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RESUMÃO DIREITO EMPRESARIAL

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RESUMÃO DIREITO EMPRESARIAL: 
Empresário individual: 
Tanto o comerciante individual como a sociedade comercial, para que possam ser reputados comerciantes, necessitam praticar profissionalmente atos de intermediação, com intuito de lucro. ARTIGO 966, CC. O comerciante individual, porém, tem necessidade de possuir outro requisito, sem o qual a prática do comércio, por ele exercida, é irregular, é a CAPACIDADE.
A teor do artigo 972 do CC, a atividade de empresário, antigo comerciante, diz respeito a todos aqueles que estiverem em pleno gozo da capacidade civil e não forem legalmente impedidos.
Nestas condições, para que uma pessoa possa ter a situação de empresária é fundamental que: 
O primeiro desses itens, determinando que para o individuo exercer o comércio deve estar na livre disposição de sua pessoa e bens, significa que deve ser ele CAPAZ. E essa capacidade, nos termos do item b, deve ser regulada pela lei brasileira, fato que deve ser lembrado porque a capacidade, em regra geral, é regulada pela lei da pessoa.
A capacidade é regulada pela lei civil e não pela comercial. Esta apenas fez restrições àquela, quando declara que não poderão comerciar as pessoas, mesmo capazes, que forem proibidas pelo Código Comercial.
A incapacidade pode ser absoluta (artigo 3º) ou relativa (artigo 4º). A incapacidade absoluta torna a pessoa privada do exercício pessoal de atos válidos na vida civil, sendo desse modo, considerados nulos os atos por ela praticados. A incapacidade relativa se refere apenas ao impedimento da prática de certos atos, que serão anuláveis se tal acontecer. Enquanto que os absolutamente incapazes são representados por outras pessoas, que praticarão os atos por eles, os relativamente incapazes são assistidos na prática dos seus atos por um curador especial.
Deve-se, contudo, destacar que os surdos-mudos só serão considerados absolutamente incapazes (art. 3º, III)quando não puderem exprimir a sua vontade. 
A atual legislação estabelece parâmetro entre 18 e 16 anos de idade referentes à capacidade e o grau de incapacidade. No entanto, cessa a menoridade pelo aspecto da emancipação, mediante escrito público.
Conforme dita o legislador, a menoridade cessa aos 18 anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil. ( pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria).
Afora os incapazes, que não poderão exercer o comércio, a lei determina que várias pessoas não podem, em virtude de função exercida ou por outro motivo ponderável, praticar, igualmente, atividades comerciais.
No âmbito da legislação comercial, o Código Comercial previa a proibição de exercício do comércio aos falidos, enquanto não fossem legalmente reabilitados (artigo 2º, nº4). A lei nº 8.212, estatui que os funcionários públicos não poderão exercer o comércio, a não ser como acionistas, comanditários ou quotistas e se, nessas sociedades, não exercerem cargos de administração, direção ou gerencia. 
MICRO E PEQUENAS EMPRESAS: concebeu o legislador dicotomia que diferencia a atividade de microempresas daquelas de pequeno porte, por intermédio de critérios objetivos, alinhando-se à premissa do estatuto, buscando conceitos diretos relativamente ao faturamento, número de empregados e também as regiões geográficas do território nacional.
Ao se elaborar o Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de pequeno porte, com substanciais alterações emergentes, coube o legislador respeitar preceitos e conceitos estratificados no CC, referindo-se ao art. 966, tratando de observar a necessidade do registro de empresa, na Junta Comercial, ou registro civil de pessoas jurídicas.
Efetivamente, o artigo 966 do CC em vigor, ao traçar singularmente a atividade empresária, pede espaço para sua análise concreta e observação prática, quando considera empresário aquele que exerce atividade profissional, de conteúdo econômico, organizada, visando à produção ou à circulação de bens ou de serviços.
Ao se considerar microempresa, referiu-se o legislador à figura do empresário, pessoa jurídica, ou correspondente, auferindo no calendário- ano receita bruta igual ou inferior a R$ 360.000,00. No tocante às empresas de Pequeno Porte, o empresário, considerando a pessoa jurídica, ou que se equipare, assim se definirá pelo ganho em cada ano-calendário, de receita bruta superior a R$ 240.000,00 e igual ou inferior a R$ 2.400.000,00, mostrando-se bastante perceptível as receitas operacionais e também trazer à baila o perfil da atividade negocial.
