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6 - DIMENSIONAMENTO DE PAVIMENTO 132 Índice de Grupo IG Índice de Suporte ISIG 0 20 1 18 2 15 3 13 4 12 5 10 6 9 7 8 8 7 9 a 10 6 11 a 12 5 13 a 14 4 15 a 17 3 18 a 20 2 Tabela 1 - Valores de ISIG em função de IG DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES (DNIT) MÉTODO DE DIMENSIONAMENTO DE PAVIMENTO FLEXÍVEL Este método de dimensionamento foi proposto pelo Engenheiro Murillo Lopes de Souza, na década de 60, com base no ensaio C.B.R de O. J. Porter, no Índice de Grupo, de Steele e no que se refere ao tráfego, nos trabalhos do U.S. Corps of Engineers, apresentados por J. Turnbull, C. R. Foster e R. G. Alvhin. Os dados correspondentes aos coeficientes de equivalência estrutural são baseados nos resultados obtidos na pista experimental da AASHTO no final da década de 50. Na seqüência subleito, tráfego e materiais das camadas, o método pode assim ser apresentado. 1 – Subleito A idéia básica é adotar um Índice Suporte IS, calculado em função da média aritmética derivados de dois outros índices, o C.B.R e o IG. IS = 2 )( CBRIG ISIS Impõe-se a condição de que o Índice Suporte seja, no máximo, igual ao CBR: IS CBR = ISCBR Nos casos de anteprojetos, pode-se tomar IS = ISIG quando não se dispõe dos resultados de CBR dos materiais do subleito. 1.1 - Materiais do Subleito - Os 20 cm superiores do subleito compactados com 100% AASHTO intermediário. - Expansão, medida no ensaio de C.B.R, menor ou igual a 2%. - C.B.R. 2% - No caso da ocorrência de materiais com CBR ou IS inferior a 2, é sempre preferível a fazer a substituição, na espessura de, pelo menos, 1 m, por material com CBR ou IS superior a 2. 1.2 - Materiais para Reforço - C.B.R. maior do que o do subleito - Expansão 1% ISIG - Índice Suporte derivado do Indice de Grupo do solo ISCBR – Índice Suporte derivado do CBR Numericamente: ISCBR = CBR 6 - DIMENSIONAMENTO DE PAVIMENTO 133 1.3 – Materiais para Sub-base - C.B.R. 20% - I.G = 0 - Expansão 1% 1.4 – Materiais para Base - C.B.R 80% - Expansão 0,5% - Limite de Liquidez 25% - Índice de Plasticidade 6% - Equivalente de Areia 20% - A granulometria deverá obedecer as faixas (Parte I) mostradas na tabela 2 Caso o Limite de Liquidez seja superior a 25% e/ou o Índice de Plasticidade seja superior a 5, o material pode ser empregado em base, desde que o Equivalente de Areia seja superior a 30%. Pode ser tolerado o emprego, em base, de materiais com CBR 60% desde que haja carência de materiais e o período de projeto corresponda a um número de operações de eixo padrão igual ou inferior a 106 e atendam as faixas granulométricas especificadas E e F, da tabela 2. Os materiais para base granular devem se enquadrar numa das seguintes faixas granulométricas da parte I da tabela 2. A fração que passa na peneira no 200 deve ser inferior a 2/3 da fração que passa na peneira no 40. A fração graúda deve apresentar um desgaste Los Angeles igual ou inferior a 50. Pode ser aceito um valor de desgaste maior, desde que haja experiencia no uso do material. O CBR da camada superior terá sempre valor de CBR maior do que o da camada inferior. As misturas betuminosas devem ser dosadas, de preferencia, utilizando-se o ensaio Marshall. Tipos I II Peneiras A B C D E F 2” 100 100 - - - - 1” - 75-90 100 100 100 100 3/8” 30-65 40-75 50-85 60-100 - NO 4 25-55 30-60 35-65 50-85 55-100 70-100 NO 10 15-40 20-45 25-20 40-70 40-100 55-100 NO 40 8-20 15-30 15-30 25-45 20-50 30-70 NO 200 2-8 5-20 5-15 10-25 6-20 8-25 Tabela 2 - Faixas de granulometria especificadas (DNER) A massa especifica exigida para a compactação do solo no campo definirá o CBR de projeto. Os c.p. que apresentarem inchamento superior a 4% indicam que os solos correspondentes devem ser rejeitados para emprego como subleito, mesmo que os valores de CBR sejam aceitáveis. Supõe-se sempre, que há uma drenagem superficial adequada e que o lençol d’água subterrâneo foi rebaixado a, pelo menos, 1,50 m em relação ao greide de regularização. 