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DRGE 1- CONCEITO Condição na qual o refluxo do conteúdo gástrico causa sintomas que afetam o bem-estar do paciente ou complicações. 2- FISIOPATOLOGIA multifatorial causas mais comuns: o alteração na barreira antirrefluxo disfunção do EIE (relaxamento transitório do EIE) responsável por 63-74% do RGE substâncias que afetam a pressão de EIE NO CCK Peptídeo intestinal vasoativo (VIP) o Alterações dos mecanismos de depuração intraluminal alterações no peristaltismo primárias: distúrbios motores do esôfago secundárias: doenças de tecido conjuntivo diminuição do fluxo salivar: isto porque a saliva neutraliza o conteúdo ácido que, por ventura, possa alcançar o esôfago Obs: episódios de refluxo que ocorrem a noite são mais propensos a causar lesões visto que a posição supina favorece e a produção de saliva nesse período é diminuta. o hérnia hiatal contribui para o funcionamento inadequado da barreira anti-refluxo dissociação entre esfíncter externo e interno o Alteração na resistência intrínseca do epitélio pré-epitelial: muco, bicarbonato que é pouco desenvolvida no esôfago epitelial: junções intercelulares que antes eram firmes, deixam de ser. pós-epitelial: aumento da permeabilidade celular o Esvaziamento gástrico retardado o Aumento da pressão intra-abdominal 3- OBSERVAÇÕES CLÍNICAS Quando o conteúdo que chega ao esôfago é proveniente do duodeno e estomago (refluxo duodenogastroesofágico), o conteúdo biliar também vem junto. Com isso, a lesão ao epitélio esofagiano é ainda maior do que o conteúdo somente gástrico quanto MAIS grave a DRGE, menor a sintomatologia o o limiar desse paciente à sensibilização pelo refluxo é aumentada quanto MENOS grave a DRGE, maior a sintomatologia 4- CLASSIFICAÇÃO DRGE EROSIVA o espaço intercelular dilatado o limiar da dor é menor o entra ácido pelos espaços intercelulares o sensibiliza noci e quimiorreceptores o potencializa sensação de pirose DRGE NÃO EROSIVA o epitélio é lesionado e responde aumentando tecido fibrótico o espaços intercelulares ocupados por tecido fibrótico o maior limiar da dor o menos sensibilidade ao ácido 5- SINTOMATOLOGIA Sintomas típicos o Pirose o queimação retroesternal ascendente em direção ao pescoço o regurgitação o OBS: alívio dos sintomas pós medicação alívio dos sintomas em posição de supino ou DLD Sintomas atípicos o dor torácica inervação do esôfago e miocárdio é a mesma. Sintomas extraesofagianos o Tosse e broncoespasmo contato do conteúdo do refluxo com as vias aéreas A acidificação do esôfago estimula a tosse via reflexo vagal o Rouquidão contato com conteúdo do refluxo o Erosões dentárias Sintomas de alarme (sugerem complicações) o odinofagia o disfagia o sangramento o anemia o emagrecimento o 6- APRESENTAÇÃO CLÍNICA Diversidade de apresentações devido à dependência da resposta imunológica e das características individuais dos pacientes Endoscopia digestiva alta (EDA) o 60% tem EDA sem anormalidades o o que vale mais é a sintomatologia DRGE não erosiva diferente de Pirose funcional o DRGE não erosiva: responde à IBP o Pirose funcional: não responde à IBP Esofagite erosiva o alterações fisiopatológicas claras: erosão Estenose péptica o DRGE é a causa de 70% das estenoses o identificada com EDA o sintoma principal: disfagia Esôfago de Barret o substituição de epitélio colunar associado à metaplasia intestinal no lugar do epitélio escamoso do esôfago distal o Epidemiologia: homens, brancos, sexta década de vida o EB contribui para formas graves de DRGE o Função motora comprometida o pouca peristalse o sintomas: pirose regurgitação disfagia o Diagnóstico metaplasia intestinal >3cm: segmento longo de esôfago de barrett metaplasia intestinal <3cm: segmento curto de esôfago de barrett tecido cárdico com metaplasia intestinal 7- PROPEDÊUTICA Exame clínico PHmetria esofágica prolongada o monitorização do PH do esôfago EDA o consegue identificar casos de DRGE e afastar demais patologias Cintigrafia e esofagograma com bário Manometria esofágica Testes provocativos 9-TRATAMENTO Não medicamentoso (mudança de hábitos) o refeições pouco volumosas o evitar fatores desencadeantes o evitar uso de bebida alcoólica o diminuir ingesta de gorduras o reduzir obesidade (diminui a pressão intra-abdominal) o elevação da cabeceira Medicamentoso o IBP alivia sintomas e terapia de manutenção casos não refratários 1x ao dia. Casos refratários 2x ao dia Omeprazol 20mg Izoprazol 30mg Pantoprazol 40mg Rabeprazol 40mg Esomeprazol 40mg Consequências: Hipergastrinemia Progressão da gastrite interferência na absorção de nutrientes, principalmente B12m, que deve ser acompanhada periodicamente o ANTAGONISTAS H² inibição completa da secreção cimetidina ranitinina famotidina nizatidina o PROCINÉTICOS aumentam o peristaltismo metoclopramida domperidona TRATAMENTO CIRÚRGICO o Cirurgia de Nissen ????? o indicação cirúrgica só quando tem complicação o não existe consenso TRATAMENTO ENDOSCÓPICO o Implantação de dilatadores para estenose esofágica
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