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A INTERNACIONALIZAÇÃO DE EMPRESAS DE CAPITAL BRASILEIRO E AS PERSPECTIVAS PARA O SETOR DE TURISMO

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ESTUDOS DA COMPETITIVIDADE 
DO TURISMO BRASILEIRO
A INTERNACIONALIZAÇÃO DE EMPRESAS DE CAPITAL BRASILEIRO 
E AS PERSPECTIVAS PARA O SETOR DE TURISMO
capa modeloascende.indd 1capa modeloascende.indd 1 12.12.06 15:19:2012.12.06 15:19:20
PRESIDENTE DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL
Luiz Inácio Lula da Silva
MINISTRO DO TURISMO
Walfrido dos Mares Guia
SECRETÁRIO EXECUTIVO
Márcio Favilla Lucca de Paula
SECRETÁRIA NACIONAL DE PROGRAMAS DE DESENVOLVIMENTO DO TURISMO
Maria Luisa Campos Machado Leal
SECRETÁRIO NACIONAL DE POLÍTICAS DE TURISMO
Airton Nogueira Pereira Junior
DEPARTAMENTO DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS
Pedro Gabriel Wendler
COORDENAÇÃO-GERAL DE RELAÇÕES MULTILATERAIS
Fernanda Maciel Mamar Aragão Carneiro
COORDENAÇÃO-GERAL DE RELAÇÕES SUL-AMERICANAS
Patric Krahl
GESTÃO TÉCNICA
Adriane Correia de Souza
Camila de Moraes Tiussu
Clarice Mosele
CENTRO DE GESTÃO E ESTUDOS ESTRATÉGICOS
Lucia Carvalho Pinto de Melo
Presidenta
Lélio Fellows Filho
Chefe da Assessoria Técnica
COORDENADORES RESPONSÁVEIS
Ricardo Caldas
Maureen Flores
Instituto Ascende
capa modeloascende.indd 2capa modeloascende.indd 2 12.12.06 15:19:2212.12.06 15:19:22
 
APRESENTAÇÃO 
 
 
Nos últimos quatro anos, o turismo brasileiro vem respondendo aos desafios 
representados pelas metas do Plano Nacional do Turismo. Governo Federal, empresários, 
terceiro setor, estados e municípios trabalharam juntos para colocar em prática uma nova 
política para o turismo. Pela primeira vez na história, o turismo tornou-se prioridade de 
Governo, com resultados positivos para a economia e o desenvolvimento social do País. 
 
O Ministério do Turismo contabiliza muitas vitórias conquistadas: a ampliação da oferta de 
roteiros turísticos de qualidade; aumento dos desembarques nacionais; incremento no 
número de estrangeiros visitando o País; aumento dos investimentos diretos; elevação na 
entrada de divisas e geração de renda e empregos para os brasileiros. 
 
No entanto, algumas reflexões se impõem sobre o futuro do turismo brasileiro. Um mundo 
cada vez mais dinâmico e competitivo e as transformações da economia mundial trazem 
novas e desafiadoras exigências para todos, sem exceção. Dentre elas, a de que é 
necessário assegurar os interesses nacionais e um desenvolvimento sustentado e 
sustentável. Como fazer isso em longo prazo? E mais: qual o padrão de concorrência 
vigente no mercado internacional; qual estratégia o turismo brasileiro deve assumir para 
competir; qual o melhor modelo de desenvolvimento para o turismo no País; quais as 
oportunidades estão colocadas para as empresas brasileiras e, ao mesmo tempo, que 
ameaças existem para elas nesse mercado? Finalmente, o desafio maior: como promover 
uma inserção ativa e competitiva do turismo brasileiro na economia mundial? 
 
Buscando analisar esse cenário e encontrar respostas aos desafios que ele coloca, o 
Ministério do Turismo realizou um trabalho junto com o Centro de Gestão e Estudos 
Estratégicos (CGEE), que resultou neste rico material. Os Estudos de Competitividade e 
Estratégia Comercial reúnem o trabalho de grandes especialistas de vários centros de 
pesquisa do Brasil. 
 
Os Estudos foram idealizados com o objetivo de incentivar o debate sobre os rumos do 
turismo brasileiro, considerando seus principais aspectos e segmentos. O Brasil é aqui 
comparado com casos internacionais de sucesso para fazer face aos desafios que se 
põem: as novas tecnologias, as alianças estratégicas, fusões, aquisições e o processo de 
concentração, o fortalecimento e a internacionalização de nossas empresas, a 
sustentabilidade ambiental e a preservação das culturas locais. 
 
O Ministério do Turismo convida todos os agentes do setor a uma ampla discussão para a 
construção coletiva e democrática de um futuro Programa de Competitividade Para o 
Turismo Brasileiro. As bases para este futuro sustentado estão aqui, nestes Estudos de 
Competitividade e Estratégia Comercial para o Turismo. 
 
 
Walfrido dos Mares Guia 
Ministro do Turismo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NOTA: 
 
O presente documento é propriedade do Governo Federal e é disponibilizado 
gratuitamente para avaliação dos profissionais do turismo brasileiro. Seu 
objetivo é ampliar o debate nacional sobre o futuro do setor, assim como de 
fomentar a pesquisa nesse campo do conhecimento, consistindo numa 
versão preliminar, que deverá sofrer alterações ao longo do primeiro 
semestre de 2007, incorporando sugestões e críticas a partir de debates com 
agentes selecionados do turismo brasileiro. Seu conteúdo não representa a 
posição oficial do Ministério do Turismo, sendo de inteira responsabilidade 
de seus autores. 
 
 
 
 2 
Coordenadores 
 
Prof. Ricardo Wahrendorff Caldas (IPOL/UnB) 
Profa. Mauren Flores 
 
 
 
Equipe Técnica 
 
Prof. Pablo Cezário 
Marcelo Sícoli 
Cristhyane Amiden 
Gustavo Lima 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Instituto de Ciência Política (IPOL) Fundação Getúlio Vargas (FGV) 
Universidade de Brasília (UnB) Rio de Janeiro 
 3 
 
Sumário 
 
 
Introdução............................................................................................................................... 4 
 
 
 
 
O conceito de internacionalização de empresas ..................................................................... 5 
 
 
 
 
As principais abordagens teóricas sobre a produção internacional ........................................ 6 
 
 
 
 
O desenvolvimento do processo de internacionalização de empresas de capital brasileiro.10 
 
Anexos .................................................................................................................................. 14 
 
 
 
 
Exemplos de empresas brasileiras que atuam no mercado internacional............................. 16 
 
 
 
 
O regime de comércio internacional de serviços e as projeções para o setor brasileiro de 
turismo.................................................................................................................................. 21 
 
 
 
 
Conclusão ............................................................................................................................. 27 
 
 
 
 
Referências bibliográficas .................................................................................................... 28 
 
