo integral, glœten, francŒs, torrada,
bolacha, cereais
Halvarina (margarina light) Creme vegetal
Fruta Suco de fruta
Lanche Fruta Suco de fruta
Almo o e Jantar
Salada verde Legumes (cru ou cozido)
Peixe
Aves sem pele, carne bovina magra,
ovos
Arroz Batata, polenta, farofa, massa
Feijªo Ervilha, lentilha, grªo de bico, soja
Fruta
leo, azeite e sal
Temperos e ervas aromÆticas
Lanche Barra de cereal Fruto, suco natural
Ceia Damascos secos, leite Uva passa, iogurte, queijo fresco
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Recomendações para uma alimentação equilibrada
• Fracionar a alimentação. Não ficar
períodos longos sem se alimentar.
• A composição da dieta deve conter
alimentos de todos os grupos
(cereais, leguminosas, frutas, horta-
liças, queijo e derivados, carnes).
• Variar bastante os alimentos,
fazendo com freqüência um rodízio
de todos os componentes da dieta.
• Iniciar as refeições pelos alimentos
crus: no desjejum, pelas frutas e no
almoço e jantar pela salada.
• Priorizar alimentos com maior
quantidade de fibras (pão integral,
cereais integrais, verduras e frutas),
pois desta maneira o fornecimento
de energia será acompanhado de
alimentos de alto valor nutricional,
incluindo alimentos antioxidantes,
como vitamina C, betacaroteno,
zinco, selênio etc.
• Mastigar bem os alimentos. Quem
come rápido, come mais do que
precisa.
• Priorizar a ingestão de alimen-
tos de origem animal com
baixo teor de lipídeos, diminu-
indo a quantidade de gorduras
saturadas e favorecendo uma
ingestão moderada de fontes
de gorduras monoinsaturadas,
ricos em ácidos graxos essenci-
ais, como as oleaginosas e o
azeite de oliva.
• Preferir doces com pouca ou
nenhuma quantidade de
cremes, pois os cremes (gordu-
ras) são mais responsáveis pelo
excesso de calorias do que o
açúcar e a farinha.
• Ingerir de 8 a 10 copos de
líquidos por dia, evitando-os
durante as refeições.
• Praticar atividade física regular
e constante, por pelo menos
30 minutos diariamente.
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NUTRIENTES
É através dos alimentos que o nosso organismo recebe todas as substâncias
necessárias ao seu bom funcionamento. Cada alimento possui vários
nutrientes em diferentes quantidades e com funções específicas no organis-
mo. Os nutrientes dividem-se em:
• elementos orgânicos: proteínas, lipídeos (gorduras), carboidratos,
vitaminas;
• elementos inorgânicos: água e minerais: cálcio, fósforo, sódio, potás-
sio, enxofre, cloro, ferro, iodo, cobre, magnésio, manganês, cobalto,
zinco e outros.
As principais fontes de alimentos, que são os carboidratos, as gorduras e as
proteínas, apresentam diferentes níveis como fonte de energia, a saber:
• 1 g de proteína gera 4 calorias;
• 1 g de gordura gera 9 calorias;
• 1 g de carboidrato gera 4 calorias.
Esses três componentes (proteínas, gorduras e carboidratos) participam
percentualmente para compor o Valor Calórico Total (VCT) necessário a
uma nutrição ideal:
• proteínas: 10 a 15% do VCT;
• gorduras: 30 a 35% do VCT;
• carboidratos: 50% a 60% VCT.
Nutrientes:
substâncias
químicas contidas
nos alimentos que
têm funções
específicas e
funcionam de
modo associado.
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A avaliação das necessidades calóricas deve sempre levar em conta os
hábitos de atividade física.
Quando a quantidade de calorias que ingerimos é igual à quantidade que
gastamos, nosso organismo funciona de modo equilibrado.
Se, contudo, a ingestão for maior que a queima, haverá ganho de peso; e,
se a ingestão for menor que as necessidades calóricas, sentiremos falta de
energia e acabaremos perdendo peso.
Vejamos separadamente de que forma cada tipo de nutriente contribui
para o equilíbrio do nosso organismo.
