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Analise do filme escritores da liberdade

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Universidade do Vale do Itajaí
Centro de Ciências da Saúde
Curso de Psicologia – 4 período 
Disciplina: Psicologia do Desenvolvimento II
Prof: Cláudia Schead Schiessl
Acadêmica: Amanda da Silva Gomes
Análise de Filme: Escritores da Liberdade – M3
1)
O ensino e aprendizagem pode ser prejudicado pelo despreparo dos professores em relação aos seus alunos, isso pode ser visto no desordem, incapacidade e incompetência dos coordenadores e chefes da escola do filme assistido, vemos como os próprios professores e coordenadores não acreditam no potencial dos jovens da escola. Os alunos alimentam esse sentimento chegando a se autodenominar a “a classe dos burros”. O filme todo o grupo superior que coordena a escola desacredita na professora Erin e chega a excluir os alunos de ter acesso aos livros da biblioteca. 
O sistema educativo brasileiro em geral segue pautas rígidas e não assume riscos, é medíocre deixando alunos sem direito a ter superação. São difíceis de encontrar professores dispostos a mudar esse conceito. O sistema educativo segue um padrão e tenta atender as necessidades de outro tempo onde as sociedades respondiam a parâmetros que, atualmente, não existem. É importante adaptar-se as situações e a sociedade atual para reagir mediante e poder conduzir a aula da maneira mais apropriada. Vemos no início do filme como os alunos estavam acostumados a um modelo de condutivismo, acostumados a ver o professor como um ente superior, que retém todo o conhecimento e eles, os alunos, estão ali apenas para memorizar o que o professor está repassando. Os professores não se questionam sobre o dia a dia dos seus alunos, mal sabem seus nomes e não se tomam alguns minutos para relaxar e perguntar como está sendo o dia. 
	Por outro lado, fora da área escolar vemos o núcleo desfavorecido familiar de cada jovem, temos a ausência de um ou dois pais, a falta de sentimentos recíprocos entre filhos e pais, ausência de educação dentro de casa. Se tornam vulneráveis, em busca do que não encontraram em casa na rua. Saem de casa frustrados pela falta de atenção, de amor e cuidados. Refletem, na maioria, essa frustração em violência na sociedade e, principalmente, na escola. Na escola esse comportamento é apenas reprimido porem não é tratado nem atendido pois a maioria das escolas brasileiras públicas e a escola do filme não possuem um profissional adequado para lidar com esses comportamentos violentos. O psicólogo seria o profissional adequado para estar inserido em uma escola parecida com a do filme e as escolas brasileiras, ele tem total capacidade de lidar com os comportamentos desses jovens, guia-los em um caminho para a saúde mental proporcionando a eles atividades que os integrem como adolescentes jovens, como pessoas e como cidadãos em uma sociedade. É necessário que os jovens aprendam e se sintam parte da sociedade e façam realmente parte de um grupo para poder se desenvolver como seres humanos saudáveis. 
2) 
No início do filme vemos como a escola era segregada, dividida por raças, gêneros e finalmente por qualquer outra característica marcante. Os alunos eram agressivos, entre eles e, principalmente, com aqueles que estavam fora do seu grupo. A professora Erin entrou destruindo os paradigmas de segregação, deu-lhes exemplos do que isso tinha feito no passado como o nazismo de Hitler que os chocou, usou outra técnica de colocá-los um frente a outro diante de suas semelhanças para desenvolver a empatia um com o outro. Mostrou a sala que eles eram mais parecidos do que eles imaginavam, fez eles se sentirem menos sozinhos com suas vivências e principalmente mostrou a eles que todo ser humano importa e todo ser humano tem uma história pessoal que vale a pena ser compartilhada. 
3)
	Busca de si e da identidade segundo Knobel é uma das fases da adolescência. Segundo Mauricio Knobel: “na proporção em que o adolescente vai aceitando simultaneamente os seus aspectos de criança e adulto, começa a surgir a nova identidade”. A identidade seria a “consciência que o indivíduo tem de si como um ser no mundo”. Ao falar de jovens em situação de vulnerabilidade a busca de si e da identidade é ainda mais crítica, os adolescentes acabam vivendo em situações de risco rodeados de violência e desrespeito, vivem sem nenhuma segurança nem condições de vida dignas, na maioria. Eles acabam buscando o conforto grupal nas ruas, a identificação surge com o grupo mais próximo que no caso de um jovem vulnerável não é o melhor grupo. Logo surge a tendência grupal que segundo M.Knobel “a busca de uniformidade é um comportamento defensivo que proporciona segurança e estima pessoal”. Os adolescentes por natureza andam em grupos, por mais que tenham tido uma infância dita perfeita com todos os estímulos positivos existentes, um adolescente em uma situação de risco vulnerável se apega ainda mais aos grupos porque, a maioria, não possuiu um suporte familiar na infância e ao estar em grupo sente estar em segurança e afirmam sua importância na sociedade e sentem que destacam, às vezes, não pelo melhor motivo.
	4)
	O filme retrata uma realidade vivida no Brasil, principalmente, nas escolas da rede pública. A carreira profissional da pedagogia não é alentada no pais, menos no nível escolar, os professores são menosprezados, mal remunerados e poucas cidades brasileiras dão a oportunidade de conseguir uma bolsa para avançar na sua carreira. Mesmo assim, a professora Erin, chega a escola com um sonho e entusiasmada de ensinar a um grupo de jovens. Logo, seu sonho é barrado principalmente pela rede escolar, pela diretora e demais professores. Como um profissional pode avançar na sua profissão como docente se não recebe o apoio do seu próprio centro acadêmico? É claro que no caso do filme, a professora Erin, sai vitoriosa e consegue se desdobrar usando seu próprio dinheiro para comprar recursos para a sala de aula e para levar os alunos para vivenciar situações como o museu do holocausto que os ensinou o que a segregação, o racismo e o ódio fizeram com a humanidade e o que continua causando até os dias de hoje. Essas experiências não deveriam sair do bolso da Erin mas da rede de educação que ela trabalha. Não longe da realidade brasileira vemos em escolas públicas os pais e professores na mesma situação, tirando do seu bolso o que o governo deve garantir para um ambiente digno de aprendizagem. 
	As escolas deveriam possuir profissionais com uma formação qualificada e possuir o apoio do governo para trabalhar com jovens, passar por diversas vistorias anuais de algum órgão público para revisar a situação da escola e dos alunos. Dois psicólogos deveriam estar disponíveis para alunos e professores para evitar confusões como são vistas no filme a violência, segregação, falta de apoio, problemas entre professores e alunos. Possuindo esta rede acadêmica de profissionais eficientes e qualificados seria possível um ambiente pacifico dentro da sala de aula, com os recursos específicos e necessários para o desenvolvimento intelectual e pessoal de cada jovem que passe pela escola.

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