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NIETZSCHE Vida, obra e contribuiçoes para a Terapia Existencialista

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“ É preciso ter um caos dentro de si para dar à luz uma estrela cintilante”
(Friedrich Nietzsche)
BIOGRAFIA:
Friedrich Wilhelm Nietzsche nasceu numa família luterana, em 15 de outubro de 1844. Seu pai, Karl Ludwig, veio a falecer quando o filho tinha cinco anos. Nietzsche passou a sua infância em Naumburg, uma pequena cidade da Alemanha às margens do rio Saale, onde cresceu em companhia da mãe, tias e avó. Como o pai e os dois avôs eram pastores, ele cresceu praticamente direcionado para a mesma vocação. Entre as crianças, seu apelido era ‘o pequeno pastor’, pois era um aluno exemplar e obediente.
O próprio Nietzsche pensou em seguir a carreira de pastor, entretanto, aos 14 anos, em consequência de sua dedicação aos estudos, obteve uma bolsa na renomada escola de Pforta, pela qual passaram, entre outros, o poeta Novalis e o filósofo Fichte, lá, ele entrou em contato com os escritos de Schiller, Hölderlin e Byron, os quais marcaram definitivamente seu pensamento. Ganhou fluência em grego e latim, fundou uma sociedade artística e literária com os colegas, graças à qual esboçou seus primeiros poemas e produziu suas primeiras melodias, e, ao mesmo tempo, começou a questionar os ensinamentos do cristianismo. 
Buscando um melhor conhecimento, iniciou seus estudos no semestre de inverno de 1864-1865 na Universidade de Bonn em filologia clássica e teologia evangélica, Seus estudos, principalmente os de filologia, o distanciaram da crença em Deus e de qualquer inclinação para as pesquisas teológicas. Os estudos filológicos - que englobavam não só a história das formas que povoam a literatura, mas também a pesquisa sobre os mecanismos pré-estabelecidos que regem a sociedade e os conhecimentos sobre a mentalidade vigente - foram definitivos para sua decisão de se afastar da teologia.
Convocado para o Exército em 1867, escapou da atividade devido a uma queda durante uma cavalgada. Convencido pelo professor Friedrich Wilhelm Ritschl (figura paterna para Nietzsche), transferiu-se, depois, para a Universidade de Leipzig. Durante os seus estudos nesta universidade, a leitura de Schopenhauer ("O Mundo como Vontade e Representação", 1820) veio a constituir as premissas da sua vocação filosófica, uma vez que o ceticismo deste filósofo o atrai irresistivelmente, bem como suas preocupações estéticas.
Aluno brilhante, dotado de sólida formação clássica, Nietzsche foi nomeado, aos 24 anos, professor de filologia na universidade de Basileia, assumindo assim a nacionalidade suíça. Pouco tempo antes ele tem um encontro definitivo para a constituição de sua obra, com Richard Wagner, cuja produção musical seduz Nietzsche. A casa de campo do músico, localizada nas imediações do lago de Lucerna, em Tribschen, serviu-lhe de refúgio e inspiração. De agora em diante, a música e a tragédia grega (com predileção para os Pré-socráticos, em especial para Heráclito e Empédocles), tema dileto deste artista, ocuparão os pensamentos e a elaboração intelectual do filósofo.
Neste meio tempo, em 1870 Nietzsche fica profundamente chocado com a oportunidade de testemunhar, durante seu trabalho como enfermeiro voluntário (ou médico voluntário, dependendo da fonte / tradução) na Guerra Franco-Prussiana, o impacto da dor e da violência sem limites provocada por este confronto bélico. Sua contribuição na guerra é encerrada devido a uma crise de difteria e disenteria, que impedem o filósofo de continuar trabalhando. 
Estas experiências serviram de matéria-prima para sua criação intelectual, culminando na publicação de O Nascimento da Tragédia no Espírito da Música em 1871, obra que recebeu, por um lado, grande influência de Wagner e Schopenhauer, e sua experiência na guerra, por outro.
Nove anos depois, ele passa por outro período traumático, desta vez com sua saúde física, pois crises constantes de cefaléia, problemas de visão e dificuldade para se expressar o obrigaram a interromper a sua carreira universitária por um ano, mas não deixou de escrever. Quando tentou retornar às atividades acadêmicas, enfrentou sérios problemas em suas cordas vocais que tornaram a sua fala quase inaudível. Em 1879, quase cego, Nietzsche abandonou definitivamente a universidade, passando a dedicar-se à escrita e à busca por um clima favorável tanto para sua saúde como para seu pensamento, o que o leva a se deslocar por vários pontos da Europa (Veneza, Gênova, Turim, Nice, Sils-Maria).
