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Direio Processo Civil Aula 03 e 04 Material de Apoio Magistratura

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Magistratura e Ministério Público 
CARREIRAS JURÍDICAS 
Damásio Educacional 
Disciplina: Processo Civil 
 Professor: Eduardo Francisco 
Aulas: 03 e 04 | Data: 08/05/2015 
 
 
MATERIAL DE APOIO 
ANOTAÇÃO DE AULA 
SUMÁRIO 
 
AÇÃO 
1. Condições da Ação 
2. Teorias e o Momento da Verificação das Condições da Ação 
3. Carência de Ação 
4. Elementos da Ação 
 
PROCESSO 
1. Pressupostos Processuais 
2. Vícios Processuais 
3. Relação Jurídica Processual 
 
 
AÇÃO 
 
1. Condições da Ação 
 
I.) Legitimidade (aula 02) 
 
– Legitimidade Principal X Legitimidade Subsidiária 
 
Legitimidade Principal: É a regra da Lei. 
 
Legitimidade Subsidiária: Surge pela omissão do legitimado principal. Ex.: Se o cidadão abandona a ação popular 
injustificadamente ou, se a associação vencedora não executa a sentença da ação civil pública o MP passa a ter 
legitimidade. Ex.: Se o titular do direito liquido e certo, notificado judicialmente, não impetrar mandado de 
segurança em 30 dias o titular de direito decorrente passa a ter legitimidade para impetrá-lo. 
 
II.) Interesse de Agir 
Exige necessidade, adequação e utilidade da ação, do provimento jurisdicional pretendido. 
 
Necessidade Real: Decorre da Lide, seja Lide Real ou Lide Presumida. 
 
Necessidade Ficta: Decorre da opção pela via judicial. 
 
Adequação: Exige o uso da ação correta, capaz de gerar um provimento útil ao autor (“utilidade”). 
 Utilidade – A rigor está diretamente ligada a adequação. 
 
Em regra a ação adequada para quem tem título executivo é a execução, o processo de conhecimento é 
inadequado e inútil. A doutrina admite que o credor de obrigação específica (tudo que não é dinheiro), mesmo 
tendo título extrajudicial, ajuíze ação de conhecimento com pedido de tutela antecipada, que na prática é mais 
efetiva. O STJ tem admitido ação de conhecimento de forma generalizada, mesmo quando a obrigação é de 
quantia certa, “por que a parte tem o direito de discutir o crédito”. 
 
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III.) Possibilidade Jurídica do Pedido (não existe no novo CPC) 
É a possibilidade de tutela jurisdicional, ou seja, é a possibilidade de proteção pelo juiz. 
Refere-se ao pedido imediato (aquele que é endereçado ao juiz) o pedido de tutela jurisdicional. 
 
 
2. Teorias e o Momento da Verificação das Condições da Ação 
 
A) Teoria (é chamada de Teoria Concretista) 
O autor tem que provar as condições no início do processo. 
 
B) Teoria da Asserção – Adotada pelo CPC 
As condições, no começo do processo, se não houver provas são analisadas com base nas assertivas da inicial; 
Após a instrução se verificado que as afirmações da inicial são inverídicas a ação será julgada improcedente. 
 
A maioria da doutrina defende a Teoria da Asserção integralmente. Contudo Dinamarco critica essa Teoria, pois 
após a instrução ela transforma as Condições da Ação em Mérito, e a natureza da matéria, ou questão, não muda 
em razão do momento. Para a Teoria da Asserção realmente as condições da ação “se confundem com o mérito”, 
mas para o CPC as condições da ação, tal como todos os requisitos formais e preliminares, são matérias de direito 
processual que nunca se confundem com o mérito. 
 
 Momento da Análise das Condições 
Para a Teoria da Asserção é no começo do processo, no máximo até o saneador (após o saneador vira mérito). 
Para o CPC as condições são analisadas, e devem estra presentes, do início ao fim do processo (durante todo 
processo). 
 
