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Direio Constitucional Aula 1 10 e 11 Material de Apoio Magistratura

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Magistratura e Ministério Público 
CARREIRAS JURÍDICAS 
Damásio Educacional 
MATERIAL DE APOIO 
 
Disciplina: Direito Constitucional 
 Professor: Pedro Lenza 
Aulas: 10 e 11 | Data: 15/04/2015 
 
 
ANOTAÇÃO DE AULA 
SUMÁRIO 
 
PODER EXECUTIVO 
1. Crime comum e crime de responsabilidade praticado pelo Presidente da República 
2. Prisão do Presidente da República 
 
PODER LEGISLATIVO 
1. Reuniões (sessões legislativas) 
2. Comissões Parlamentares 
3. Imunidades Parlamentares 
4. Renúncia Manipulativa 
5. Perda do mandato em razão de sentença penal transitada em julgado 
 
PODER JUDICIÁRIO 
1. Competências 
2. Garantias da Magistratura 
3. Juiz de paz 
 
PODER EXECUTIVO 
 
1. Crime comum e crime de responsabilidade praticado pelo Presidente da República 
 
Nova súmula: a súmula 722 do STF foi convertida na súmula vinculante nº 46 de 09 de abril de 2015: “a definição 
dos crimes de responsabilidade e o estabelecimento das respectivas normas de processo e julgamento são da 
competência privativa da União”. 
 
a) imposição de pena para o crime comum: é imposta a pena prevista no tipo penal. A perda do cargo é uma 
consequência da condenação, não é uma pena autônoma. 
 
b) imposição de pena para o crime de responsabilidade: a pena que será fixada está no artigo 52, parágrafo 
único da CF, as penas a serem impostas por crime de responsabilidade serão duas e são autônomas: 
 
1) pena de perda do cargo; 
2) inabilitação por 8 anos para o exercício de função pública. 
 
Quem tem competência pra impor a pena do artigo 52 é o Senado Federal (resolução 101/92): 
 
O SENADO FEDERAL resolve: 
 
Art. 1º É considerado prejudicado o pedido de aplicação da sanção de 
perda do cargo de Presidente da República, em virtude da renúncia 
ao mandato apresentada pelo Senhor Fernando Affonso Collor de 
Mello e formalizada perante o Congresso Nacional, ficando o 
processo extinto nessa parte. 
 
 
 
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Art. 2º É julgada procedente a denúncia por crimes de 
responsabilidade, previstos nos arts. 85, incisos IV e V, da 
Constituição Federal, e arts. 8º, item 7, e 9º, item 7, da Lei nº 1.079, 
de 10 de abril de 1950. 
 
Art. 3º Em conseqüência do disposto no artigo anterior, é imposta ao 
Senhor Fernando Affonso Collor de Mello, nos termos do art. 52, 
parágrafo único, da Constituição Federal, a sanção de inabilitação, 
por oito anos, para o exercício de função pública, sem prejuízo das 
demais sanções judiciais cabíveis. 
 
Art. 4º Esta resolução entra em vigor na data de sua publicação. 
Renúncia: se houver renúncia o processo de impeachment não poderá ser instaurado. Mas se a renúncia for 
formalizada e o processo já tiver sido instaurado a renúncia não produzirá nenhum efeito. 
 
1) Crime comum: artigo 86, §4º - traz regra de imunidade presidencial, o Presidente da República na vigência do 
mandato não poderá ser responsabilizado por atos estranhos ao exercício de suas funções. Trata-se de uma 
irresponsabilidade penal relativa, a “persecutio criminis” fica provisoriamente inibida durante a vigência do 
mandato, o Presidente não responde por atos estranhos à sua função. Contrário senso o Presidente só responde 
por atos relacionados à sua função, só responde por atos praticados “in officio” ou “propter officium”. 
 
§ 4º - O Presidente da República, na vigência de seu mandato, não 
pode ser responsabilizado por atos estranhos ao exercício de suas 
funções. 
 
STF: a prescrição fica suspensa enquanto a ação penal não puder ser ajuizada, terminado o mandato a prescrição 
volta a correr, caso contrário haveria impunidade. 
 