 4 
 
Introdução 
 
 
 O crescente aumento nos fluxos internacionais do comércio de serviços observado 
nas duas últimas décadas criou a necessidade de regulamentação desse tipo de comércio, 
que está em processo de negociação sob o âmbito do Acordo Geral sobre o Comércio de 
Serviços (GATS), e também de desenvolvimento de pesquisas e estatísticas sobre o 
abrangente setor de serviços e seus subeditores, dentre eles o turismo. 
 O turismo é um dos setores que mais cresce no mundo e exerce importante 
influência sobre a geração de empregos, rendas, na arrecadação fiscal, nas contas externas, 
pois movimenta vários setores da economia, como, por exemplo, transportes, hotelaria, 
alimentação, bebida, entretenimento, etc. 
 Este Estudo versa sobre o processo de internacionalização das empresas brasileiras e 
analisa projeções para a inserção internacional do setor de turismo. Nesse sentido, 
apresenta-se, de início, o conceito de institucionalização, seguido por uma apresentação das 
principais correntes teóricas sobre esse processo. 
Analisa-se, posteriormente, o desenvolvimento do processo de internacionalização 
das empresas brasileiras, considerando a conjuntura econômica nacional e internacional em 
cada período estudado e seus efeitos sobre a realização de investimentos externos diretos 
pelas empresas de capital brasileiro. Em seguida, apresenta-se algumasdas principais 
empresas brasileiras que atuam no mercado internacional, com ênfase no processo de 
internacionalização adotado por cada uma e na diversidade de mercados onde atuam. 
Por fim, expõe-se o regime de comércio internacional de serviços sob o âmbito do 
GATS, explicando seu funcionamento, sua classificação e ressaltando as principais 
barreiras a esse tipo de comércio. Entretanto, o foco desse último capítulo é o comércio 
internacional dos serviços de turismo e, principalmente, a identificação de ações e 
programas a serem adotados para a projeção dos serviços de turismo brasileiros no mercado 
internacional. 
 
 
 5 
 
O conceito de internacionalização de empresas 
 
 
 O conceito de internacionalização de empresas1 ainda não foi claramente definido, 
utiliza-se, comumente, uma definição ampla de forma a abranger o processo tanto em nível 
nacional como internacional: a internacionalização é o processo de crescente envolvimento 
em operações internacionais. 
 Sob uma vertente simplista, o grau de internacionalização de uma empresa pode ser 
auferido pela relação entre o número de suas vendas ao exterior em relação à venda total. 
Entretanto, o grau de internacionalização está associado, ou pode até mesmo depender, de 
fatores como o método operacional a ser empregado em suas operações internacionais, o 
produto oferecido ao mercado externo (há uma tendência ao aumento da linha de 
produção), a extensão do mercado-alvo, o desenvolvimento de seus recursos humanos 
internacionais, a estrutura organizacional desenvolvida para o exercício de suas atividades 
internacionais e da natureza e da extensão dos recursos financeiros empregados no processo 
de internacionalização. 
 Esse processo tem como motores elementos dinâmicos que provêem tanto início 
como o desenvolvimento de suas atividades, são eles: disponibilidade de recursos, 
desenvolvimento de ampla base informacional sobre operações internacionais, 
desenvolvimento de redes de comunicação, grau de exposição a riscos e incertezas, controle 
das operações e o comprometimento de recursos e pessoas com o processo de 
internacionalização. 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 Welch, Lawrence S. and Luostarinen, Reijo. Internationalization: evolution of a concept. In: Buckley, P. J., 
Ghauri, P. N. (Eds.), The internationalization of the firm: A reader. Academic Press, London, pp. 155 - 171. 
 6 
 
As principais abordagens teóricas sobre a produção internacional2 
 
 
 O paradigma eclético, de John Dunning 
 
 A inovação teórica de Dunning no campo de estudos sobre a produção internacional 
foi resultado imediato da percepção dos limites das abordagens teóricas desenvolvidas até 
fins dos anos de 1980. Sua intenção não era elaborar uma teoria abrangente, mas criar um 
“paradigma eclético” combinando elementos de diferentes abordagens sobre a produção 
internacional. 
 Segundo Cantwell3, a partir do paradigma eclético de Dunning é possível inferir três 
razões adicionais à existência da grande diversidade teórica no campo da economia da 
produção internacional, além da óbvia variedade de padrões ideológicos. A primeira razão é 
a existência de diferentes formas de produção internacional, que podem ser baseadas na 
localização dos recursos naturais, por substituição de importações, por plataformas de 
exportação ou globalmente integradas, entre outras. 
 A segunda consiste na observação de que o uso de teorias específicas reflete a 
necessidade de solucionar diferentes questões, assim as teorias referentes à produção 
internacional encontram-se presentes em seis diferentes campos da teoria econômica: nas 
teorias sobre o movimento de capitais, o comércio, a localização, a organização industrial, a 
inovação e sobre as firmas. 
 A terceira razão da grande diversidade teórica sobre a produção internacional é a 
possibilidade de estudo sob diferentes níveis de análise. São três os níveis: 
macroeconômico, que abrange questões e tendências internacionais; mesoeconômico, que 
considera a interação entre firmas nas indústrias; e, o microeconômico, que trata da 
crescente internacionalização das firmas. 
 À luz das distinções entre esses três diferentes níveis de análise, Cantwell agrupa as 
principais teorias da produção internacional em quatro sistemas teóricos: a teoria do poder 
 
