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Direio Administrativo Aula 1 06 Material de Apoio Magistratura

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Magistratura e Ministério Público 
CARREIRAS JURÍDICAS 
Damásio Educacional 
MATERIAL DE APOIO 
 
Disciplina: Direito Administrativo 
 Professor: Celso Spitzcovsky 
Aula: 06 | Data: 03/06/2015 
 
 
ANOTAÇÃO DE AULA 
SUMÁRIO 
 
SERVIÇOS PÚBLICOS 
1. Consórcios 
 
RESPONSABILIDADE DO ESTADO 
1. Definição 
2. Requisitos 
3. Perfil da Responsabilidade 
 
SERVIDORES PÚBLICOS 
1. Ingresso na estrutura da administração pública 
 
 
 
SERVIÇOS PÚBLICOS 
 
1. Consórcios (Lei 11.107/05) 
 
I. Contrato Programa (art. 13) 
Estabelece as obrigações e deveres das entidades associadas. 
 
II. Contrato de Rateio (art. 8º) 
As esferas de governo vão ratear as verbas para execução das obras e serviços. 
Esse contrato será atualizado a cada exercício financeiro. 
 
III. Licitação (art. 2º) 
Os consórcios podem ser contratados por dispensa de licitação (art. 24 da Lei 8.666/93). 
 
IV. Improbidade Administrativa (art. 18) 
Se forem descumpridas as regras previstas nessa lei, configura um ato de improbidade administrativa, que implica 
em lesão ao erário (art. 10, XIV, Lei 8.429/92). 
 
V. Retirada e Exclusão 
Trata-se da retirada ou exclusão de algum ente federado do consórcio. 
 
- A retirada não pressupõe um ilícito (art. 11) 
 
- A exclusão pressupõe um ilícito (art. 8º, § 5º). Ex.: Não cumpre com as suas obrigações financeiras. 
 
Conforme o caso a saída da esfera de governo pode inviabilizar o consórcio (ex.: Se a União saísse do consórcio 
das Olimpíadas, o Estado do RJ e a Cidade do Rio de Janeiro teriam que arcar com todos os custos das obras). 
 
 
 
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RESPONSABILIDADE DO ESTADO 
 
1. Definição 
É a obrigação atribuída ao poder público de indenizar os danos causados a terceiros pelos seus agentes, agindo 
nesta qualidade. 
 
2. Requisitos 
O dano deve ser causado por um agente público que atue nesta qualidade. 
 
I. Dano: O dano deve ser real, concreto, já deve ter ocorrido. Os danos podem ser materiais e/ou morais. 
 
II. Agente Público: O dano deve ser causado por um agente público (art. 37, §6º, CF). A expressão agente público 
alcança todas as pessoas dentro da administração. O Estado responde por qualquer dano que for causado por 
seus agentes públicos. 
 
III. Agindo Nesta Qualidade: Dano deve ser causado pelo agente público, no momento que este está atuando na 
qualidade de agente público (ex.: agente público dirigindo uma viatura causa um acidente de trânsito, o Estado 
responde pelos danos). 
 
Quando o agente público causa um dano, na qualidade de particular, o Estado não responde pelos danos 
causados (ex.: agente público que causa danos ao seu vizinho). 
 
Presentes os três requisitos teremos a responsabilidade do Estado. 
 
 
3. Perfil da Responsabilidade 
 
Qual o critério para saber qual o perfil dessa responsabilidade? 
O critério é a natureza da atividade que causou o dano. 
 
A) Dano resultante da prestação de serviços público (art. 37, §6º, CF) 
É entendimento consolidado do STF que nesses casos a responsabilidade é objetiva. Por ser objetiva será baseada 
no nexo causal, assim a vítima não deve demonstrar culpa ou dolo, basta demonstrar que o dano sofrido teve 
como causa a prestação do serviço público. Existe uma íntima ligação entre causa e consequência. Ex.: Ciclista 
atropelado por uma viatura de bombeiros. 
 
Para o STF é irrelevante saber: Quem causou o dano? ou quem sofreu o dano? 
Se o dano resultou de serviço público a responsabilidade será objetiva, sendo o serviço prestado pela 
administração pública ou por particulares. Pouco importa se a vítima era usuária do serviço ou um terceiro. 
 
Art. 37, § 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito 
privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos 
que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado 
o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou 
culpa. 
 
Aquele que sofreu o dano poderá promover ação indenizatória contra pessoa jurídica de direito público ou contra 
pessoa jurídica de direito privado que preste o serviço público. 
 
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Variante do Risco Administrativo: Acionadas em juízo, pela vítima, as pessoas jurídicas poderão utilizar em sua 
defesa: Caso fortuito, força maior ou culpa da vítima para excluir ou atenuara sua responsabilidade. 
 
No Brasil a responsabilidade civil do Estado é objetiva na variante do risco administrativo. A vítima só precisa 
demonstrar nexo, mas o Estado pode apresentar algumas matérias de defesa. 
 
- Prazo: A vítima tem o prazo de 5 anos para ingressar com ação contra o Estado (Dec. 2091/32). 
 
- Ação Regressiva: Se a ação for julgada improcedente, o Estado é absolvido e se encerra o processo. Se a ação for 
julgada procedente, o Estado poderá se voltar contra o agente que causou o dano em ação regressiva. O agente 
causador dano responde por dolo ou culpa, logo sua responsabilidade é subjetiva. Essa ação é imprescritível (art. 
37, §5º, CF). 
Art. 37, § 5º A lei estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos 
praticados por qualquer agente, servidor ou não, que causem 
prejuízos ao erário, ressalvadas as respectivas ações de 
ressarcimento. 
 