2. Prisão do Presidente da República 
 
Artigo 86, §3º, CF – o Presidente só poderá ser preso após sentença judicial penal condenatória transitada em 
julgado (em respeito ao princípio da inocência). Trata-se de uma regra exclusiva do Chefe do Poder Executivo 
Federal. 
 
§3º - Enquanto não sobrevier sentença condenatória, nas infrações 
comuns, o Presidente da República não estará sujeito a prisão. 
 
Desta forma, não cabe prisão cautelar contra o Presidente da República. 
 
Precedente sobre o assunto: quanto ao Governador – ADI 978; HC 102.732. Entendeu o STF que a regra sobre a 
prisão é exclusiva do Presidente da República e não pode ser estendida para os demais chefes do Executivo por lei 
dos respectivos entes federativos. Legislar sobre direito processual é competência privativa da União (artigo 22, I, 
CF). 
 
 
 
 
 
 
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Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: 
I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, 
marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho. 
 
A cláusula de irresponsabilidade penal também não poderá ser estendida por leis específicas do Estado. 
 
PODER LEGISLATIVO 
 
1. Reuniões (sessões legislativas) 
 
a) sessão ordinária: artigo 57, “caput”, CF; 
b) sessão extraordinária: artigo 57, §6º, CF; 
c) sessão conjunta: artigo 57, §3º, CF; 
d) sessão preparatória: artigo 57, §4º, CF: É vedada a recondução para o mesmo cargo na eleição imediatamente 
subsequente. O regimento interno prevê que esta proibição não vale quando há mudança de legislatura, ou seja, 
um novo período de 4 anos (um novo mandato). Essa vedação não se aplica em legislaturas distintas, legislatura é 
o período de 4 anos. 
 
Art. 57. O Congresso Nacional reunir-se-á, anualmente, na Capital 
Federal, de 2 de fevereiro a 17 de julho e de 1º de agosto a 22 de 
dezembro. 
 
§ 3º - Além de outros casos previstos nesta Constituição, a Câmara 
dos Deputados e o Senado Federal reunir-se-ão em sessão conjunta 
para: 
I - inaugurar a sessão legislativa; 
II - elaborar o regimento comum e regular a criação de serviços 
comuns às duas Casas; 
III - receber o compromisso do Presidente e do Vice-Presidente da 
República; 
IV - conhecer do veto e sobre ele deliberar. 
 
§ 4º Cada uma das Casas reunir-se-á em sessões preparatórias, a 
partir de 1º de fevereiro, no primeiro ano da legislatura, para a posse 
de seus membros e eleição das respectivas Mesas, para mandato de 
2 (dois) anos, vedada a recondução para o mesmo cargo na eleição 
imediatamente subseqüente. 
 
§ 6º A convocação extraordinária do Congresso Nacional far-se-á: I - 
pelo Presidente do Senado Federal, em caso de decretação de estado 
de defesa ou de intervenção federal, de pedido de autorização para a 
decretação de estado de sítio e para o compromisso e a posse do 
Presidente e do Vice-Presidente- Presidente da República; 
II - pelo Presidente da República, pelos Presidentes da Câmara dos 
Deputados e do Senado Federal ou a requerimento da maioria dos 
membros de ambas as Casas, em caso de urgência ou interesse 
público relevante, em todas as hipóteses deste inciso com a 
 
 
 
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aprovação da maioria absoluta de cada uma das Casas do Congresso 
Nacional. 
 
2. Comissões Parlamentares 
 
1) Comissão temática ou em razão da matéria: artigo 58, §2º, CF. São comissões previstas no regimento interno. 
 