Homens Mulheres
Crian as 900 (8-12 meses) a 2.000 (7-10 anos) kcal/dia
Adolescentes 2.500 a 3.000 kcal/dia 2.200 kcal/dia
Adultos 2.000 a 3.500 kcal/dia 1.600 a 2.400 kcal/dia
Acima de 50 anos 1.600 a 3.000 kcal/dia 1.300 a 2.000 kcal/dia
Nosso corpo funciona à base de energia. Isso quer dizer que precisamos de
energia para manter nossa temperatura interna, ritmo cardíaco, respiração,
atividade muscular e toda a gama de funções que nosso organismo desem-
penha. As calorias representam a medida de energia que podemos obter dos
alimentos.
De quanta energia precisamos diariamente? Quais são as nossas necessidades
calóricas diárias? A tabela a seguir mostra as necessidades calóricas nas várias
fases de nossa vida.
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PROTEÍNAS
As proteínas fazem parte de todos
os órgãos do nosso corpo (pele,
músculos, coração, fígado), partici-
pam da formação de hormônios,
enzimas e também dos anticorpos
para proteção contra as doenças.
Podem ser de origem animal ou vegetal. As proteínas de origem animal são
denominadas completas por conterem os aminoácidos essenciais (que não
são produzidos pelo organismo e devem ser suplementados pela alimenta-
ção), necessários ao crescimento dos músculos e dos tecidos.
As proteínas de origem vegetal, denominadas incompletas, não contêm os
aminoácidos essenciais, que, entretanto, podem ser obtidos pela combinação
de substâncias protéicas vegetais
GORDURAS
As gorduras podem ser de origem
animal ou vegetal. As de origem animal têm consistência sólida, são ácidos
graxos saturados e altamente aterogênicas, porque tendem a aumentar os
níveis de colesterol.
Quando os níveis de colesterol se excedem, este se deposita nas paredes das
artérias, diminuindo o seu diâmetro, o que condiciona menor aporte de
sangue, oxigênio e nutrientes aos tecidos por elas irrigados.
Função: fornecer material para a
construção e a manutenção das
diferentes partes do corpo e a repara-
ção dos tecidos, que diariamente se
perdem através do suor e da
descamação da pele.
Função: fornecer energia, ajudar no
transporte de vitaminas solúveis.
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As gorduras de origem vegetal têm aspecto líquido, apresentam os ácidos
graxos poliinsaturados e sofrem processo de hidrogenação.
As gorduras insaturadas, especialmenteas monoinsaturadas, ajudam a
prevenir as doenças cardiovasculares, enquanto as saturadas ajudam na
formação do LDL – colesterol (mau colesterol), responsáveis pelas placas
de ateroma que obstruem as artérias.
O colesterol é um tipo de gordura presente em alimentos de origem
animal. Entre outras funções, é matéria-prima para a formação de
hormônios, que são substâncias químicas produzidas pelo organismo com
ação específica sobre certos órgãos ou estruturas.
CARBOIDRATOS
Os carboidratos podem ser divididos em simples e complexos.
Os carboidratos simples formam parte dos açúcares em geral, e são encon-
trados em doces, bolos, sorvetes, açúcar, refrigerantes, massas, arroz, bola-
chas etc.
Os carboidratos complexos estão formados principalmente por fibras, as
quais podem ser classificadas em:
• solúveis: pectinas, gomas, mucilagens e algumas hemiceluloses que
formam gel com água;
• insolúveis: celulose e algumas hemiceluloses que não se dissolvem em
água.
Função: fornecer energia.
Ateroma: alteração
degenerativa da
camada interna
das artérias.
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VITAMINAS
As vitaminas dividem-se em dois
grupos:
• lipossolúveis: solúveis em
lipídeos; são absorvidas juntamente com as gorduras da dieta;
• hidrossolúveis: solúveis em água; mormalmente excretadas pela urina
em pequenas quantidades, não são armazenadas no organismo em
quantidades apreciáveis, daí a importância de serem consumidas diaria-
mente para evitar depleção e interrupção das funções fisiológicas nor-
mais.