 
B) Dano resultante de omissão do poder público 
Quando o dano, sofrido pela vítima, resultar de uma omissão (ex.: Determinado prédio está em chamas, são 
chamados os bombeiros, mas eles chegam ao local do incêndio somente duas horas depois de acionados). 
 
O perfil da responsabilidade é definido pela doutrina e pela jurisprudência. Alguns autores (Celso Antônio 
Bandeira de Melo) entendem que nesses casos a responsabilidade é subjetiva, tem por base a seguinte premissa: 
“Faute du service” = culpa do serviço. 
 
Hoje prevalece nos Tribunais Superiores que na hipótese de omissão a responsabilidade também é objetiva. 
 
 
C) Dano resultante de exploração de atividade econômica pelo Estado 
Pelo art. 170 da CF, excepcionalmente, Estado poderá explorar a atividade econômica. Contudo o Estado só pode 
atuar por motivo de segurança nacional ou relevante interesse coletivo, e não com o objetivo de obter lucro. 
 
O Estado pode ter prejuízo na exploração dessa atividade econômica, quando se tratar de uma atividade pouco 
lucrativa ou o prejuízo for da natureza da atividade (ex.: o Estado presta o serviço de ônibus que liga duas regiões 
muito pouco habitadas). Não pode ter prejuízo em razão de má administração. 
 
O Estado só pode explorar a atividade econômica através de empresas púbicas e sociedades de economia mista, 
que deveram se submeter aos mesmos regimes jurídicos das empresas privadas (art. 173, §1º, II, CF) 
Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a 
exploração direta de atividade econômica pelo Estado só será 
permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional 
ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei. 
 
 
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§ 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da 
sociedade de economia mista e de suas subsidiárias que explorem 
atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou de 
prestação de serviços, dispondo sobre: 
II - a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, 
inclusive quanto aos direitos e obrigações civis, comerciais, 
trabalhistas e tributários; 
 
Assim, por estarem submetidas ao mesmo regime das empresas privadas, as empresas púbicas e sociedades de 
economia mista respondem de forma subjetiva, ou seja, nos mesmos termos das empresas privadas. 
Excepcionalmente o Código Civil prevê a possibilidade de a iniciativa privada responder de forma objetiva (art. 
927, CC). 
Art. 927, CC. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano 
a outrem, fica obrigado a repará-lo. 
 
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, 
independentemente de culpa, noscasos especificados em lei, ou 
quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano 
implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem. 
 
 
SERVIDORES PÚBLICOS 
 
1. Ingresso na estrutura da administração pública 
 
A) Regra Geral (art. 37, II, CF): A investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em 
concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou 
emprego, na forma da lei. 
 
Investidura é sinônimo de provimento, de titularização. O aprovado no concurso ainda depende da nomeação e 
da posse. 
 
O aprovado em concurso já tem direito a nomeação? 
Depende da forma como foi aprovado no concurso. 
 
1ª. Forma: Aprovado dentro do número de vagas previsto no edital: Terá direito a nomeação. Poderá ser 
nomeado até o termino do prazo de validade do concurso. Esse prazo pode ser de até 2 anos (art. 37, III, CF), 
sendo possível prorrogação por igual período. 
 
2ª. Forma: Aprovado além do número de vagas do edital, existe apenas a expectativa de direito, a administração 
nomeia se quiser. O único direito é a obrigação de respeitar a ordem de classificação (Súmula 15 do STF). 
 
STF, 15. DENTRO DO PRAZO DE VALIDADE DO CONCURSO, O 
CANDIDATO APROVADO TEM O DIREITO À NOMEAÇÃO, QUANDO O 
CARGO FOR PREENCHIDO SEM OBSERVÂNCIA DA CLASSIFICAÇÃO. 
 
 
 
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Aquele que foi nomeado tem direito a posse? 
A Súmula 16 do STF garante o direito à posse daquele que foi nomeado, observadas as exigências formuladas 
por lei. Ex.: A Lei 8.112/90 apresenta exigências para que o candidato possa tomar posse, tal como a declaração 
de bens e avaliação médica. 
 
STF, 16. FUNCIONÁRIO NOMEADO POR CONCURSO TEM DIREITO À 
POSSE. 
 
B) Exceções (art. 37, II, parte final, CF) 
Cargos em comissão são de livre nomeação, ou seja, são independentes de concurso. Mas Súmula Vinculante n.º 
13 do STF proíbe a nomeação de parentes até o 3º Grau do administrador. 
 
Súmula Vinculante n.º 13. A nomeação de cônjuge, companheiro ou 
parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, 
inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa 
jurídica investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, 
para o exercício de cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de 
função gratificada na administração pública direta e indireta em 
qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e 
dos Municípios, compreendido o ajuste mediante designações 
recíprocas, viola a Constituição Federal. 
 
Se o indivíduo é nomeado tem 30 dias para tomar posse. Mas se não tomar posse, torna-se sem efeito a 
nomeação. Empossado no cargo ainda deve entrar no efetivo exercício das atribuições, no prazo de 15 dias. Se 
não entrar em efetivo exercício, será exonerado.

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