Art. 58. O Congresso Nacional e suas Casas terão comissões 
permanentes e temporárias, constituídas na forma e com as 
atribuições previstas no respectivo regimento ou no ato de que 
resultar sua criação. 
§ 2º - às comissões, em razão da matéria de sua competência, cabe: 
 
I - discutir e votar projeto de lei que dispensar, na forma do 
regimento, a competência do Plenário, salvo se houver recurso de 
um décimo dos membros da Casa; 
 
II - realizar audiências públicas com entidades da sociedade civil; 
 
III - convocar Ministros de Estado para prestar informações sobre 
assuntos inerentes a suas atribuições; 
 
IV - receber petições, reclamações, representações ou queixas de 
qualquer pessoa contra atos ou omissões das autoridades ou 
entidades públicas; 
 
V - solicitar depoimento de qualquer autoridadeou cidadão; 
 
VI - apreciar programas de obras, planos nacionais, regionais e 
setoriais de desenvolvimento e sobre eles emitir parecer. 
 
É possível aprovar projeto de lei na comissão temática? 
A comissão temática pode discutir e aprovar projeto de lei que dispensar, na forma do regimento, a competência 
do plenário. 
 
Existe recurso? 
Sim, existe recurso de 1/10 dos membros das casas para que seja tirado da comissão temática determinado 
projeto e levado ao plenário, em respeito ao direito público subjetivo das minorias. 
 
2) Comissão especial ou temporária: prevista no regimento interno para uma finalidade específica e por isso não 
é uma comissão permanente. 
 
Exemplo: CPI. 
 
CPI: comissão parlamentar de inquérito, nada mais é que a investigação parlamentar. Por isso, a polícia não tem 
exclusividade na investigação, afinal a CPI faz uma investigação política. Quando o parlamento atua na CPI exerce 
uma função típica de fiscalizar. Artigo 58, §3º, CF. 
 
 
 
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§ 3º - As comissões parlamentares de inquérito, que terão poderes 
de investigação próprios das autoridades judiciais, além de outros 
previstos nos regimentos das respectivas Casas, serão criadas pela 
Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, em conjunto ou 
separadamente, mediante requerimento de um terço de seus 
membros, para a apuração de fato determinado e por prazo certo, 
sendo suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério 
Público, para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos 
infratores. 
 
- Criação da CPI: em conjunto ou separadamente mediante aprovação de 1/3. A CPMI é em conjunto (câmara e 
senado em conjunto investigam e deve haver 1/3 de cada órgão). 
 
O plenário não pode contrariar a vontade da minoria – MS 26.441. É dever do parlamento instaurar uma CPI 
mesmo, não podendo contrariar a minoria. 
 
- Objeto da CPI: apurar um fato certo e determinado. Deve ser definido o que está sendo discutido na CPI. A CPI 
apira o fato certo, a CPI não aplica nenhuma penalidade, CPI não aplica pena, somente apura fato certo e 
determinado, e constatando o fato avisa as autoridades para que tomem as devidas providências. 
 
- Prazo: a CPI possui um prazo certo, é possível prorrogação, a prorrogação é até o limite da legislatura. 
 
- Poderes: poderes de investigação próprios das autoridades judiciais. 
 
- Conclusões: deve haver um relatório da CPI para que as autoridades verifiquem o caso e promovam as ações. As 
conclusões, se for o caso, serão encaminhadas para o Ministério Público para que promova a responsabilidade 
civil ou criminal obedecendo o artigo 129, IX, CF. 
 
Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público: 
IX - exercer outras funções que lhe forem conferidas, desde que 
compatíveis com sua finalidade, sendo-lhe vedada a representação 
judicial e a consultoria jurídica de entidades públicas. 
 
Existem três matérias que a CPI não pode atuar (somente o juiz pode tratar dessas matérias), ocorre o chamado 
postulado de reserva constitucional de jurisdição: 
 
 Busca e apreensão domiciliar: artigo 5º, XI, CF (a casa é asilo inviolável do indivíduo, podendo haver 
busca e apreensão durante o dia por ordem de juiz); 
 
 Interceptação das comunicações telefônicas: artigo 5º, XII (comunicações telefônicas dependem de 
ordem judicial), a CPI não pode determinar a escuta telefônica (“grampo”), a escuta deve ser autorizada 
pelo juiz. A CPI pode, no entanto, quebrar dados (dados telefônicos por exemplo: a CPI pode requisitar 
para a TIM extratos de determinado período de ligações). 
 