As principais vitaminas necessárias ao nosso organismo são apresentadas a
seguir:
Depleção:
Redução de
qualquer matéria
armazenada no
corpo.
Lipossolúveis Fonte Função Efeitos da carência
Vitamina A
(retinol)
Betacaroteno
(pró-vitami-
na A)
Fígado, queijos, leite
integral, creme de leite,
manteiga, gema de ovo
Cenoura, batata doce,
couve, folhas verdes
escuras, caqui, manga,
mamão
Essencial ao processo visual e à
formação dos tecidos epiteliais e
da estrutura óssea; na pele, é
responsável pela renovação e
queritinização
Problemas de pele; atraso
no crescimento; perda de
peso; perturbações na
vista
Vitamina D
(calciferol)
Fígado, gema de ovo,
leite, manteiga
Essencial à estrutura óssea; im-
portante nos processos de cica-
trização e no desenvolvimento
da pele
Raquitismo, formação de
cáries; descalcificação
Função: agir como coenzimas ou
como parte de enzimas responsáveis
pela promoção de reações químicas
essenciais.
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Lipossolúveis Fonte Função Efeitos da carência
Vitamina E
(tocoferol)
Óleos vegetais, gema de
ovo, sementes e frutas
oleaginosas (nozes,
avelãs, castanha de caju,
castanha-do-pará,
amendoim)
Antioxidante lipídico
Hidrossolúveis Fonte Função Efeitos da carência
Vitamina F
(ácido graxo
essencial
insaturado -
ácido
linoléico)
Óleos vegetais, semen-
te de linhaça, feijão de
soja
Importante na formação e
manutenção da barreira
epidérmica e na
imunorregulação e modulação
dos processos de queratinização
Vitamina K
(menadiona)
Hortaliças e fígado Essencial para a coagulação
sangüínea
Aumento de tempo na
coagulação do sangue;
hemorragia
Vitamina B1
(tiamina)
Cereais integrais, legu-
minosas, carnes, vísce-
ras, hortaliças verdes
Interfere diretamente no meta-
bolismo dos carboidratos
Perda de peso; beribéri;
nervosismo; fraqueza
muscular; distúrbios
cardiovasculares
Vitamina B2
(riboflavina)
Leites, queijos, carnes,
fígados, ovos, verduras
escuras, cereais integrais
e leguminosas
Conservação dos tecidos e
essencial na fisiologia ocular
Dermatite seborréica;
lesões nas mucosas
(principalmente lábios e
narinas); fotofobia
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Hidrossolúveis Fonte Função Efeitos da carência
Vitamina B3
(niacina -
ácido
nicotínico)
Fígado, carnes,
leguminosas secas,
cereais integrais, leite,
ovos
Participa do metabolismo de
carboidratos, gorduras e proteí-
nas
Pelagra (eritema das
partes descobertas do
corpo, perturbações
digestivas e distúrbios
psíquicos)
Vitamina B5
(ácido
pantotênico)
Gema de ovo, rim,
fígado, carne magra,
verduras, cereais inte-
grais
Importante no metabolismo e
regulação celular; participa da
síntese do colesterol,
fosfolipídeos e hormônios
esteróides
Fadiga; fraqueza
muscular; perturbações
nervosas; anorexia;
diminuição da pressão
sangüínea
Vitamina B6
(piridoxina)
Carnes, vísceras, repo-
lho, leite, aveia, germe
de trigo
Importante função na síntese
metabólica de aminoácidos
Dermatite; inflamação
da pele e das mucosas
Fígado, carne e demais
alimentos de origem
animal
Formação dos glóbulos verme-
lhos
Anemia; irratibilidade;
distúrbios gástricos;
depressão nervosa
Vitamina
B12 (ciano-
cobalamina)
Vitamina C
(ácido
ascórbico)
Frutas cítricas e hortali-
ças cruas
Essencial à integridade das pare-
des dos capilares sangüíneos e
tecidos; co-fator redutor na for-
mação do colágeno e das glicos-
aminoglicanas; contribui para a
absorção do ferro; antioxidante
Escorbuto; problemas
nas gengivas e na pele
Vitamina H Funciona no metabolismo das
proteínas e dos carboidratos
Depressão; sonolência;
dor muscular; anorexia;
descamação da pele
Rins, fígado, gema de
ovo, pão integral, leite,
cogumelos, ervilha,
nozes, feijão
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MINERAIS
Embora haja no organismo alguns minerais em quantidades apreciáveis
(dezenas e centenas de mg), e outros estejam presentes em doses ínfimas,
todos eles são imprescindíveis, pois desempenham papel essencial na
formação de estruturas orgânicas, como os músculos e os ossos, e têm ação
reguladora de reações químicas internas e trocas de substâncias.