2 Pretende-se fazer apenas uma exposição superficial das principais abordagens teóricas da produção 
internacional, somente a título de conhecimento, sem a pretensão de esgotar seu conteúdo. 
3 Cantwell, John. A survey of theories of international production. In: The nature of the transnational, Pitelis, 
Christos N. & Sugden, Roger (Eds). pp. 16 - 59. 
 7 
de mercado ou teoria da firma de Hymer; a teoria da internalização ou teoria coasiana da 
firma; as abordagens de desenvolvimento macroeconômico; e, as análises de 
competitividade industrial. 
 A idéia central da teoria do poder de mercado é que nos estágios iniciais de 
crescimento as firmas rapidamente aumentam suas participações nos mercados domésticos 
por meio de fusões e aumento de suas capacidades, e conforme a concentração industrial 
aumenta, o poder de mercado e os lucros também aumentam. 
O poder de mercado é a capacidade de determinadas firmas, agindo sozinhas ou em 
colusão, de dominar seus respectivos mercados. 
De acordo com a teoria de Hymer as empresas multinacionais investem em 
operações internacionais para reduzir a competição e aumentar as barreiras à entrada em 
sua indústria, e ao aumentar o grau de poder de monopólio elas podem, a longo prazo, 
sofrer um efeito adverso sobre a eficiência de suas fábricas estrangeiras. 
A teoria da internalização de mercados, ou teoria coasiana da firma, afirma que as 
companhias transnacionais emergem devido à existência de falhas naturais de mercado, 
mais especificamente devido aos custos relativamente mais elevados e intrínsecos às 
transações de mercado. Esses custos são internalizados pela firma transnacional, que pode 
ser entendido como um conselho institucional para economizar nos custos de transação de 
mercado. 
A teoria coasiana enfatiza o alcance da maximização dos lucros por meio de uma 
eficiente troca de produtos intermediários, em detrimento da possibilidade de exclusão de 
seus concorrentes do mercado do produto final. 
 Para Dunning, as empresas são estimuladas a operar no mercado internacional 
devido aos seguintes fatores: busca por recursos naturais, matérias-primas e mão-de-obra 
mais baratas do que no país de origem; comercialização, por meio do estabelecimento de 
escritórios de representação; acesso a novos mercados; e, ganhos de eficiência. O sucesso 
dessas empresas dependerá de sua capacidade de aproveitar e gerar vantagens quanto à 
propriedade, à localização e a internalização. 
 As abordagens de desenvolvimento macroeconômico relacionam os investimentos 
feitos pelos grupos nacionais de firmas à progressão industrial do país de origem. Para os 
teóricos cujo foco são os fluxos de investimento externo direto associados com a produção 
 8 
internacional a força motriz para a internacionalização das empresas é o funcionamento das 
moedas e dos mercados financeiros. Para os economistas de negócios que têm como 
método o estudo de casos de empresas multinacionais a força motriz é o gerenciamento 
individual ou as estratégias empreendedoras. 
 As análises de competitividade industrial compartilham a idéia de que, em geral, o 
crescimento da produção internacional está associado à competição e ao processo de 
competição tecnológica entre as empresas multinacionais. O crescimento dessas empresas é 
entendidocomo parte de um processo competitivo, no qual cada firma tenta ganhar 
vantagens competitivas por meio da inovação, e apenas em certas circunstâncias e por 
tempo determinado, elas participam de arranjos colusivos. 
 
 Teorias Comportamentalistas 
 
 As teorias comportamentalistas buscam explicar o comportamento das empresas 
inseridas no processo de globalização. A percepção da internacionalização como parte da 
estratégia de crescimento da empresa incita posturas diferenciadas em relação ao mercado 
internacional. 
 
 O modelo de Uppsala (U-model) 
 
 O modelo de Uppsala foi desenvolvido por professores dessa universidade sueca, 
Johanson e Wiedresheim-Paul (1975) e Johanson e Vahlne (1977, 1990). De acordo com 
esse modelo o processo de internacionalização ocorre de forma gradual, a empresa se 
compromete gradualmente com o mercado externo, utilizando a experiência e o 
conhecimento adquiridos ao longo do processo. 
O ponto central do modelo é a distância física, entendida não em termos de variação 
de espaço, mas como “a soma de fatores que interferem no fluxo de informações entre 
mercados, como a diferença entre línguas, educação, práticas de negócios, cultura, 
desenvolvimento industrial, entre outros”. 
O modelo descreve o processo de internacionalização de empresas em quatro 
etapas: exportações sem regularidade, exportações via agente independente, filiais 
 9 
comerciais e filiais de produção. Esse processo ocorrerá primeiro nos países mais próximos, 
que possuem maior semelhança com o país de origem, para em um momento posterior 
avançar sobre países mais distantes. 
O modelo de Uppsala foi fortemente contestado, principalmente devido à 
globalização, às tendências à padronização dos produtos, aos avanços das tecnologias de 
informação e comunicação, que tornam o mundo mais homogêneo. Sob esses argumentos o 
modelo de Uppsala é contestado por estudiosos como Vernon, Porter, Levitt, Ohmae. 
 
O modelo de estágios ou I-model 
 
O modelo de estágios, ou I-model, desenvolvido por Andersen (1993), considera 
que cada estágio do processo de internacionalização representa uma inovação da empresa 
quanto aos avanços tecnológicos, métodos e procedimentos operacionais. As inovações nos 
mercados internacionais que proporcionarem vantagens competitivas, antecipam as 
necessidades tanto do mercado interno como do externo. 
Os teóricos do I-model (Bilkey e Tesar, 1977; Cavusgil, 1980; Czinkota, 1982; 
Reid, 1981) sugerem estágios de exportação conforme o resultado de suas pesquisas. As 
teorias desse modelo foram contestadas por Goulart et al., 1966, ele afirmava que as 
empresas poderiam participar do mercado internacional tanto de forma permanente como 
eventual, não era necessário passar obrigatoriamente por etapas rígidas e impositivas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 10 
O desenvolvimento do processo de internacionalização 
de empresas de capital brasileiro 
 
 A literatura acadêmica4 sobre os investimentos brasileiros no exterior considera o 
intervalo de tempo entre meados dos anos 1960 e o ano de 1982 como a primeira fase desse 
processo, fortemente marcado pela atuação pioneira da Petrobrás, que buscava por fontes 
alternativas de petróleo para o Brasil. Nesse período ocorreram os dois grandes choques do 
preço do petróleo (1973 e 1979), causados deliberadamente pelo aumento do preço do 
barril pelos países membros da OPEP, ocasionando uma grave desestabilização da 
economia mundial. 
 Destacaram-se, também, as instituições bancárias, cujos investimentos no exterior 
decorreram das atividades de captação no mercado financeiro internacional e, em menor 
proporção, dos fluxos de residentes para o exterior. E as empresas de construção, que 
utilizaram seu know-how em construção de grandes obras públicas, desenvolvido ao longo 
da década de 70, período em que o Brasil realizou grandes construções públicas. Essas 
construtoras inseriram-se, sobretudo, no mercado dos países produtores de petróleo, em 
decorrência dos grandes investimentos públicos realizados nesses locais após os choques do 
preço do petróleo. 
 Houve, em menor expressão, um relativo aumento nas exportações das firmas 
manufatureiras, como a Copersucar, o grupo Gerdau, a Gradiente e a Caloi, contudo, não se 
verificou uma expansão dos seus investimentos externos diretos. 
 O modelo de industrialização adotado pelo Brasil nesse período, por meio da 
substituição de importações, exerceu forte influência sobre a forma de inserção das 
empresas nacionais no mercado internacional. O investimento produtivo concentrava-se no 
ambiente doméstico, com a formação do parque industrial brasileiro, enquanto incentivava-
se a relação com o mercado internacional pelo meio comercial, ou seja, pelas exportações. 
 Na década de 1980, econômica e historicamente marcada como a década perdida, 
houve uma forte redução dos investimentos tanto no mercado interno como no externo, 
devido aos problemas macroeconômicos internos, à elevada inflação da moeda nacional, à 
conseqüente redução do mercado de capitais e de crédito e à incerteza sobre os preços 
 
