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Direio Ambiental Aula 01 Material de Apoio Magistratura

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Magistratura e Ministério Público 
CARREIRAS JURÍDICAS 
Damásio Educacional 
MATERIAL DE APOIO 
 
Disciplina: Direito Ambiental 
 Professor: Luiz Antônio 
Aula: 01 | Data: 20/04/2015 
 
 
ANOTAÇÃO DE AULA 
SUMÁRIO 
 
DIREITO AMBIENTAL 
1. Tutela Constitucional do Meio Ambiente 
2. Natureza jurídica do bem ambiental 
3. Aspectos do Meio Ambiente 
4. Destinatários do Meio Ambiente 
5. Estado Constitucional Ecológico ou Socioambiental 
6. Princípios 
 
 
DIREITO AMBIENTAL 
 
LPNMA – Lei 6.938/81 → Traz os princípios que regem a proteção ao meio ambiente. 
 
Constituição Federal/88 → Consolida a proteção trazida pela Lei da Política Nacional do Meio Ambiente, 
elevando o meio ambiente ao status de direito fundamental. 
 
 
1. Tutela Constitucional do Meio Ambiente 
A CF não traz o conceito de meio ambiente. O conceito é trazido pelo art. 3º, I da LPNMA: Meio ambiente é o 
conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e 
rege a vida em todas as suas formas. 
 
 
2. Natureza jurídica do bem ambiental (art. 225, “caput” da CF). 
É um direito difuso, de fruição coletiva, fundamental e intergeracional. 
 
Art. 225, CF. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente 
equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia 
qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o 
dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras 
gerações. 
 
3. Aspectos do Meio Ambiente 
 
. Meio Ambiente Físico / Natural 
É o solo, o ar, a água, a fauna e a flora. 
 
. Meio Ambiente Artificial ou Urbano 
É o espaço urbano, que pode ser aberto ou fechado. 
Espaço urbano aberto são os equipamentos públicos (ruas, parques, etc.). 
Espaço urbano fechado são as edificações. 
 
 
Página 2 de 5 
 
. Meio Ambiente Cultural (art. 216 da CF) 
É o patrimônio cultural brasileiro, constituído pelos bens de natureza material e imaterial, tomados 
individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos 
formadores da sociedade brasileira. 
 
. Meio Ambiente do Trabalho (art. 200, VIII, CF). 
 
 
4. Destinatários do Meio Ambiente 
A visão da LPNMA é biocêntrica (art. 3º, I). A Constituição Federal art. 225 tem uma visão mais antropocêntrica, 
mas o antropocentrismo da CF é relativizado, pois ele diz respeito a todos, até mesmo as futuras gerações. 
Devemos conciliar esses dois entendimentos, pois todas as ações do homem consomem recursos ambientais. 
 
 
5. Estado Constitucional Ecológico ou Socioambiental 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6. Princípios 
 
 
I) Art. 225, CF 
Art. 225, CF. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente 
equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia 
qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o 
dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras 
gerações 
 
a) “Todos tem direito a um meio ambiente ecologicamente...” (art. 225 da CF). 
 
- Princípio do Direito Humano Fundamental 
Por ser um direito de todos é um direito fundamental. 
 
- Princípio da Ubiquidade 
Não pode haver barreiras físicas, geográficas. A proteção ao meio ambiente deve ser mundial. O meio ambiente 
passa a ser proteção central em todas as atividades, ou seja, todas as atividades econômicas devem avaliar o 
impacto no meio ambiente. 
 
 
Livre iniciativa e desenvolvimento econômico 
(art. 170, “caput”, CF) 
Desenvolvimento Social 
(art. 170, III, CF) 
Sustentabilidade 
(art. 170 VI CF) 
 
Página 3 de 5 
 
b) “... bem de uso comum do povo...”. 
O meio ambiente é um bem difuso e de fruição coletiva. 
 
- Princípio da Supremacia do Interesse Público / Proteção Ambiental 
. Princípio da obrigatoriedade da intervenção estatal 
. Princípio da indisponibilidade (o bem ambiental é indisponível) 
 
- Princípio do Usuário Pagador (art. 4º, VII, LPNMA). 
Aquele que utiliza recursos ambientais com fins econômicos deve contribuir com a coletividade em razão disso. 
 
Obs.: A Lei Estadual/SP 12.183/05 – determina a cobrança pelo uso da água. 
 
c) “... essencial à sadia qualidade de vida...”. 
É mais uma afirmação no sentido do meio ambiente ser um direito fundamental. 
 
- Princípio do Mínimo Existencial Ecológico / Socioambiental 
Não se pode falar em dignidade humana, sem falar em direito ambiental equilibrado (Ex.: Saneamento básico, 
fornecimento de água). 
 