Firma e Denominação: todos os comerciantes, sejam pessoas físicas ou jurídicas, necessitam de um nome para exercer as suas atividades profissionais: esse nome tem a designação de nome comercial.
Divide-se o nome comercial em duas espécies diferentes: firma ou razão comercial e denominação. A firma é o nome comercial formado do nome patronímico ou de parte desse nome de um comerciante ou de um ou mais sócios de sociedade comercial, acrescidos ou não, quando se trata de sociedade, das palavras e companhia. O comerciante individual, por realizar o comércio sozinho, naturalmente terá uma firma composta de seu nome patronímico, usado por extenso ou abreviadamente. Os comerciantes individuais não podem usar um nome fantasia como nome comercial, apenas lhes sendo permitido juntar ao seu nome patronímico uma palavra capaz de melhor identifica-los. Terão, assim, que empregar uma firma ou razão comercial, pois o comércio que praticam é feito de maneira individual, não possuindo eles pessoas associadas ao mesmo negócio.
As sociedades empresárias poderão usar firma ou denominação, segundo o tipo de sociedade. Em geral, as sociedades que possuem sócios de responsabilidade ilimitada, de forma subsidiária, pelas obrigações sociais, usarão uma firma ou razão social, porque a firma tem a especialidade de demonstrar aos terceiros que as pessoas que nela figuram possuem, na sociedade, essa responsabilidade ilimitada.
De qualquer modo, o sócio cujo nome figurar na firma terá sempre responsabilidade ilimitada, donde saber-se que na sociedade que usa a firma Marques & Cia, o sócio Marques responde, com seu patrimônio particular pelas obrigações sociais, se o patrimônio da sociedade for insuficiente para solver os compromissos assumidos. Podem igualmente numa mesma sociedade um ou alguns sócios assumir responsabilidade ilimitada e outro ou outros assumir responsabilidade limitada. Nesse caso, só os sócios que possuem responsabilidade ilimitada, pela regra geral, figuram na firma.
Por último, há sociedades em que todos os sócios limitam a sua responsabilidade pelas obrigações sociais, ou apenas às importâncias com que entrarem para as mesmas sociedades ou a uma importância maior, sempre certa, no caso, a do capital social. Nesses casos, não havendo sócios de responsabilidade ilimitada, não poderão essas sociedades usar firma ou razão social. Em seu lugar usarão de um nome fantasia ou tirado do seu objeto social, nome que tem a designação especifica de denominação.
Não se utiliza, apenas, o nome comercial para distinguir a responsabilidade do comerciante ou dos sócios que fazem parte das sociedades comerciais. Também tem a ele a finalidade de ser o nome com o qual o comerciante ou sociedade se assina comercialmente, assumindo obrigações e exercendo direitos. Do mesmo modo, nas sociedades que usam denominação, as obrigações serão assumidas debaixo dessa denominação, não sendo facultado aos sócios ou administradores usar expressão diversa de denominação. O comerciante se obrigará com firma que usar, seja seu nome patronímico completo, seja abreviado.
A lei protege o uso exclusivo do nome comercial. Como elemento patrimonial, competente do fundo de comércio. Nesse caso, o emprego do nome comercial competia com exclusividade, em todo território nacional, ao titular que o registrasse, cabendo aos que posteriormente desejassem registrar nome idêntico acrescer-lhe um termodiferenciador.
A firma poderá ser modificada se, por acaso, se verificar fato que justifique essa modificação. Assim, se a sociedade se alterar, pela retirada ou morte de algum dos sócios, figurando na firma o nome do sócio que se retirou ou faleceu, a firma deverá ser alterada, pedindo-se a modificação à Junta Comercial, que anotará no registro competente. Se o nome de uma pessoa que não for sócia figurar na firma social essa pessoa ficará responsável pelas obrigações da sociedade, ainda que não tenha interesse nos lucros da mesma. Assim, se um sócio se retirar de uma sociedade e o seu nome, contudo, perdurar na firma, continuará a responder pelas obrigações assumidas até o momento em que se verificar a modificação.