 
3. Carência de Ação 
É a inexistência do direito de ação por falta de uma das condições e gera extinção sem mérito, baseada no art. 
267, VI do CPC. 
 
Carência Superveniente: Quando uma das condições desaparece no curso do processo. 
Em regra é o interesse de agir que desaparece = Perda do Objeto. 
 
Condição Superveniente: Com base na economia e na instrumentalidade se o no curso do processo a condição 
faltante for implementada o juiz deve julgar o mérito. 
 
 
4. Elementos da Ação 
São dados integrantes que identificam a ação. 
 
I.) Partes (elementos subjetivos) 
Parte na ação é o autor (quem postula) e o Réu (contra quem se postula). 
 
Obs.: A ideia de parte no processo é um conceito mais amplo, e inclui todos que participam do processo 
postulando. Inclui autor, réu, terceiros intervenientes, MP fiscal da Lei e o amigo da corte. 
 
Partes da ação no sentido Material: São os titulares do direito material discutido. Ex.: Filho e pai na ação de 
investigação de paternidade. 
 
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Partes da ação no sentido Formal: São os sujeitos que figuram como autor e réu no processo. Na legitimidade 
ordinária parte material e parte formal coincidem. Se houver substituição processual, o substituto é a parte 
formal e o substituído é a parte material. 
 
Para identificar a ação, verificar existência de coisa julgada ou litispendência, leva-se em conta as partes no 
sentido material. 
 
II.) Pedido (elementos objetivos) → Objeto 
É o objeto, é o próprio mérito da ação. Divide-se em: 
 
a. Pedido Imediato: Tem natureza processual, é dirigido ao Estado/Juiz. É o pedido de tutela jurisdicional. 
 
b. Pedido Mediato: Tem natureza de direito material, é dirigido ao réu. É o bem da vida, ou seja, aquilo que de 
fato é útil para o autor. 
 
O pedido imediato tem que ser expresso e certo, dizendo exatamente o tipo de tutela jurisdicional pretendido. O 
pedido mediato tem que ser expresso, certo e determinado, isto é, dizer exatamente qual o bem da vida e a 
quantidade dele. 
 
III.) Causa de Pedir (elemento objetivo) 
São os fatos e os fundamentos jurídicos do pedido. 
 
– Teoria da Individuação: A causa de pedir é só para os fundamentos jurídicos. 
 
– Teoria da Substanciação: São os fatos. Todos concordam que o CPC adotou a Teoria da Substanciação, por 
exigir os fatos além dos fundamentos jurídicos. 
 
A Teoria da Substanciação prestigia o princípio “iuria novit curia” – o juiz conhece o direito. É por isso que na 
prática os fatos são mais importantes que os fundamentos jurídicos. 
 
A causa de pedir tem dois elementos: (a.) Causa de pedir fática e (b.) Causa de pedir jurídica. 
 
Obs.: Na prova evitar as expressões causa de pedir próxima e remota. 
 
 Os elementos da ação também são importantes para: 
1º. Determinar o procedimento 
2º. Fixar a competência 
3º. Para verificar perempção, litispendência, coisa julgada, conexão e continência. 
 
 
Obs.: Exceção no sentido amplo é defesa, que é o reverso do direito de ação e será melhor estudada nas 
respostas do réu. 
 
 
 
 
 
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PROCESSO 
 
O processo é o procedimento animado por uma relação jurídica processual que se desenvolve em contraditório. 
O processo de dois elementos: 
 
1º.) Procedimento 
É a sequência ordenada de atos, tendentes ao ato fim que é o provimento jurisdicional. 
 
Obs.: Todo procedimento é sequência de atos, mas a sequência pode variar em vários aspectos, por isso é que há 
procedimentos comuns e procedimentos especiais. 
 
2º.) Relação Jurídica Processual 
É o vínculo que une autor, juiz e réu, criando direitos e deveres entre eles no processo. Só haverá processo válido 
quando os atos do procedimento forem praticados no exercício de direitos e deveres que nascem de uma relação 
jurídica processual existente e válida. 
 