Neste período, editou seus principais livros, como "Humano, muito humano", “Assim Falou Zaratustra”, em temporada passada na cidade de Nice e passou temporadas em Veneza e Gênova, mas a fama somente chegou ao final do século 19, perto de sua morte.
Em 1882, encontrou Paul Rée e Lou Andreas-Salomé, jovem finlandesa a quem pediu em casamento. Ela recusou o pedido depois de alimentar algumas esperanças no coração do filósofo, voltando a morar com a mãe e a irmã, sempre demonstrando solidão e sofrimento.
Seu período como escritor proficiente tem fim com um novo problema de saúde, desta vez mental. Em 3 de janeiro de 1889, Nietzsche teria testemunhado o açoitamento de um cavalo no outro extremo da Piazza Carlo Alberto, e então correu em direção ao cavalo, jogou os braços ao redor de seu pescoço para protegê-lo e em seguida, caiu no chão. Estudos recentes indicam que seus sinais de demência podem ter tido origem em um cancro no cérebro, eventualmente de origem sifilítica. Neste período, escrevia cartas para muitas pessoas, revelando uma identidade fragmentada. Assinava seus textos como "Dionísio" e "O Crucificado". 
A obra de Nietzsche sobreviveu muito além da apropriação feita por grupos de pensadores, seja em qual intenção fosse. Ainda hoje, é um dos filósofos mais estudados e fecundos. Por vários momentos, inclusive, Nietzsche tentou juntar seus amigos e pensadores para que um fosse professor do outro, numa espécie de confraria. Contudo, esta ideia fracassou, e Nietzsche continuou sozinho seus estudos e desenvolvimento de ideias, ajudado apenas por poucos amigos que liam em voz alta seus textos, que, nos momentos de crise profunda, ele não conseguia ler.
Internado na Basileia, Nietzsche teve o diagnóstico de paralisia cerebral progressiva, que segundo os médicos, provavelmente foi causada pelo uso de drogas como ópio e haxixe, ingeridas pelo filosofo como auto-medicação (Nietzsche estudou biologia e tentava descobrir sua própria maneira de minimizar os efeitos da sua doença). Durante este período ele fica sob a guarda da mãe e da irmã, em um silêncio quase completo até a sua morte, em 25 de agosto de 1900, sem recuperar a sua sanidade mental. 
PRINCIPAIS CONCEITOS:
Em sua literatura, Nietzsche imprimiu alguns conceitos e ideologias, por vezes radicais, outras contraditórias em relação ao postulado em escritos anteriores, ou mesmo às vezes arrojadas para sua época. O próprio se define como “um escritor com ideias para a humanidade do porvir”. Podemos ousar defini-lo como um crítico das "ideias modernas", da vida e da cultura moderna, do neonacionalismo alemão, pois para ele, os ideais modernos como democracia, socialismo, igualitarismo, emancipação feminina não eram senão expressões da decadência do "tipo homem". Por estas razões, é, por vezes, apontado como um precursor da pós-modernidade. 
Nietzsche pretendeu ser o grande "desmascarador" de todos os preconceitos e ilusões do gênero humano, aquele que ousa olhar, sem temor, aquilo que se esconde por trás de valores universalmente aceitos, por trás das grandes e pequenas verdades melhor assentadas, por trás dos ideais que serviram de base para a civilização e nortearam o rumo dos acontecimentos históricos. Não existe vida média, segundo Nietzsche, entre aceitação da vida e renúncia. Para salvá-la, é mister arrancar-lhe as máscaras e reconhecê-la tal como é: não para sofrê-la ou aceitá-la com resignação, mas para restituir-lhe o seu ritmo. O homem é corpo e vontade, não somente de sobreviver, mas de vencer. Suas verdadeiras "virtudes" são: o orgulho, a alegria, a saúde, o amor sexual, a inimizade, a veneração,os bons hábitos, a vontade inabalável, a disciplina da intelectualidade superior, a vontade de poder. Mas essas virtudes são privilégios de poucos, e é para esses poucos que a vida é feita.
Para Nietzsche, o homem é individualidade irredutível, à qual os limites e imposições de uma razão que tolhe a vida permanecem estranhos a ela mesma, à semelhança de máscaras de que pode e deve libertar-se. Porém as máscaras, segundo ele, tornam a vida mais suportável, ao mesmo tempo em que a deformam, mortificando-a à base de cicuta e, finalmente, ameaçando destruí-la.