4 Os principais estudiosos desse processo são: Dias (1994), Goulart, Brasil e Arruda (1994) e Lopez (1999). 
 11 
relativos. Contudo, verificou-se a participação de empresas de diferentes portes nos 
investimentos estrangeiros e uma maior concentração desses escassos investimentos na 
América do Sul. 
 O processo de abertura econômica iniciado pelo governo Collor, no início da década 
de 1990, gerou novos estímulos às empresas manufatureiras, que devido à concorrência 
com as importações e às condições favoráveis à liberalização comercial, buscaram sua 
inserção no mercado internacional e o aumento de sua competitividade interna e 
externamente. 
 Nesse período foi notório o esforço das empresas domésticas em internacionalizar 
suas atividades, sozinhas ou por meio de alianças com outras empresas, instalaram-se em 
mercados externos com a abertura de escritórios, representações comerciais, assistência 
técnica, unidades produtivas. Suas operações foram realizadas principalmente nos 
mercados norte-americano e europeu, devido ao prévio conhecimento mercadológico 
adquirido com as exportações para essas regiões. 
 Em meados dos anos 1990 houve uma lacuna na expansão internacional das 
empresas domésticas, em que se verificou uma redução nos investimentos externos em 
conseqüência do processo de estabilização macroeconômica e da apreciação da taxa de 
câmbio real. 
 Durante a segunda metade dessa década, em decorrência do processo de integração 
sub-regional, com a criação do Mercosul, houve uma concentração dos investimentos 
externos nos países membros do bloco, sobretudo na Argentina, o que caracterizou um 
novo movimento de expansão das firmas brasileiras. Porém, a forte crise de recessão nesse 
país e a desvalorização do real reduziram os investimentos brasileiros naquele país. 
 Iglesias e Veiga5 apontam três razões para a reduzida taxa de investimentos 
brasileiros no exterior para apoiar as exportações. A primeira refere-se ao processo 
macroeconômico, que conforme exposto acima, afetou fortemente a taxa de investimentos 
tanto no âmbito interno como no externo. A segunda razão está nas características da 
estrutura das exportações brasileiras, há uma concentração em produtos que não demandam 
investimentos como instalações produtivas no exterior ou para a oferta de serviços pós-
 
5 Iglesias, Roberto Magno e Veiga, Pedro da Motta. Promoção de exportações via internacionalização das 
firmas de capital brasileiro. In: O desafio das exportações, ed. BNDES,Rio de Janeiro, 2002. 
 12 
venda, são eles: soja, café, açúcar, fumo, minério de ferro, alumínio, celulose e pasta e 
semimanufaturados de ferro e aço. 
 A terceira razão identificada por Iglesias e Veiga é o baixo coeficiente da relação 
entre exportação e vendas totais de grande parte das exportações de manufaturas, 
desestimulando incentivos para investimentos na internacionalização produtiva da empresa. 
 Estudos sobre os investimentos brasileiros no exterior convergem quanto a algumas 
características da inserção internacional. Apontam que as empresas têm como foco 
principal a promoção de suas exportações, a instalação produtiva é assim conseqüência 
desse objetivo e não a expressão de uma estratégia de aumento da competitividade 
internacional das empresas. 
São justificativas das poucas empresas que possuem instalação produtiva em 
mercados externos: a necessidade logística de estar próximo da fonte de matérias-primas, 
do mercado consumidor, dos fornecedores, a aquisição de conhecimentos tecnológicos, 
reduzir os custos com P&D, a superação de barreiras protecionistas, suprir as necessidades 
locais. Esses fatores constituem vantagens auferidas com a internacionalização das 
atividades produtivas e a internacionalização também torna viável a entrada de empresas 
prestadoras de serviços. 
 Em geral, as principais dificuldades encontradas pelos empreendedores para a 
internacionalização de seus negócios são as dificuldades na obtenção de financiamentos 
tanto nas fontes nacionais como nas internacionais, as diferenças jurisdicionais quanto às 
obrigações legais para a instalação, funcionamento, contratação de trabalhadores, normas 
de segurança, etc., as diferenças sócio-culturais, os desafios da gestão internacional dos 
negócios, a falta de capital humano capacitado para atuar em um ambiente estrangeiro, o 
acesso à informação, no âmbito interno a questão da segurança jurídica, ou seja, a garantia 
da estabilidade e do respeito às regras do jogo. 
 O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), órgão 
vinculado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e que tem 
como objetivo apoiar empreendimentos que contribuam para o desenvolvimento do país, 
criou linhas de financiamento para os projetos de inserção internacional das empresas 
brasileiras, oferecendo apoio separadamente às exportações de produtos e serviços e à 
internacionalização de empresas, destacando assim a importância complementar dessas 
 13 
duas políticas de inserção internacional e oferecendo, também, estímulos às empresas 
brasileiras para que invistam em sua internacionalização. 
 O Núcleo de Negócios Internacionais da Fundação Dom Cabral (FDC) publicou 
recentemente o ranking das empresas brasileiras mais internacionalizadas6. A metodologia 
utilizada consistiu em buscar informações junto às empresas que investem no exterior, 
referentes ao ano de 2005, sobre sete indicadores que compõem o grau de 
internacionalização das empresas brasileiras, são eles: mercados, ativos, recursos humanos, 
dispersão geográfica dos mercados, cadeia de valor, governança e experiência. O resultado 
da análise geral do grau de internacionalização das empresas pela FDC é de que as 
atividades internacionais dessas empresas ainda encontram-se fortemente respaldadas em 
suas exportações. 
As cinco primeiras empresas no ranking e seus respectivos graus de 
internacionalização, que variam de 0 a 7, são: Gerdau, 4,223; Construtora Norberto 
Odebrecht, 3,605; Companhia Vale do Rio Doce, 3,512; Petrobrás, 3,454; e, Marcopolo, 
3,129. 
 O Relatório de Investimentos Mundiais de 20067 elaborado pela Conferência das 
Nações Unidas para o Comércio de Desenvolvimento(UNCTAD) publicou tabela com as 
dez maiores corporações transnacionais não-financeiras da América Latina e Caribe, 
classificadas segundo suas exportações em milhões de dólares. A tabela, reproduzida 
abaixo, mostra a presença de três empresas brasileiras e suas respectivas classificações: 
Petróleo brasileiro-Petrobrás S.A., 3º lugar; Companhia Vale do Rio Doce, 6º lugar; e a 
Metalúrgica Gerdau S.A., 7º lugar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 A visualização completa do ranking está disponível no seguinte endereço eletrônico: 
http://www.fdc.org.br/parcerias/upload/outros/ranking_transnacionais_brasileiras.htm. A pesquisa não levou 
em conta a aquisição da mineradora canadense Inco pela CVRD, por 18 bilhões de reais, pois essa compra 
ocorreu no final do mês de outubro, quando as pesquisas já haviam sido encerradas. 
7 O Relatório está disponível em versão eletrônica no sítio da UNCTAD na internet: 
http://www.unctad.org/en/docs/wir2006ch4_en.pdf 
 14 
Anexos 
 
 
 
 
 
 
 
