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* * Instituições Romanas * * Direito de Família Em Direito Romano, a palavra família pode ser usada tanto às coisas quanto às pessoas. Aplicada às coisas, tem o sentido de indicar o conjunto de um patrimônio, aplicada às pessoas, família significa todos e tudo sob o poder do pater familias. * * Em Roma a família poderia ser formada por agnatio (vínculo jurídico) ou cognatio (vínculo de sangue) * * O Pátrio Poder A História do Direito Romano muito tem a ver com o Pátrio Poder (patria potestas) exclusivo do pater familias, que só poderia ser homem. Durante quase toda a História do Direito Romano, o poder do pater familias era absoluto, de vida e morte sobre todos da família. Os filhos recém-nascidos podiam ser deixados para morrer, ou, em qualquer idade, ser vendidos, se ele quisesse. * * Poderes do Pater Familias 1. Patria potestas – sobre os filhos; 2. Manus – sobre a esposa; 3. Dominica potestas – sobre os escravos; 4. Mancipium – sobre pessoas livres alien iuris que passaram de um pater familias a outro pela venda, por exemplo. * * Extinção do Pátrio Poder Morte do pater familias; Morte do alien iuris; Perda da cidadania ou liberdade do pater familias; Adoção por outro do alien iuris; Emancipação do filho alien iuris; Casamento cum manu da filha. * * Casamento O casamento, em uma sociedade que tem na família o centro do poder, é sem dúvida da mais alta importância. Existem duas espécies de casamento entre os romanos: cum manu e sine manu. * * Casamento cum manu: a mulher saía da dependência do seu próprio pater familias para entrar na dependência do marido e do pater familias da família do marido. Espécies de manus: confarreatio (formalidade religiosa); coemptio (venda da noiva) e usus (convívio marital por mais de um ano). * * Casamento sine manu: foi o que prevaleceu em Roma. A mulher continuava sob o poder de seu próprio pater familias, conservando, assim, os direitos sucessórios de sua família de origem. * * Impedimentos para casar Loucura; Consaguinidade (em linha reta e colateral até o terceiro grau); Parentesco adotivo; Diferença de camadas sociais; Soldado em campanha; Tutor e pupila; O fato de já ser casado. * * Divórcio Como o casamento em Roma baseava-se no consentimento, mesmo que relativo, jamais foi uma instituição indissolúvel. No início da História romana, o divórcio só era possível por vontade do marido que tivesse algo contra a esposa. Esta, por sua vez, só descasava-se no caso de perda da cidadania do esposo, na verdade, havia a dissolução do casamento, não o divórcio. * * Adoção A adoção em Roma era corriqueira e bastante aceita pela sociedade. Formas: adrogatio (era a adoção de um pater familias por outro) e adoptio (era a adoção de um indivíduo sui iuris) * * Tutela e Curatela Ambas têm por finalidade dar meios para que uma pessoa sem condições de fazê-lo sozinha possa ter os seus bens cuidados. A tutela existia pela incapacidade por idade ou sexo e visava a proteger os interesses da família. A curatela visava a cuidar de interesses patrimoniais em casos excepcionais de incapacidade como loucura e prodigalidade. * * Delitos No início da História Romana, não havia limites para a represália quando um indivíduo cometia um crime. Era de livre vontade do ofendido a vingança. Com o fortalecimento do Estado e das instituições, foram estabelecidas condições para o exercício da vingança. Esta só poderia ser efetuada se o criminoso fosse pego em flagrante e, mesmo assim, os limites da represália foram limitados (pena de Talião). * * Para os romanos um indivíduo não poderia pagar pelo crime de outro (individualização da pena). Os romanos previam a legítima defesa. Os romanos tinham uma moderna noção de justiça e consagraram a máxima: “Mais vale deixar impune o culpado que condenar o inocente”. * * Princípio da causalidade: o nexo que liga o delito ao seu autor já era previsto de duas formas: o dolo e a culpa. Imputabilidade: não era plena e bem delineada, mas os romanos já tratavam de algumas imputabilidades: os impúberes eram semi-imputáveis, os dementes eram inimputáveis etc. * * Extinção da punibilidade: se dava pelo cumprimento da pena, pelo perdão, pela prescrição (para o homicídio não havia prescrição) e por morte do que cometeu o delito. Retroatividade da Lei Penal: o que hoje é inconcebível, para os romanos não era, ou seja, era comum que crimes pudessem receber pena, mesmo que a lei fosse posterior. * * Os advogados em Roma Ser advogado em Roma era quase uma tendência natural, visto que os romanos, durante todo o período republicano, tinham enorme apreço pela oratória, considerada uma arte e algo a ser cultivado e admirado. É na República que há o casamento entre advocacia, e política, já que o recebimento de honorários era proibido, sendo o status e o apoio eleitoral a recompensa dos advogado. * * Com o Império, a carreira política perdeu sua importância e logo o Imperador Cláudio permitiu os honorários advocatícios. Então, somente após o Imperador Cláudio é que a advocacia ganha status de profissão.
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