É majoritário o entendimento que o processo tem natureza jurídica de relação jurídica. 
 
 
1. Pressupostos Processuais 
São requisitos formais de existência e validade do processo. 
 
A) Pressupostos de Existência 
 
1) Jurisdição / Investidura 
 
2) Provocação / Demanda 
 
3) Capacidade para ser Parte: É a capacidade para ser titular de direitos e deveres no processo. Exige 
personalidade natural ou jurídica. Excepcionalmente a Lei dá capacidade para entes sem personalidades (ex.: art. 
12 do CPC – espólio, massa falida,condomínio edilício). Também o nascituro, o MP, a Câmara Municipal e a 
Assembleia Legislativa tem capacidade para ser parte (Súmula 525 do STJ). 
 
Obs.: A capacidade para ser partes também é chamada de “Capacidade Judiciária” pelo STJ na Súmula 525. 
 
STJ, 525. A Câmara de vereadores não possui personalidade jurídica, 
apenas personalidade judiciária, somente podendo demandar em 
juízo para defender os seus direitos institucionais. 
 
Obs.: Parta da doutrina entende que capacidade para ser parte é pressuposto de validade, mas se processo é 
relação que cria diretos e deveres não tem como existir em relação com quem não tem capacidade para ser 
parte. 
 
4) Capacidade Postulatória 
É habitação técnica, em regra exige OAB. Dispensa-se a OAB: 
1º. Quando não houver advogado disponível na comarca (art. 36, CPC). 
 
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Art. 36, CPC. A parte será representada em juízo por advogado 
legalmente habilitado. Ser-lhe-á lícito, no entanto, postular em causa 
própria, quando tiver habilitação legal ou, não a tendo, no caso de 
falta de advogado no lugar ou recusa ou impedimento dos que 
houver. 
2º. Juizado Especial até 20 salários mínimos. 
3º. Ação de alimentos. 
4º. Habeas corpus. 
 
A Súmula 115 do STJ considera inexistente o recurso assinado por advogado que não tem procuração nos autos. 
 
STJ, 115. Na instância especial é inexistente recurso interposto por 
Advogado sem procuração nos autos. 
 
5) Citação 
Nery e Arruda Alvim entendem que a citação é pressuposto de existência: Se o réu não for citado não existe 
processo em relação a ele. 
 
B) Pressupostos de Validade 
 
1) Competência Absoluta 
 
2) Inicial Apta 
 
3) Capacidade Processual: Também é chamada de capacidade para estar em juízo. Exige capacidade civil, assim, o 
absolutamente incapaz será representado e o relativamente incapaz será assistido. 
 
4) “Legitimatio ad processum”: A doutrina trata desse pressuposto de duas formas. 
 
1ª Ideia: É a mistura de legitimidade para ação com a capacidade processual, tal como o eleitor menor na ação 
popular tem que estar assistido por seu representante para ter “legitimatio ad processum” (é a ideia mais 
difundida). 
 
2ª Ideia: Outros entendem que é um requisito a mais, além da legitimidade e da capacidade. Exemplo: O autor 
casado para ação real imobiliária precisa da autorização do cônjuge. 
 
5) Imparcialidade: O juiz não pode ser suspeito nem impedido. 
 
6) Citação Válida: Para Dinamarco, Barbosa Moreira e o art. 214 do CPC a citação válida é pressuposto de 
validade (na prova só marcar pressuposto de existência se ficar evidente no enunciado que não houve citação). 
 
Art. 214, CPC. Para a validade do processo é indispensável a citação 
inicial do réu. 
§ 1o O comparecimento espontâneo do réu supre, entretanto, a falta 
de citação. 
 
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 § 2o Comparecendo o réu apenas para arguir a nulidade e sendo esta 
decretada, considerar-se-á feita a citação na data em que ele ou seu 
advogado for intimado da decisão. 
 