Cada substância tem a sua quantidade bem definida no sistema humano, e
o excesso ou a carência prolongada de alguma delas afetará profundamente
o funcionamento interno dos órgãos.
Mineral Fonte Função Efeitos da carência
Frutas, especialmente
maçã; hortaliças e
cereais
Cálcio (Ca) Sardinhas com espinha,
leite e derivados, ostras,
couve, espinafre e
brócolis
Atua na formação de tecidos,
ossos e dentes; age na
coagulação sangüínea e na
oxigenação dos tecidos; combate
as infecções e mantém o
equilíbrio de ferro no organismo
Pele seca com descama-
ções; manchas na pele
(eczemas); queda de
cabelos e unhas frágeis;
deformação óssea;
enfraquecimento dos
dentes
Boro (B)
Cloro (Cl) Sal de cozinha, algas
marinhas, banana
Constitui os sucos gástricos e
pancreáticosA carência é rara, pois o
cloro está presente em
quase todos os vegetais;
o excesso destrói a vita-
mina E e reduz a produ-
ção de iodo
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Mineral Fonte Função Efeitos da carência
Cobre (Cu) Fígado, mariscos, trigo
integral, ostras, ervilhas,
amendoim e nozes
Age na formação da
hemoglobina (pigmento verme-
lho do sangue)
Anemia, hipotermia
(diminuição excessiva da
temperatura corporal);
retardo do crescimento
Cromo (Cr) Levedura de cerveja,
carnes, mariscos e cere-
ais
Manutenção do metabolismo
normal da glicose; facilita a pro-
dução de energia
Intolerância à glicose;
diminuição da capacida-
de respiratória; perda de
peso
Verduras e vegetaisCobalto
(Co)
Age junto com a vitamina B12,
estimulando o crescimento e
combatendo as afecções
cutâneas
Anemia perniciosa com
perda de vitamina B12
Carne, ovo, feijão, pei-
xe, crucíferas (repolho,
couve, brócolis), cebola,
alho, germe de trigo,
lentilhas
Enxofre (S) Facilita a digestão; é desinfetan-
te e participa do metabolismo
das proteínas
Verduras, legumes e
especialmente cereais
integrais
Estanho (Sn) Essencial ao crescimento Desconhecidos
Carnes em geral, fígado,
gema de ovo, mariscos,
aveia, feijão e aspargos
Ferro (Fe) Indispensável na formação do
sangue; atua como veiculador
do oxigênio para todo o
organismo
Unhas quebradiças, que-
da de cabelo; palidez;
cansaço; falta de ar; ane-
mia ferropriva
Água tratada e frutos do
mar (peixes, mariscos e
algas)
Flúor (F) Forma os ossos e os dentes; pre-
vine dilatação das veias, cálculo
da vesícula e paralisia
Aumento da susceptibi-
lidade a cáries
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Mineral Fonte Função Efeitos da carência
Carnes de modo geral
(especialmente peixes),
ovos, cereais e farinha
de ossos
Fósforo (P) Atua na formação de ossos e
dentes; indispensável para o
sistema nervoso e o sistema
muscular; junto com o cálcio e
a vitamina D, combate o raqui-
tismo
Maior probabilidade de
ocorrência de fraturas,
músculos atrofiados;
alterações nervosas; ra-
quitismo; taquicardia;
dores ósseas; perda de
memória
Cebola, todos os frutos
do mar (peixes, maris-
cos e algas) e sal de co-
zinha
Iodo (I) Faz funcionar a glândula
tireóide; ativa o funcionamento
cerebral; permite que os múscu-
los armazenem oxigênio e evita
que a gordura se deposite nos
tecidos
Bócio; obesidade;
cansaço
Verduras, banana,
maçã, figo, nozes e cho-
colate
