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Somo seres biologicamente sociais (Morin, 1990) Filogênese e ontogênese: o desenvolvimento do Sistema Nervoso Central Humano Cultura: o que define o humano Linguagem: o domínio do simbólico Ao nascer o indivíduo encontra um sistema sócio- cultural já existente Sociedade: “rede de inter-relações individuais em constante mobilidade” Indivíduo histórico cultural: é também um ser biológico, que se constitui nas redes de inter- relações sociais. Mente não é uma substância, mas resultado de relações em constante transformação. (Bonin, 2001) Indivíduo: relação interpessoal auto- gerenciamento e planejamento intrapessoal da sua própria atividade (desenvolvimento infantil) Interiorização de regras relaciona-se com a aparição da linguagem. Os papéis e as instituições humanas se originam de inter-relações pessoais que são cristalizadas através de regras. Envolvem a utilização de determinados materiais, artefatos e códigos. Relações indivíduos e sociedade/cultura são complexas e dialéticas. Vygotsky: “as influências do meio variam de acordo com as propriedades psicológicas” de cada indivíduo (Bozhovich, citado por González-Rey, 2004) O que garante a relação partes-todo é o papel central do agente: o ser humano que age, sente e pensa e que está sempre dentro de um contexto enquanto se move para além deste por meio de suas ações orientadas para metas. Cultura: conjunto de hábitos , instrumentos, objetos de arte, tipos de relações interpessoais, regras sociais e instituições em um dado grupo. O termo “cultura” e seu uso em diferentes discursos. Quatro perspectivas: Dualismo: cultura e mente separadas Cultura variável independente e atividade mental e comportamento variável dependente O mental = processador interno A pessoa não era considerado como ativo intencional Perspectiva dominante entre as décadas de 60 e 70 Mente inserida nas práticas e atividades culturais Importante prestar atenção a práticas locais É necessário entender os processos no contexto da atividade grupal Teoria Histórico-cultural = o uso de artefatos são aprendidos no contexto das atividades de um grupo através de gerações. O que ocorre no plano interpessoal passa para o plano intrapessoal. (zona de desenvolvimento proximal) Participação ativa dos indivíduos Tradição cultural: se faz nas ações e interpretações cotidianas que são transmitidas na história de um grupo Cultura na mente ou Narrativa dos atores culturais As tarefas cognitivas não são mais unidades de análise. Supõe descrições sobre modos de pensar e agir que incluem ações, situações e intenções. Cultura como sistema simbólico = qualquer percepção ou ação seria mediada pelo simbólico. A cultura e a pessoa/ Psicologia Cultural Propõe cultura na pessoa. A pessoa é um agente intencional em um mundo de objetos culturais. O mundo é constituído de interpretações. As relações interpessoais revelam intenções e ironias sobre a própria intenção através de gestos significativos. As relações interpessoais são uma conversação de gestos (Mead) O ser humano dentro do sistema cultural é um sujeito ativo: tomam posições, fazem novas interpretações, constrói criativamente e coletivamente um processo cultural em determinada época histórica. Teoria histórico-cultural = a mente não está no corpo e nem nos instrumentos, mas se revela através de atividades humanas, na cultura. A ênfase está nas atividades, nos objetos, nos artefatos e nos símbolos compartilhados O ser humano é criado dentro de instituições e que pode, coletivamente, alterá-las, assim como é por elas afetado. Sentido subjetivo (Vygostsky) › Todos os fatos psicológicos que surgem na consciência em decorrência de uma palavra, objeto, situação, etc. › Fonte essencial do processo de subjetivação- define o que o indivíduo experimenta psicologicamente › Articula o mundo psicológico, constituído historicamente, e a experiência atual. › Formação dinâmica, fluída e complexa, com inúmeras zonas de instabilidade. Sentido subjetivo (Vygostsky) › A produção individual de sentido tem sua gênese na experiência social concreta › Sentido subjetivo integra de maneira indissolúvel a história do sujeito e contexto sócio-cultural da experiência subjetivada, ocasionando diferentes emoções, representações, condutas, etc. › Não há oposição/dicotomia entre indivíduo e sociedade/cultura › (González-Rey, 2004) Não é uma entidade causal externa com impacto sobre a emoção, cognição e o comportamento humanos. Cultura é o núcleo inerente às funções psicológicas humanas, consistindo em mediadores semióticos e padrões de ação significativa – indissociáveis do nosso sentir, agir, pensar. Enfoque semiótico da mente: diálogos de vozes, que incluem conformidade contradição e discordância e nos quais se inserem a narrativa da cultura O “eu” é construído através da conversação de gestos em determinados grupos sociais. (Mead) Eu (decide sobre o curso das ações) X me ou mim (envolve autoestima e imagem de si próprio) (Mead, citado por Bonin, 2001) Por exemplo: Cultura Japonesa (interdependente - grupal) X Cultura Estadunidense (independente – individualista) Sociedade ocidental atual = as pessoas podem se representar como seres isolados (paradigma atual) Importante considerar a diversidade cultural “A medida que os atores negociam, o contexto tanto favorece quanto restringe seus desempenhos. Isso ocorre mediante as lógicas culturais que suas comunidades permitem, mas também dependem de como atores utilizam as ferramentas culturais disponíveis para agir no (e sobre) o mundo” (Fine & Fields, 2008, p. 141). Orientação semiótica mediacional (Boesch, Lonner & Hayes, Valsiner)
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