Ele acreditava que a base racional da moral era uma ilusão e por isso, descartou a noção de homem racional, impregnada por uma utópica promessa - mais uma máscara que a razão não autêntica impôs à vida humana. O mundo, para Nietzsche, não é ordem e racionalidade, mas desordem e irracionalidade. O mundo, portanto, não tem ordem, estrutura, forma e inteligência. Nele, as coisas "dançam nos pés do acaso" e somente a arte pode transfigurar a desordem do mundo em beleza e fazer aceitável tudo aquilo que há de problemático e terrível na vida. Seu princípio filosófico não era, portanto, Deus e razão, mas a vida que atua sem objetivo definido, ao acaso, e, por isso, se está dissolvendo e transformando-se em um constante devir. A única e verdadeira realidade sem máscaras, para Nietzsche, é a vida humana tomada e corroborada pela vivência do instante. O homem libertado assim de qualquer vínculo, senhor de si mesmo e dos outros, o homem desprezador de qualquer verdade estabelecida ou por estabelecer está apto para exprimir a vida, em todos os seus atos. Este estar apto, em sua opinião, traduz a verdadeira liberdade, que não é mais que a aceitação consciente de um destino necessitante. 
PSICOTERAPIAS EM NIETZSCHE:
Nietzsche, desde sua primeira obra, O Nascimento da Tragédia no Espírito da Musica, em 1872, teceu uma genealogia da moral como produto do histórico cultural, culminando, entre outros feitos, com o desenvolvimento do Existencialismo inaugurado por Kierkegaard, de acordo com alguns autores, como Chauí (2002), Giacoia Junior (2001) e Souza (2014). Embora cite a psicologia com inquietante frequência nos assuntos abordados (ele com frequência denominava psicologia a sua proposta filosófica), Nietzsche se autodenomina psicólogo com o lançamento da sua obra Humano, demasiado humano, em 1878. Lembrando que não havia ainda um ensino acadêmico formal a respeito da psicologia, com sua obra, efetuava uma relação interdisciplinar entre psicologia e morfologia, fisiologia, cultura, história, literatura, linguística, medicina e muitas outras áreas do conhecimento. Segundo sua definição, a psicologia é a “[...] ciência que indaga a origem e a história dos chamados sentimentos morais e que, ao progredir, tem de expor e resolver os emaranhados problemas sociológicos”, e que “Toda psicologia, até o momento, tem estado presa a preconceitos e temores morais: não ousou descer às profundezas. Compreendê-la como morfologia e teoria da evolução da vontade de poder, tal como faço – isto é algo que ninguém tocou sequer em pensamento”.
Podemos apreender também dos escritos de Nietzsche alguns conceitos para uma clínica psicoterápica:
- A primazia da razão sobre os instintos, através da metáfora da morte da tragédia, neste caso, do mundo antigo e sua cultura. Apolo, o deus da bela forma, da escultura, do limite bem definido, da consciência individualizada e lúcida, da individualidade, é representativo dos impulsos humanos relativos à preservação do princípio de individualidade, da medida humana, da consciência e do eu individual. Dionísio, o deus do vinho, da música, da embriaguez, é representativo dos instintos humanos relativos à desmesura, à superação da medida, à superação dos limites individuais, de individualidade e da consciência individual? (Afonso Lisboa,2005).
- Com a desconstrução da moralidade, vemos que a base representativa de toda ação moral exprime uma motivação humana, e o homem é escravo dos conceitos e de abstrações justificadas como “superiores”, escravidão esta falsamente entendida como sentido de vida.
- Um estudo sobre o que vem a ser a consciência. Para se desprender dos preconceitos e temores morais, o psicólogo precisa interpretar e avaliar a vida enquanto potência (um vir-a-ser), percorrendo o sentido e o valor manifestos nas relações de força e nas formas como a vontade de potência se apresenta.
Com estes conceitos, encontramos paralelos em diversas linhas psicoterápicas:
- Abordagem Centrada na Pessoa:
Quando Nietzsche refere-se ao seu conceito de vontade de potência, e com isso possibilitando desdobramentos como a máxima “O homem é corpo e vontade, não somente de sobreviver, mas de vencer”, encontra-se uma correspondência com os pensamentos de Carl Rogers, uma vez que ambos acreditam que o ser é provido de vontade de potência, ou seja, uma força que impulsiona a buscar a vida de uma forma plena, mesmo que de maneira desvirtuada. Ambos entendiam também que o existencial não se conforma ao empistemológico e epistemofílico, pressuposto científico da busca de verdades. O homem, enquanto ser, não se conforma às esferas do conhecer, do conhecimento e de suas vontades. 