6 - DIMENSIONAMENTO DE PAVIMENTO 134 Valores de CBR para alguns materiais Material CBR (%) Brita compactada 80 – 120 Macadame hidráulico 80 – 120 Solo cimento 40 – 60 Solo estabilizado 20 – 40 Areia (sem argila) 15 – 40 Argila arenosa 6 – 10 Silte argiloso plástico 3 - 5 As argilas de alta plasticidade (IP muito elevado) e que tem CBR < 3% não devem ser usadas como material de subleito porque conduzem a espessuras grandes do pavimento, além de serem expansivas, incham com o aumento da umidade, sendo muito elásticas. Os solos com altos teores de matéria orgânica (solos turfosos e brejosos) tem baixíssima capacidade de suporte com CBR = 0% e jamais devem ser usados como material de subleito. Nesses casos indica-se sua remoção e substituição por solos de melhor qualidade de suporte. A espessura mínima a adotar para compactação de camadas granulares é de 10 cm, a espessura total mínima para estas camadas, quando utilizadas, é de 15 cm e a espessura máxima para compactação é de 20 cm. 2. Tráfego - As Cargas Rodoviárias As rodovias são trafegadas por eixos de diversas configurações com cargas diversas. Convencionou-se internacionalmente um eixo de referência que pudesse traduzir a influencia deletéria dos eixos diversos sobre o pavimento. Foi escolhido o eixo simples padrão – ESP com roda dupla, com carga total de 8,2 tf (18.000 lb) e pressão de pneu de 5,6 kgf/cm2 (80 psi). 2.1 – Veículos Nas rodovias circulam veículos de passageiros (carros de passeio) e veículos comerciais (caminhões e ônibus). Do ponto de vista do projeto geométrico, leva-se em conta o tráfego total, mas do ponto de vista do dimensionamento do pavimento, o tráfego de veículos comerciais tem efeito preponderante no que diz respeito ao seu desgaste. As cargas dos veículos comerciais são transmitidas ao pavimento através de rodas pneumáticas simples ou duplas, integrantes de eixos equipados em geral com duas rodas, e que são classificadas em eixos simples e eixos tandem. A AASHTO, adota as seguintes definições: Eixos Simples ( roda simples ou roda dupla )- Um conjunto de duas ou mais rodas, cujos centros estão em um plano transversal vertical ou podem ser incluídos entre dois planos transversais verticais distantes de 1 m que se estendem por toda a largura do veículo. Eixo Tandem – Dois ou mais eixos consecutivos, cujos centros estão distantes de mais de 1 m e menos de 2,4 m e ligados a um dispositivo de suspensão que distribui a carga igualmente entre eixos. O conjunto de eixos constitui um eixo tandem. Carga por eixo simples - É a carga total transmitida ao pavimento por um eixo simples. Carga por eixo Tandem - É a carga total transmitida ao pavimento por um eixo Tandem. 6 - DIMENSIONAMENTO DE PAVIMENTO 135 Segundo o DNIT os veículos são classificados nas seguintes categorias: a) Automóveis; b) Ônibus; c) Caminhões leves, com dois eixos simples, de rodas simples; d) Caminhões médios, com dois eixos, sendo o traseiro de rodas duplas; e) Caminhões pesados, com dois eixos, sendo o traseiro “tandem”; f) Reboques e semi-reboques: as diferentes condições de veículos, em unidades multiplas. Como exemplo temos: 1) Caminhão e ônibus com dois eixos simples 2) Caminhão com dois eixos: Um eixo simples e um eixo tandem 3) Caminhão com 4 eixos: dois eixos simples e dois eixos tandem 2.2 – Legislação Atual sobre pesose dimensões A legislação atualmente em vigor sobre pesos e dimensões de caminhões e ônibus estabelece o seguinte: Peso bruto total (PBT) ou peso bruto total combinado (PBTC) O PBT ou PBTC máximo não pode ultrapassar a