 
 
 
 
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XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações 
telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no 
último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei 
estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual 
penal. 
 
 
- Sigilo bancário pode ser quebrado pela CPI? 
Sim. A reserva de jurisdição do artigo 5º, XII é somente para interceptação telefônica e não para sigilo de dados. 
Desta forma, a CPI federal, estadual e distrital e o juiz podem quebrar o sigilo bancário. Não pode quebrar sigilo 
bancário a CPI municipal, o MP, a administração tributária (receita) e polícia. 
 
REXT 389.808 – entendeu o STF que a quebra do sigilo bancário/fiscal depende de autorização judicial, a receita 
federal (administração tributária) não pode quebrar o sigilo bancário, artigo 5º, X, CF (trata do direito à 
intimidade e privacidade). 
 
Ocorre que a CPI tem poder de investigar do juiz e por isso pode quebrar o sigilo bancário, afinal trata-se de sigilo 
de dados. 
 
ACO 730 – precedente da CPI. 
 
A CPI municipal não pode quebrar sigilo bancário porque na federação não existe poder judiciário municipal. 
 
 Ordem de prisão: artigo 5º, LXI, CF. 
 
LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem 
escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente, salvo 
nos casos de transgressão militar ou crime propriamente militar, 
definidos em lei. 
 
Ordem de prisão depende de ordem fundamentada do juiz, CPI somente pode prender em flagrante (exemplo: 
prisão em flagrante por desacato), assim como qualquer cidadão comum, mas CPI jamais poderá expedir 
mandado de prisão. 
 
3) Comissão Mista 
 
Artigo 166, CF. 
 
4) Comissão Representativa 
 
Artigo 58, §4º, CF. 
 
§ 4º - Durante o recesso, haverá uma Comissão representativa do 
Congresso Nacional, eleita por suas Casas na última sessão ordinária 
do período legislativo, com atribuições definidas no regimento 
 
 
 
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comum, cuja composição reproduzirá, quanto possível, a 
proporcionalidade da representação partidária. 
 
3. Imunidades Parlamentares 
 
Trata-se de prerrogativa que decorre do efetivo exercício da função parlamentar, não se trata de direito pessoal. 
 
Pode ser: 
 
a) material: artigo 53, “caput”: 
Art. 53. Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e 
penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos. 
 
Essa prerrogativa não é absoluta, possui um limite. 
Exemplo: deputado Clodovil no parlamento disse que as mulheres só serviam para trabalhar deitadas, não está 
amparado por esta prerrogativa. 
 
b) formal - quando prender e processar um parlamentar: 
 
I) Prisão de parlamentar - artigo 53, §2º, CF: 
 
§ 2º Desde a expedição do diploma, os membros do Congresso 
Nacional não poderão ser presos, salvo em flagrante de crime 
inafiançável. Nesse caso, os autos serão remetidos dentro de vinte e 
quatro horas à Casa respectiva, para que, pelo voto da maioria de 
seus membros, resolva sobre a prisão. 
 
- início da prerrogativa: expedição do diploma. Esta prerrogativa se inicia antes da posse, se inicia na expedição 
do diploma. 
 
- sentido da prerrogativa: só poderão ser presos em flagrante de crime inafiançável. 
 
Artigo 5º, XLII, XLIII, XLIV (crimes inafiançáveis): 
 
XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e 
imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei; 
 
 XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça 
ou anistia a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e 
drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por 
eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo 
evitá-los, se omitirem; 
 
XLIV - constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos 
armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado 
Democrático. 
 
 
 
 
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Artigo 310 do CPP: prisão em flagrante de parlamentar aplica-se este artigo. O juiz (no caso o STF) ao receber o 
auto de prisão em flagrante contra parlamentar pode: relaxar a prisão, converter em prisão preventiva ou 
conceder a liberdadeprovisória. Essa prerrogativa só vale antes do trânsito em julgado da condenação. 
 