Obs1: A citação deixa de ser um pressuposto quando expressamente ou tacitamente dispensada pela Lei, como 
ocorre no 285-A e no art. 295, ambos do CPC. 
 
Art. 285-A, CPC. Quando a matéria controvertida for unicamente de 
direito e no juízo já houver sido proferida sentença de total 
improcedência em outros casos idênticos, poderá ser dispensada a 
citação e proferida sentença, reproduzindo-se o teor da 
anteriormente prolatada. 
 
Obs2: Esses são os principais pressupostos, existem outros e que sempre serão enquadrados como de existência 
ou de validade. 
 
C) Pressupostos Positivos 
São requisitos que precisam estar presentes. Ex.: Os 11 pressupostos apresentados até agora são todos positivos, 
eles tem que estar pressentes. 
 
D) Pressupostos Negativos 
São fenômenos ou fatos que não podem ocorrer, sob pena de vício (processo inexistente ou processo nulo). 
Os principais pressupostos negativos são: 
. Coisa Julgada 
. Litispendência 
. Perempção 
. Convenção de arbitragem 
. Dolo ou Conluio entre as partes 
. Falta de pagamento das custas de ação anterior idêntica 
 
Tudo que a Lei exige sob pena de nulidade é pressuposto de validade (ex.: a citação dos litisconsortes necessários 
– art. 47, CPC; intervenção do MP quando obrigatória – art. 246, CPC). 
 
Art. 47, CPC. Há litisconsórcio necessário, quando, por disposição de lei ou 
pela natureza da relação jurídica, o juiz tiver de decidir a lide de modo 
uniforme para todas as partes; caso em que a eficácia da sentença 
dependerá da citação de todos os litisconsortes no processo. 
 
Art. 246, CPC. É nulo o processo, quando o Ministério Público não for 
intimado a acompanhar o feito em que deva intervir. 
 
Tudo que a lei proíbe sobe pena de nulidade é pressuposto negativo (ex.: incompetência absoluta; inépcia da 
inicial). 
 
 
 
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E) Pressupostos Subjetivos 
São requisitos relativos aos sujeitos do processo. 
 
1) Juiz 
. Investidura 
. Competência 
. Imparcialidade 
 
2) Partes 
. 3 Capacidades 
. “Legitimatio ad processum” 
 
F) Pressupostos Objetivos 
São requisitos relacionados aos fatos ou atos do processo (ex.: todos os pressupostos negativos; provocação; 
inicial apta; citação). 
 
G) Pressupostos Intrínsecos 
São os pressupostos internos, analisados dentro do processo (ex.: convenção de arbitragem; dolo ou conluio 
entre as partes; todos os pressupostos positivos, exceto jurisdição e investidura). 
 
H) Pressupostos Extrínsecos ou Externos 
São requisitos cuja analise leva em conta dados de fora do processo (ex.: jurisdição e investidura; todos os demais 
pressupostos negativos). 
 
2. Vícios Processuais 
Os pressupostos processuais são determinantes para o estudo dos vícios processuais. 
 
a. Violado pressuposto de existência = vício de inexistência jurídica 
Como consequência esse vício é insanável e pode ser alegado ou reconhecido de oficio a qualquer tempo durante 
o processo e após o “trânsito em julgado” cabe Querella ou Ação Declaratória a qualquer tempo. 
 
b. Violado pressuposto de validade = vício de nulidade 
A nulidade varia em grau: 
 
b.1. Nulidade Relativa 
Depende de alegação e prova do prejuízo, devendo ser apresentada na primeira oportunidade, porque esse vício 
sana-se pela preclusão. 
 
b.2. Nulidade Absoluta 
Pode ser alegada ou reconhecida de ofício a qualquer tempo no processo, o prejuízo é presumido. 
Ela também se convalida, ou seja, é sanável: 
. Com o decurso do prazo de rescisória (2 anos). 
. Com o trânsito em julgado, quando o vício não permite rescisória (ex.: suspeição). 
 
