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Metabolismo Microbiano Introdução Fermentação e Metabolismo Aeróbico FIGURE 1 Cycling of carbon dioxide and oxygen between the autotrophic (photosynthetic) and heterotrophic domains in the biosphere. Metabolismo Bacteriano Energy relationships between catabolic and anabolic pathways. E luminosa Fotossintetizantes Litotróficos Organotróficos E Compostos Inorgânicos (Fe+2, NO2 -, H2) E Compostos Orgânicos (Glicose) Biossíntese de Macromoléculas Montagem de Estruturas Divisão Celular Energia celular Operar os mecanismos de transporte: armazenamento de nutrientes e excreção de produtos de escória; Mobilidade: atividade do flagelo Produção celular de ATP (c) Fotofosforilação – microrganismos fotossintetizantes Reações Biológicas de Óxido-Redução DG0’ = - n.F.DE0’ DG0’ = - n.F.DE0’ DE0’ = E0’ox – E0’red Exemplo Acetaldehyde + NADH + H+ ------ Ethanol + NAD+ Acetaldehyde + 2H+ + 2e- ------ Ethanol E’0 = -0.197 V oxidante NAD+ + 2H+ + 2e- ------- NADH + H+ E’0 = -0.320 V redutor DE0’ = E0’ox – E0’red DE0’ = -0.197V – (-0.320V) = 0.123 V , n = 2 DG0’ = - n.F.DE0’ F = 96.5 kJ/V.mol = 23.1 kcal/V.mol (1cal = 4.184 J) DG0` = - 2 (96.5 kJ/V.mol) (0.123V) = - 23.7 kJ/mol = - 5.7 kcal/mol Dehidrogenases que usam NAD+ ou NADP+ como coenzimas Coenzimas em Flavoproteínas Principais tipos nutricionais dos microrganismos Principais tipos nutricionais dos microrganismos Catabolismo de Carboidratos Oxidação aeróbica de carboidratos Glicose – na forma livre ou como componentes de dissacarídeos (lactose, sacarose, trealose, etc), ou como monômero de polissacarídeos (glicogênio, amido, celulose) Metabolismo Heterotrófico (oxidação de carboidratos) Respiração aeróbia: aceptor final de elétrons – O2 Respiração anaeróbia: aceptor final de elétrons- NO3 -, SO4 2-, CO3 2- _, Etapas A oxidação da glicose (C H O) em ácido pirúvico(C H O) é, geralmente,a primeira etapa no catabolismo de carboidratos. Funciona na presença ou ausência de O2 É encontrada na maioria dos microrganismos Glicólise ou Via Embden-Meyerhof-Parnas (EMP) Glicose + 2ADP + 2Pi + 2NAD+ 2 piruvato + 2ATP + 2NADH + 2H+ Via glicolítica Produção de gliceraldeído 3-P Estágio I: Reações preparatórias Via de Embden-Meyerhof-Parnas (glicólise) Principais vias de fermentação em bactérias Açúcares Glicólise Etanol Lactato Succinato CO2 Hidrogênio Formato Etanol 2,3-Butanodiol Formato Lactato Acetoína CO2 Hidrogênio Lactato Etanol CO2 Propionato CO2 Acetato Hidrogênio Butirato Butanol Isopropanol Acetona CO2 Escherichia Salmonella Enterobacter Propionibacterium Saccharomyces Lactobacillus Streptococcus Bacillus Clostridium Fermentação mista Fermentação Lática Fermentação Alcoólica Fermentação Propiônica Fermentação Butírica Fermentação mista Tipos de fermentação - 1. Fermentação láctica É a redução do piruvato a lactato. Presente em bactérias (Lactobacillus, Bacillus, Streptococcus), fungos, algas (Chlorella) e Protozoários. • Fermentação homoláctica – Microrganismos usam a glicólise e reduzem diretamente quase todo o piruvato a lactato com ajuda da enzima lactato desidrogenase. • Fermentação heterolática – formam-se outros produtos além do lactato (Ex. CO2 e etanol). Fermentação Lática Tipos de fermentação - 2. Fermentação alcoólica É a redução do piruvato a etanol e CO2. • Efetuada por muitos fungos e algumas bactérias, algas e protozoários. • O piruvato é descarboxilado em acetaldeído que depois é reduzido a etanol pela álcool desidrogenase com o NADH como doador de eletrons. Fermentação Alcoólica Tipos de fermentação - 3. Fermentação ácida mista É a redução do piruvato a etanol e múltiplos ácidos (acético, láctico, succínico e fórmico). O ácido fórmico pode ainda