A firma, com o nome com o qual o comerciante ou a sociedade exerce o comércio e se assina nos atos a ele referentes, não pode ser cedida. No entanto, havendo a cessão do estabelecimento comercial a que ela está ligada, a firma pode acompanha-lo, se assim concordar o seu titular. Nesse caso, porém, o novo adquirente terá que usá-la com a declaração “sucessor de...”, antecedendo-se com a sua própria firma.
Se a aquisição se faz mortis causa, poderá, igualmente, a firma continuar a ser usada, mantendo, contudo, a declaração de sucessão, para conhecimento de terceiros.
Contabilidade: 
A primeira obrigação inerente ao exercício da atividade comercial diz respeito à ordem uniforme de contabilidade e escrituração. Por contabilidade deve-se entender a ciência que tem por finalidade a orientação e o controle dos atos e feitos de uma administração econômica. A escrituração é a redução a escritos das operações contábeis, ou seja, a fixação, nos livros apropriados, das operações efetuadas pelo comerciante.
A escrituração deve ser “completa, em idioma e moeda corrente nacionais, em forma mercantil, com individuação e clareza, por ordem cronológica de dia, mês e ano, sem intervalos em branco, nem entrelinhas, borraduras, rasuras, emendas e transportes para as margens”.
O uso do livro diário é obrigatório e nele serão lançados, dia a dia, diretamente ou por reprodução, os atos ou as operações das atividades mercantis, ou que modifiquem ou possam vir a modificar a situação resumida do diário, por totais que não excedem o período de um mês, em relação a contas cujas operações sejam numerosas ou realizadas fora do estabelecimento. Entretanto, em tais casos, devem ser empregados livros auxiliares em que serão registradas individualmente referidas operações e conservados os documentos que permitam a sua perfeita verificação.
Se o comerciante usar escrita mecanizada poderá substituir os livros de escrituração ou facultativos “por fichas seguidamente numeradas, mecânica ou tipograficamente”, sendo que “ as fichas que substituírem os livros, para o caso de escrituração mecanizada, poderão ser continuas, em forma de sanfona, em blocos, com subdivisões numeradas mecânicas ou tipograficamente por dobras, sendo vedado o destaque ou ruptura das mesmas”.
ESTABELECIMENTO COMERCIAL:
Estabelecimento empresarial é o conjunto de bens que o empresário reúne para exploração de sua atividade econômica. Compreende os bens indispensáveis ou úteis ao desenvolvimento da empresa, como as mercadorias em estoque, máquinas, veículos, marca e outros sinais distintivos, tecnologia etc. Trata-se de elemento indissociável à empresa.
Não é correto tomar por sinônimos estabelecimento empresarial e fundo de empresa. Este é um atributo daquele; não são, portanto, a mesma coisa. Precise-se: o estabelecimento empresarial é conjunto de bens que o empresário reúne para explorar uma atividade econômica, e o fundo de empresa é o valor agregado ao referido conjunto, em razão da mesma atividade.
O estabelecimento não é sujeito de direito, o estabelecimento empresarial é um bem, o estabelecimento empresarial integra o patrimônio da sociedade empresarial. O ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL NÃO PODE SER CONFUNDIDO COM A SOCIEDADE EMPRESÁRIA (SUJEITO DE DIREITO), NEM COM A EMPRESA (ATIVIDADE ECONOMICA).
Sujeito de direito é a sociedade empresária, que, reunindo os bens necessários ou úteis ao desenvolvimento da empresa, organiza um complexo com características dinâmicas próprias. A ela, e não ao estabelecimento empresarial, imputam-se as obrigações e asseguram-se os direitos relacionados com a empresa.
O estabelecimento empresarial é composto por elementos materiais e imateriais. No primeiro grupo, encontram-se as mercadorias do estoque, os mobiliários, utensílios, veículos, maquinaria e todos os demais bens corpóreos que o empresário utiliza na exploração de sua atividade econômica. Os elementos imateriais do estabelecimento empresarial são, principalmente, os bens industriais( patente, marca registrada, nome empresarial e titulo de estabelecimento) e o ponto (local em que se explora a atividade econômica). Abrange esse grupo institutos jurídicos tradicionalmente estudados pelo direito comercial.
O aviamento é um atributo da empresa, e não um bem de propriedade do empresário. O aviamento é, a rigor, sinônimo de fundo de empresa, ou seja, designam ambas expressões o sobrevalor, agregado aos bens do estabelecimento empresarial em razão da sua racional organização pelo empresário. Capacidade do estabelecimento de produzir lucro.