capacidade máxima de tração (CMT) estabelecida pelo fabricante ou 45 toneladas (considera-se o menor dos dois). Um critério usual utilizado pelos fabricantes para estabelecer a CMT é adotar a relação de 6 t/hp. Assim, um cavalo mecânico exige, no mínimo, 270 hp para tracionar 45 t. Dependendo do número e da configuração dos eixos o PBTC pode ser inferior a 45 t. Os veículos com PBTC superior a 45 t (treminhões e rodotrens) podem obter autorização especial para transitar desde que não ultrapassem os limites de peso por eixo ou o seu equivalente em termos de pressão transmitida ao pavimento e sejam compatíveis com as obras de arte rodoviárias do trecho a ser percorrido. 6 - DIMENSIONAMENTO DE PAVIMENTO 136 PESOS MÁXIMOS PERMITIDOS Por Eixo PBTC 6 - DIMENSIONAMENTO DE PAVIMENTO 137 Dimensões máximas dos veículos Os comprimentos máximos são de 13,20 m para um veículo simples, 18,15 m para um veículo articulado (cavalo + semi-reboque) e 19,80 m para veículos com reboques, Enquanto a largura não pode ultrapassar 2,60 m, a altura está limitada a 4,40 m. Veículos com dimensões superiores exigem autorização especial para trafegar (AET). O comprimento máximo dos rodotrens e treminhões está limitado pelas autoridades de trânsito a 30 m. A AET é obrigatória também para o trânsito de combinações com mais de duas unidades, incluindo a unidade tratora, e para veículos ou combinações com excesso de comprimento. Fonte: “Lei da Balança no Brasil” Estudos Técnicos do TRC - Assoc. Nacional do Transp. Rodoviário de Carga. 1996. SP. 6 - DIMENSIONAMENTO DE PAVIMENTO 138 2.2 - Determinação do Número N Quanto ao tráfego previsto, o pavimento é dimensionado em função do número equivalente de operações de eixo padrão durante o período de projeto escolhido, dado pela expressão N = VT . FV . FR , ou N = 365 . Vm . P . (FC) . (FE) . (FR) VT – Volume total de tráfego no período de projeto Vm - Volume diário médio de tráfego no sentido mais solicitado, no ano médio do período do projeto. P - Período de projeto ou vida útil, em anos FC – fator de carga FE - fator de Eixo FV = FC x FE - fator de veículo FR – fator climático regional 2.2.1 – Cálculo de Vm É necessário adotar uma taxa de crescimento de tráfego para o período de projeto. Essa taxa deve levar em conta: O tráfego atual: que utilizará o pavimento imediatamente após a construção, ou que já vinha utilizando a estrada. O tráfego desviado: que será atraído de outras estradas existentes. O tráfego gerado: que passa a existir devido as melhores condições oferecidas pela pavimentação. a) Crescimento Linear Admite-se uma taxa (t%) de crescimento linear anual, para o tráfego, obedecendo a uma progressão aritmética, tem-se: Vi = Vo [ 1 + ( i . t/100 )] Seja V1 , o tráfego mais solicitado, no primeiro ano do período de projeto, ou primeiro ano de operação do pavimento. Seja VP , o tráfego no mesmo sentido, no último ano de projeto. Chamando TDMo , o tráfego diário médio de tráfego atual – obtido no período de estudos e da construção . O tráfego inicial no sentido mais solicitado será: VO = TDMO . D/100 D – porcentagem de tráfego no sentido dominante. Quando o tráfego se distribui de maneira uniforme – em vias de duas faixas de tráfego e duas mãos de direção – em ambas as direções, ou seja D = 50%., tem-se: VO = TDMO/2 O tráfego no primeiro ano (p =1) do período de projeto será: V1 = VO [ 1 + (1 x t/100) ] ou V1 = VO ( 1 + t/100 ) O tráfego no ano P – ultimo ano do período do projeto será: VP = V1 [ 1 + (P . t/100) ] O volume diário médio de tráfego será: Vm = 2 1 PVV 6 - DIMENSIONAMENTO DE PAVIMENTO 139 O volume total de tráfego, no sentido mais solicitado, que realmente deve solicitar o pavimento no período de projeto será: VT = 365 . Vm . P Exemplo: Seja um TDMO = 800 veículos/dia, com 