- Princípio da Proibição do Retrocesso 
A legislação que tratar de direito socioambiental não pode retroceder quanto à proteção, pois fere o direito 
adquirido coletivo. Ex.: O Código Florestal (Lei 4.771/65) trazia uma proteção qualificada ao meio ambiente, mas 
o Novo Código Florestal (Lei 12.651/12) diminuiu a proteção em média em 58% - Hoje temos três ADINs 
propostas contra o Novo Código Florestal (ADINs 4901, 4902, 4903). 
 
Ações Civis Públicas já julgadas e TACs feitos sob vigência do antigo Código Florestal, estão sendo reexaminadas 
sob o as regras do Novo Código Florestal (posição do TJ/SP). O MP/SP defende que não se devem reexaminar tais 
decisões em respeito à coisa julgada e a proibição do retrocesso. 
 
Quanto a Ação Civil Pública em andamento o Tribunal de Justiça tem entendido pela aplicação da Lei Nova. O MP 
defende que o Novo Código Florestal é inconstitucional (recurso para o STF) e também que viola os tratos 
internacionais (recurso para o STJ), devendo ser aplicado o antigo Código Florestal. 
 
d) “... cabendo ao poder público e a coletividade...”. 
Sem poder público não há proteção ambiental. 
 
- Princípio da Intervenção Estatal Obrigatória 
 
- Princípio da Natureza Pública da Proteção Ambiental 
 
- Limite 
O art. 3º, III, e, LPNMA define o que é poluição: A degradação da qualidade ambiental resultante de atividades 
que direta ou indiretamente lancem matérias ou energia em desacordo com os padrões ambientais estabelecidos 
– Se lançar materiais acima do permitido é dano ambiental, e quem estipula esse limite do permitido é o Estado. 
 
 
 
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- Princípio da Participação ou Compartilhamento 
Cabe ao poder público e a coletividade participar da proteção ambiental. Os principais instrumentos são: 
 
. Educação ambiental (art. 225, §1º, VI CF; Lei 9.795/99; Lei/SP 12.780/07). 
 
. Sanção punitiva (art. 225, §3º) 
 
- Princípio do Protetor / Provedor Recebedor 
. Sanção premial: São benefícios e incentivos para aquele que defende o meio ambiente (Lei 12.305/10). 
 
 
e) “... proteger e preservar o meio ambiente...”. 
A Constituição quer acautelar o meio ambiente. 
Antes de punir a CF quer prevenir o dano ao meio ambiente. 
 
- Princípio da Prevenção 
Quando o dano é certo se deve buscar evitar a ocorrência do dano. 
 
 . Princípio do Poluidor Pagador (art. 4º, VII, LPNMA). 
Aqui o dano ao meio ambiente já ocorreu. O poluidor deve pagar e compensar o dano causado. 
A indenização só vai existir quando for impossível a reparação. A preferência é pela reparação do dano. 
 
- Princípio da Precaução 
Se o dano ainda não ocorreu e é incerto, devemos falar em “evitar o risco do dano”. 
Quem tem que demonstrar que não vai ocorrer risco de dano ao meio ambiente é o empreendedor. 
 
. Princípio do “in dubio pro natura” 
Ainda que não exista certeza cientifica, a dúvida será em favor do meio ambiente. O STJ entende que toda 
ação civil pública baseada no princípio da precaução a inversão do ônus da prova é obrigatória. 
 
 
f) “... para as presentes e futuras gerações.”. 
 
- Princípio da Solidariedade 
 
- Princípio da Equidade Intergeracional 
Se determinada geração recebeu “X” de recursos naturais, deve deixar no mínimo “X” de recursos naturais para 
as gerações futuras. 
 
 
II) Art. 170 CF 
 
 
 
 
 
 
 
Livre iniciativa e desenvolvimento econômico(art. 170, “caput”, CF) 
Desenvolvimento Social 
(art. 170, III, CF) 
Sustentabilidade 
(art. 170 VI CF) 
 
Página 5 de 5 
 
Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho 
humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência 
digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes 
princípios: 
 
III - função social da propriedade; 
 
VI - defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento 
diferenciado conforme o impacto ambiental dos produtos e serviços 
e de seus processos de elaboração e prestação; 
 
- Princípio do Desenvolvimento Sustentável 
 
- Princípio da Função Sócio Econômico Ambiental da Propriedade 
A propriedade deve cumprir sua função social, econômica e ambiental (art. 1.228, §1º do CC). 
 
 
. Próxima aula 
7. Competência 
8. Deveres geral e específicos do poder público em relação ao meio ambiente. 
 
TUTELA ADMINISTRATIVA DO MEIO AMBIENTE 
- Lei 6.938/81 
- LC 140/11 
- Resolução do CONAMA 01/86 e 237/97

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