Clientela é o conjunto de pessoas que habitualmente consomem os produtos ou serviços fornecidos por um empresário. 
O ponto é o local em que o empresário se estabelece. É um dos fatores decisivos para o sucesso de seu empreendimento. Se ele considera mais útil ao seu negócio permanecer no local em que se encontra estabelecido, este seu interesse é legitimo e goza de tutela jurídica. Proponho denominar-se direito de inerência ao ponto o interesse, juridicamente protegido, do empresário relativo à permanência de sua atividade no local onde se encontra estabelecido.
Quando o empresário é proprietário do imóvel em que se estabeleceu, o seu direito de inerência ao ponto é assegurado pelo direito de propriedade de que é titular. Quando ele não o é, decorre de uma disciplina especifica de certos contratos de locação não residencial.
Se o locatário, na locação não residencial, é titular de direito de inerência ao ponto, e pode pleitear judicialmente a renovação compulsória do contrato, então a locação é empresarial. É necessário atender os seguintes requisitos: contrato escrito com prazo DETERMINADO, mínimo 5 anos de relação locatícia, exploração da mesma atividade econômica por pelo menos 3 anos ininterruptos.
O direito de inerência ao ponto é exercido por meio de uma ação judicial própria denominada renovatória. Esta ação deve ser proposta pelo locatário no prazo de decadência assinalado pela lei, isto é, entre 1 ano e 6 meses antes do término do prazo do contrato renovar.
Na locação empresarial, o direito do locatário de inerência ao ponto tem seu fundamento na lei ordinária. De outro lado, o direito de propriedade do locador é constitucionalmente garantido. Por essa razão, a tutela do interesse na renovação do contrato de locação, que aproveita ao locatário, não pode importar o esvaziamento do direito real de propriedade titularizado pelo locador.
As situações previstas para a retomada do ponto são: realização de obras no imóvel, que importarem sua radical transformação, por exigência do Poder Público, reformas no imóvel, que o valorizem, pretendidas pelo locador, insuficiência da proposta apresentada pelo locatário, na ação renovatória, proposta melhor de terceiros, transferência de estabelecimento existente há mais de um ano, pertencente ao cônjuge, ascendente ou descendente do locador, uso próprio.
O legislador assegurou ao proprietário a exceção, mas pretendeu limitá-la, ao vedar a exploração no prédio de atividade econômica de idêntico ramo ao do locatário.
Não é qualquer hipótese de desacolhimento da ação renovatória que dá ensejo à indenização em favor do locatário. Apenas se a improcedência decorre do atendimento à exceção de retomada apresentada pelo locador, terá o empresário o ressarcimento pelaperda do ponto.
As duas outras hipóteses de mérito de contestação (desatendimento dos requisitos da locação empresarial ou perda do prazo para a propositura da ação), se acolhidas, não importam o dever de indenizar. Também não conduz ao ressarcimento o insucesso da ação renovatória, em razão de matéria preliminar. Os pressupostos para o empresário ter direito à indenização pela perda do ponto são três: caracterização da locação como empresarial, como atendimento aos requisitos formal, material e temporal, ajuizamento da ação renovatória dentro do prazo, acolhimento de exceção de retomada.
Presentes pois, estes pressupostos caberá a indenização pela perda do ponto nas seguintes hipóteses: se a exceção de retomada foi a existência de proposta melhor de terceiro, se o locador demorou mais de 3 meses contados da entrega do imóvel, para dar-lhe o destino alegado na exceção de retomada, exploração no imóvel, da mesma atividade do locatário, insinceridade da exceção de retomada.
Trespasse: 
NO TRESPASSE o estabelecimento empresarial deixa de integrar o patrimônio de um empresário e passa para o de outro.
O OBJETO DA VENDA é o conjunto de bens corpóreos e incorpóreos envolvidos com a exploração de uma atividade empresarial.
JÁ NA CESSÃO DE QUOTAS SOCIAIS DE SOCIEDADE LIMITADA OU NA ALIENAÇÃO DE CONTROLE DE SOCIEDADE ANÔNIMA, o estabelecimento empresarial não muda de lugar, ou seja, tanto antes quanto depois da transação ele continua a pertencer ao patrimônio da sociedade empresária.