Magnésio
(Mg)
Atua na formação dos tecidos,
ossos e dentes; ajuda a
metabolizar os carboidratos;
controla a excitabilidade
neuromuscular
Tremor; náuseas; vômi-
tos; diarréia; dores abdo-
minais; sensibilidade ao
frio e ao calor; arritmia
cardíaca; alteração na
pressão sangüínea
Cereais integrais, gema
de ovo, verduras, nozes,
abacaxi e cenoura
Manganês
(Mn)
Fortalece os tecidos; aumenta a
resistência física
Modificações nas estru-
turas celulares; deforma-
ções específicas do es-
queleto
Verduras, legumes, ce-
reais integrais e carnes
Molibdênio
(Mo)
Essencial nas reações de
oxirredução
Apatia; desorientação;
vômitos; náuseas;
taquicardia
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Mineral Fonte Função Efeitos da carência
Repolho, cebola, alho,
espinafre, alface, toma-
te, figo, batata, uva,
arroz
Níquel (Ni) Fixa e aumenta o catabolismo
da glicose no tecido adiposo e
estimula a glicogênese
Redução da atividade de
algumas enzimas hepáti-
cas
Banana, melão, batata,
ervilha, tomate, semen-
te de girassol, frutas
cítricas e carnes em ge-
ral
Potássio (K) Atua associado ao sódio, regula-
rizando as batidas do coração e
o sistema muscular, contribui
para a formação da célula
Diminuição da atividade
muscular, inclusive do
coração; diminuição dos
reflexos; dores muscula-
res; arritmia cardíaca
Germe e farelo de trigo,
tomate, milho e outros
cereais
Selênio (Se) Antioxidante, potencializa a
vitamina E
Caspa, dermatite
seborréica
Algas marinhas, cereais,
verduras, água mineral,
maçã, cebola e abóbora
Silício (Si) Age na formação dos vasos e
artérias e é responsável por sua
elasticidade; atua na formação
da pele, das membranas, das
unhas e dos cabelos; combate as
doenças da pele e o raquitismo
Sensibilidade muscular;
degeneração pancreática
Sal de cozinha (NaCl),
toucinho defumado,
mariscos e algas mari-
nhas
Sódio (Na) Impede o endurecimento do
cálcio e do magnésio, o que
pode formar cálculos biliares ou
nefríticos; previne a coagulação
sangüínea
Cãibras e retardamento
na cicatrização das feri-
das
Carnes em geral, ovo,
peixes, leite, levedura de
cerveja, germe de trigo,
ostras, castanha-do-
pará, ervilha
Zinco (Zn) Atua no controle cerebral dos
músculos; ajuda na respiração
dos tecidos; participa no meta-
bolismo das proteínas e
carboidratos
Fadiga; diminuição do
apetite e do paladar; que-
da de cabelos, unhas que-
bradiças e retardo na cica-
trização de feridas
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ALÍVIO E DOR ATRAVÉS DOS
ALIMENTOS
Os alimentos hoje não são considerados apenas um meio de saciar a fome e
prover as necessidades calóricas e nutricionais do organismo humano.
Sabemos que muitos alimentos possuem propriedades que ajudam a
prevenir e combater doenças, assim como aliviar alguns sintomas:
• Analgésicos: café, pimenta picante, cravo, alho, gengibre, alcaçuz,
cebola, açúcar, hortelã-pimenta.
• Ansiolíticos: cafeína e álcool.
• Antiansiolíticos: açúcar e amidos.
• Anticancerígenos: alho, cebola, cebolinha, salsa, cenoura, batata doce,
chá verde, ameixa, cenoura, uva, morango, nozes, repolho, brócolis,
couve-flor, couve, couve-de-bruxelas, mostarda, soja, linhaça, frutas
cítricas, soja, gengibre.