BANCO CENTRAL DO BRASIL 
Capitais Brasileiros no Exterior – CBE 
Tab.1 - Distribuição por Modalidade 1/ 
em US$ 
milhões 
 2001 2002 2003 2004 2005 
 
TOTAL 68.598 72.325 82.692 93.243 111.741 
Investimento Direto Brasileiro no Exterior 49.689 54.423 54.892 69.196 79.259 
investimento direto (superior a 10%) 42.584 43.397 44.769 54.027 65.418 
empréstimos intercompanhia 2/ 7.104 11.026 10.123 15.169 13.842 
Investimento em Carteira 5.163 4.449 5.946 8.224 9.586 
portfólio - participação societária 2.517 2.317 2.502 2.258 2.725 
BDR 483 71 94 94 84 
portfólio - título da dívida - Longo Prazo 
(bônus/notas) 3/ 577 941 1.491 2.899 3.602 
portfólio - título da dívida - Curto Prazo (market 
instruments) 4/ 1.585 1.120 1.859 2.973 3.176 
Derivativos 42 105 81 109 119 
Financiamento 155 313 186 68 98 
Empréstimo 696 537 687 631 726 
Leasing/Arrend. Financeiro Longo Prazo 1 3 0 - 1 
Depósitos 9.441 7.890 16.412 10.418 17.077 
Outros Investimentos 3.411 4.605 4.488 4.597 4.875 
Fonte: Banco Central do Brasil 
Notas: 
1/ Número de declarantes: 11.659 em 2001, 10.164 em 2002, 10.622 em 2003, 11.245 em 2004 e 12.366 em 2005; 
2/ Intercompanhia inclui empréstimos, financiamentos e leasing/arrendamento; 
3/ Contempla títulos de emissão de residentes. Inclui longo prazo de bônus, notes, 
debêntures, certificados de depósito, letras do tesouro, commercial/financial 
papers, bankers acceptances, outros; 
4/ Contempla títulos de emissão de residentes. Inclui curto prazo de de bônus, 
notes, debêntures, certificados de depósito, letras do tesouro, 
commercial/financial papers, bankers acceptances, outros; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 15 
 
 Foram selecionadas da original da tabela abaixo apenas as cinco atividades que 
realizaram os maiores investimentos diretos em milhões de dólares e as atividades anexas e 
auxiliares do transporte e agências de viagem. 
 
 
 
 
 
Fonte: www.bcb.gov.br/?CBE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BANCO CENTRAL DO BRASIL 
Capitais Brasileiros no Exterior – CBE 
Tab.4 - Investimento Direto a partir de 10%. Ramo de atividade da receptora 
em US$ 
milhões 
 2001 2002 2003 2004 2005 
 
Total 42.584 43.397 44.769 54.027 65.418 
Extração de Petróleo e Serviços Relacionados 1.556 78 182 566 2.808 
Comércio Por Atacado e Representantes Comerciais e Agentes do 
Comércio 1.724 1.806 1.868 2.235 2.871 
Atividades Anexas e Auxiliares do Transporte e Agências de Viagem 102 11 20 16 11 
Intermediação Financeira 13.171 15.083 13.856 15.137 17.234 
Atividades Auxiliares da Intermediação Financeira, Seguros e 
Previdência Complementar 7.536 8.469 8.477 12.887 14.898 
Serviços Prestados Principalmente As Empresas 14.306 13.945 17.811 20.013 23.639 
 16 
 
Exemplos de empresas brasileiras que atuam no mercado internacional 
 
 
AmBev 
 
 A Companhia de Bebidas das Américas8, AmBev, foi criadaem 1999, resultante do 
processo de fusão das duas maiores cervejarias brasileiras, a Brahma e a Antarctica. 
 Hoje a AmBev é a maior empresa de bebidas da América Latina e a quinta maior 
cervejaria do mundo. Está presente nos seguintes mercados: Brasil, Argentina, Bolívia, 
Canadá, Chile, Equador, El Salvador, Guatemala, Nicarágua, Paraguai, Peru, República 
Dominicana, Uruguai e Venezuela. 
 
 
Calçados Azaléia 
 
 A empresa Calçados Azaléia9 é expoente da indústria desse setor no Brasil e possui 
uma agressiva política de internacionalização. Atualmente exporta 20% do total de calçados 
que fabrica e já estabeleceu representações comerciais nos seguintes países: Emirados 
Árabes, Estados Unidos, Chile, México, Peru, República Tcheca. 
 
 
Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) 
 
 A Companhia Vale do Rio Doce10 foi criada em 1º de junho de 1942 pelo Governo 
Federal e privatizada em 7 de maio de 1997. O Consórcio Brasil, liderado pela Companhia 
Siderúrgica Nacional (CSN), adquiriu 41,73% das ações ordinárias do Governo. 
 As operações da Companhia estendem-se por todo o território brasileiro, possui 
escritórios comerciais nos Estados Unidos, Bélgica, China e Japão, investimentos fixos nos 
 
8 Fonte: www.ambev.com.br/ 
9 Fonte: www.azaleia.com.br/ 
10 Fonte: www.cvrd.com.br/ 
 17 
Estados Unidos, França, Noruega e Bahrein. Realiza operações de pesquisa mineral ou 
exploração na Angola, Argentina, Chile, Gabão, Moçambique, Mongólia, Peru, Venezuela. 
 A mais recente aquisição da CVRD ocorreu no final do mês de outubro deste ano, 
com a compra de 75,66% das ações ordinárias da mineradora canadense Inco, segunda 
maior produtora de níquel do mundo e a primeira em reservas, por cerca de 18 bilhões de 
dólares. Assim, a Vale que era a quarta maior mineradora do mundo passou a ocupar a 
segunda posição, atrás somente da mineradora anglo-australiana BHP Billiton. 
 
 
Embraer 
 
 A Empresa Brasileira de Aeronáutica S.A.11, Embraer, é uma das maiores 
fabricantes de aeronaves comerciais do mundo. Durante 25 anos (1969-1994) funcionou 
como empresa estatal de capital misto, após sua privatização, 60% de suas ações ordinárias, 
capital votante, foi distribuído entre a Cia. Bozano e os fundos de pensão PREVI e 
SISTEL. 
 Em 1999, a Embraer estabeleceu uma aliança estratégica com um grupo de 
empresas aeroespaciais européias - Dassault Aviation, EADS, Snecma e Thales – que 
adquiriram 20% das ações ordinárias da Embraer. 
 Entre os anos de 1999 e 2001, a Embraer foi a maior empresa exportadora brasileira 
e ocupou a segunda posição entre os anos de 2002 e 2004. A empresa é uma das quatro 
maiores integradoras de aeronaves do mundo, sua principal concorrente no mercado de 
jatos regionais, que possuem de 30 a 100 assentos, é a canadense Bombardier. A Embraer 
possui clientela global, suas aeronaves operam em mais de 65 países, nos cinco continentes, 
possui, também, escritórios e centros de assistência técnica em suas subsidiárias na China, 
Cingapura, Estados Unidos, França. 
 