O OBJETO DA VENDA foi participação societária.
EXEMPLO: Tibúrcio e Anaclésia pretendem se tornar titulares da empresa hoje explorada pela sociedade “tudo de bom ltda.”, cujos sócios são Tício e Anabella.
DOIS são os caminhos que poderão ser trilhados:
O PRIMEIRO é a constituição de uma sociedade entre eles (“tudo mais ou menos ltda.”), que adquire o estabelecimento empresarial da “tudo de bom ltda.”. Nesta hipótese, compra e venda de estabelecimento, temos o trespasse.
PELO SEGUNDO CAMINHO, Tibúrcio adquire as quotas de Tício e Anaclésia as de Anabella. Neste caso não temos o trespasse, pois o que se negociou não foi o estabelecimento, que permanece no patrimônio de “tudo de bom ltda.”, mas sim, as quotas representativas do capital da sociedade empresária.
O contrato de alienação de estabelecimento deve ser levado a registro na junta e publicado na imprensa oficial.
SUCESSÃO:
O adquirente do estabelecimento empresarial responde por todas as obrigações relacionadas ao negócio explorado naquele local, desde que regularmente contabilizadas. As obrigações do alienante, no cumprimento destas obrigações, cessam em 1 ano.
O alienante que não possuir bens suficientes para quitar o passivo deverá conseguir anuência de todos os credores para prosseguir com a alienação.
Assim, deverá notificá-los judicialmente ou extrajudicialmente. Se a formalidade não for cumprida, a consequência será prejudicial ao adquirente, pois poderá perder o estabelecimento em favor da coletividade de credores. Para evitar esta situação, o adquirente costuma contratar com o alienante a assunção de todas as obrigações.
DÍVIDAS TRABALHISTAS = O ADQUIRENTE SERÁ SEMPRE O SUCESSOR
Importa fazer a seguinte distinção quanto aos débitos fiscais;
Se o alienante deixa de explorar qualquer atividade econômica, ou se continua a exploração de alguma atividade nos seis meses seguintes à alienação. No primeiro caso, a responsabilidade do adquirente é direta e pode o Fisco dele cobrar todas as dívidas do alienante. No segundo, o adquirente responde de forma subsidiária, apenas no caso de falência ou insolvência do alienante.
CARACTERIZAÇÃO: A sucessão tributária somente se caracteriza se o adquirente continuar explorando, no local, idêntica atividade econômica do alienante.
CLÁUSULA DE NÃO RESTABELECIMENTO:
O alienante de estabelecimento empresarial que se restabelece em concorrência com o adquirente, em geral acaba atraindo para o novo local de seus negócios a clientela que formou no antigo. Este fato importa prejuízo ao adquirente, pois, ainda que exposto a concorrência, pagou ao alienante um determinado valor em razão do fundo de comércio do estabelecimento transacionado. Assim, em regra, nos contratos de trespasse, vem expressa a regra de não restabelecimento. 
OBJETIVO: Impedir o enriquecimento indevido do alienante, por meio do desvio eficaz de clientela. 
PRAZO – 5 anos, salvo disposição em contrário.
Propriedade Industrial: 
Momento de extrema importância, para evolução do direito industrial, foi a criação, em 1883, da União de Paris, convenção internacional da qual o Brasil é participante desde o inicio, e cujo o objetivo principal é a declaração dos princípios da propriedade industrial. 
São bens integrantes da propriedade industrial: a invenção, o modelo de utilidade, o desenho industrial e a marca. O direito de exploração com exclusividade dos dois primeiros se materializa no ato de concessão da respectiva patente; em relação aos dois últimos, concede-se o registro. A concessão da patente ou do registro compete a uma autarquia federal denominada INPI.
Dos quatros bens industriais, a invenção é a única não definida pela lei. Esta ausência de definição corresponde pela extrema dificuldade de se conceituar o instituto. Em razão da dificuldade em se definir invenção, o legislador prefere valer de um critério de exclusão, apresentando uma lista de manifestações do intelecto humano que não se consideram abrangidas no conceito. Neste sentido, não são invenção: as descobertas e teorias científicas, métodos matemáticos, concepções puramente abstratas, esquemas, planos, princípios ou métodos comerciais, obras literárias, seres vivos naturais, métodos operatórios....
