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Direio Processo Penal Aula 1 09 Material de Apoio Magistratura

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Magistratura e Ministério Público 
CARREIRAS JURÍDICAS 
Damásio Educacional 
MATERIAL DE APOIO 
 
Disciplina: Direito Processual Penal 
 Professor: André Estefam 
Aula: 09 | Data: 06/04/2015 
 
 
ANOTAÇÃO DE AULA 
SUMÁRIO 
 
TRIBUNAL DO JÚRI 
1. Pronúncia 
2. Impronúncia 
3. Absolvição Sumária 
4. Desclassificação 
 
2ª FASE DO RITO DO JÚRI 
1. Sessão de julgamento 
 
 
TRIBUNAL DO JÚRI 
 
1. Pronúncia (art. 413, CPP) 
 
– Efeitos da pronúncia 
 
a) Submissão do réu ao júri 
 
b) Fixar a classificação jurídica do fato 
 
. Circunstâncias do crime: O magistrado deve obrigatoriamente verificar a existência de qualificadoras e causa de 
aumento. É uma verificação de pertinência, em que o juiz deve: 
- Manter as circunstâncias indicadas na denúncia – Bastam indícios. 
- Excluir circunstância indicadas na denúncia – Excesso de acusação. 
- Incluir circunstância não indicadas na denúncia – Bastam indícios. (emendatio ou; mutatio libelli - art. 384, CPP). 
 
. Mutabilidade: A classificação jurídica do fato não é imutável uma vez que pode ser modificada por fato 
superveniente. Ex.: Morte da vítima – réu indiciado por tentativa, mas durante o processe a vítima falece em 
razão dos ferimentos causados pelo réu – Verificada a mudança da pronúncia todos os atos já praticados, após a 
pronúncia, terão que ser refeitos. 
 
c) Interrupção da prescrição (Súmula 191 do STJ) 
 
STJ, 191. A pronúncia é causa interruptiva da prescrição, ainda que o 
Tribunal do Júri venha a desclassificar o crime. 
 
(d) Prisão do réu (não existe mais como efeito automático – art. 413, §3º) 
 
 
 
 
 
 
 Página 2 de 6 
 
 Intimação do réu 
O réu deve ser intimado pessoalmente. Quando não for localizado deve ser expedido edital. 
 
“Crise de instância” → Era a situação em que, no caso de crime inafiançável, se o réu não era localizado para 
intimação, o processo ficava paralisado, pois só era possível a intimação pessoal. Quando a lei foi alterada em 
2008, em todos os processos foram elaborados editais para citação, pois a regra processual penal tem aplicação 
imediata. 
 
 
2. Impronúncia (art. 414) 
É a decisão que julga inadmissível a pronúncia. Ocorre quando o juiz não detecta a presença de materialidade ou 
indícios de autoria ou participação. É uma decisão interlocutória mista terminativa que produz coisa julgada 
formal. 
Art. 414. Não se convencendo da materialidade do fato ou da 
existência de indícios suficientes de autoria ou de participação, o juiz, 
fundamentadamente, impronunciará o acusado. 
 
Enquanto não ocorrer a extinção da punibilidade é possível oferecer nova denúncia (repete todo o sumário da 
culpa), quando presentes provas, substancialmente novas, capazes de suprir a carência que existia para 
demonstrar a materialidade ou autoria. 
 
Obs.: No caso de impronúncia o crime conexo é remetido ao juiz competente. 
 
 Despronúncia 
É a decisão que revoga a pronúncia, declarando inadmissível a acusação perante o júri. Para que ocorra é 
necessário a interposição de RESE de uma decisão de pronúncia. Pode ocorrer pelo juízo de retratação ou pela 
decisão do Tribunal. 
 
 
3. Absolvição Sumária (art. 415, CPP) 
Não confundir com a absolvição sumária do art. 397 do CPP. 
Exige a certeza da inocência do réu. Os fundamentos para absolvição sumária são: 
a) Inexistência material do fato 
b) Negativa de autoria 
c) Atipicidade do fato 
d) Exclusão de ilicitude 
 
e) Excludente de culpabilidade 
- Erro de proibição escusável (art. 21, CP) – é possível 
- Inexigibilidade de conduta diversa (art. 22, CP) – é possível 
- Inimputabilidade pela menoridade (art. 27, CP) – nulidade do processo e remessa para vara da infância e 
juventude 
 
 
 
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- Inimputabilidade pela embriagues completa e involuntária (Teoria da actio libere em causa) (CP, 28) – é possível 
 
- Inimputabilidade por doença mental (art. 26, CP): Haverá o reconhecimento de medida de segurança. (art. 415, 
parágrafo único do CPP). Quando for a única tese de defesa é cabível a absolvição sumária imprópria. Se houver 
qualquer outra tese o réu é mandado ao júri. 
 
 
4. Desclassificação (art. 419, CPP) 
Quando houver certeza que o fato não constitui crime dolos contra a vida, mas sim um crime de competência do 
juízo singular. A excepcionalidade se dá em nome da preservação da competência privativa do júri. 
 
– Procedimento 
 
Juízo com competência cumulativa (vara única): O juiz profere a desclassificação; Aplica a mutatio libelli (art. 384, 
CPP); Profere a sentença. 
 