 
 
 
 
11 Fonte: www.embraer.com.br/ 
 18 
Gerdau S.A. 
 
 O Grupo Gerdau12 é o maior produtor de aços longos do continente americano. Sua 
capacidade produtiva é equivalente a 14,4 milhões de toneladas de aço anuais. Possui 
usinas siderúrgicas no Brasil, Argentina, Canadá, Chile, Colômbia, Estados Unidos, Peru e 
Uruguai. 
 A escolha estratégica de sua área de operação internacional foi fortemente 
determinada pelas exigências logísticas inerentes à indústria siderúrgica, assim, privilegiou-
se o continente americano. 
 O Grupo Gerdau foi uma das empresas brasileiras pioneiras no processo de 
internacionalização, por meio da expansão produtiva, que teve início em 10 de dezembro de 
1980 com a aquisição da Siderúrgica Laisa, no Uruguai. 
A estratégia da Gerdau tem como diferencial a busca pela proximidade geográfica 
com a sua principal matéria-prima, o minério de ferro, e a utilização de insumos locais, 
características das unidades operacionais market mills. 
 
 
 Organização Odebrecht 
 
 A Organização Odebrecht13, fundada em 1944, compreende a Odebrecht S.A., que 
administra a Construtora Norberto Odebrecht S.A., a petroquímica Braskem S.A. e a 
Odebrecht Investimentos em Infra-estrutura Ltda. É líder nos negócios de Engenharia e 
Construção, Química e Petroquímica, participa de empreendimentos nos setores de Infra-
Estrutura e Serviços Públicos, no Brasil e em Portugal, e de Mineração e Petróleo, na 
África. 
 Sua expansão internacional teve início em fins da década de 1970 com a construção 
da Hidrelétrica de Charcani V, no Peru, e do sistema hidrelétrico de Colbún-Machicura, no 
Chile. Em 1984, iniciou seus empreendimentos no continente africano com a construção da 
Hidrelétrica de Capanda, a 400km de Luanda, em Angola. Quatro anos depois, expandiu 
 
12 Fonte: www.gerdau.com.br/port/agerdau/agerdau_historia.asp/ 
13 Fonte: www.odebrecht.com.br/ 
 19 
sua atuação ao espaço europeu ao comprar a empresa Bento Pedroso Construções S.A. Em 
1991, conseguiu ingressar no competitivo mercado norte-americano. Foi a primeira 
empresa brasileira a realizar uma obra pública nos Estados Unidos. 
 Atualmente, a Odebrecht é a maior exportadora brasileira de serviços, atua, 
principalmente, por meio de contratos do tipo EPC (engineering, procurement and 
construction) e provendo serviços de gerenciamento orientado para obras civis e industriais. 
A Organização Odebrecht está presente em países da América do Sul, América do Norte, 
África e Europa. 
 
 
 Petróleo Brasileiro S.A. - Petrobrás 
 
 A Petrobrás14 foi instituída em outubro de 1953 e vinte e quatro anos depois, em 
1977, suas atividades no setor petrolífero foram abertas à iniciativa privada. A Petrobrás é 
uma das empresas brasileiras que mais investem no exterior, atualmente, possui negócios 
em países como Angola, Argentina, Bolívia, China, Colômbia, Estados Unidos, Equador, 
Irã, Líbia, México, Nigéria, Peru, Uruguai, Tanzânia. 
Suas atividades no exterior abarcam toda a cadeia de operações da indústria 
petrolífera e de energia. As operações na parte americana do Golfo do México e na costa da 
Nigéria são exemplos do desenvolvimento de seu domínio tecnológico na exploração e 
produção de petróleo em águas profundas e ultraprofundas. 
 
 
Votorantim 
 
 O grupo Votorantim15, que explora os setores de cimento, metais, papel e celulose, 
previlegiou estrategicamente o fortalecimento de sua liderança no mercado interno e a 
modernização do seu parque industrial para, posteriormente, estender suas atividades ao 
mercado externo. Atualmente, é o maior produtor nacional no setor de cimentos e ocupa a 
sexta posição na produção mundial. 
 
14 Fonte: www.petrobras.com.br/ 
15 Fonte: www.votorantim.com.br/ 
 20 
 A internacionalização de suas atividades teve início em 1998 com a criação de uma 
holding a Votorantim Cimentos. Suas estruturas internacionais concentram-se no Canadá e 
nos Estados Unidos, onde possui expressiva participação no mercado de cimentos, ao todo 
são cinco plantas e nove centros de distribuição. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 21 
O regime de comércio internacional de serviços e 
as projeções para o setor brasileiro de turismo 
 
 
 As intensas transformações tecnológicas ocorridas nas últimas décadas nos setores 
de transporte, computação e telecomunicações,incluindo o desenvolvimento da Internet e, 
conseqüentemente, do comércio eletrônico provocaram grandes mudanças nas formas de 
atuação das empresas. Fatores de produção, mercados consumidores, estratégias de 
marketing foram alguns dos elementos simultaneamente adaptados, criados e reforçados 
pelo processo de globalização, que tem como motores a política econômica liberal e a 
remoção de obstáculos regulatórios, propiciando, dessa forma, o crescimento vertiginoso do 
fluxo internacional de pessoas, investimentos e do comércio de bens e serviços. 
 O setor de serviços na economia internacional tem acentuada expressividade no 
Produto Interno Bruto (PIB) dos países desenvolvidos, aproximadamente 80%, e representa 
57% do PIB brasileiro16. É também o setor que mais atrai investimentos externos diretos 
(IEDs), 60% do fluxo global, no Brasil representou 41,9% do investimento total em 2004. 
A redução da participação do Estado na prestação de serviços em importantes setores como 
energia, telecomunicações e transportes, contribuiu para a ampliação desse mercado e para 
a atração de investimentos internos e externos. 
 Sob o âmbito da Organização Mundial do Comércio (OMC), o Acordo Geral sobre 
o Comércio de Serviços (GATS), firmado em Marraqueche, Marrocos, em abril de 1994, 
foi um dos acordos resultantes da Rodada Uruguai (1986-1994) e tem como objetivo 
disciplinar multilateralmente o comércio de serviços. A atual rodada de negociações, 
Rodada Doha (2001-), manteve as negociações sobre serviços iniciadas em 2000 e 
reafirmou os procedimentos negociadores aprovados em 2001, que resguardam o direito 
dos países de regulamentar a prestação de determinados serviços. 
 A ampla heterogeneidade do setor de serviços dificulta sua definição, classificação e 
avaliação. O GATS define o comércio de serviços como o fornecimento de um serviço: 
(a) a partir do território de um Membro para o território de outro Membro; 
 
