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Direio Constitucional Aula 2 05 Material de Apoio Magistratura

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Magistratura e Ministério Público 
CARREIRAS JURÍDICAS 
Damásio Educacional 
Disciplina: Direito Constitucional 
 Professor: Flávio Martins 
Aula: 05 | Data: 23/02/2015 
 
 
MATERIAL DE APOIO 
ANOTAÇÃO DE AULA 
SUMÁRIO 
 
PODER CONSTITUINTE 
1. Emenda Constitucional 
2. Poder constituinte derivado decorrente 
3. Poder constituinte supranacional 
4. Poder constituinte difuso 
 
APLICABILIDADE DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS 
1. Classificação norte-americana 
2. Classificação Italiana 
 
 
PODER CONSTITUINTE 
 
1. Emenda Constitucional (art. 60, CF) 
 
Quem pode fazer a proposta de emenda constitucional – PEC ? 
 
I) Pelo menos 1/3 de deputados ou senadores 
 
II) Presidente da República 
 
III) Mais da metade das assembleias legislativas, pela maioria relativa de seus membros 
 
Obs.: Não há previsão legal de PEC de iniciativa popular. 
 
 
– Procedimento de aprovação da emenda constitucional 
A aprovação da emenda constitucional deve ser votada e aprovada nas duas casas do Congresso Nacional 
(Câmara e Senado), em dois turnos e tendo como quórum de aprovação 3/5. 
 
Atenção  No procedimento da emenda constitucional não há sanção ou veto presidencial. 
 
 
– Quem promulga a emenda constitucional? 
A promulgação da emenda constitucional é feita pela mesa da Câmara dos Deputados e mesa do Senado Federal. 
Não é a mesa do Congresso Nacional. 
 
. Mesa da Câmara dos Deputados 
Representa a Câmara dos Deputados. É eleita pelos membros da própria casa, para mandado de 2 anos, sendo 
Presidente, Vice-presidente, 2º Vice-presidente, etc.. 
 
 
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. Mesa do Senado 
Representa o Senado Federal. É eleita pelos membros da própria casa, para mandado de 2 anos, sendo 
Presidente, Vice-presidente, 2º vice-presidente, etc.. 
 
. Mesa do Congresso Nacional 
Só se reúne nas sessões conjuntas. Não é eleita, é formada da combinação das mesas do Senado e da Câmara. 
Presidente (do senado), Vice-presidente (da câmara), 2º vice-presidente (do senado). 
 
– Reapresentação de PEC 
Se uma PEC for rejeitada poderá ser reapresentada na próxima sessão legislativa (no ano seguinte). 
Legislatura é o período de 4 anos. 
Período legislativo corresponde a um semestre. 
 
– Há 3 circunstâncias nas quais a Constituição Federal não poderá ser emendada: 
 
a) Intervenção Federal 
É a intervenção da União em algum Estado ou no Distrito Federal. A intervenção estadual não impede a emenda 
constitucional (intervenção do Estado no Município). 
 
b) Estado de Defesa (art. 136 da CF) 
É decretada pelo Presidente da República. É uma medida de âmbito regional. 
 
c) Estado de Sítio (art. 137 e seg. da CF) 
É decretada pelo Presidente da República. É uma medida de âmbito nacional. 
 
 Limitações ao poder de reforma da Constituição 
 
– Limitações materiais 
São matérias que não podem ser suprimidas da Constituição. São as chamadas cláusulas pétreas (art. 60, §4º, CF). 
 
– Limitações circunstanciais 
São as circunstâncias nas quais não se pode alterar a Constituição. Ex.: Intervenção federal. 
 
– Limitações formais ou procedimentais 
É um procedimento mais rigoroso de alteração. Ex.: Quórum de 3/5. 
 
– Limitações temporais 
É o período de tempo no qual não se pode alterar a Constituição. A Constituição de 1988 não tem limitação 
temporal, pois poderia ser alterada por emenda logo após sua promulgação (posição majoritária). Ex.: Na 
Constituição de 1824 havia limitação temporal, pois não podia ser alterada nos primeiros 4 anos. 
 
– Limitações implícitas 
Prevalece o entendimento de que não se pode modificar o processo de alteração da Constituição. Existe uma 
posição minoritária chamada de Teoria da dupla revisão, que no Brasil é defendida pelo Professor Manoel 
Gonçalves Ferreira Filho e em Portugal por Jorge Miranda. 
 
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2. Poder constituinte derivado decorrente 
Parte minoritária da doutrina não reconhece como “poder” (Celso Bastos), sendo para eles apenas uma 
competência. 
 
É o poder que cada Estado possui para elaborar sua própria constituição. Segundo o STF, o Distrito Federal 
também possui o poder derivado decorrente, pois sua Lei Orgânica tem status de Constituição Estadual. Ex.: Se 
alguma Lei Distrital colidir com Lei Orgânica do Distrito Federal, caberá uma ADIN no Tribunal de Justiça do DF. 
 