Juízo com competência privativa (vara privativa do júri): O juiz profere a desclassificação; Aguarda-se a preclusão 
(prazo para recurso); Remessa ao juízo competente; Aplica a mutatio libelli (art. 384, CPP); Profere a sentença. 
É cabível o conflito de competência quando o juiz que recebe o processo não concorda. 
 
 
 
2ª FASE DO RITO DO JÚRI 
 
Preclusão 
da pronúncia Saneador 
 
 Requerimento Sessão de julgamento 
 de provas (422) 
 
 
Desaforamento (427/428) 
 
 
1) Requerimento de provas (art. 422, CPP) 
No prazo sucessivo de 5 dias (primeiro para acuação e depois para defesa). É possível realizar: 
. Requerimento de diligências 
. Juntada de documentos (art. 479 do CPP) 
. Rol de testemunhas (até 5 testemunhas - cláusula de imprescindibilidade) 
 
Cláusula de imprescindibilidade: Se a testemunhas for arrolada como imprescindível, a realização do julgamento 
ficará condicionada a oitiva da testemunha. Se o julgamento for realizado haverá nulidade absoluta. Contudo a 
cláusula é ineficaz (vai haver júri mesmo sem a testemunha) quando ambas as partes desistem do depoimento, 
ou, a testemunha não é localizada, ou, quanto se trata de testemunha fora da terra (quem reside em outro foro). 
 
 
 
 
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2) Saneador 
Sanar as nulidades. 
Requisitar diligências. 
Designar a audiência de julgamento. 
Elaborar relatório. 
 
 
1. Sessão de julgamento 
1) Instalação da sessão 
2) Formação do conselho de sentença 
3) Instrução 
4) Debates 
5) Julgamento 
 
 
1) Instalação da sessão 
Aqui o juiz verifica se há o foro mínimo de 15 jurados (incluindo os jurados suspeitos e impedidos), dos 25 
convocados. Também inicia o pregão (art. 571, CPP): É o momento fatal para arguição de nulidades relativas 
posteriores a pronúncia. 
 
 
2) Formação do conselho de sentença 
É a escolha dos 7 jurados. Aqui é possível formular as recusas: 
 
a) Recusas peremptórias 
Não precisa ser acompanhada de justificativa, e podem ser apresentadas no máximo 3 vezes. 
 
b) Recusas motivadas 
Devem ser acompanhadas de justificativa e o juiz pode recusar. 
As justificativas estão nos artigos 477 e 488 do CPP. 
Podem ser apresentadas quantas forem necessárias. 
 
 
3) Instrução 
- Declarações do ofendido 
- Testemunhas de acusação 
- Testemunhas de defesa 
- Leitura de peças 
- Intimação do réu 
 
Leitura de peças: De eventuais provas colhidas por precatórias ou provas urgentes e não repetíveis. São provas 
que não puderam ser colhidas na frente dos jurados. 
 
 
 
 
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4) Debates orais 
 1 Réu 2 ou mais Réus 
- Fala Acusação 1h 30m 2h 30m 
- Fala Defesa 1h 30m 2h 30m 
- Réplica 1h 2h 
- Tréplica 1h 2h 
 
 
Aparte (art. 497, XII): Se o aparte for concedido gera um acréscimo de 3 min na fala do orador interrompido. 
 
Limites argumentativos (art. 478): São limitações para ambas as partes. 
 
Réplica: É faculdade da acusação. Se o MP não desejar fazer uso da réplica, é fundamental que não faça qualquer 
comentário quanto a argumentação da defesa. 
 
Tréplica: Só haverá tréplica quando houve réplica. 
 
A defesa pode apresentarna tréplica inovação substancial de tese? 
Para o professor Nucci é possível em razão do princípio da plenitude de defesa (Tese só para Magis). 
Para o professor Damásio não é possível em razão do princípio do contraditório (Tese para Magis e MP). 
 
 
5) Julgamento 
É no julgamento que são elaborados os quesitos. Os quesitos têm como: 
 
. Fonte: Pronúncia e decisões confirmatórias, alegações das partes, interrogatório do réu. 
 
. Regras (art. 483 e STF 156 e 162): Os quesitos devem ser elaborados de forma simples e clara, em proposições 
afirmativas, sob pena de nulidade absoluta; Deve haver um questionário para cada réu e uma série de quesitos 
para cada crime; A falta de quesito obrigatório gera nulidade absoluta. 
 
. Ordem dos quesitos: 
1º - Materialidade* 
2º- Autoria e participação* 
3º - “animus mecandi” (crimes tentados)* / Eventuais teses desclassificatórias (crimes consumados) 
4º - Quesito absolutório* 
5º - Teses defensivas 
6º - Qualificadoras 
7º - Causas de aumento 
 
 
 
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(*) São quesitos obrigatórios 
 Veredictos 
Em razão das respostas é possível: 
 
a) Veredicto absolutório 
O juiz deve indicar um dos fundamentos do art. 386 na sentença. O júri julga o crime conexo. 
 
b) Veredicto condenatório 
O juiz faz a dessimetria da pena (art. 387). O júri julga o crime conexo. 
 
c) Veredicto de Desclassificação 
O juiz deve julgar ou aplicar a Lei 9.099 (art. 492, §2º). O juiz presidente julga o crime conexo.

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