16 Dados referentes ao ano de 2005, obtidos no sítio eletrônico do Instituto Brasileiro de Geografia e 
Estatística (IBGE): www.ibge.gov.br/. Acesso em 20 de outubro de 2006. 
 22 
(b) do território de um Membro para o consumidor do serviço de outro Membro; 
(c) por um fornecedor de serviço de um Membro, por meio da presença comercial no 
território de outro Membro; 
(d) por um fornecedor de serviço de um Membro, por meio da presença de pessoas físicas 
de um Membro no território de outro Membro17. 
 Dessa forma, o comércio internacional de serviços é caracterizado pelos seus modos 
de prestação: modo 1 – serviços transfronteiriços; modo 2- consumo no exterior; modo 3 – 
presença comercial; e, o modo 4 –movimento de pessoas físicas. 
 As negociações de compromissos no âmbito do GATS são realizadas por meio de 
sucessivas rodadas liberalizantes. O sistema utilizado é o de listas positivas, tudo o que está 
em lista é negociável, o que não estiver não está em discussão. As ofertas são sempre 
inscritas em colunas: a primeira para a descrição do serviço; a segunda para a descrição das 
limitações de acesso a mercados; a terceira para a descrição de limitações ao tratamento 
nacional; a quarta e última para os compromissos adicionais. Existe também uma lista de 
compromissos horizontais em que todas as restrições de acesso a mercado e ao tratamento 
nacional descritas são válidas para todos os setores ofertados. 
 As barreiras existentes ao comércio internacional de serviços diferem dos entraves 
ao comércio internacional de bens, como as barreiras alfandegárias, licenças, tarifas e taxas 
de importação, cotas, políticas de subsídios, entre outras. As barreiras ao comércio de 
serviços podem ser classificadas nas quatro seguintes categorias: aquelas que 
explicitamente restringem a realização das atividades cujos fornecedores sejam 
estrangeiros; aquelas que restringem (ou limitam) a movimentação internacional dos 
fatores; monopólios estatais, que restringem tanto a oferta de fornecedores estrangeiros 
como a de empresas domésticas privadas; e, regulações técnicas domésticas, que exigem 
adaptação, credenciamento e / ou harmonização por parte do potencial fornecedor 
estrangeiro.18 
No comércio de serviços as limitações de acesso a mercado incluem restrições 
quanto ao número de prestadores de serviços; ao valor total dos ativos ou das transações de 
 
17 O documento do Acordo Geral sobre o Comércio de Serviços (GATS) está disponível no sítio eletrônico da 
OMC: http://www.wto.org/english/docs_e/legal_e/26-gats.pdf 
18 Horta, Maria Helena; Souza, Carlos Frederico de; Waddington, Sérgio da Cruz. Desempenho do setor de 
serviços brasileiro no mercado internacional. Rio de Janeiro: novembro de 1998. 
 23 
serviços; ao número total de operações de serviços ou da quantidade total de serviços 
produzidos; ao número total de pessoas físicas que possam ser empregadas em um 
determinado setor de serviços ou que um prestador de serviços possa empregar; medidas 
que exijam ou restrinjam tipos específicos de pessoa jurídica; participação do capital 
estrangeiro19. 
 As quatro primeiras formas de restrições supracitadas podem, ainda, ser 
estabelecidas mediante a exigência de Testes de Necessidade Econômica que, conforme o 
artigo XVI do GATS, referente ao Acesso a Mercados, são classificados como restrições 
quantitativas não relacionadas a requisitos de qualificação ou padrões técnicos de 
licenciamento. 
 Quanto às restrições ao Tratamento Nacional (artigo XVII do GATS), os países 
podem listar eventuais limitações que restrinjam o princípio de Tratamento Nacional, 
segundo o qual cada país deve outorgar a serviços e prestadores de serviços de outro país 
tratamento não menos favorável que aquele que oferece aos seus próprios serviços e 
prestadores de serviços. 
 O artigo VI do GATS referente às regulamentações domésticas estabelece quais 
medidas domésticas devem ser administradas de forma razoável, objetiva e imparcial. 
Dessa forma, o GATS reconhece e garante o direito soberano de seus Membros a regular e 
intervir nos serviços domésticos e, também, impede a discriminação entre nacionais e 
estrangeiros, e entre esses últimos. 
 A classificação setorial do comércio de serviços utilizada atualmente é a 
estabelecida pelo Secretariado da OMC20. Ela está dividida em onze grupos principais, 
listados abaixo, e cento e cinqüenta e cinco subsetores: 
 
 1. serviços prestados às empresas; 
 2. serviços de comunicações; 
 3. serviços de engenharia; 
 
19 Documento elaborado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC): Comércio de 
serviços: informações gerais, exportação e como notificar barreiras. Disponível em versão eletrônica: 
http://www.desenvolvimento.gov.br/arquivo/secex/bartecnicas/barservicos/cartilhaservicos.pdf 
20 Essa classificação foi instituída pelo documento MTN.GNS/W/120, disponível em versão eletrônica: 
http://www.wto.org/english/tratop_e/serv_e/mtn_gns_w_120_e.doc. A classificação adotada pela OMC segue 
sempre que possível a Classificação Provisória Central de Produtos (Provisional Central Product 
Classification – CPC) das Nações Unidas. 
 24 
 4. serviços de distribuição; 
 5. serviços de educação; 
 6. serviços de meio ambiente; 
 7. serviços financeiros; 
 8. serviços de saúde e sociais; 
 9. serviços de turismo; 
 10. serviços de recreação; 
 11. serviços de transportes. 
 
As subclasses setoriais dos serviços de turismo são: 
 
 9(A) - hotéis e restaurantes (incluindo fornecedores) (CPC 641-643); 
 9(B) – serviços de agências de viagens e operadoras de turismo (CPC 7471); 
 9(C) – serviços de guias turísticos(CPC 7471); 
 9(D) – outros (não há correspondente na CPC). 
 
 A subclasse 9(A) ainda é desmembrada em: hotéis e outras hospedarias; serviços de 
refeição; e, serviços de venda de bebidas para consumo no local, com ou sem 
entretenimento. A subclasse 9(B) compreende informações sobre viagens, consulta e 
planejamento, organização de passeios turísticos e acomodações, transporte de passageiros 
e bagagens, serviços de insurance ticket, providos sob contrato. Por fim, a subclasse 9(C) 
compreende os serviços providos pelas agências e guias autônomos, mas não inclui 
serviços de guias de caças autônomos tampouco serviços de pessoal de escolta. 
 A Organização Mundial de Turismo (OMT) define turismo como: 
 
As atividades de indivíduos que viajam para e permanecem em localidades que se 
encontram fora de seu círculo habitual por um período não superior a um ano 
consecutivo, a lazer, a negócios ou por outros motivos.21 
 
