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BIOMECANICA DA PELVE

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BIOMECANICA DA PELVE
-FUNCIONAMENTO DOS ILIACOS
A cintura pélvica é o nome dado à união do esqueleto axial ao esqueleto apendicular nos membros inferiores, ela forma a base do tronco, ou seja, constitui suporte do abdome e faz união entre os membros inferiores e o tronco. É composta por três peças ósseas e três articulações. Quanto às peças ósseas temos: os dois ossos ilíacos ; o sacro, que é formado pela união de 5 vértebras sacrais. As articulações são: as duas articulações sacroilíacas que unem o sacro a cada um dos ossos ilíacos; Sínfise púbica, que une ambos os ossos ilíacos pela frente.
A cintura pélvica suporta o peso do corpo, serve como local de inserção para numerosos músculos, contribui para a eficiência dos movimentos do membro inferior e ajuda a manter o equilíbrio. A cintura consiste em dois ossos coxais, cada um criado pela união fibrosa dos ossos ílio, ísquio e púbis. Os ossos coxais direito e esquerdo são unidos anteriormente pela sínfise púbica e ligados posteriormente pelo sacro e as duas articulações sacroilíacas.
A articulação sacroilíaca transmite o peso do corpo para o quadril e fica sujeita a cargas provenientes da região lombar ou do solo. É também uma absorvedora de energia das forças de atrito durante o andar.
O peso que a quinta vértebra lombar suporta vai se repartir em duas partes iguais em direção às asas do sacro para depois, através das espinhas ciáticas, dirigir-se até a cavidade cotiloide. Neste ponto, a resistência do chão é recebida ao peso do corpo transmitido pelo colo do fêmur e pela cabeça femoral. Uma parte da resistência fica anulada pela resistência oposta, no nível da sínfise púbica. O conjunto dessas linhas de força constitui um anel completo representado pela abertura superior da pelve.
Quando se produz um deslocamento da sínfise púbica, a diástese dos dois púbis permite a separação das superfícies ilíacas das articulações sacroiliacas e, como neste caso o sacro não está fixo, pode deslocar-se para a frente. 
Há uma total interdependência dos diferentes elementos do anel pélvico, onde, qualquer ruptura de continuidade num ponto repercute em todo o anel, comprometendo a sua resistência mecânica.
Na posição em pé, o peso corporal força o sacro para baixo, tensionando os ligamentos posteriores e forçando o sacro contra o ílio, dando estabilidade para a articulação. Os movimentos na articulação sacroiliaca podem ser melhor descritos pelos movimentos do sacro:
Nutação e Contranutação: Durante o movimento de nutação, o sacro gira em torno do eixo constituído pelo ligamento axial, de tal modo que o promotorio se desloca para baixo e para frente e o vértice do sacro e a extremidade do cóccix se deslocam para trás. Sendo assim, o diametro Antero-posterior da abertura superior da pelve diminui, enquanto o diâmetro Antero-posterior da abertura inferior da pelve aumenta. Ao mesmo tempo, as asas ilíacas se aproximam enquanto as tuberosidades esquiaticas se separam. O movimento de nutação é limitado pela tensão dos ligamentos sacrociáticos maior e menor e dos freios de nutação (os fascículos Antero-superior e Antero-inferior do ligamento sacroiliaco anterior). Já o movimento de contranutação, o sacro se endireita de modo que o promontório se desloca para cima e para trás e a extremidade inferior do sacro e o vertice inferior do cóccix se deslocam para baixo e para frente. O diâmetro Antero-posterior da abertura superior da pelve aumenta, enquanto o diâmetro Antero-posterior da abertura inferior da pelve diminui. Poroutro lado, as asas ilíacas se separam e as tuberosidades isquiáticas se aproximam. O movimento de contranutação é limitado pela tensão dos ligamentos sacroiliacos, distribuídos no plano superficial e no plano profundo.
O sacro acompanha aos movimentos da coxa e do tronco. O topo do sacro, a parte mais larga, é a base do sacro, e quando essa base move-se anteriormente da-se o nome de flexão sacral. Quando o tronco se estende ou a coxa se flete, o sacro também flexiona. Durante a flexão do tronco ou extensão da coxa, o sacro se estende na medida em que a base se move posteriormente. O sacro também gira para direita ou esquerda com flexão lateral do tronco. 
Além do movimento entre o sacro e o ílio existe também o movimento da cintura pélvica como um todo. A pelve move-se em seis direções diferentes em resposta ao movimento do tronco ou da coxa. 
Os movimentos da pelve são descritos monitorando o ílio e, especificamente as espinhas ilíacas anterior, superior e inferior na frente do ílio. A inclinação anterior da pelve acompanha a flexão do tronco ou extensão da coxa e é definida como uma inclinação para frente e para baixo do movimento da pelve. Essa inclinação anterior pode ser criada pela protrusão do abdome criando um posicionamento para trás na coluna lombar. A inclinação posterior é criada pela extensão do tronco, achatamento da coluna lombar ou flexão da coxa, e ocorre na medida em que a pelve se move posteriormente. 
A pelve também pode inclinar-se lateralmente, a inclinação lateral esquerda e direta acompanha o apoio de peso nos membros direito e esquerdo, respectivamente, ou os movimentos laterais da coxa ou tronco. Esse movimento é controlado por músculos e não é muito pronunciado a menos que os músculos controladores estejam fracos. 
Finalmente, a cintura pélvica gira para a esquerda e direita a medida que ocorrem movimentos unilaterais esquerdos e direitos da pelve. A medida que o membro direito é balançado para frente na caminhada, corrida ou chute, a pelve gira para a esquerda.
Em cada passo durante a marcha, a reação do chão, transmitida pelo membro que suporta o peso, levanta a articulação coxofemoral correspondente, enquanto do outro lado, o peso do membro em suspensão tem a tendência de fazer descer a coxofemoral oposta. Isto provoca uma compressão em cisalhamento da sínfise púbica que apresenta a tendência de levantar o púbis do lado que suporta o peso e a descer o púbis do lado em suspensão. Normalmente, a solidez da sínfise púbica impede qualquer deslocamento nesta articulação, porém quando está deslocada, se pode ver como aparece um desnível na margem superior de cada um dos púbis durante a marcha. Do mesmo modo, se pode entender que as articulações sacroiliacas se solicitem de forma oposta em cada passo. Quando os quadris estão estendidos, a tração sobre os músculos flexores báscula a pelve em anteversão, ao mesmo tempo em que o vértice do sacro está impulsado para frente. Terá sentido da contranutação. Quando os quadris estão flexionados, a tração dos músculos ísquio-tibiais tem a tendência de bascular a pelve em retroversão com relação ao sacro. Isto constitui então um movimento de nutação.

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