II) Processo contra parlamentar: mover ação penal contra deputado ou senador da República em exercício. EC nº 
35/2001 permitiu que o processo contra parlamentar se dê independentemente de autorização da casa, a ação 
penal pode ser iniciada sem qualquer finalidade, ou seja, pode o STF receber a queixa-crime sem autorização da 
casa. A casa pode trancar o andamento da ação penal (imunidade formal do processo) e enquanto durar o 
mandado a ação não corre, assim como não corre a prescrição. Terminado o mandado perde-se a prerrogativa. 
 
§ 5º A sustação do processo suspende a prescrição, enquanto durar o 
mandato. 
 
Artigo 53, §3º, CF. 
 
§ 3º Recebida a denúncia contra o Senador ou Deputado, por crime 
ocorrido após a diplomação, o Supremo Tribunal Federal dará ciência 
à Casa respectiva, que, por iniciativa de partido político nela 
representado e pelo voto da maioria de seus membros, poderá, até a 
decisão final, sustar o andamento da ação. 
 
a) essa prerrogativa se destina a crime ocorrido após a diplomação (o STF decidiu que diplomação e expedição de 
diploma é a mesma coisa, mas se atentar que para a prova que não é a mesma coisa, a banca pode trocar 
diplomação por expedição de diploma). 
 
b) a sustação do andamento da ação se dá por voto aberto e por maioria absoluta. 
 
- Prerrogativa de Foro: prerrogativa que decorre do efetivo exercício da função. Artigo 53, §1º, CF. 
 
§ 1º Os Deputados e Senadores, desde a expedição do diploma, serão 
submetidos a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal. 
 
Artigo 102, I, b, CF – este julgamento é de ação penal, de natureza cível não está abrangida por esta prerrogativa. 
 
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a 
guarda da Constituição, cabendo-lhe: 
I - processar e julgar, originariamente: 
b) nas infrações penais comuns, o Presidente da República, o Vice-
Presidente, os membros do Congresso Nacional, seus próprios 
Ministros e o Procurador-Geral da República. 
 
Exemplo: Candidato a deputado comete homicídio antes das eleições, deve ser condenado pelo júri. Os autos 
estão no júri e ele é eleito, é expedido seu diploma, desde a expedição do diploma ele deve ser condenado pelo 
STF, trata-se se uma exceção à soberania do júri (exceção esta prevista na CF). Se a exceção estiver em qualquer 
outro diploma será uma exceção inconstitucional – súmula vinculante 45: “A competência constitucional do 
 
 
 
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Tribunal do Júri prevalece sobre o foro por prerrogativa de função estabelecido exclusivamente pela Constituição 
Estadual”. 
 
4. Renúncia Manipulativa 
 
(deputado ao ver que será processado renuncia): 
 
A renúncia retira a competência do STF? 
AP 333 – governador entra no restaurante e atira em Tarcísio Burity, houve tentativa de homicídio será 
competente o STJ. Ele se elegeu a senador e os autos foram para o STF. Ele se reelegeu a deputado e foi levado a 
júri. 
 
AP 396 – entendeu o STF que houve renúncia abusiva, renúncia manipulativa e manteve sua competência. 
 
A renúncia caracteriza o fim da competência do STF, salvo se se tratar de renúncia manipulativa, neste caso 
haverá inaceitável fraude processual e abuso de direito. 
 
AP 536 – hipótese de renúncia que o STF não aceitou a tese de manipulação. 
 
5. Perda do mandato em razão de sentença penal transitada em julgado 
 
Artigo 55, §2º, CF - a perda do mandato depende de manifestação da casa. 
 
§ 2º Nos casos dos incisos I, II e VI, a perda do mandato será decidida 
pela Câmara dos Deputados ou pelo Senado Federal, por maioria 
absoluta, mediante provocação da respectiva Mesa ou de partido 
político representado no Congresso Nacional, assegurada ampla 
defesa. 
 
Deve haver: 
 
- maioria absoluta; 
- ampla defesa; 
- voto aberto. 
 
- quebra de decoro: artigo 55, II, CF – ter o deputado votado no processo do seu próprio mandato, violando 
regimento interno e; artigo 55, III, CF - deixar de comparecer, em cada sessão legislativa, à terça parte das sessões 
ordinárias da Casa a que pertencer, salvo licença ou missão por esta autorizada. 
 