 
21 United Nations and World Tourism Organization. Recommendations on Tourism Statistics. New York: 
United Nations, 1994, p.7. A definição em inglês foi traduzida livremente. 
 25 
 O setor de turismo tem grande importância para os países em desenvolvimento 
(PEDs). A expansão do turismo internacional contribuiu, e ainda contribui, 
significativamente, para o desenvolvimento desses países que auferem elevados 
rendimentos com a exportação dos serviços relacionados, principalmente, com o setor de 
turismo. 
Em 2005, o turismo foi o terceiro principal produto de exportação na balança 
comercial brasileira. No plano internacional, a OMT divulgou recentemente que o turismo 
global, em 2006, apresenta taxa de crescimento de 4,5%, reiterando as previsões 
estabelecidas no documento “Tourism 2020 Vision” de crescimento médio anual de 4,1% 
até o ano 2020. 
 Antes de formular estratégias para a inserção internacional dos serviços de turismo, 
é necessário identificar todas as barreiras que possam limitar a expansão dessas atividades 
no mercado-alvo. 
As principais formas de entrave são as restrições ao trabalho de profissionais do 
setor de turismo, restrições à mobilidade de profissionais estrangeiros, dificuldades na 
obtenção de vistos, restrições sobre o direito de direção e / ou gerenciamento de empresas 
do setor de turismo, restrições sobre a aquisição de propriedades, regulações sobre o nome 
da empresa, regulações tributárias, existência de práticas anticompetitivas por parte de 
empresas dominantes do setor, restrições ao acesso e ao uso de sistemas de distribuição 
globais (GDS), restrições sobre o repatriamento do capital investido ou sobre a remessa dos 
lucros, entre outras22. 
 Os esforços ao longo do processo de liberalização do comércio dos serviços de turismo 
sob o âmbito do GATS não devem se restringir à eliminação das restrições na legislação de 
cada país, mas também para corrigir as falhas de mercado. 
 A formulação e implementação de planos e programas para a expansão 
internacional dos serviços de turismo devem ser elaborados e realizados em parceria entre o 
 
22 UNCTAD: Report of the Expert Meeting on Strengthening the Capacity for Expanding the Tourism Sector 
in Developing Countries, with Particular Focus on Tour Operators, Travel Agencies and Other Suppliers, 
Trade and Development Board – Commission on Trade in Goods and Services and Commodities, Expert 
Meeting on Strengthening the Capacity for Expanding the Tourism Sector in Developing Countries with 
particular Focus on Tour Operators, Travel Agencies and Other Suppliers, Geneva, 8-10 June 1998, 
TD/B/COM.1/17, TD/B/COM.1/EM.6/3, 7 July 1998. 
 26 
governo, as instituições competentes e o setor privado, levando em consideração também as 
recomendações dos órgãos internacionais habilitados nessa temática. 
 Os ganhos que o Brasil pode auferir com a liberalização do setor de turismo 
dependem e podem ser estimulados por fatores como: 
- desenvolvimento do capital humano, provendo cursos técnicos de hotelaria, operações de 
turismo e gerenciamento, além do ensino de língua estrangeira, qualificando assim a mão-
de-obra; 
- disponibilidade de linhas de financiamento à internacionalização das empresas e, também, 
aos seus investimentos produtivos; 
- promoção de ações para a capacitação tecnológica; 
- realização de estudos e estatísticas regulares sobre esse setor; 
- programas para aumentar a credibilidade das empresas brasileiras no exterior; 
- programas de marketing; 
- programas para a criação de alianças estratégicas ou joint ventures com empresas 
estrangeiras; 
- programas para a criação e fomento de redes de contatos (networking); e, 
- de forma geral, promover as condições de competitividade das empresas brasileiras no 
mercado internacional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 27 
Conclusão 
 
 
 Inicialmente, pode-se constatar a preferência das empresas brasileiras, em geral, em 
exportar sua produção a internacionalizar suas atividades, por meio da presença comercial 
e/ou industrial no exterior. Condicionantes internos e externos, como a política de 
substituição de importações, as incertezas quanto à estabilidade econômica, as dificuldades 
em obter financiamentos, a existência de barreiras à entrada de serviços, a falta de 
informações sobre o processo de internacionalização, o capital humano despreparado para 
atuação em âmbito global, entre outros fatores, contribuíram para a prevalência da cultura 
de exportações. 
 Quanto às negociações sobre a liberalização no setor de serviços é imprescindível a 
identificação das barreiras para eliminá-las e corrigir, assim, as falhas de mercados. Os 
estudos e as estatísticas sobre os setores da categoria de serviços e seus sub-setores ainda 
estão em estágio inicial, se comparados aos referentes ao comércio de bens, o que dificulta 
a realização de projeções com alto grau de precisão para os setores e sub-setores do 
comércio de serviços. 
 Por isso, as análises consistem em identificar as barreiras e formular ações, 
estratégias, políticas para superá-las e, principalmente, para tornar as empresas do setor de 
turismo competitivas internacionalmente, buscando soluções tanto no âmbito nacional, 
oferecendo condições para a capacitação e o fortalecimento do setor, como no plano 
internacional por meio das negociações sob o GATS. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 28 
Referências bibliográficas 
 
 
Andersen, O. On the Internationalization of firms: A critical analysis. Journal of 
International Business Studies, Hampshire, v. 24, n. 2, p. 209 – 232, 1993. 
 
Cantwell, John. A survey of theories of international production. In: The nature of the 
transnational, Pitelis, Christos N. & Sugden, Roger (Eds). pp. 16 - 59. 
 
Horta, Maria Helena; Souza, Carlos Frederico de; Waddington, Sérgio da Cruz. 
Desempenho do setor de serviços brasileiro no mercado internacional. Rio de Janeiro: 
novembro de 1998. 
 
Iglesias, Roberto Magno e Veiga, Pedro da Motta. Promoção de exportações via 
internacionalização das firmas de capital brasileiro. In: O desafio das exportações, Rio de 
Janeiro: BNDES, 2002. pp.369-446. 
 
UNCTAD: Report of the Expert Meeting on Strengthening the Capacity for Expanding the 
Tourism Sector in Developing Countries, with Particular Focus on Tour Operators, Travel 
Agencies and Other Suppliers, Trade and Development Board – Commission on Trade in 
Goods and Services and Commodities, Expert Meeting on Strengthening the Capacity for 
Expanding the Tourism Sector in Developing Countries with particular Focus on Tour 
Operators, Travel Agencies and Other Suppliers, Geneva, 8-10June 1998, 
TD/B/COM.1/17, TD/B/COM.1/EM.6/3, 7 July 1998. 
 
UNCTAD (2004a). World Investment Report 2004: The shift toward services (New York 
and Geneva: United Nations), United Nations publication, Sales Nº E.04.II.D.36. 
 
United Nations and World Tourism Organization. Recommendations on Tourism Statistics. 
New York: United Nations, 1994. 
 
 
Sítios eletrônicos: 
 
 
www.bcb.gov.br/ 
www.ibge.gov.br/ 
www.wto.org/ 
www.desenvolvimento.gov.br/ 
www.bndes.gov.br/ 
www.wttc.org/ 
www.unctad.org/ 
 
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