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Direio Eleitoral Aula 07 Material de Apoio Magistratura

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Magistratura e Ministério Público 
CARREIRAS JURÍDICAS 
Damásio Educacional 
MATERIAL DE APOIO 
 
Disciplina: Direito Eleitoral 
 Professor: Clever Vasconcelos 
Aula: 07 | Data: 10/06/2015 
 
 
ANOTAÇÃO DE AULA 
SUMÁRIO 
 
1. Propaganda Política 
2. Ações Eleitorais 
 
1. Propaganda Política 
 
Propaganda é a difusão de uma mensagem de caráter informativo e persuasivo. 
 
É dividida em: 
 
1) Intrapartidária: é realizada durante o período de 15 dias antes da convenção do partido (a convenção deve ser 
realizada até o dia 30/06). É realizada no ambiente partidário, não pode ir às ruas, é uma propaganda interna. Não 
pode ser realizada na TV e no rádio. 
 
É possível fixação de faixas nas ruas para convencimento dos correligionários? 
É possível, desde que a faixa seja destinada à recepção dos correligionários. Artigo 36, §1º da LE (lei 9504/97). É 
possível o uso de faixa nas cercanias do local da Convenção. 
 
É possível fazer convenção partidária em prédio público? 
Sim, artigo 8º, §2º da LE. É possível as convenções serem realizadas em prédios públicos, desde que outros partidos 
também tenham a oportunidade de realizar. 
 
2) Partidária Gratuita: possui suas regras fixadas no artigo 45 a 49 da LPP (lei 9096/95). Essa propaganda é feita 
fora do período eleitoral, deve ser realizada entre as 19:30 e 22:00. É uma propaganda específica do rádio e da TV. 
É dirigida para os cidadãos, para conquistar sua simpatia em relação ao programa partidário. 
 
Objetivos: 
 
a) divulgar programa ideológico; 
 
b) mensagem de filiados. Quem não é filiado não pode participar dessa propaganda. Não pode existir propaganda 
de pré-candidatos. Não pode haver a trucagem, ou seja, a utilização de recursos tecnológicos (imagens, sons), deve 
haver somente as imagens naturais para não ferir a paridade de armas e o princípio da igualdade (afinal, alguns 
partidos tem mais recursos que outros); 
 
c) 10% do horário de veiculação deve ser destinado à políticas femininas. 
 
3) Eleitoral: artigo 36 a 57 da lei 9504/97 e artigo 240 a 256 do Código Eleitoral. Visa, exclusivamente, a obtenção 
da simpatia do voto do eleitor na campanha eleitoral às vésperas da eleição. Ela não é exclusiva do rádio nem da 
TV, pode ser realizada nas ruas com material de propaganda. 
 
 
 
 
 
 
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O tempo destinado no rádio e na TV é calculado como? 
Artigo 47 da LE: 
- 2/3 do tempo serão distribuídos proporcionalmente de forma a considerar a representação do partido na Câmara 
dos Deputados; 
- 1/3 do tempo será dividido: metade será propaganda igual para todos os partidos e a outra metade levará em 
conta a representação dos partidos na votação da última eleição para Câmara dos Deputados. 
 
O §7º da LE sofreu modificação recente e diz que serão desconsideradas as mudanças de filiação partidária em 
qualquer hipótese. No cálculo eleitoral não se leva em conta as mudanças partidárias. Só metade do 1/3 é que é 
igual para todos, o restante (2/3 e o resto do 1/3) leva em conta a última eleição para a Câmara. 
 
Condutas proibidas: 
 
a) propaganda em camiseta, bonés e chaveiros; 
 
b) brindes ou broches (lixa de unha, régua, pente etc). A proibição é para a propaganda do candidato e não se aplica 
para propaganda somente do partido. Artigo 39, §6º da LE; 
 
c) propaganda em outdoor, artigo 39, §8º, LE; 
 
d) propaganda paga no rádio, TV e internet; 
 
e) showmício para promoção de candidatos, a não ser que o candidato seja o artista, artigo 39, §7º, LE; 
 
f) trio elétrico, artigo 39, X, LE, exceto se for para comício. 
 
Condutas permitidas: 
 
a) é possível a propaganda em bens particulares, é possível a propaganda em residências e muros desde que 
limitados a 4 metros quadrados; 
 
b) não é possível a propaganda em bens públicos (pontes, viadutos, pontos de ônibus etc); 
 
c) propaganda em santinhos, impressos, desde que o material seja identificado com o CNPJ do comitê ou CPF do 
responsável pela confecção, artigo 38, §§1º e 2º da LE; 
 
d) propaganda paga na imprensa escrita, mas deve ser realizada até a antevéspera da eleição, tem que ser realizada 
por edição até 1/8 da página do jornal, com a limitação de até 10 anúncios, ou seja, 10 edições (10 dias). Se for 
revista também pode, até ¼ da página. No anúncio deve ser veiculado quanto foi gasto para cada veiculação. Se o 
jornal tiver a versão na internet não tem problema, pode fazer a propaganda; 
 
Obs: carro de som pode fazer propaganda das 8:00 às 22:00, respeitada a distância de 200 metros de sede de poder 
ou de quartéis militares, de hospitais e casa de saúde. Escola, igreja e teatros se não estiverem funcionado pode 
ser feita a propaganda mesmo dentro do perímetro dos 200 metros quadrados, artigo 39, §3º da LE. 
 
e) Comício pode das 8:00 até as 24:00, artigo 39, §4º, LE; 
 
 
 
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f) Cavaletes, cartazes em via pública: é possível em via pública, desde que sejam móveis (não pode prender num 
poste, por exemplo). Essa propaganda só pode ser realizada das 6:00 às 22:00. Não pode atrapalhar a circulação de 
pessoas e veículos, artigo 37, §6º e §7º, LE. 
 