O modelo de utilidade é, por sua vez, uma espécie de aperfeiçoamento da invenção. Lei define o modelo de utilidade como objeto de uso prático, ou parte deste, suscetível de aplicação industrial, que apresente nova forma ou disposição, envolvendo ato inventivo, que resulte em melhoria funcional no seu uso ou em sua fabricação.
Para se caracterizar como modelo de utilidade, o aperfeiçoamento deve revelar a atividade inventiva do seu criador. Deve representar avanço tecnológico, que os técnicos da área reputem engenhoso.
O desenho industrial é a alteração da forma dos objetos. Está definido, na lei, como a forma plástica ornamental de um objeto ou um conjunto ornamental de linhas e cores que possa ser aplicado a um produto, proporcionando resultado visual novo e original na sua configuração externa e que possa servir de tipo de fabricação industrial. A sua característica de fundo é futilidade.
A marca, definida como o sinal distintivo, suscetível de percepção visual, que identifica, direta ou indiretamente, produtos e serviços. A doutrina clássica costuma classifica-las em nominativas, figurativas ou mistas.
A publicação da invenção é condição para a concessão da patente. Por esta razão, muitos empresários preferem manter em segredo suas invenções a pedir proteção legal.
Os bens industriais patenteáveis são a invenção e o modelo de utilidade. Não basta, contudo que o inventor ou criador do modelo tenha conseguido, em suas pesquisas cientificas ou tecnológicas, um resultado original, para que tenha direito à patente. A lei estabelece diversas condições, são as seguintes: NOVIDADE, ATIVIDADE INVENTIVA, INDUSTRIABLIDADE, DESIMPEDIMENTO.
Novidade é quando a invenção não é conhecida pelos cientistas ou pesquisadores especializados. Se os experts não são capazes, pelos conhecimentos que possuem de descrever o objeto, será considerado o invento. Não pode estar contido no estado de técnica. Para que a divulgação não seja considerada integrante do estado de técnica, ela também deve ter-se verificado no período de 12 meses anteriores ao depósito do pedido, é o chamada período de graça.
O segundo requisito para a concessão de patente é a atividade inventiva. Além de não compreendida no estado da técnica, não pode derivar de forma simples dosconhecimentos nele reunidos. É necessário que a invenção resulte de um verdadeiro engenho, de um ato de criação intelectual especialmente arguto.
Ao eleger industriabilidade como condição de patenteabilidade, é afastar a concessão de patentes a invenções que ainda não podem ser fabricadas, em razão de estágio evolutivo do estado da técnica, ou que são pode ser fabricada. 
O derradeiro requisito da patenteabilidade é o desimpedimento. Invenções há que, embora novas, incentivas e industrializáveis, não podem receber a proteção da patente, por razões de ordem publica. Contrárias a ordem moral, aos bons costumes, substancias, matérias que envolvam núcleo atômico, seres vivos ou parte deles.
Os registros concedidos pelo INPI referem-se a dois diferentes bens industriais: o desenho industrial e as marcas. 
Um desenho industrial é novo quando não compreendido no estado de técnica. Os designers, evidentemente, conhecem os principais trabalhos realizados no campo do desenho industrial, bem como estão atentos às inovações apresentadas por seus colegas; dedicam-se, inclusive, a estudar peças clássicas, de modo a aprenderem com as soluções encontradas por seus autores.
A originalidade, por sua vez, é a apresentação de uma configuração visual distintiva, em relação aos objetos anteriores. Algumas alterações no desenho registrado por outra pessoa podem significar novidade; mas se não trouxerem para o objeto uma característica peculiar, que o faça perfeitamente distinguível dos seus pares, o registro não poderá ser concebido, em razão da falta de originalidade.
A lei estabelece três impedimentos à concessão do registro de desenho industrial. Não pode ser registrado o desenho que tem a natureza puramente artística, ofende a moral e os bons costumes, apresenta forma necessária, comum, vulgar.
O registro de marca está sujeito a três condições: novidade relativa, não colidência com notoriamente conhecida, desimpedimento. A primeira é exigida para que a marca cumpra a sua finalidade, de se identificar, direta ou indiretamente, produtos e serviços, destacando-se dos seus concorrentes. A proteção da marca é restrita ao segmento dos produtos ou serviços a que pertence o objeto marcado. A única exceção à regra da especificidade diz respeito à marca de alto renome, cuja proteção é extensiva a todos os ramos de atividade. O terceiro requisito é o desimpedimento, o legislador estabelece condições especiais para alguns registros, como por exemplo os apelidos.