Os Municípios não tem poder constituinte decorrente, pois entende-se que a elaboração da Lei Orgânica do 
Município é uma mera competência legislativa. 
 
 – Características do Poder Derivado Recorrente 
 
a) Secundário 
Tem sua origem na própria Constituição Federal. É um poder de direito e não de fato. 
 
b) Condicionado 
Possui formas preestabelecidas de manifestação. É exercido pelos Estados por meio de uma Constituição estadual 
(art. 25, “caput”, CF) e pelo Distrito Federal por meio de uma Lei Orgânica (art. 32, CF). 
 
c) Limitado 
Possui os seus limites na própria constituição, através dos seguintes princípios: 
 
. Princípios sensíveis (Pontes de Miranda): Se forem violados, autorizam a intervenção. Eles estão expressos no 
art. 34, inciso VII da CF. Ex.: Aplicação do mínimo exigido na saúde e educação. 
 
Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, 
exceto para: 
VII - assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais: 
a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático; 
b) direitos da pessoa humana; 
c) autonomia municipal; 
d) prestação de contas da administração pública, direta e indireta. 
e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos 
estaduais, compreendida a proveniente de transferências, na 
manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços 
públicos de saúde. 
 
. Princípios estabelecidos: São regras previstas na Constituição Federal aplicadas diretamente aos Estados. Ex.: 
Criação de novos municípios (art. 18º, §4º, CF); Competência dos Estados (art. 25, §1º, CF). 
 
. Princípios extensíveis: São regras gerais aplicadas à toda Federação e que por extensão também se aplicam aos 
Estados. Ex.: Procedimento legislativo federal (art. 59 a 69 da CF). São regras também aplicadas aos Estados, 
guardadas as devidas proporções. 
 
 
 
 
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3. Poder constituinte supranacional 
É o poder de elaborar uma só constituição para vários países. 
 
 
4. Poder constituinte difuso 
É mais conhecido como Mutação Constitucional. É o poder de alterar o sentido, a interpretação da constituição, 
sem alterar o seu texto. É um poder de fato e não de direito. É chamado de difuso porque pode ser feito por 
qualquer interprete da Constituição. Efeitos: 
 
a) Mudança da interpretação da constituição 
O art. 5º, XI da CF fala da inviolabilidade domiciliar. O conceito de “casa” é amplo, cabe interpretação. Para o STF 
“casa” é muito mais que residência, é também o lugar de trabalho, é o quarto de hotel ou motel quando ocupado. 
 
O art. 103, §3º da CF, fala que o AGU é obrigado a defender a constitucionalidade da lei ou texto impugnado na 
ADIN. O STF entende que o AGU não é mais obrigado a defender a constitucionalidade da Lei. 
 
b) Construção constitucional 
“A Teoria brasileira do Habeas Corpus”, da Constituição de 1891 – O HC tutelava quais quer direitos e não apenas 
a liberdade de locomoção (Rui Barbosa). 
 
c) Praxe constitucional 
Quando a prática acaba mudando o que está escrito na Constituição. Ex.: O parlamentarismo durante o reinado 
de Dom Pedro II. 
 
 
 
 
 
APLICABILIDADE DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS 
 
As normas constitucionais têm eficácia variada. 
 
Eficácia  É a possibilidade de produção de efeitos concretos. 
 
 
1. Classificação norte-americana (Rui Barbosa) 
É muito antiga, não se usa mais. 
 
a) Normas Constitucionais Autoexecutáveis 
Produzem todos os seus efeitos sem precisarde complemento. 
 
b) Normas Constitucionais Não-autoexecutáveis 
Produz poucos efeitos porque precisa de um complemento, precisa de regulamentação. 
 
 
 
 
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2. Classificação Italiana 
Trazida ao Brasil pelo Professor José Afonso da Silva, em seu livro “aplicabilidade das normas constitucionais”. 
 
a) Norma Constitucional de Eficácia Plena 
Produz todos os seus efeitos, sem precisar de complemento. Ex.: Art. 18, §1º, CF – “Brasília é a capital federal”; 
Art. 57, “caput”, CF – Calendário do Congresso Nacional. Não precisão de regulamentação. 
 
b) Norma Constitucional de Eficácia Contida 
Também chamada de norma de eficácia, redutível ou restringível. 
Também produz todos os seus efeitos, mas lei infraconstitucional pode reduzir esses efeitos. Ex.: Art. 5º, XIII, CF – 
“É livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei 
estabelecer” – Ex.: Exame da OAB previsto na Lei Federal conhecida como Estatuto da OAB – Segundo o STF o 
exame da OAB é constitucional. 
 
 
Próxima aula 
 
Essa limitação feita por meio de lei infraconstitucional, não tem limites? 
 
 
 
c) Norma Constitucional de Eficácia Limitada 
 
– alguns autores ainda acrescentam 
 
(d) Norma Constitucional de Eficácia Absoluta 
 
(e) Norma Constitucional de Eficácia Exaurida

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