Propaganda eleitoral na internet: artigo 57-A, LE. É possível em site próprio do candidato, o endereço deve ser 
informado ao partido e o provedor deve ser nacional. 
 
Propaganda eleitoral em twitter, facebook, instagram e demais redes sociais: é possível, desde que feita dentro 
do período eleitoral. 
 
4)Propaganda Política Específica (Institucional): artigo 37, §1º, CF (divulgação dos feitos da Administração Pública 
– dever de informar). Deve ser feita de maneira verídica e objetiva. 
 
 Princípios que regem a Propaganda Política: 
 
Princípio é uma proposição genérica que dá sustentação e validade a uma norma. 
 
1) Legalidade: a propaganda deve ter caráter público, qualquer propaganda ofensiva deve ser rechaçada no 
comportamento dos candidatos, as regras devem estar contidas na lei, o que não está contido na lei não é possível 
exercitar na propaganda política, a propaganda eleitoral, se ofensiva, gera o direito de resposta. 
 
2) Disponibilidade: é possível o partido político dispor da propaganda, não é obrigado a faze-la. Há disponibilidade 
do tempo da propaganda e da não realização dela. 
 
3) Liberdade: liberdade de manifestação de pensamento, sendo vedado o anonimato, a propaganda pode ser 
realizada de forma livre, sem censura, entretanto, se for ofensiva o partido político ou candidato será 
responsabilizado pela sua veiculação. 
 
4) Responsabilidade: eventuais excessos na propaganda política deve ser objeto de consequência em relação a seu 
emissor. 
 
5) Igualdade de oportunidades: de todos os partidos (32 partidos) só 28 tem representação na Câmara dos 
Deputados, mas os demais têm oportunidade de veicular suas ideias com regras fixadas na lei. Os partidos que têm 
mais representação na Câmara tem mais tempo de propaganda eleitoral. 
 
6) Controle Judicial: compete à Justiça Eleitoral coibir eventuais excessos. 
 
 
2. Ações Eleitorais 
 
1) Ação de Impugnação ao Registro da Candidatura (AIRC): artigo 3º ao 14 da LC 64/90 (lei das inelegibilidades). 
Essa ação tem como condição o deferimento de uma candidatura. Visa impedir que o impugnado obtenha a 
continuidade do registro da sua candidatura. Visa combater o vício de inelegibilidade. 
 
 
 
 
 
 
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a) Juízo Competente: artigo 2º, LC 64/90. 
- TSE para eleição para presidente e vice; 
- TER para eleições de governador, vice, senador, deputado estadual, distrital e federal; 
- zona eleitoral para eleição para prefeito, vice e vereador. 
 
b) Prazo para o ajuizamento da ação: 5 dias da publicação do deferimento do registro da candidatura. 
 
c) Legitimidade Ativa: pode propor essa ação (artigo 3º, LC 64/90): 
 
1- Qualquer candidato; 
 
2-Pré-candidato pode ingressar essa ação, desde que seu nome tenha sido homologado na convenção porque já 
terá a expectativa do exercício da candidatura; 
 
3- Partido político. Se o partido político não tiver concorrendo àquela eleição poderá propor essa ação mesmo 
assim; 
 
4- Coligação; 
 
5- Ministério Público. 
 
Eleitor pode ajuizar AIRC? 
Não é legitimado ativo! Eleitor não está previsto no artigo 3º da LC 64/90. 
 
d) Legitimado Passivo: é uma ação de caráter personalíssimo, é uma ação personalíssima porque o impugnado só 
pode ser o candidato que teve o seu registro deferido pela Justiça Eleitoral. O particular não poderá ser réu nessa 
ação, o único réu nessa ação será o candidato. 
 
Há duas eleições: 
- majoritárias: cargos executivos (titular e vice) e cargos para o senado (titular e dois suplentes). Se a impugnação 
for só para o titular o vice será litisconsórcio passivo obrigatório. Se o vice for impugnado o titular será réu também. 
 
Se a ação for julgada faltando 10 dias para a eleição o candidato no não poderá ser substituído, o vice então será 
candidato na condição de titular sem vice. No caso do senado o candidato titular será o primeiro suplente. 
 
- proporcionais: o partido político é litisconsórcio passivo facultativo. 
 
As ações eleitorais não têm efeito suspensivo – informativo TSE 36/2011 e artigo 16-A, LE. 
 
Os votos recebidos pelo candidato impugnado serão considerados inválidos, não se computando sequer para o 
partido ou coligação. 
 
Artigo 16, §1º, LE: as AIRCs devem ser julgadas (em todas as instâncias) até 45 dias antes da eleição, mas esse prazo 
é impróprio, não há penalidade para o não cumprimento desse prazo. 
 
 
 
 
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2) Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE/Representação por abuso do Poder Econômico e/ou Político): 
artigo 22 da LC 64/90. Visa preservar a igualdade de oportunidades (exemplo: combate de doação ilegal) por abuso 
do poder econômico ou do abuso político.

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