60% dos veículos no sentido mais solicitado, numa via de duas faixas de tráfego e duas mãos. Taxa de crescimento linear do tráfego t = 5% Período de projeto P = 10 anos Tempo de execução das obras p = 1 ano VO = (800x60)/100 = 480 veic./dia V1 = 480x (1 + 5/100)] = 504 veíc./dia VP = 504 x [1 + (10 x 5/100)] = 756 veíc./dia Vm = 2 )756504( = 630 veic./dia, no sentido mais solicitado VT = 365 x 630 x 10 = 2.299.500 b) Crescimento Geométrico Neste caso, a taxa de crescimento de tráfego é a razão de uma PG, com formula geral: Vn = V1 ( 1 + t ) Tráfego no ano inicial do projeto: V1 = V0 (1 + t) Tráfego no último ano do período de projeto: VP = V1 ( 1+ t ) P Tráfego total: VT = 365. V1 [(1+t) P – 1]/t No Brasil, adota-se a taxa de crescimento em progressão aritmética. A obtenção da taxa histórica de crescimento de tráfego “t”, deve ser feita consultando os boletins de estatística de tráfego da região. Para o caso de não se dispor de fonte confiável, adota-se a taxa de 5% ao ano. 2.2.1 – Fator Equivalente de Operações (FEO) - f É um número que relaciona o efeito de uma passagem de qualquer tipo de veículo sobre o pavimento com o mesmo efeito provocado pela passagem de um veículo considerado padrão. É dado pela expressão: Ev = f x Evp Ev – efeito da passagem de um veículo Evp – efeito da passagem de um veículo padrão Por exemplo, quando f = 9, representa um veículo cuja passagem tem o mesmo efeito que nove passagens do veículo padrão. 2.2.2 – Fator de Veículo (FV)i O (FV)i de um determinado veículo i é o n o de ESP equivalente a esse veículo. Por exemplo, dizer que o fator de veículo do caminhão 2C é 4,15 significa que uma passagem desse caminhão 2C provoca no pavimento o mesmo efeito degradador que a passagem de 4,15 eixos simples padrão. No Brasil tem-se duas metodologias para a determinação dos FEO: a do Método de Dimensionamento do DNER/1966 (com base no U.S Corps of Engineering) – o qual admite que 2 cargas/eixo são equivalentes quando provocam no subleito a mesma tensão de cisalhamento, e a do procedimento para Restauração de Pavimentos do DNER (PTO-159-85) (com base nas fórmulas as AASHTO) – onde 2 cargas/eixo são equivalentes quando provocam na superfície do pavimento o mesmo VT 2,3 . 10 6 veículos 6 - DIMENSIONAMENTO DE PAVIMENTO 140 decréscimo no índice serventia (medido através de características determinadas na superfície do revestimento: irregularidades do perfil longitudinal, áreas fissuradas e remendadas e afundamento de trilhas de roda). Essas duas metodologias são denominadas respectivamente : DNER/66 e AASHTO. 2.2.3 – Determinação do FEO e do (FV)i a) Método da AASHTO Roda Simples Eixo simples : FEO = 32,4 77,7 Q Q – peso total (tf) Roda Dupla Eixo Simples: FEO = 32,4 17,8 Q Eixo Duplo: FEO = 14,4 08,15 Q Eixo Triplo: FEO = 22,4 95,22 Q b) Método DNER - Os valores de FEO para eixos com roda dupla, são obtidosno ábaco apresentado a seguir. A carga por eixo com roda simples apresenta valores muito pequenos, sendo considerados desprezíveis. 6 - DIMENSIONAMENTO DE PAVIMENTO 141 Valores de FEO para Eixos Triplos em “Tandem” Carga/ Eixo, tf 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30 32 FEO 0,04 0,08 0,18 0,29 0,58 0,92 1,5 2,47 5,59 6,11 9,88 14,82 20,88 40,3 Basicamente, as cargas máximas permitidas por lei no Brasil, são as seguintes: Configuração Carga / Eixo FEO DNER/66 AASHTO Roda Simples Eixo simples 5,0 - 0,15 Roda Dupla Eixo simples 10,0 4,00 2,39 Eixo Duplo 17,0 9,50 1,64 Eixo triplo 25,5 9,20 1,56 2.3 – Composição de tráfego Com os dados da pesagem, organiza-se um quadro, grupando-se os diversos eixos por intervalos de carga. 