• Anticoagulantes (contra a agregação plaquetária): canela, cominho, óleo
de peixe, alho, gengibre, uva, melão, cogumelo, cebola, chá, melancia,
vinho tinto.
• Antidepressivos: espinafre, frutos do mar, alho, açúcar, nozes, cafeína,
gengibre, mel.
• Anti-hipertensivos: aipo, óleo de peixe, alho, toranja, azeite de oliva,
cebola.
Ansiolíticos:
tranquilizantes.
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• Antiinflamatórios: maçã, óleo de peixe, alho, gengibre, cebola, abacaxi,
sálvia.
•Antitrombóticos: pimenta, óleo de peixe, alho, gengibre, suco de uva,
cebola, vinho tinto.
• Antiulcerativos: brócolis, couve-flor, repolho, couve, nabo, figo, gengi-
bre, alcaçuz.
• Antivirais: maçã, suco de maçã, cevada, cebolinha, gengibre, alho, gro-
selha, uva, suco de toranja, suco de limão, cogumelo (especialmente o
shitake), suco de laranja, pêssego, suco de abacaxi, ameixa, suco de amei-
xa, framboesa, hortelã-pimenta, morango, chá verde, vinho tinto, aspargo.
• Atividade antibacteriana: alho, iogurte, cravo, vinho tinto, temperos
verdes, gengibre, cebola, mel.
• Aumento da imunidade: iogurte, cogumelos shitake, alho, alimentos
com baixo teor de gordura, cenoura, espinafre, couve, frutos do mar,
grãos, brócolis, abóbora-moranga, batata doce.
• Calmantes: açúcar, mel, massas, pães e álcool.
• Carminativos: anis, manjericão, camomila, endro, alho, hortelã-pimenta.
• Diuréticos: salsa, anis, café, coentro, cominho, berinjela, endívia, alho,
limão, alcaçuz, noz moscada, cebola, hortelã, chá.
• Estimulantes: proteínas, cafeína.
• Preventivos da dor de cabeça: peixe, óleo de peixe e gengibre.
• Redutores do colesterol (LDL): maçã, amêndoa, abacate, cevada, feijão,
cenoura, alho, polpa de toranja, aveia, azeite de oliva, farelo de arroz,
cogumelo shitake, soja, nozes, vinho tinto.
Carminativos:
 antiflatulentos;
substâncias que
dificultam a
formação de gases
no tubo digestivo e
facilitam a sua
eliminação
LDL:
abreviatura,
 em inglês, de Low
Density Lipoprotein
(lipoproteína de
baixa densidade);
também chamado
mau colesterol.
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• Alimentos imunodepressores: alimentos com alto teor de gordura,
gordura vegetal poliinsaturada, açúcar e doces em geral.
• Alimentos que contribuem para a acidose: álcool, aspargo, feijão,
couve-de-bruxelas, ketchup, grão-de-bico, cacau, café, farináceos, legu-
mes, lentilhas, carne, leite, mostarda, macarrão, farinha de aveia, amido
de milho, ovos, peixes, pimenta, aves, chucrute, crustáceos, azeitona,
miúdos, massa, refrigerantes, açúcar e chá.
• Alimentos com baixo teor de acidez: manteiga, queijos, cocos (secos),
frutas (enlatadas e cristalizadas), frutas (secas e sulfuradas), a maioria dos
grãos, sorvete, creme caseiro congelado, a maioria das sementes e nozes.
• Alimentos que contribuem para a alcalinidade: damasco, abacate,
milho, tâmara, frutas, toranja, uvas, mel, limão, melão, painço, melado,
laranja, passas, figo seco, hortaliças.
• Alimentos com baixo teor de alcalinidade: amêndoa, melado, casta-
nha-do-pará, trigo sarraceno, castanha, coco (fresco), laticínios / fermen-
tados, painço.
Imunodepressores:
 causadores de
diminuição de
resposta
imunológica.