Obs.: Regra: nulidade processual sempre se sana ou convalida, mas quanto mais grave, mais demora para o vício 
ficar superado. Exceção: nulidade insanável. 
 
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b.3. Nulidade Insanável 
Só existe para quem entende que Citação é pressuposto de validade, que quando violada gera nulidade insanável, 
como Dinamarco, Barbosa Moreira e muitos outros – O vício de citação que impede o réu de comparecer e se 
defender são insanáveis e pode: 
. Ser legado ou reconhecido de ofício a qualquer tempo 
. Após o trânsito em julgado cabe rescisória 
. Mesmo após o prazo de ação rescisória cabe Querella a qualquer tempo 
 
Obs.: A rigor se o processo for inexistente não existe coisa julgada material que é o pressuposto básico de uma 
rescisória, é por isso que o ideal é ajuizar a Querella desde logo. 
 
Obs.: Só cabe Querella se além de revel o réu nunca compareceu ao processo em razão do vício de citação. O 
comparecimento do réu em qualquer fase supre a citação e cabe ao juiz decidir sobre a nulidade do processo. 
 
- Rescisória 
A rescisória tem natureza desconstitutiva, é no Tribunal, só nas hipóteses do art. 485 do CPC, e tem prazo 
decadencial de 2 anos.- “Querella Nulitatis Insanable” 
É uma ação de natureza declaratória, é no 1º Grau, imprescritível e só cabe no caso de nulidade insanável de 
citação, e mais recentemente também por violação a pressuposto de existência (há na doutrina quem prefira no 
último caso ação declaratória de inexistência, mas a rigor a essência é a mesma, o reconhecimento de um vício 
insanável). 
 
 
3. Relação Jurídica Processual 
A relação jurídica processual tem cinco características: 
 
a) Autonomia: Ela é diferente da relação material. 
 
b) Direito Público: O principal sujeito é o Estado/Juiz. 
 
c) Dinâmica: É dinâmica porque se movimenta, isto é, se desenvolve no tempo. 
 
d) Complexa: Significa que envolve várias situações jurídicas. 
. Situações Jurídicas ativas (poderes, direitos e faculdade) 
. Situações Jurídicas passivas (estado de sujeição, deveres, e ônus) 
 
e) Una: O seu movimento e as inúmeras situações jurídicas formam um conjunto único e indivisível. 
 
 
4. Substituição das Partes (art. 41 a 43 do CPC) 
Substituição das partes é sinônimo de Sucessão Processual e ocorre quando alguém passa a ocupar o polo da 
ação, no lugar do autor ou réu originário. Seja em razão da morte ou por ato inter vivos. Ex.: A morte da parte faz 
com que o espólio ou seus sucessores assumam o polo da ação. 
 
 
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A substituição das partes só é possível nos casos autorizados pela lei. No caso da alienação de objeto litigioso 
(inter vivos) o adquirente só pode assumir o lugar do alienante se houver o consentimento do adversário (art. 42, 
CPC). Se não houver a concordância da outra parte o adquirente só pode ser assistente do alienante. 
 
Art. 42, CPC. A alienação da coisa ou do direito litigioso, a título 
particular, por ato entre vivos, não altera a legitimidade das partes. 
§ 1º O adquirente ou o cessionário não poderá ingressar em juízo, 
substituindo o alienante, ou o cedente, sem que o consinta a parte 
contrária. 
§ 2º O adquirente ou o cessionário poderá, no entanto, intervir no 
processo, assistindo o alienante ou o cedente. 
§ 3º A sentença, proferida entre as partes originárias, estende os 
seus efeitos ao adquirente ou ao cessionário. 
 
 
Substituição das partes: É sucessão processual, e significa troca das partes da ação. 
 
Substituição processual: Significa legitimidade extraordinária, é agir em nome próprio em defesa de direito alheio. 
 
 
Próxima aula 
- Litisconsórcio 
- Intervenção de 3ºs

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