ser convertido em H2 e CO2 pela hidrogenilase fórmica. • A fermentação ácida mista é efetuada pela maior parte das Enterobacteriaceae (ex. Escherichia, Salmonella, Proteus). Teste vermelho de metila – Permite pôr em evidência a diminuição de pH associada à libertação dos ácidos orgânicos. Tipos de fermentação - 4. Fermentação butanodiólica O piruvato é convertido em acetoína que depois é reduzida a 2,3 – butanodiol com o NADH. Produzem-se também grandes quantidades de etanol e pequenas quantidades dos ácidos encontrados na fermentação ácida mista. • Tipo de fermentação característico de Enterobacter, Serratia, algumas espécies de Klebsiella e algumas espécies de Bacillus. Teste de Voges – Proskauer - Permite saber se a bactéria faz este tipo de fermentação. Fermentação Industrial Vias alternativas à glicólise Muitas bactérias possuem outra via além da glicólise para oxidar a glicose → via do fosfogluconato → 2 variantes: 1. Via Pentose fosfato (Hexose Monophosphate Shunt) 2. Via Entner-Doudoroff Via Pentose Fosfato Via alternativa da oxidação da glicose, que funciona simultaneamente com a via glicolítica (EMP) Permite a quebra de hexoses e de pentoses (presentes em diversos habitats) Produz pentoses intermediárias usadas na síntese de: nucleotídeos e ácidos nucléicos, glicose a partir de CO2 na fotossíntese (ciclo de Calvin-Benson), vários aminoácidos Produtora de coenzima reduzida NADPH a partir de NADP Ganho de 1 ATP/por glicose oxidada Ex: Bacillus subtilis, Escherichia coli, Leuconostoc mesenteroides e Enterococcus faecalis. Via das Pentoses Fosfato ( Importância ) Glicose 6-fosfato Ribose 5-fosfato Nucleotídeos, coenzimas (NADH, FADH2), DNA e RNA NADP+ NADPH +H+ Fase Oxidativa Fase não oxidativa In cells that are not using ribose 5-phosphate for biosynthesis, the nonoxidative phase recycles six molecules of the pentose into five molecules of the hexose glucose 6-phosphate, allowing continued production of NADPH and converting glucose 6-phosphate (in six cycles) to CO2 . Glicose: Glicólise ou Via das Pentoses Fosfato Via Entner Doudoroff As bactérias que possuem as enzimas para esta via podem oxidar a glicose até ácido pirúvico sem, contudo passar por todas as etapas da via glicolítica ou da via das pentoses; Podem degradar açúcares ácidos (glicurônico, galacturônico e glicônico) Glicose →2 etanol + 2 CO2 + 1 ATP É encontrada em bactérias Gram negativas (Rhizobium, Pseudomonas e Agrobacterium) Não é normalmente encontrada em bactérias Gram positivas Via Entner-Doudoroff Respiração aeróbica/Ciclo de Krebs Eucariotos- ocorre no interior das mitocôndrias - matriz mitocondrial. Permite a obtenção de grande quantidade de energia quando o piruvato é degradado aerobicamente a CO2 + H2O. • O ciclo é funcional em muitas bactérias aérobicas, protozoários e maioria das algas e fungos. • A E. coli não usa este ciclo completo em condições anaeróbicas ou quando a concentração de glicose é alta. O ácido cítrico sofre descarboxilações e desidrogenações, resultandoem vários compostos intermediários. No final do processo, o ácido oxalacético é regenerado e devolvido à matriz mitocondrial. Nesse processo, cada acetil-CoA degradada libera três moléculas de NADH e uma molécula de FADH, duas moléculas de CO, que são expedidas para o meio, e uma molécula de ATP (GTP) Ciclo de Krebs Biosynthetic precursors produced by an incomplete citric acid cycle in anaerobic bacteria. Vias Anapleróticas Ocorre nas cristas mitocondriais do interior das mitocôndrias e na membrana citoplasmática bacteriana. As moléculas de hidrogênio retiradas da glicose pelas moléculas de NAD e FAD, produzindo NADH e FADH,durante a glicólise e o ciclo de Krebs, serão transportadas por uma série