6 - DIMENSIONAMENTO DE PAVIMENTO 142 Eixo simples (tf) No de eixos (%) VDMI fi fi x VDMi Eixo Tandem (tf) FC 100 )( iVDM )( iVDMf 2.3.1 – Fator de Carga (FC) Multiplicando-se ( fi ) pelo numero de veículos por dia, com uma determinada carga por eixo, obtem-se a equivalência para esse tipo de veículo: fi x VDMi . A soma desses produtos dá a equivalência de operações entre esses dois tráfegos: o tráfego em termos de veículo padrão e o tráfego real. O fator de Carga é determinado pela expressão: FC = i ii VDM VDMf )( ou percentualmente: FC = 100 )[%]( if - Quando houver deficiências ou falta de dados, adotar FC = 1,70 2.3.2 – Fator de Eixo. Transforma o tráfego de numero de veículos padrão, em número de passagens de eixos equivalentes. Assim, calcula-se o número de eixos dos tipos de veículos que passarão pela via através da expressão: FE = P2 x 2 + P3 x 3 + ....+ Pn x n P2 , P3 , ...., Pn - % de veículos com 2 eixo, 3 eixos, ....., n eixos Por exemplo: Para um projeto em que se prevê 60% dos veículos com 2 eixos e 40% com 3 eixos, o fator eixo será: FE = 0,60 x 2 + 0,40 x 3 FE = 2,4. FE pode, também, ser definido como o número que multiplicado pelo volume total de tráfego durante o periodo de projeto, dá o número de eixos solicitantes, n. n = VT x (FE) Exemplo: Em uma estrada, a amostragem contou 300 veículos comerciais assim constituídos: 200 veículos com 2 eixos, 80 veículos com 3 eixos e 20 veículos com 4 eixos. Qual o valor de (FE). Cálculo do no de eixo: n = 200 x 2 + 80 x 3 + 20 x 4 = 720 eixos 720 = 300 x (FE) (FE) = 2,4 6 - DIMENSIONAMENTO DE PAVIMENTO 143 Duração (meses) Coeficiente climático 3 2,0 2 1,5 7 0,7 Quando houver deficiência ou falta de dados, adotar: FE = 2,07 A composição de tráfego sendo conhecida, significa dizer que se conhecem o Fator de eixos (FE) e as (%) com que incidem os eixos simples e eixos tandem, ou o numero de veículos por dia (VDMi), por diferentes categorias de peso. Com os dados da pesagem, organiza-se um quadro, grupando-se os diversos eixos por intervalos de carga. 2.3.3 – Fator Veículo (FV) Este fator, conforme definido no ítem 2.2.2, transforma o tráfego real, no período de projeto, em um tráfego equivalente de eixos padrão, pode ser determinado pela expressão: FV = (FC) x (FE) No caso de anteprojetos de pavimento pode-se utilizar os dados da tabela abaixo: Caminhões médios (%) Caminhões pesados; Reboques e semi-reboques(%) (FV) 50 50 6,8 60 40 5,8 70 30 4,7 80 20 3,7 2.4 – Fator Climático Regional (FR) Este fator leva em consideração as variações de umidade dos materiais do pavimento durante as estações do ano, o que provoca variações na capacidade de suporte. É determinado pela média ponderada dos diferentes coeficientes, considerando-se o intervalo de tempo em que ocorrem. FR = (ms/12)xFRs + (mc/12)xFRc + (mt/12)xFRt ms – n o de meses de seca , no ano mc – n o de meses de chuvas, no ano mt – n o de meses de clima temperado, no ano. FRs – Fator climático para os meses de seca FRc – Fator climático para os meses de chuvas FRt – Fator climático para os meses de clima temperado. Exemplo: Seja uma estrada em que prevalecem as seguintes condições durante o ano: FR = (3/12)x2 + (2/12)x1,5 + (7/12)x0,7 FR = 1,16 6 - DIMENSIONAMENTO DE PAVIMENTO 144 No Brasil, são sugeridos os FR em função da altura média anual de chuva (mm). Altura média anual chuva (mm) FR Até 800 0,7 800 –1.500 1,4 > 1.500 1,8 Havendo falta de dados adotam-se valores médios a serem estabelecidos por região. Assim, conhecidos Vm , FC , FE e FR calcula-se a equivalência de operações de eixo padrão, pela expressão já vista : N = 365 .Vm . P . (FC) . (FE) . (FR) 2.5 – Classificação do Tráfego O DNIT classifica o tráfego segundo o valor do no de equivalência de operações de eixo padrão (N). Solicitações Tráfego N < 106 Leve 5x106 N 106 Médio 5x107 N 5x106 Pesado N > 5x107 Muito Pesado
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