Acidose:
distúrbio
caracterizado pela
diminuição do pH
sangüíneo.
Sabemos também que alguns tipos de alimentos podem contribuir para o
aparecimento ou o agravamento de doenças. Entre eles, temos:
Alguns medicamentos de uso comum, se usados por um período prolon-
gado, podem acentuar a excreção de vitaminas e minerais, como mostra a
tabela da página seguinte.
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Medicamento / efeito Vitaminas e minerais
AAS (Æcido acetil salic lico) A, complexo B, C (triplica excre ªo)
AntiÆcido A, complexo B
Anticoagulante A, K
Anticoncepcional A, K
Anticonvulsionante D
Anti-histam nico C
DiurØtico Complexo B, potÆssio
Estr geno ` cido f lico
Flœor C
Laxante A, complexo B, D, E, K
Penicilina B6, niacina, K
A orientação de um profissional nutricionista é fundamental para que essas
deficiências sejam supridas.
A NUTRIÇÃO COMO
COADJUVANTE NOS
TRATAMENTOS ESTÉTICOS
O corpo feminino –
fases e alterações
Acne
Tensão pré-
menstrual
Lipodistrofia
ginóide
Estrias
Obesidade
Infância
Adolescência
Gestação
Climatério
Envelhecimento
Gordura
localizada
Osteoporose
Envelhecimento
cutâneo
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Nutrição em Estética – A Nutrição como Coadjuvante nos Tratamentos Estéticos
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Cabelos
O esteticista deve ter informações corretas sobre a nutrição, para que possa
responder ao cliente quando for questionado a respeito. Também deve ser
capaz de encaminhar o cliente a um profissional especializado (nutricionista)
para avaliação e acompanhamento clínico, sempre que se fizer necessário.
É possível avaliar clinicamente a deficiência e o excesso de nutrientes obser-
vando o aspecto de cabelos, pele e unhas:
PABA: ácido para-
amino-benzóico.
Doen a DeficiŒncia Excesso
Alopecia Biotina, zinco, ferro SelŒnio
Aumento da queda dos
cabelos
` cido pantotŒnico, biotina,
vitamina D, cÆlcio, cobre, zinco
CÆdmio,
selŒnio
Cabelos brancos precoces ` cido pantotŒnico, PABA,
vitamina B12
Cabelos finos e sem vida Cobre, zinco, prote na
Cabelos ralos Prote na, biotina, cobre, zinco Vitamina A
Cabelos sªo retirados
facilmente sem dor
` cido pantotŒnico, biotina,
cÆlcio, zinco, prote na, selŒnio
Cabelos secos e quebradi os ` cido linolØico, iodo, vitaminas
A e C, prote nas, cobre, zinco
Calv cie precoce Cobre, piridoxina, zinco SelŒnio
Crescimento lento ManganŒs, Æcido graxo mega 6
Despigmenta ªo transversa Prote nas
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Nutrição em Estética – A Nutrição como Coadjuvante nos Tratamentos Estéticos
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Pele
Doen a DeficiŒncia Excesso
AparŒncia de papel celofane Prote nas
Ceratose nas costas das mªos,
punho, antebra o, rosto e
pesco o
Niacina
Cianose CÆlcio Ferro
Dermatite ` cidos graxos essenciais,
niacina, zinco, manganŒs
Vitamina
A, cromo
Dermatite seborrØica Piridoxina, cobre
Dermatite urticÆria ` cido linolØico, cromo,
manganŒs, niacina, zinco
SelŒnio
Dermatose em volta do nariz e
boca
Zinco
Descama ªo ` cido graxo mega 6, zinco,
vitamina A, riboflavina, niacina
Vitamina
A
Palma das mªos alaranjadas ou
amareladas
Caroten ides SelŒnio
Pele com erup ªo semelhante a
carne de galinha depenada
Vitamina A
Pele descamada /seca Vitamina A, Æcido graxo mega
6, riboflavina, biotina, Æcido
linolØico, cÆlcio
Vitamina
A, cÆdmio
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Nutrição em Estética – A Nutrição como Coadjuvante nos Tratamentos Estéticos
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