PODER JUDICIÁRIO 
 
1. Competências 
 
- artigo 102 – decorar competência do STF; 
- artigo 105 – decorar competência do STJ; 
- artigo 111-A – TST; 
- artigo 115 – TRT; 
 
 
 
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- artigo 119 – TSE; 
- artigo 120 – TER; 
- artigo 123 - STM 
 
2. Garantias da Magistratura 
 
Artigo 95, CF – os juízes gozam das seguintes garantias: 
 
I – vitaliciedade: o juiz só poderá perder seu cargo por sentença judicial transitada em julgado. O vitaliciamento 
ocorre após 2 anos do estágio probatório e em uma sessão solene se reconhece o vitaliciamento. Durante o 
estágio probatório o juiz pode perder o cargo através de processo administrativo. 
 
Exceção: regra do quinto constitucional – no momento da posse há a vitaliciedade, não sendo necessário o 
estágio probatório. 
 
Exceção: ministros do STF podem ser condenados por crime de responsabilidade (artigo 52, II, CF), há condenação 
por ato político do Senado e não por sentença judicial transitada em julgado. 
 
Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal: 
II - processar e julgar os Ministros do Supremo Tribunal Federal, os 
membros do Conselho Nacional de Justiça e do Conselho Nacional do 
Ministério Público, o Procurador-Geral da República e o Advogado-
Geral da União nos crimes de responsabilidade. 
 
II – inamovibilidade: é uma garantia do juiz que só é afastada em caso de interesse público, neste caso, aplica-se 
o artigo 93, VIII, CF. 
 
Art. 93. Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, 
disporá sobre o Estatuto da Magistratura, observados os seguintes 
princípios: 
VIII - o ato de remoção, disponibilidade e aposentadoria do 
magistrado, por interesse público, fundar-se-á em decisão por voto 
da maioria absoluta do respectivo tribunal ou do Conselho Nacional 
de Justiça, assegurada ampla defesa. 
 
O juiz substituto tem a garantia da inamovibilidade? 
O juiz substituto não pode ser um juiz itinerante – MS 27.958 – O STF entendeu que a garantia da inamovibilidade 
alcança o juiz substituto. O juiz não poderá ser movido de uma circunscrição judiciária para outra, mas pode ser 
movido dentro de sua circunscrição judiciária em que estiver locado. 
 
Lei 13.091 de 1º de janeiro de 2015 – R$ 33.763,00 é o novo teto de salário (o que recebe o Ministro do STF). 
 
III – irredutibilidade de subsídios: impossibilidade de redução de salário. 
 
 
 
 
 
 
 
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3. Juiz de paz 
 
Artigo 98, II, CF – é remunerado, composto por cidadão eleito por voto direto, universal e secreto para mandato 
de 4 anos para na forma da lei celebrar casamentos e outras atribuições que a lei der, essas atribuições não 
podem ter caráter jurisdicional, ou seja, juiz de paz não exerce jurisdição. É um cargo eletivo. Para o STF o juiz de 
paz é um órgão do Poder Judiciário brasileiro (artigo 92, VII, CF) (ADI 954) – o juiz de paz é uma magistratura 
especial, eletiva e temporária e goza da inamovibilidade e da irredutibilidade de subsídios. É considerado um juiz 
de Estado. 
 
Art. 98. A União, no Distrito Federal e nos Territórios, e os Estados 
criarão: 
II - justiça de paz, remunerada, composta de cidadãos eleitos pelo 
voto direto, universal e secreto, com mandato de quatro anos e 
competência para, na forma da lei, celebrar casamentos, verificar, de 
ofício ou em face de impugnação apresentada, o processo de 
habilitação e exercer atribuições conciliatórias, sem caráter 
jurisdicional, além de outras previstas na legislação. 
 
Ler e decorar para a prova: 
 
- Artigo 103-A, CF – trata de súmula vinculante; 
- ler todas as súmulas vinculantes; 
- Artigo 103-B – quem integra o CNJ.

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