O pedido de patente será mantido em segredo, no INPI, pelo prazo de 18 meses, a contar o depósito. No vencimento do prazo, será feita a publicação, salvo no caso de patente de interesse da defesa nacional, que tramita totalmente em sigilo. O requerente pode, se for do seu interesse, solicitar a antecipação da publicação.
Extingue-se o direito industrial pelas seguintes razões: decurso no prazo de duração, caducidade, falta de pagamento da retribuição devida ao INPI, renuncia do titular, inexistência de representante legal no Brasil, se o titular é domiciliado no exterior.
A patente de invenção dura 20 anos, contados da data de depósito, ou 10 anos da concessão, o que ocorrer por último. Para as patentes de modela de utilidade o prazo é de 15 anos, a partir do deposito ou de 7, após a concessão. Os prazos NÃO SÃO PRORROGÁVEIS.
O registro de desenho industrial dura 10 anos, a contar do deposito, admitidas até 3 prorrogações sucessivas por um período de 5 anos cada. 
A Marca vigora por 10 anos contados da concessão, sendo prorrogáveis por igual período eternamente!
Tanto no caso do desenho industrial como no da marca, o pedido de prorrogação deve ser apresentado no último ano de vigência do registro. Perdido o prazo, a lei ainda dá ao titular mais uma chance, 180 dias para os desenho e mais 6 meses para as marcas, desde que pague a retribuição adicional.
A caducidade é fator extintivo decorrente do abuso ou desuso no exercício do direito industrial. No caso da patente se o titular não explorar a invenção ou o modelo, de modo a atender às demandas do mercado, mesmo tendo decorrido 3 anos da concessão, qualquer interessado poderá pleitear a herança compulsória. Decorridos 2 anos do licenciamento compulsório a caducidade poderá ser declarada pelo INPI, quebrando a patente.
Em relação a marca, a caducidade se caracteriza pela fluência do prazo de 5 anos sem exploração econômica no Brasil. O empresário titular do registro deve, no quinquênio subsequente à concessão, iniciar o uso da marca, se não cairá no desuso. 
Há três requisitos para o registro do desenho industrial: a novidade, a originalidade e o desimpedimento.
Um desenho industrial é novo quando não compreendido no estado de técnica
Livros empresariais:
Registrar na Junta, escriturar os livros, conservar boa guarda da escrituração. O empresário não é punido diretamente pela inexistência dos livros, se decretado falência ele é diretamente punido, por não possuir os livros regulares. 
Livros obrigatórios comuns são aqueles exigidos a todos os comerciantes, é o caso do Livro Diário, onde se encontra registrado dia a dia da empresa.
Se o microempresário se utilizar de duplicatas de vendas, as quais são facultativas, deverão valer-se dos livros Obrigatórios De Duplicatas. Os livros obrigatórios comuns são a todos, mas aos micros não são tão fortemente exigidos, mas os obrigatórios especiais são exigidos. 
Os livros podem ser apresentados em juízo. O principio do sigilo, é para garantir a privacidade. Em parte é para garantir o que interessa, garantir o principio. Total, juiz ou requerimento das partes, acesso a tudo, acesso ao livro. Sucessão comunhão, administração e falência. Falência o juiz pode determinar de oficio, sem requerimento das partes.
A falta de escrituração acaba em sanções civis e penais. Na órbita civil é a presunção dos fatos alegados a parte diversa. Qnd vc escritura seus livros regularmente apresentando-os já trás uma presunção de veracidade. Se não os tiver, terá que provar que o fato não foi feito. A parte contrária tem muito mais chance de presumir que está falando a verdade. Na órbita penal, sé o crime falimentar, o crime é quando se fale sem escrituração. A falta de escrituração impede que o empresário usufrua de um beneficio que poderia ter usufruído se estivesse com escrituração em dia. Exemplos: recuperação judicial e eficácia probatória.
Estabelecimento comercial são os bens corpóreos e incorpóreos (ponto de comércio, nome, patente). Fundos de comércio é o valor agregado ao conjunto todo do estabelecimento, exemplos: clientela, aviamento.

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