de transportadores até o oxigênio, formando moléculas de água, liberando energia para a produção de ATP. Por ocorrer na presença do oxigênio, a fosforilação é denominada oxidativa. Cadeia Respiratória Força próton motora (FMP): síntese de ATP por fosforilação oxidativa A membrana citoplasmática bacteriana é, tal como as membranas de mitocôndrias ou de cloroplastos, impermeável aos prótons (H+). Quando os prótons são produzidos e excretados para fora da célula, o que acontece durante os processos de óxido-redução da cadeia transportadora de elétrons, acumulam- se no exterior da célula. O interior da célula fica com carga geral negativa e pH alcalino, criando se um gradiente de potencial elétrico e de pH entre o exterior da célula e o interior. Este potencial de membrana, designado por Peter Mitchell de força próton motora (FMP), é a base de sustentação da síntese de ATP durante o fenômeno da fosforilação oxidativa. Chemiosmotic model. Bacterial respiratory chain. Fosforilação oxidativa QUIMIOSMOSE - mecanismo de síntese de ATP, utilizando o potencial quimio-elétrico da membrana citoplasmática gerado pela cadeia de transporte de elétrons. A síntese de ATP é mediado pelo sistema F1F0ATPase ou ATP sintetase. Na bactéria, a ATP sintetase está localizada na superfície interna da membrana citoplasmática. Rotation of bacterial flagella by proton-motive force. SALDO ENERGÉTICO C H O 6CO2 + 6H2O + 38ATP Respiração Aeróbica em Procariotos Respiração anaeróbica A respiração anaeróbica é menos eficiente que a respiração aeróbica, mas mais eficiente do que a fermentação. A menor eficiência em relação à respiração aeróbica deve-se à menor diferença de potencial de redução entre um doador de e- como o NADH e os receptores (nitrato) em comparação com o NADH e o O2. Respiração Anaeróbica O aceptor final de elétrons é uma Molécula Inorgânica que NÃO o O2.(incluem NO3 -, NO2 -, SO4 -2) O rendimento total de ATP é menor que na respiração aeróbica. Ciclo do glioxilato É uma modificação (bypass) do ciclo de Krebs no qual participam 2 enzimas: isocitrato liase e sintase málica É importante para a utilização de compostos de 2 carbonos (acetato). Por meio do ciclo, 2 moléculas de acetil-CoA se transformam em uma molécula de succinato, que permite a síntese de glicose e várias outras moléculas de 5 ou 6 carbonos. Ocorre em algumas bactérias, leveduras e plantas Ciclo do glioxilato Bactérias utilizam unidades de 2 carbonos, acetil, em unidades de 4 carbonos (succinato) Bactérias que têm ciclo do glioxilato podem ser detectadas por meio do teste bioquímico utilização do acetato Ex: Salmonella, Enterobacter, Klebsiella Ciclo do glioxilato glicose gliconeogênese Gliconeogênese Quando há a necessidade de glicose, esta pode ser sintetizada a partir de outros compostos contendo carbono, em geral pela inversão de etapas da glicólise Catabolismo de lipídeos Triacilglicerois são constituídos de ácidos graxos e glicerol Lipases: enzimas extracelulares que quebram os triacilglicerol em ácidos graxos e glicerol, que são metabolizados separadamente. Triacilglicerol Glicerol Ácidos graxos B- oxidação G li c ó li s e Glicose Diidroxiacetona – P Gliceraldeído 3P Ácido pirúvico Acetil-coA Ciclo de Krebs Carboidratos Proteínas CTE e quimiosmose água O2 CO2 Aminoácidos Metabolismo oxidativo de Proteínas São moléculas grandes para atravessarem membranas, assim são hidrolisadas em seus aminoácidos constituintes pelas enzimas proteases e peptidases. São convertidos a outras substâncias que possam entrar no ciclo de Krebs. Desaminação do aminoácido: remoção do grupo amino (convertido ao íon amônio NH4+ - excretado da célula- ou convertido em ureia, em organismos superiores) e de ácidos orgânicos (ciclo de Krebs). Descarboxilação: remoção de COOH. G li c ó li s e Glicose Diidroxiacetona – P Gliceraldeído 3P Ácido pirúvico Acetil-coA Ciclo de Krebs Carboidratos Proteínas CTE e quimiosmose água O2 CO2 Aminoácidos Glicólise e respiração estão integrados em ambos metabolismo anabólico e catabólico. Catabólico: • Polissacarídeo hidrolisados a glicose- P • Lipídeos convertidos a glicerol e acido graxo (acetato a CoA)- lipases • Proteínas hidrolisadas a aminoácidos- proteólise Anabólicas (síntese) • Reações reversas formam lipídeos, polissacarídeos e proteínas • Gliconeogênese Chaves dicotômicas para identificação bioquímica-fisiológica de microrganismos Testes bioquímicos para identificação de bactérias Teste de fermentação de carboidratos Caldo nutriente +carboidrato (glicose,ou lactose, ou manose,etc...0,5 a 1%) Indicador de pH (vermelho de fenol) pH 7,4 Tubo de Durham (gás) Fermentação ↓pH (amerelo) Identificação de bactérias Produtos finais da fermentação de carboidratos podem ser detectados por cromatografia gasosa Testes bioquímicos para identificação de bactérias Teste de Voges Proskauer Via fermentação butileno-glicólica Testes bioquímicos para identificação de bactérias Testes bioquímicos para identificação de bactérias Fermentação ácida mista Teste Vermelho de metila Fermentação ácida mista Testes bioquímicos para identificação de bactérias Testes bioquímicos para identificação de bactérias Teste de oxidação/fermentação (O/F) Diferenciar bactérias de acordo com a capacidade de oxidar ou fermentar carboidratos específicos – distingue microrganismos aeróbicos e anaeróbicos facultativos Testes bioquímicos para identificação de bactérias Teste do citrato Utilização do citrato como única fonte de carbono Testes bioquímicos para identificação de bactérias Teste de hidrólise da uréia Testes bioquímicos para identificação de bactérias Testes bioquímicos para identificação de bactérias Metabolismo oxidativo Enzima respiratória:catalase Testes bioquímicos para identificação de bactérias Metabolismo oxidativo Metabolismo oxidativo Teste de redução do nitrato a nitrito NO3 - Nitrato redutase NO2 - Testes bioquímicos para identificação de bactérias Metabolismo oxidativo Teste de citocromo-oxidase Citocromo-oxidase – componente da cadeia respiratória que transfere elétrons do citocromo c para O2 Reagente dicloridrato de tetrametil-p-fenilenodiamina é incolor na forma reduzida, quando em contato com a colônia de bactéria produtora de oxidase torna-se azul-púrpura em 30 segundos Testes bioquímicos para identificação de bactérias Catabolismo protéico Gelatinase Triptofanase (produção de indol) Tiossulfato redutase (produção de H2S) Aminoácido-desaminases (triptofano ou fenilalanina desaminase) Aminoácido-descarboxilases (lisina, arginina e ornitina descarboxilases) Testes bioquímicos para identificação de bactérias Teste de hidrólise da gelatina Testes bioquímicos para identificação de bactérias Teste de produção de Indol Testes bioquímicos para identificação de bactérias Teste de produção de H2S Testes bioquímicos para identificação de bactérias Teste de descarboxilação da lisina Testes bioquímicos para identificação de bactérias Teste de descarboxilação da arginina Arginina → citrulina → ornitina → putrescina Testes bioquímicos para identificação de bactérias Teste de descarboxilação da ornitina Ornitina → Putrescina Testes bioquímicos para identificação de bactérias Teste fenilalanina desaminase Testes bioquímicos para identificação de bactérias Kit 20 E bioMérieux Via das pentoses Inter-relação metabólica entre a via glicolítica e a via das pentoses Via 6-fosfogluconato Via 6-fosfogluconato
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