Para unificarmos o corpo e a alma, segundo Nietzsche, primeiramente estes devem ser recuperados. Neste pensamento encontramos novo paralelo, pois esta recuperação pode ser obtida através do desenvolvimento de modos de escuta e observação do corpo sem julgamentos pré-estabelecidos, assim como Rogers postula. Esta escuta inclui não reduzir ou nomear as sensações como se fossem meros sintomas. Nietzsche diz que devemos chegar a ser quem realmente somos, porém isto não significa um “autoconhecer-se” através de técnicas dadas, pois para ele o ato de nos conhecermos traz consigo a ideia de nem suspeitarmos quem somos.
- Existencial-Humanista
Conforme Fonseca (2014, p. 1):
[...] Nietzsche relança na cultura moderna da civilização ocidental os fundamentos da perspectiva ética de afirmação do vivido, de constituição dele como fundamento do verdadeiro e dos valores, perspectiva ética de afirmação do corpo e dos sentidos, que vai constituir um fundamento das psicologias humanistas e da ACP [...]
Com isso, o autor mencionado observa que se encontra em franco desenvolvimento iniciativas de recuperação dos fundamentos da fenomenologia e do existencialismo, em particular da filosofia da vida de Nietzsche, filosofia essa que foi capaz de fornecer o substrato básico para o desenvolvimento da psicologia e psicoterapia fenomenológico existencial organísmica.
- Arte Terapia
Nietzsche questiona a racionalidade como modelo de conhecimento e traz para o cenário da vida, a arte como sendo a atualização do vivido. Com o conceito de “Amor Fati”, que seria amor ao destino, traz uma provocação que é um “sim à vida”, uma aceitação da vida em sua inteireza. A vida precisa ser amada em tudo em cada instante. Nada deve ser negado e todo mal e todo bem são essenciais. Cada ação deve ser maximizada e levada ao seu peso máximo. Todos os recursos de que precisamos só podem ser encontrados no aqui-e-agora. A vida como arte é a única possibilidade que temos de criar, inventar e transformar o que aparentemente está ‘estagnado’, porque vida, neste contexto, é movimento, é devir. Nosso corpo, em relação ao mundo, é limitado, mas também se expande por meio de nossas sensações e sentidos. Nietzsche diz que nós criamos o mundo, atribuindo a ele uma interpretação particular, a partir do que nossos sentidos apreendem.
- Psicanálise
A psicologia nietzschiana compreende a visão além dos ângulos da realidade existencial, identificada na dimensão pulsional dos instintos. Essa pulsão manifesta um inconsciente primordial o qual escapa às possibilidades de representação da consciência. A dimensão do inconsciente emerge então como função de um princípio ativo. Com isso, Nietzsche discorda da ideia de “renúncia pulsional” de Freud. A “renúncia pulsional” freudiana seria o homem ter escolhido estar sob aproteção de regras coletivas que o protejam contra sua natureza instintiva e pulsional. Para Nietzsche, a necessidade de que existem regras que possam proteger o homem contra esta natureza seria a própria origem do mal, tendo esta ideia se tornado inerente a toda nossa civilização. Para ele a “renúncia pulsional” seria também uma forma de negação do corpo, por isso, Nietzsche defende uma maneira de se viver a tensão dos instintos que escape de uma concepção binária de simples oposições. Ambos, portanto concordam que deveríamos, portanto, “viver o Eros”. Para os gregos Eros era um demônio, e para a psicanálise, ele pode se traduzir como instinto de vida e Id. Tanto os gregos como a psicanálise viam Eros como um ser construtivo ou destrutivo, e, também, ambas as coisas. 
Resumo e algumas inserções feitas por ANDRE NERYS, graduando em Psicologia pela UNESA, 2016.1
Bibliografia:
http://www.infoescola.com/filosofos/friedrich-nietzsche/
http://educacao.uol.com.br/biografias/friedrich-wilhelm-nietzsche.jhtm
https://pt.wikipedia.org/wiki/Friedrich_Nietzsche
http://pesquisacia.blogspot.com.br/2014/05/nietzsche-e-psicologia.html
https://psicologado.com/atuacao/psicologia-clinica/nietzsche-spinoza-e-jung-reflexoes-sobre-a-clinica-de-psicoterapia
http://colunastortas.com.br/biblioteca-nietzsche-livros/

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